segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

O Rui Borges pode ser o Rui Borges se o Morita for o Morita ou o Gyökeres for o Gyökeres

Hoje não é fácil ver uma partida de futebol. Não é fácil ver e ainda mais difícil dizer o que quer que seja sobre ela. O comum dos espetadores não dispõe das necessárias habilitações, é um facto. Tudo começou com a novilíngua do “bloco baixo”, do “bloco alto”, das “transições defensivas” ou das “transições ofensivas” misturada com umas alegorias de gosto assim-assim [inicialmente] desenvolvidas pelo Luís Freitas Lobo. Estamos, agora, na fase da inteligência emocional e da liderança. Sem uma análise à liderança e à motivação [ou um simples palpite, que seja] não se consegue explicar uma tática ou um simples remate à barra. Não me restou alternativa que não fosse ir folheando um par de livros do Daniel Goleman enquanto via o jogo [do Sporting] contra o Benfica.

Devidamente autorizado pelo Frederico Varandas, o Rui Borges pôde ser o Rui Borges e, assim, acabou com as táticas maradas do Ruben Amorim, colocando a equipa do Sporting a jogar como as outras, num género de 4-4-2, que mudava um pouco de configuração tática quando atacava. Esta alteração não é simples, não pela dificuldade da tática em si mesma, mas pela necessidade de convencer os jogadores a pô-la em prática. Este exercício de convencimento pressupõe liderança ou é a [própria] liderança, não sei bem. A transformação do pináculo da perfeição tática numa simples tática de algibeira surpreendeu tudo e todos, especialmente o Bruno Lage. Não se pode pedir a quem parece dispor do carisma de uma amiba que compreenda a liderança praticada desde tenra idade em Mirandela.

Na primeira parte o Bruno Lage foi o Bruno Lage e o Rui Borges foi o Rui Borges. Pode-se pensar que se cada treinador foi o que é, então, o Rui Borges é melhor do que o Bruno Lage ou, de outra forma, não se compreende a superioridade do Sporting. Há uma explicação mais simples, mas é tão vulgar que não nos permite compreender este jogo nesta dimensão mais emocional. Há uns anos, estaria a explicar que o Tomás Araújo foi um passarinho e não se pode ser um [esvoaçante] passarinho quando anda o Gyökeres por perto, que o diga o Otamendi. Se o Quenda e o Trincão não fossem uns passarinhos também, o jogo estaria resolvido ao intervalo.

O princípio da segunda parte foi um tormento para o Sporting. O Bruno Lage surpreendeu pela liderança [não confundir carisma com liderança, embora possa existir liderança carismática e, por oposição, liderança não carismática], explicando aos seus jogadores que se deviam deixar de tretas e pressionar um pouco mais alto. O Rui Borges continuou a ser o Rui Borges, mas o Morita deixou de ser o Morita e o caos instalou-se na defesa e no meio-campo. Goste-se ou não, é preferível que o Morita seja o Morita do que o Rui Borges seja o Rui Borges. Se o Morita for o Morita, o Rui Borges pode ser o João Pereira ou, até, o Silas. Se o Morita não for o Morita, de pouco serve que o Rui Borges seja o Rui Borges [a não ser que o Gyökeres seja o Gyökeres]. 

Sofreu-se a bom sofrer durante cerca de meia hora, até a pilha do Di Maria se finar e o Bruno Lage começar a tirar jogador de trás para meter avançados. Quando o Rui Borges tirou o Trincão e meteu o Harder passámos a ter superioridade em número e armamento e não marcámos mais um golo ou dois porque o Sporting é o Sporting e é preciso sofrer do princípio até ao fim, sem um minutinho de descanso sequer [ontem o culpado foi o Geny Catamo, mas amanhã será outro qualquer]. Moral da história: a notícia da morte do Sporting era manifestamente exagerada como é manifestamente exagerada a notícia da sua ressurreição. É regressar ao jogo a jogo e ao onde vai um vão todos!      

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Cada um é como cada qual ou talvez não

O Frederico Varandas afirmou que o João Pereira não pôde ser o João Pereira, enquanto o Rui Borges pode ser o Rui Borges. Admitindo que estas afirmações têm explicação [e que não é preciso meter o Frederico Varandas numa camisa-de-força], o João Pereira não pôde ser o João Pereira porque tinha de ser o Ruben Amorim. Estava a ser treinado há anos para o ser e mais mês menos mês estava igualzinho a ele. 

O Rui Borges pode ser o Rui Borges porque não precisa de ser o Ruben Amorim, aliás não treinou sequer para ser o Ruben Amorim [e não é Ruben Amorim quem quer, muito menos quem não estuda e treina para isso]. Existe um detalhe, um pequeno detalhe: como é que o Rui Borges pode ser o Rui Borges sem um bocadinho de Ruben Amorim se a equipa que vai treinar foi toda escolhida pelo Ruben Amorim para dar resposta às suas idiossincrasias técnico-táticas? 

[O João Pereira portou-se como um homem ao não pretender a indemnização a que tinha direito, assumindo as suas responsabilidades nos (maus) resultados. É raro, muito raro. Gostava de o ter de volta, quando estiver preparado para este saco de gatos em que se vem transformando o Sporting]     

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

And Now for Something Completely Different

No jogo [do Sporting] contra o Gil Vicente ficou evidente que pode existir culpa de alguém [no resultado], mas da mãe do árbitro é que não [nunca é]. Em poucas palavras, o árbitro anulou um golo limpo ao Sporting para marcar “penalty”, tendo o vídeo-árbitro e o árbitro, depois, revertido essa decisão e, assim, nem golo nem “penalty”. Nenhuma mãe pensa dar à luz um filho que anule um golo limpo para marcar um “penalty” e, arrependendo-se, engula o apito à frente de toda a gente. As mães desejam o melhor para os seus filhos e nunca os querem ver com cara de quem acabou de meter o apito entre as pernas [se o filho for árbitro e estiver a apitar] ou o rabo entre as pernas [se o filho não for árbitro ou se for árbitro e não estiver a apitar]. 

Se a culpa não é da mãe, então é do filho? Não necessariamente, a não ser que o filho seja o João Pereira. O João Pereira inventou esta pantomina e prepara-se para inventar outra no próximo jogo [contra o Benfica]. Não me admiraria se visse o Di María a ir às ventas ao Pedro Gonçalves, obrigando o árbitro a dar-lhe uma valente reprimenda, uma descompostura das antigas, depois de alertado pelo vídeo-árbitro para esse salsifré. O João Pereira não olha a meios, é capaz de tudo, até do enxovalho de enviar o Rúben Amorim para o Manchester United contra a sua vontade e a vontade do Manchester United. 

O jogo foi esta pantomina e pouco mais. No Sporting, remendaram-se um par de jogadores – o Diomande e o Quaresma – e enxameou-se o banco com miúdos que, aquela hora, já tinham concluído os trabalhos para casa [ou TPC]. Com o Diomande no meio da defesa, passámos a ganhar a primeira bola e, assim, a dificultar a possibilidade do Gil Vicente avançar no terreno. Na segunda parte, com o cansaço da equipa adversária e a entrada do Matheus Reis para a esquerda [e a deslocação do Zeno Debast para a direita] passou-se da dificuldade para a impossibilidade e os jogadores do Gil Vicente não mais puseram os pés no meio-campo do Sporting. Com a entrada do Geny Catamo, a defesa adversária desmantelou-se e salvou-a a [referida] pantomina promovida pelo João Pereira [não, não comecem a inventar coisas da senhora mãe do árbitro ou do árbitro, se faz favor].

[O João Pereira está despedido, sendo tudo uma questão de tempo. No futebol, há leis de ferro. Não há maneira do Sporting ganhar consistentemente e os sócios e adeptos já não o podem ver. Vai ser preciso despedi-lo e indemnizá-lo. Vai ser preciso contratar outro e, porventura, indemnizar o clube de onde virá. No final, no finalzinho as pantominas vão continuar e o João Pereira não vai estar lá para as justificar. Voltará tudo ao princípio uma e outra vez, como no Dia da Marmota, mas sem o Bill Murray e a Andie MacDowell]  

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Ansiedade coletiva

O jogo [do Sporting] contra o Santa Clara para os oitavos de final da Taça de Portugal deixa-nos excelentes tópicos [para reflexão] que nos permitem perspectivar e [até] construir o futuro. Há um tópico obrigatório. É necessário repensar a forma como se insulta o árbitro. Insultar a mãe do árbitro não é a forma mais adequada de insultar o árbitro. Mãe é mãe, filho é filho. A galderice não é [necessariamente] má e aproveita à própria e a mais ninguém. Quando insultamos como insultamos [o árbitro] recorremos à galderice da mãe por que razão? Quando o árbitro é um choninhas, devemos tratá-lo assim e deixar a mãe em paz e sossego, ponto final.

Há um outro tópico incontornável. Aparentemente, a nossa equipa sofre de melancolia depois da saída do Rúben Amorim para o Manchester United [para não mais voltar]. Ninguém tem a certeza ou, pelo menos, tenho as mais sinceras dúvidas [não me passa pela cabeça o Harder a cantar: “Vais partir naquela estrada. Onde um dia chegaste a sorrir. Vais deixar abandonada. Essa flor que era amor a florir”]. Tenho é as maiores reservas quanto aos conhecimentos de psicanálise e de Freud dos comentadores da RTP1 para efetuarem o diagnóstico [mais correto]. Impressiona um pouco ouvir o Rui Malheiro ou o Bruno Prata a insistirem na ansiedade coletiva [doença com um quadro clínico complexo, imagina-se] para explicar um passe errado, um remate mal feito ou um frango. 

Mais uma corrida, mais uma viagem, mais um tópico. É possível que o melhor jogador seja exatamente aquele que não tenha sequer jogado? Até ao jogo [do Sporting] contra o Santa Clara, não, não era possível ou pensámos que não era possível, melhor dizendo. Depois deste jogo, se tivesse de escolher o melhor jogador em campo, escolheria o Esgaio sem qualquer hesitação, sem dúvida alguma [sim, o melhor jogador em campo, apesar de não ter jogado]. O Esgaio fez a sua melhor exibição de sempre. Podia ter efetuado uma exibição ainda melhor se não fossem quatro calmeirões a agarrá-lo com o árbitro a fazer vista grossa [e a pôr-se a milhas, não fosse o diabo tecê-las].

Os árbitros podem ser os melhores jogadores ou o melhor treinador de uma equipa? Mais um tópico que dá que pensar [profundamente]. Dois jogos [do Sporting] contra o Santa Clara e quatro “penalties” [reconhecidamente] por assinalar. Os dois árbitros tiveram mais influência no resultado do que os jogadores do Santa Clara. Os dois árbitros tiveram mais influência, muito mais influência do que o próprio treinador do Santa Clara [o que não é simples, tratando-se, como se trata, do (re)conhecido Jürgen Klopp das regiões ultraperiféricas marítimas, como nos foram explicando enquanto os jogos decorriam]. Se o Varandas tivesse juízo [que não tem] tinha aqui várias opções para substituir o João Pereira [a dez milhões de euros cada, mais IVA]. 

Ganhámos. Ganhámos por dois a um. Estamos nos quartos de final da Taça de Portugal. Foi injusto, muito injusto, perante uma equipa que jogou muito, muito mais e muito melhor. O azar é que o Conrad Harder e o Viktor Gyökeres não ligam ao que diz um Malheiro ou um Prata, uns ignorantes, uns boçais é o que estes escandinavos parecem. Quem não os conhecesse, podia julgar que não respeitam nada nem ninguém, que comem de boca aberta e estão sempre a lançar perdigotos. No entanto, quem os conhece, sabe que não é assim, sabe é que estão atrasados nas aulas de português. Mal compreendam o Malheiro ou o Prata, nunca mais deixarão as benzodiazepinas ou as fluoxetinas.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Tudo como dantes ou como sempre [ou tanto faz como tanto fez]

Ganhámos ao Boavista. Repito, ganhámos ao Boavista. Continuamos em primeiros e só dependemos de nós para passarmos o ano em primeiros. Tudo mudou, mas tudo parece na mesma. O João Pereira não serve e continuamos à espera de Godot, que não chega [nunca chega, se quisermos meter Samuel Beckett ao barulho]. Temos o presente, este presente, mas não nos chega, continuamos a idealizá-lo com o Abel Ferreira ou o Sérgio Conceição [de acordo com o que vamos lendo e ouvindo os sócios e adeptos do Sporting].

O jogo não começou nada mal para uma equipa que sofre de melancolia e um treinador sem habilitações. Cerca de meia hora de insistência e primeiro golo marcado [pelo inevitável Gyökeres]. Como vem sendo hábito, depois de marcado o primeiro golo, a equipa começa a sofrer de stress pós-traumático, revivendo momentos de felicidade com o Rúben Amorim e o dia da sua partida [para não mais voltar]. 

O Salvador Agra, essa promessa [permanentemente] adiada do futebol português, vai pelo meio-campo fora e, chegando ao bico da grande área, para, pensa, hesita e desfaz-se da bola, chutando-a para a molhada onde um avançado, que não marcava um golo desde que o Luís Montenegro é primeiro-ministro, cabeceia sem tirar os pés do chão e empata o jogo. Na defesa, é difícil saber quem esteve pior: se o Matheus Reis, o Eduardo Quaresma ou o Zeno Debast. Porventura, estiveram todos mal e quando assim é, então, a culpa costuma ser do treinador, a não ser que não disponha das necessárias qualificações, não se podendo qualificá-lo como tal.

Entrámos cheios de força na segunda parte, com tanta força que até o Maxi Araújo, que não tira os olhos da bola, por uma vez a meteu direitinha para o Trincão a encostar para a baliza e fazer o dois a um. O enguiço do Moreirense e do Brugge estava quebrado e nada mais havia a temer, pensava eu com os meus botões [o recurso a vários lugares-comuns numa mesma frase é característico de grandes autores portugueses, como o José Rodrigues do Santos ou o Jorge Nuno Pinto da Costa]. 

Pensava, mas pensava mal e os botões são os menos culpados. Biqueirada para a frente, Geny Catamo a perder de cabeça contra um adversário que tem mais dois palmos e meio, enquanto o Eduardo Quaresma ia passeando por ali, bola na área e Zeno Debast a aparecer tarde e a más horas a fazer a dobra, permitindo um remate maljeitoso e um frango de difícil execução do Franco Israel [a bola ia direitinha ter com ele e podia ter-se limitado a afastar-se, mas, não, preferiu atirar-se de cabeça para o chão e procurar defender a bola com as mãos, deixando-a passar]. 

O Franco Israel não é, nunca foi de confiança. Se fosse, não precisávamos de contratar o Vladan Kovačević, pensando que encontráramos a solução. A contratação de um novo frangueiro não faz do antigo frangueiro um bom guarda-redes. Entre um novo e um antigo [frangueiro], preferíamos o antigo. Por o preferimos não estamos a estabelecer uma hierarquia quanto à qualidade. É uma simples questão de hábito e o homem é um animal de hábitos, que nem sempre fazem o monge [mais um trocadilho destes e estou pronto a participar nos programas da manhã da TVI e da SIC]. 

Tinha nascido o enguiço do Boavista, voltei a pensar com os meus botões [mantenho uma relação muito coloquial com eles, em particular com uns botões de pele que tenho num caso verde de “tweed”]. O enguiço nasceu para logo ser quebrado pelo Trincão outra vez, depois de uma jogada que o João Pereira tinha encontrado nos apontamentos que o Rúben Amorim lhe deixou. Bem, depois, aconteceram coisas, as coisas habituais. O árbitro e o vídeo-árbitro não viram um “penalty” contra o Benfica [estava escuro, muito escuro, segundo nos comunicaram] e os do Porto desataram à bofetada no túnel do Estádio do Dragão. Tudo muda, tudo fica na mesma, não é bem assim que se diz, mas Lampedusa não é para aqui chamado [ou ainda alguém se lembra dele para nosso treinador].   

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Missão Impossível

Com a saída do Rúben Amorim para o Manchester United instalou-se a [grande] confusão no Sporting em pouco mais de uma semana. É obra! Assiste-se a uma luta de argumentos [mais emocionais do que racionais] entre sócios, adeptos e comentadores [com e sem cartilha]. Ainda não se chegou a consensos, mas para lá se vai caminhando: todos estamos gratos ao Rúben Amorim, aqueles que o queriam como treinador do Sporting e aqueles que simplesmente o abominavam. Não se pretende tanto agradecer-lhe, mas, por oposição, concluir que o João Pereira não serve e o Varandas ainda menos. 

O Rúben Amorim não se portou muito bem. Assumiu o compromisso de levar esta época do princípio ao fim, tendo como objetivo o bicampeonato. Assumiu esse compromisso perante os sócios, os adeptos e, pior do que isso, os jogadores, condicionando as suas opções. Apareceu-lhe uma daquelas propostas que acontece uma vez na vida. É complicada a decisão, todos nós sabemos bem o que isso é. Quantas e quantas vezes assumimos compromissos relativamente aos quais nos arrependemos? Arrependemo-nos, mas cumprimos, é a nossa palavra. 

É que se havia circunstâncias que podiam impedir o cumprimento desse compromisso, então não havia compromisso nenhum e tudo não passava de banha da cobra. Se havia essas circunstâncias e eram do conhecimento da Direção, então, não deveria ter começado a época sequer. Não se pode é constituir uma equipa de futebol para dar resposta às idiossincrasias técnico-táticas de um treinador como o Rúben Amorim e, depois, ficar com a criança nos braços.

A equipa do Sporting é uma obra de autor. No seu contexto, o Rúben Amorim é um género de Manuel de Oliveira do pontapé na bola. Não conheço nenhuma equipa que jogue como o Sporting. Não conheço nenhuma equipa que tenha um plantel como o nosso, constituído por 6 ou 7 defesas centrais, nenhum defesa lateral [mesmo contando com o Esgaio e o Fresneda], extremos que fazem de laterais e de extremos ao mesmo tempo e [só] três jogadores do meio-campo. Com a forma de jogar do Sporting e o seu plantel, que treinador [desempregado] com experiência e curriculum está disposto a pegar na equipa e fingir que é o Rúben Amorim, deixando tudo como está? Esse treinador não existe [ou ainda não existe, podendo ser o Rúben Amorim se continuar a perder jogo sim, jogo também]. 

Não era simples [nem isenta de controvérsia] a substituição do melhor treinador do Sporting dos últimos cinquenta ou sessenta anos. O Varandas devia ter sido claro quanto a isso e às dificuldades que por aí vinham. Não o foi, porventura porque os sócios e adeptos nunca costumam estar disponíveis para ouvir a verdade ou por amizade e deferência com o Rúben Amorim. Preferiu explicar-nos que estava tudo previsto e que o Rúben Amorim estava a ser clonado há muito tempo, como se isso fosse possível. O João Pereira foi corajoso e aceitou o desafio. Parece-me uma missão impossível, mas continuo a pensar que seria uma missão impossível para qualquer outro treinador.