No jogo [do Sporting] contra o Gil Vicente ficou evidente que pode existir culpa de alguém [no resultado], mas da mãe do árbitro é que não [nunca é]. Em poucas palavras, o árbitro anulou um golo limpo ao Sporting para marcar “penalty”, tendo o vídeo-árbitro e o árbitro, depois, revertido essa decisão e, assim, nem golo nem “penalty”. Nenhuma mãe pensa dar à luz um filho que anule um golo limpo para marcar um “penalty” e, arrependendo-se, engula o apito à frente de toda a gente. As mães desejam o melhor para os seus filhos e nunca os querem ver com cara de quem acabou de meter o apito entre as pernas [se o filho for árbitro e estiver a apitar] ou o rabo entre as pernas [se o filho não for árbitro ou se for árbitro e não estiver a apitar].
Se a culpa não é da mãe, então é do filho? Não necessariamente, a não ser que o filho seja o João Pereira. O João Pereira inventou esta pantomina e prepara-se para inventar outra no próximo jogo [contra o Benfica]. Não me admiraria se visse o Di María a ir às ventas ao Pedro Gonçalves, obrigando o árbitro a dar-lhe uma valente reprimenda, uma descompostura das antigas, depois de alertado pelo vídeo-árbitro para esse salsifré. O João Pereira não olha a meios, é capaz de tudo, até do enxovalho de enviar o Rúben Amorim para o Manchester United contra a sua vontade e a vontade do Manchester United.
O jogo foi esta pantomina e pouco mais. No Sporting, remendaram-se um par de jogadores – o Diomande e o Quaresma – e enxameou-se o banco com miúdos que, aquela hora, já tinham concluído os trabalhos para casa [ou TPC]. Com o Diomande no meio da defesa, passámos a ganhar a primeira bola e, assim, a dificultar a possibilidade do Gil Vicente avançar no terreno. Na segunda parte, com o cansaço da equipa adversária e a entrada do Matheus Reis para a esquerda [e a deslocação do Zeno Debast para a direita] passou-se da dificuldade para a impossibilidade e os jogadores do Gil Vicente não mais puseram os pés no meio-campo do Sporting. Com a entrada do Geny Catamo, a defesa adversária desmantelou-se e salvou-a a [referida] pantomina promovida pelo João Pereira [não, não comecem a inventar coisas da senhora mãe do árbitro ou do árbitro, se faz favor].
[O João Pereira está despedido, sendo tudo uma questão de tempo. No futebol, há leis de ferro. Não há maneira do Sporting ganhar consistentemente e os sócios e adeptos já não o podem ver. Vai ser preciso despedi-lo e indemnizá-lo. Vai ser preciso contratar outro e, porventura, indemnizar o clube de onde virá. No final, no finalzinho as pantominas vão continuar e o João Pereira não vai estar lá para as justificar. Voltará tudo ao princípio uma e outra vez, como no Dia da Marmota, mas sem o Bill Murray e a Andie MacDowell]
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