Esta foi uma semana interessante:
o Presidente da República em directo de um multibanco; o ex-presidente do Benfica
em passeata de Ferrari no Gerês, a banhos nas termas; o chumbo do orçamento,
meio caminho andado para eleições antecipadas; os combustíveis pela hora da morte; tudo culminando
num sábado com os três grandes a jogarem em sequência, com os resultados que se
conhecem.
Em abono da verdade a culpa disto
tudo é de Rúben Amorim. Existe um a.R. e um d.R. Um antes de Rúben e um depois de
Rúben. Antes de Rúben vivíamos na mística do falhar, falhar cada vez melhor, falhar sempre. Depois de Rúben, se não for um grande jogo, que ganhe o
Sporting, e onde vai um vão todos. Todos? Todos, menos o Paulinho, dirão
alguns, menos atentos.
De facto, o Paulinho parece tomado
pela velha máxima do Sporting, falhar,
falhar cada vez melhor, falhar (quase) sempre! Mas, na realidade, o Paulinho
é um agente infiltrado, treinado não para matador, mas para dissimulador,
forçando o adversário a cometer erros e a abrir espaços. Semear a incerteza é
semear o pânico.
Como diz o Vítor Manuel, ninguém
ganha sozinho, e assim sendo, o Paulinho não falha sozinho, falha para a
equipa, em suma, falha para um bem maior. Ainda ontem, num canal televisivo com
nome de jornal desportivo, Vítor Manuel destacava a importância de Paulinho no preenchimento
de espaços, nas transições (tudo menos a marcação de golos) e nas bolas paradas, de que o golo de Coates é um
exemplo, pois a bola é cabeceada ao primeiro poste por Paulinho, não em
direcção à baliza, mas para um espaço onde supostamente aparecerá alguém que
não falhe. Esse alguém, ultimamente é Coates, ele próprio um dissimulador, por excelência.
Quando não falha o Paulinho, falha
o Matheus Nunes a fazer de Paulinho. Um destes dias falhará inesperadamente
Coates, em prol de outro movimento que permitirá um golo de pontapé de moinho a
Adán. Entretanto, o que era inesperado (golos de Coates na sequência de um
canto) tornam-se uma repetição facilmente desmontada, mais uma vez, por todos
os adversários. Ontem isso aconteceu mais uma vez. Antes do jogo, já o Pepa
mostrava o lance do golo a uns incrédulos jogadores do Vitória. Qualquer
semelhança com a realidade é da responsabilidade de Rúben Amorim.
Genial: é sempre um prazer ler uma crónica que foge ao estereotipo da lenga lenga futeboleira.
ResponderEliminarPaulo F
SL
Mesmo!
EliminarE agora fico à espera de um golo do Adan
Obrigado caro Paulo, escrevo para desopilar.
EliminarO Adán está a treinar o lance, mas tudo depende de uma boa falha de um colega. Está tudo pensado...
SL
E os pouco mais de vinte mil em Alvalade, alguém tem explicação? De quem é a responsabilidade??????
ResponderEliminarSe tivesse lá ido, como eu fui, tinha percebido que a chuva foi um ligeiro entrave
EliminarMeus caros,
EliminarEstamos com o Sporting, sempre!
Apenas não percebo aquela bancada vazia, parte da Sul. Não sou adepto da ideia de um cartão de adepto...
SL