Há jogos assim. E este não terá
sido o único. São os jogos (menos conseguidos - como agora se diz) que se podem
perder, ou pelo menos não ganhar. Acontece a todos os que lutam por objetivos. A
diferença está nas equipas que nesses jogos (menos conseguidos) que se podem
perder ou não ganhar, não perdem, nem empatam: ganham! É claro que os jornaleiros
a soldo estremecem e contam as estrelinhas no quintal. Como se o Coates não
estivesse na grande área, como se o João Mário não estivesse em campo, como se
aquela bola cabeceada pelo Coates fosse um produto do divino. Não foi. Nem
sequer foi a mão do Maradona. A diferença está em estar lá e… não falhar. Lembram-se
daquele falhanço do Bryan Ruiz? Eu sei que se lembram. Ele até estava lá mas...terá sido falta de estrelinha?
Rúben Amorim no final disse tudo:
foi a pior exibição do Sporting este ano. Ou melhor, foi um jogo menos
conseguido em modo tiki taka para entretidos confinados. A partir do golo, foi jogado
sem balizas, pouco intenso, monótono, com alguns meiinhos de treino. Uma das equipas (a que jogava em casa) sem
grandes ideias, a não ser a coesão e a união do costume, a outra equipa (a que
jogava fora), esforçando-se por mostrar que vinha disputar o jogo, desconfiada
(mas confiante) do desaparecimento das balizas.
As balizas reapareceram
(misteriosamente) nos últimos dez a quinze minutos de jogo. Mas isso já nós
sabemos: o golo do Sporting foi estrelinha e o do Santa Clara uma jogada do
outro mundo, tão intencional e vistosa que o Feddal decidiu participar, de tão
maravilhado que estava.
Rematando: bem que nos falta um abre-latas de vez em quando (o Rúben até falou do Futre, mas sem este alegar problemas psicológicos), e mais opões para o ataque. Com o Paulinho de molho ficamos a penar. O resto é jogo a jogo, debruçados no parapeito, a olhar as estrelas...
Caro Gabriel,
ResponderEliminarFoi isto mesmo. Desta vez até tivemos um jogo com história para contar, mas o Rúben Amorim armou-se em desmancha prazeres e contou ele a história toda.
Entretanto fico baralhado com muitos comentários. Passámos mais de uma hora a ouvir dizer que pelos vistos marcar no primeiro remate que se faz à baliza é crime. Depois passámos as horas seguintes a ouvir dizer que marcar no último é sorte. Fico sem saber qual o momento mais justo para marcar um golo!
Deve ter sido uma merecida homenagem à eterna música: "Rapaziada quer se possa / Ou se não possa / A vitória será nossa / Viva ao Sporting"
SL
Obrigado, meu caro. Não há nenhum momento justo para marcarmos um golo, apenas para sofremos.
EliminarSL
Excelente texto. A equipa acredita até ao fim, mas está espremida, com o Porro é outra coisa e a ver se o Paulinho volta ao jogo e aos golos. Ainda falta muito para foguetórios.
ResponderEliminarSL
Leão de Leiria
Obrigado, meu caro. Sem foguetório, com o Porro e se calhar também com o Paulinho. Esperemos que não tenha vindo cheio de mazelas...
EliminarSL
Seja como for os textos do Rui Monteiro vão sendo mais interessantes..
ResponderEliminarInteiramente de acordo, meu caro.
EliminarSL
Acho que o R.Amorim está a dar pouco tempo de jogo ao Jovane Cabral .
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarO Jovane tem jogado pouco e o Cabral vai pelo mesmo caminho. Ali há coisa.
Sl