A equipa do Porto perdeu quatro a um contra o Lask Linz da Capital do Móvel. Por sua vez, a equipa de arbitragem ganhou dois a zero ao Lask Linz da Capital do Móvel. O resultado consolidado foi de três a dois a favor do Lask Linz da Capital do Móvel. Como é possível tal coisa? O resultado da equipa de arbitragem são números irracionais. Não se está em falar de número enquanto representação e de irracional enquanto exercício ilógico, absurdo, nada disso. Não, não se está em nenhum momento a afirmar que a equipa de arbitragem efetua representações irracionais. As representações são racionais, os números é que são irracionais ou números decimais, infinitos e não-periódicos.
A equipa do Benfica perdeu três a zero contra o Lask Linz do Porto. O Jorge Jesus queixou-se de os jogadores do Boavista terem na primeira parte acertado trinta vezes nas canelas dos do Benfica. Fui consultar as estatísticas. Não vem nada sobre pontapés nas canelas, mas admito como boa a informação ou não soubéssemos nós, sportinguistas, o que a casa gasta, mas vem sobre pontapés à baliza. O Boavista fez onze e o Benfica um. Em quarenta e cinco minutos os do Boavista enfiaram cerca de quarenta pontapés, ora à baliza ora nas canelas, enquanto os do Benfica pouco ou nada, nem de uns nem de outros.
Dito isto, o que é que une o Benfica e o Porto? O facto de jogarem contra o Lask Linz, dirão aqueles que tiveram a santa paciência de ler até aqui. Não, nada disso: o que une é que cada um à sua maneira desbaratou mais de cem milhões de euros para fazer este lindo serviço [peço desculpa pelo recurso a conceitos económico-financeiros pouco próprios, quando devia referir resultados líquidos transitados, investimento e amortizações, passivos e ativos e coiso e tal].
O Sporting enfiou quatro batatas no Lask Linz de Tondela. O Rúben Amorim cumpriu condição necessária e suficiente para se fazer um bom jogo. Condição necessária, ao assegurar que o adversário não jogasse a ponta de um corno e não tivesse uma oportunidade de golo para amostra; condição suficiente, porque a equipa marcou quatro golos, embora o jogo devesse ter sido de muda aos cinco acaba aos dez. A tática foi um primor: um 3x4x3, que se desdobra num 5x2x3, num 5x4x1, num 3x2x5 ou em várias combinações e arranjos cujo somatório de jogadores de campo não ultrapasse os dez. Há quem diga que tudo se deve à inclusão de um ponta-de-lança. Seria uma explicação plausível se o Sporar fosse um ponta-de-lança. O Sporar não é um mas dois, apresenta a capacidade de desmarcação para as laterais de um Wolfswinkel e a acutilância na finalização digna de um Krpan.
Mas é de contas que se deve falar. Os jogadores do Sporting fizeram catorze faltas e levaram três amarelos, enquanto os do Tondela fizeram vinte e levaram dois. Em Guimarães espera-nos o Artur Soares Dias ou o Fábio Veríssimo que se segue. Enquanto não jogamos, sempre podemos comparar os pontos fortes e pontos fracos do plantel do Sporting relativamente aos dos rivais Benfica e Porto, como há dias li algures. O do Sporting tem mais pontos: mais um do que o do Benfica e mais seis do que o Porto. Há sportinguistas que dizem que se trata de pontos fracos. Não sei, sei é que são pontos e isso basta.
"O desaire do Benfica no Bessa deixou o Sporting isolado na liderança da Liga. Será a equipa de Rúben Amorim candidata ao título? «Nem pouco mais ou menos», atirou Manuel José, sustentando que, para isso, «era preciso que o Benfica falhasse completamente, era preciso que o Porto falhasse completamente também, porque têm muito mais argumentos.»
ResponderEliminar«Costuma-se dizer que a alegria na casa dos pobres dura sempre pouco tempo», observou, ressalvando, contudo, que «em futebol tudo é possível.»"
Manuel José. Treinador. Este acha que são pontos fracos. Ou pobres !
Meu caro,
EliminarEm Portugal, os campeonatos não são decididos dentro do campo mas pelo Manuel José e outros que tais em programas de televisão. Nem sei bem a razão de se jogarem tantos jogos se basta pedir ao Manuel José ou outro assim para decidir o campeonato.
SL
Meus amigos
EliminarTem razão o homem. Quem sabe, não fosse a subserviência inerente à sua condição de assalariado da estação que lhe paga, se não teria especificado e dissertado sobre a gama de "argumentos" que referiu. Conhecimento de causa decerto que o tem.
Meu caro,
EliminarO Manuel José de vez em quando sempre se vai descaindo, mas nunca conta as histórias até ao fim. É evidente que ele sabe do que fala. Mas o que ele sabe em detalhe sabemos nós pelos resultados. Nada de novo, portanto.
SL
Rui Monteiro
ResponderEliminarCrónica hilariante! Mas voltemos às coisas sérias. No ano passado no Bessa, só o Bruno Fernandes levou 13 vezes nas canelas e 6 de um só jogador. O Bruno Fernandes fez duas faltas. Conclusão: o caceteiro do Boavista continuou em campo, o Bruno Fernandes foi expulso. No dia seguinte, apelidaram-nos de calimeros do costume.Agora o Jesus diz aqueles disparates, só superados pela sua contratação pelo Bruno de Carvalho, e ninguém diz nada. Parece que o benfica perdeu por causa das 31 faltas, sendo, segundo Jesus, 20 delas nos primeiros 30 minutos. Portanto, teve meia hora para virar o jogo, apesar de só sofrer dez faltas e o benfica ter feito outras tantas nesse período. Mas estas análises não cabem na massa encefálica do treinador falhado Manuel José.
Um Abraço.
Meu caro,
EliminarO Jorge Jesus falou da necessidade dos árbitros condicionarem os adversários com amarelos. Ora, é assim que se ganham ou perdem campeonatos. Nós sabemos muito bem o que é ter adversários a dar pau o jogo todo e os nosso a levar amarelos.
Ele pode estar contente. Se fosse connosco, levávamos as trinta biqueiradas e ainda tínhamos um Bruno Fernandes ou um Coates expulso. Fala de barriga cheia!
Um abraço
Meu caro Rui, você é um génio!
ResponderEliminarObrigado pelas gargalhadas e o sorriso final com que fico depois de ler as suas crónicas.
Um abraço,
Salgas
Meu caro Salgas,
EliminarObrigado. Estamos cá para isso. Se não nos rirmos, a vida é um pesadelo e o Sporting ainda mais.
Um abraço
Caro Manuel Matias,
ResponderEliminarNão fale em lesmas ou começamos a lembrar-nos do Jesé ou do Alan Ruiz. Quanto ao Manuel José, convive bem como todos como ele convivem com a realidade de o jogo não se decidir em campo com a bola e os jogadores. Se falássemos sempre em bola e jogadores, perceberíamos que se trata de um jogo e num jogo qualquer um pode vencer.
SL