Estamos em pré-época e a minha disponibilidade para compreender as experiências do Ferro e do seu novo treinador-adjunto é naturalmente generosa. Mais dois jogos destes e a equipa está em condições de ser apresentada aos sócios. Está na altura de nos apresentarem um francês entradote que tem um pé esquerdo que passa a bola sempre redondinha para os seus colegas; um uruguaio alto e espadaúdo que limpa de cabeça todas as bolas por alto; um puto que joga a central com alma até Almeida e um cabedal que impõe respeito e permite ganhar uma e outra vez o corpo a corpo com os adversários; um puto brasileiro no meio-campo que tem um pulmão que não acaba, está em todo o lado ao mesmo tempo e ganha bolas atrás de bolas, embora ainda um pouco faltoso; um outro puto que se parece com o que saiu para o Manchester United (Jovane Fernandes Cabral, será?). Há mais uns putos interessantes, como o lateral esquerdo e o guarda-redes, que, como os restantes, são desconhecidos de todos nós.
Neste jogo contra o Tondela, registaram-se evoluções relativamente aos dois anteriores, contra o Guimarães e Paços de Ferreira, embora ainda continuem presentes as dificuldades mas também as virtudes do modelo de jogo adotado. A evolução esteve na pressão mais alta sobre a saída de bola do adversário e numa maior facilidade em a ganhar em terrenos mais adiantados se não à primeira pelo menos à segunda. Num ou noutro contra-ataque, a equipa também se reorganizou para defender. Na segunda parte, a defender, a equipa esteve sólida, compacta e sem dar abébias ao adversário. No ataque, ao se jogar com três centrais, privilegia-se em demasia o jogo exterior, sem movimentos interiores com a frequência desejada dos extremos e apoio dos médios, existindo uma só referência na área e inferioridade numérica no meio. O ataque parece viver da irrequietude dos putos e, em especial, da insolência do referido Jovane Fernandes Cabral (será?). As oportunidades foram poucas mas aproveitadas com enorme avidez, permitindo a vitória por dois a zero.
A arbitragem não precisa de apresentação ou reapresentação. Houve trezentos e vinte e oito “penalties” a favor do Sporting. Em todas as situações, vimos marcar por muito menos. Um empurrão não se basta e é preciso recorrer à cinemática e à mecânica para se saber se é falta ou não, fazendo-me recordar os conceitos de torsor e de momento (o momento é a força vezes o braço ou a distância). Bola na mão ou mão na bola também depende de análises profundíssimas sobre a relação entre volumetria e movimento dos braços. Com mais ou menos ciência, não parece adequado é não penalizar a placagem do “arrière” da equipa de rugby do País de Gales ao alto e espadaúdo uruguaio. Como todos sabemos, no rugby, uma placagem sem bola origina uma penalidade e a possibilidade de, na sua conversão, se somar (mais) três pontos.
Caro Rui,
ResponderEliminarPelo que me foi dado ver (não vi o jogo todo) estamos preparados para o troféu dos cinco violinos. A arbitragem também está preparada para mais uma época do costume.
Um abraço
Caro Gabriel,
EliminarPara início de época as coisas não estão mal. Desde que não se esteja a competir por nada, as coisas vão andando. Ver-se-à quando for a sério.
Abraço
Esta pré-época promete: os putos voltaram a Alvalade e vão-se divertindo, os paineleiros, vão paineleirando, o homens do apito vão assoprando, o Var vai aproveitando para fazer contas ao que recebe por avariar e enquanto confere os rendimentos deixa de ter os olhos na TV. Assim a Liga bem podia aproveitar e ir buscar as jarras ao sotão para os meter, sempre que fossem apanhados a dormir naa forma.
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarCom o VAR, não se ter marcado "penalty" na placagem ao Coates só pode ser para rir. Estava a dormir e tem o sono pesado.
SL