terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Sem espinhas


Vejam isto: o Sporting ganha 4-0 e o treinador da equipa adversária põe-se a efabular um discurso, que a sua equipa esteve aquém (aquém de quê?), que foi mais demérito que o mérito do adversário, que a passividade para aqui e para ali. Também é por isso que as equipas perdem, mas sobretudo porque os adversários são melhores e as obrigam a isso.  E o Sporting foi e é melhor que o Santa Clara, principalmente quando não inventa e não joga o Jesé e o Ilori, ou o Rosier. Noventa por cento dos jogos da liga portuguesa são contra equipas que lutam dignamente para não descer de divisão. Os seus orçamentos anuais não permitem sequer que Cristiano Ronaldo mantenha a sua alta rotação de relógios e brincos. Esqueçam os iates. No máximo dá para um bote. 

No final da primeira parte já podia estar três a zero, pelo menos. Porém, a passividade e o demérito da equipa da casa não nos deixaram alternativa. Marcamos apenas um e contrariados. Quando viemos dos balneários, sem tempo ainda para nos apercebermos do demérito e da passividade alheias, já lá tínhamos enfiado outra bola. Da forma como o demérito do adversário, a sua passividade e o nosso (algum) mérito andavam, via-se que íamos marcar mais e assim o fizemos. Era uma sensação estranha, via-se claramente no rosto dos nossos jogadores. O jogo acabou e na viagem para os balneários o demérito e a passividade do adversário ainda se notavam e estivemos quase para marcar mais um. Mas não gostamos de ver a malta a sofrer, a não ser nós próprios. É assim o nosso clube. E nunca deixaremos de o apoiar. 

4 comentários:

  1. Meu caro, de forma passíva e com pouco mérito, dou-lhe os parabéns por esta crónica. Neste local não faltam boas jogadas e golos em fartura...

    SL

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    1. Meu caro,

      eu é que agradeço, mas o mérito é poucochinho...

      SL

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  2. Absolutamente de acordo com o Anónimo!

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