domingo, 5 de fevereiro de 2017

Golos de meninos ou uns verdadeiros anjinhos?

Mais uma vez um jogo nosso teve duas partes distintas. Não três, não quatro, duas, sempre duas, mediadas pelo intervalo, como se cada quarenta e cinco minutos fosse um tributo à nossa paciência ou ansiedade.

Na primeira das partes JJ decidiu (mais uma vez) inventar. Teve um sonho e de lá saiu o Matheus Pereira que apenas tinha um minuto no campeonato. O Matheus Pereira concorreu de certeza para o penteado mais exótico do jogo. Enquanto esteve em campo ganhou esse prémio e nada mais. Andava perdido a respirar por um(a) Palhinha. O Palhinha não teve culpa, não, não é responsável pelo súbito amor à formação dos responsáveis do clube. Na verdade a defesa de uma equipa não se trata apenas da defesa da equipa. A equipa ou defende ou sai de cima. Para defender é preciso entrar em campo. A equipa não entrou em campo na primeira parte. Ponto. Daí a questão, sofremos golos como meninos, ou somos verdadeiros anjinhos?

A entrada (mais uma) na segunda parte levou-nos paro o campo das coisas diabólicas. Diabólico, porque aquilo não se faz aos nossos nervos. Diabólico o gato-sapato que fizeram da equipa do porto, verdadeiramente banalizada, sem fazer qualquer remate à nossa baliza. Justiça ao Ruiz que lá vai rematando de meia distância, para não ser sempre o Adrien a falhar. Falhamos uns…o guarda-redes defendeu outros. O árbitro não assinalou um penalti contra o Porto, por mãos (assim mesmo no plural) na bola. Nada de novo. O Zeegelaar continua Zeegelaar. O Ezequiel Schelotto continua Ezequiel Schelotto. O Semedo continua a distrair-se com a bola, concorrendo para o gajo em campo com o maior sangue frio a despropósito. O Bryan continua triste. Nós continuamos…a meio caminho andado de um pacemaker.

8 comentários:

  1. Mto bom:)
    a primeira parte foi muito má, acho que o Matheus até foi vítima ao ser lançado aos dragões, sempre muito sozinho e o Palhinha um pouco perdido como quase toda a equipa... foi mais do mesmo este ano. Na 2 parte foi correr atrás com azr e roubo. não esquecer q o 2 golo é precedido de falta
    É pensar para o ano...

    SL

    Leão de Leiria

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    1. Meu Caro,

      Já podemos fazer um verdadeiro compêndio de de más primeiras partes. O Palhinha é apenas mais um efeito colateral. A segunda parte faz parte do comp~endio das segundas partes...não chega!

      SL

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  2. Mais uma vez o Sporting joga como nunca é perde como sempre. E tempo para JJ perceber que existe uma diferença abissal entre perder e ganhar...

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    1. Caro,

      A diferença entre ganhar e perder é talvez demasiado obvia para ser discutida. A velha máxima de que é desporto ficou lá atrás...quando o futebol era digno desse nome...

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  3. "súbito amor à formação" como "um passo atrás para dar dois á frente" no discurso de JJ para tentar branquear a péssima preparação desta época

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    1. Caro,

      damos tantos passos atrás para melhor dar uns quantos à frente, que lhe perdemos a conta e lhe trocamos as voltas. Quanto à preparação da época já por aqui dissecamos o cadáver.

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  4. Caro Gabriel,

    Penso que o jogo reflecte muito o que foi a nossa época.

    Uma primeira parte que se 'oferece' ao adversário. Em matéria ofensiva a nossa tática parece ser usar a 1a parte como "preliminar" da 2a: na primeira parte andamos por ali mas nem chutamos à baliza.

    "Azar" com as arbitragens. Mais uma vez. Depois do que já vimos nem foi nada de 'escandaloso'. Mas foi. Como tem sido tantas vezes. Demais.

    Uma boa 2a parte, mas que apenas chegou para a vitória moral (coitado do Rui Patrício: sofre 2 golos sem fazer uma defesa que se veja). Vitórias morais já tivemos que cheguem, nesta fase precisávamos mesmo daquelas que dão pontos.

    SL

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    1. Caro João,

      Como escrevi acima: já temos um verdadeiro compêndio de más primeiras parte e de segundas partes atrás do prejuízo. Vamos avançar brevemente para uma antologia do sofrimento e uma outra das vitórias morais. proximamente será lançada uma sobre arbitragens com cerca de mil e trezentas páginas.

      Ninguém nos bate nisso.

      SL

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