O jogo de hoje, contra o Moreirense, gera “mixed feelings”. A primeira sensação é de desperdício. Esta época podia ter sido bem diferente se não tivéssemos consentido empates disparatados em casa contra equipas medíocres. A segunda é que, mesmo goleando, deixámos sempre o jogo e o resultado em aberto.
Só vi a segunda parte, no Flávio, como sempre. Ouvi o relato da primeira, enquanto regressava a casa. Do que vi e ouvi, tem-se a sensação de já se ter visto este filme mais vezes. Com a bola nos pés, parecemos estar a jogar uma peladinha com os amigos. Ninguém joga fácil. Todos jogam para a nota artística. Não se congela o jogo. Joga-se sempre para a frente. Quando perdemos a bola, fica o William Carvalho com as despesas do meio-campo e uma defesa à beira de um ataque de nervos.
Jogámos de forma agradável. Fizemos jogadas espectaculares. O Montero marcou um golo só a alcance dos predestinados (ainda bem que estava de costas para a baliza; se estivesse de frente e fosse fácil o mais provável é que acabasse por falhar). As coisas correram bem, tão bem, que até o Capel fez um cruzamento para mais um golo do Montero. O Nani procura incessantemente um golo que possa passar na Eurosport. Não vê os colegas e as suas desmarcações. Não vê mais nada a não ser a si próprio numa moldura a marcar o golo da época.
O pior, como disse, é quando perdemos a bola. A rapaziada do Moreirense teve sempre todo o espaço do mundo para atacar. Tiveram oportunidades. Tiveram inúmeros remates à entrada e dentro da área. Atiraram para a bancada. É normal. O jeito não dá para mais. O problema é se acertam, e às vezes acertam. Deixámos que o jogo estivesse permanentemente dividido, mesmo com uma vantagem confortável.
É agradável ver jogar o Sporting. É ainda mais agradável quando as coisas correm bem, como hoje. Mas não sei se uma equipa de futebol é isto. Não basta jogar bem à bola. É necessário compromisso e solidariedade. O compromisso e a solidariedade é que fazem de um conjunto de jogadores uma equipa e uma equipa vê-se a defender, vê-se nos momentos difíceis. Nem sempre vimos o Sporting a defender bem. Nem sempre vimos o Sporting a superar-se nos momentos difíceis.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Mixed feelings
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Rui Monteiro
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23:32
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Deixar a pele em campo
As nossas modalidades amadoras deram-nos um grande exemplo este fim-de-semana. No hóquei em patins ganhámos a Taça CERS. No futsal ficámos em terceiros na UEFA Futsal Cup.
Em todos estes resultados houve um elemento comum: os jogadores deixaram a pele em campo.
No futsal não fomos tão felizes como no hóquei em patins. Mas, em todos as partidas, os jogadores deram tudo o que tinham e não tinham. No futsal perdemos com uma equipa que nos é superior. Estivemos a perder por dois e com cinco faltas. Empatámos fazendo das fraquezas forças. Perdemos nos segundos finais. Não desanimámos. Voltámos para golear a equipa da Rússia e conquistar o terceiro lugar.
No hóquei em patins éramos verdadeiramente o “underdog”. O Reus e o Igualada eram melhores. Sofremos o jogo todo nos dois jogos. Defendemos como podíamos. Fomos solidários. Fomos cínicos o quanto baste.
No último jogo, para além das fraquezas próprias ainda contámos com uma arbitragem à maneira. O adversário conseguiu jogar meia hora com nove faltas e sem atingir a décima. Mandaram repetir um livre direto contra nós. Mandaram repetir um penalty. O nosso guarda-redes esteve sempre lá para evitar o pior. No final, contra um adversário melhor e todas estas adversidades, trouxemos a taça para casa.
No futsal não fomos tão felizes como no hóquei em patins. Mas, em todos as partidas, os jogadores deram tudo o que tinham e não tinham. No futsal perdemos com uma equipa que nos é superior. Estivemos a perder por dois e com cinco faltas. Empatámos fazendo das fraquezas forças. Perdemos nos segundos finais. Não desanimámos. Voltámos para golear a equipa da Rússia e conquistar o terceiro lugar.
No hóquei em patins éramos verdadeiramente o “underdog”. O Reus e o Igualada eram melhores. Sofremos o jogo todo nos dois jogos. Defendemos como podíamos. Fomos solidários. Fomos cínicos o quanto baste.
No último jogo, para além das fraquezas próprias ainda contámos com uma arbitragem à maneira. O adversário conseguiu jogar meia hora com nove faltas e sem atingir a décima. Mandaram repetir um livre direto contra nós. Mandaram repetir um penalty. O nosso guarda-redes esteve sempre lá para evitar o pior. No final, contra um adversário melhor e todas estas adversidades, trouxemos a taça para casa.
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Rui Monteiro
à(s)
14:00
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domingo, 26 de abril de 2015
Silêncio que se vai imaginar o jogo
Não tenho comentado nem postado nada pois não tenho visto
grande parte dos jogos, muitas vezes nem mesmo os resumos. Como não me parece
correto opinar sobre o que não vi, tenho andado calado. Por questões de saúde
mental também não vejo (há muitos anos) os diferentes programas da treta sobre
futebol por isso, nem sequer indignado ando.
Mas provavelmente não estou a fazer bem. Ocorre-me isso quando
por vezes ouço os comentários de alguns treinadores. Parece-me que eles, bem
menos preocupados com a correção, estão a falar do que não viram mas apenas daquilo
que imaginaram ter visto. Para eles, e para outros, deixo aqui um pequeno
diagrama rapinado na net que pode ajudar neste tipo de decisões sobre falar ou
não…
E agora coisa reais:
Parabéns à nossa equipa de hóquei em patins que conquistou Taça CERS!!
Campeões!!!
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A. Trindade
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22:04
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domingo, 19 de abril de 2015
A encher chouriços e mal
Estabilizada a classificação do Sporting e de muitas das restantes equipas do campeonato, este jogos, como o de hoje, contra o Boavista, servem para encher chouriços. Os jogadores andam entretidos a ler jornais para verem o que lhe reserva a próxima época. Os treinadores fazem o que podem. Admito que o Marco Silva tenha de pedir por favor aos jogadores para se equiparem e entrarem em campo.
O jogo começou da melhor maneira. Marcámos o golo mais rápido da época. Se outro título não tivermos, este já cá canta. Nem encomendado se arranjava um início de jogo melhor. Mas, no Sporting, nada é linear. Depois de marcarmos horrivelmente um livre à entrada da área, permitimos que o Boavista saísse a jogar. Os jogadores do Boavista aos trambolhões levaram a bola até à nossa área. Nessa jogada, recuperámos a bola para aí umas três vezes e três vezes a voltámos a perder. De ressalto em ressalto, lá acabou o rapaz mais jeitoso do Boavista por marcar o golo do empate.
A partir daí, entrámos no modo passo de caracol e não mais saímos dele. O Marco Silva ainda tentou acordar a rapaziada com a entrada do Slimani. Mas ninguém estava para maçadas. A acabar a primeira parte, numa espécie de contra-ataque, o Jéfferson sem perceber muito bem onde estava deixou passar a bola e o Tobias Figueiredo acabou, ingenuamente, a derrubar um pequenito do Boavista que se preparava para passar a bola ao Patrício. Expulsão do Tobias Figueiredo e remate no consequente livre à barra. Contra o Penafiel as coisas ainda correram pior. Depois da expulsão, na marcação do livre, sofremos um golo.
Na segunda parte tudo apontava para um jogo ainda pior. O Boavista não defraudou ninguém. Mesmo a jogar contra dez, recuou as tropas e defendeu com tudo o que tinha. Nós continuámos a passo de caracol e parecíamos querer continuar a cumprir o que tínhamos prometido na primeira parte. Estávamos nisto quando o Carrillo sacou um daqueles cruzamentos milagrosos que vão milimetricamente ao encontro da testa do Slimani.
Com o dois a um, as coisas podiam mudar. O Boavista tinha obrigação de atacar e nós teríamos mais espaço para o contra-ataque. Nada disso aconteceu. O Boavista queria, mas não podia. Nós podíamos, mas não queríamos.
Se este jogo foi mau, esperem pelos seguintes. O campeonato português é assim mesmo. Antes de começar a classificação está feita. Durante algum tempo, ainda se vai acreditando que nada está pré-determinado. A partir de certa altura, todos se conformam com a sua sorte e os jogos são um simples exercício de encher chouriço. O futebol português caracteriza-se por este permanente aborrecimento.
O jogo começou da melhor maneira. Marcámos o golo mais rápido da época. Se outro título não tivermos, este já cá canta. Nem encomendado se arranjava um início de jogo melhor. Mas, no Sporting, nada é linear. Depois de marcarmos horrivelmente um livre à entrada da área, permitimos que o Boavista saísse a jogar. Os jogadores do Boavista aos trambolhões levaram a bola até à nossa área. Nessa jogada, recuperámos a bola para aí umas três vezes e três vezes a voltámos a perder. De ressalto em ressalto, lá acabou o rapaz mais jeitoso do Boavista por marcar o golo do empate.
A partir daí, entrámos no modo passo de caracol e não mais saímos dele. O Marco Silva ainda tentou acordar a rapaziada com a entrada do Slimani. Mas ninguém estava para maçadas. A acabar a primeira parte, numa espécie de contra-ataque, o Jéfferson sem perceber muito bem onde estava deixou passar a bola e o Tobias Figueiredo acabou, ingenuamente, a derrubar um pequenito do Boavista que se preparava para passar a bola ao Patrício. Expulsão do Tobias Figueiredo e remate no consequente livre à barra. Contra o Penafiel as coisas ainda correram pior. Depois da expulsão, na marcação do livre, sofremos um golo.
Na segunda parte tudo apontava para um jogo ainda pior. O Boavista não defraudou ninguém. Mesmo a jogar contra dez, recuou as tropas e defendeu com tudo o que tinha. Nós continuámos a passo de caracol e parecíamos querer continuar a cumprir o que tínhamos prometido na primeira parte. Estávamos nisto quando o Carrillo sacou um daqueles cruzamentos milagrosos que vão milimetricamente ao encontro da testa do Slimani.
Com o dois a um, as coisas podiam mudar. O Boavista tinha obrigação de atacar e nós teríamos mais espaço para o contra-ataque. Nada disso aconteceu. O Boavista queria, mas não podia. Nós podíamos, mas não queríamos.
Se este jogo foi mau, esperem pelos seguintes. O campeonato português é assim mesmo. Antes de começar a classificação está feita. Durante algum tempo, ainda se vai acreditando que nada está pré-determinado. A partir de certa altura, todos se conformam com a sua sorte e os jogos são um simples exercício de encher chouriço. O futebol português caracteriza-se por este permanente aborrecimento.
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Rui Monteiro
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21:51
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domingo, 12 de abril de 2015
Onde é que andavas, Olegário?
Mais um jogo para cumprir calendário. Era para cumprir e cumpriu-se. Ganhámos que era o que interessava, embora tivéssemos jogado a passo de caracol.
Entrámos a dormir. O Setúbal mostrava entusiasmo. Num lançamento de linha lateral criam uma oportunidade. As ordens pareciam óbvias. Biqueirada para a frente para um grandalhão coreano ou lançamentos longos para um ciclista que jogava na lateral direita. Sempre que possível, bater no adversário.
Depois de darmos um quarto hora a vinte minutos de vantagem, pegámos no jogo. Bola de pé para pé, mas tudo um pouco devagar. O Miguel Lopes era o que se mostrava mais empenhado, a parte de um Tanaka que, quando está em campo, dá o que pode e a mais não é obrigado. A continuar assim, o Cédric tem mesmo de assinar por outro clube qualquer, depois de jogar na equipa B um aninho.
Estávamos nessa modorra quando, depois de uma bola às três tabelas, o Miguel Lopes faze um centro perfeito para um cabeceamento ainda mais perfeito do Mané. Mais uma corrida mais uma viagem, lançamento longo para as costas da defesa à procura do Mané, corte em desespero de um defesa do Setúbal e remate imparável do Tanaka.
O jogo parecia resolvido. Só que com o Sporting nunca um jogo está resolvido. Mal começa a segunda parte, numa biqueirada para a frente o Ewerton cai mal, fica magoado, o grandalhão coreano fica sem marcação e faz o que ainda agora tem dúvidas que tenha feito. Jogo em aberto novamente.
Confusão na área do Sporting, um jogador do Setúbal dá uma biqueirada no Ewerton, gera-se a moche do costume e o Olegário mostra amarelo aos dois jogadores, sendo que era o segundo para o jogador do Setúbal. Só que o Olegário depois de começar fica imparável. Pouco depois, inventa uma falta para mostrar o segundo amarelo ao Ewerton.
O espetáculo passou a ter um único artista. Amarelos atrás de amarelos para jogadores do Sporting, com os jogadores do Setúbal sempre à vontade para jogarem como queriam e lhes apetecia. Substituições para cá, substituições para lá, mas o artista continuava a ser só um: Olegário Benquerença. Ao que dizem, o Olegário tem-se recusado a arbitrar jogos, sobretudo os que envolvem as principais equipas. Por isso é que já mal nos lembrávamos dele. Hoje, para que dúvidas não restassem, lembrou-nos a todos o que foi a sua longa carreira no topo da arbitragem nacional.
Entrámos a dormir. O Setúbal mostrava entusiasmo. Num lançamento de linha lateral criam uma oportunidade. As ordens pareciam óbvias. Biqueirada para a frente para um grandalhão coreano ou lançamentos longos para um ciclista que jogava na lateral direita. Sempre que possível, bater no adversário.
Depois de darmos um quarto hora a vinte minutos de vantagem, pegámos no jogo. Bola de pé para pé, mas tudo um pouco devagar. O Miguel Lopes era o que se mostrava mais empenhado, a parte de um Tanaka que, quando está em campo, dá o que pode e a mais não é obrigado. A continuar assim, o Cédric tem mesmo de assinar por outro clube qualquer, depois de jogar na equipa B um aninho.
Estávamos nessa modorra quando, depois de uma bola às três tabelas, o Miguel Lopes faze um centro perfeito para um cabeceamento ainda mais perfeito do Mané. Mais uma corrida mais uma viagem, lançamento longo para as costas da defesa à procura do Mané, corte em desespero de um defesa do Setúbal e remate imparável do Tanaka.
O jogo parecia resolvido. Só que com o Sporting nunca um jogo está resolvido. Mal começa a segunda parte, numa biqueirada para a frente o Ewerton cai mal, fica magoado, o grandalhão coreano fica sem marcação e faz o que ainda agora tem dúvidas que tenha feito. Jogo em aberto novamente.
Confusão na área do Sporting, um jogador do Setúbal dá uma biqueirada no Ewerton, gera-se a moche do costume e o Olegário mostra amarelo aos dois jogadores, sendo que era o segundo para o jogador do Setúbal. Só que o Olegário depois de começar fica imparável. Pouco depois, inventa uma falta para mostrar o segundo amarelo ao Ewerton.
O espetáculo passou a ter um único artista. Amarelos atrás de amarelos para jogadores do Sporting, com os jogadores do Setúbal sempre à vontade para jogarem como queriam e lhes apetecia. Substituições para cá, substituições para lá, mas o artista continuava a ser só um: Olegário Benquerença. Ao que dizem, o Olegário tem-se recusado a arbitrar jogos, sobretudo os que envolvem as principais equipas. Por isso é que já mal nos lembrávamos dele. Hoje, para que dúvidas não restassem, lembrou-nos a todos o que foi a sua longa carreira no topo da arbitragem nacional.
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Rui Monteiro
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21:56
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quarta-feira, 8 de abril de 2015
Com direito a farnel
Só vi o jogo a partir dos vinte minutos. Daquilo que ouvi, parece que o Nacional da Madeira ainda chegou a criar algum perigo durante esse período. Do que vi, gostei.
Vi o jogo no Flávio, como de costume. Os meus colegas sportinguistas de café nestas jornadas viram o jogo à beira de um ataque de nervos. Insultaram os jogadores do princípio ao fim, como se eles os estivessem a ouvir. Sofreram a bom sofrer, com permanentes ataques de ansiedade.
Os meus celgas de café não estavam sozinhos na ansiedade. Os jogadores também estavam um pouco ansiosos. Demoram a pegar no jogo. Mas, depois disso, estiveram todo o resto do tempo da primeira parte em cima da área do adversário. Por uma razão ou por outra, não marcámos o que parecia fácil. O Slimani continua oportuno e com excelente jogo de cabeça, só que agora deixou de acertar. Acontece. Passará quando enfiar uma batata lá dentro na próxima oportunidade.
Na segunda parte não melhorámos. Deixamos de criar tantas oportunidades. Mas, em contrapartida, só demos uma abébia ao Nacional, para grande defesa do Patrício. Mesmo sem jogar bem, controlámos o jogo. Nos últimos vinte e cinco minutos, pelo menos, o Nacional nem sequer chegou perto da nossa baliza, quanto mais ter oportunidade para rematar.
Num jogo difícil, em que tudo parecia correr mal, mantivemos a cabeça fria. A justiça fez-se com a cabeça também. O Ewerton andava a ameaçar nos últimos jogos. É o típico centralão brasileiro de que gosto. É bom jogador e tem cara de meter medo.
Não fizemos um jogo extraordinário. Limitámo-nos a ganhar e a não tremer nos momentos decisivos. As grandes equipas são assim: são competentes. Ganham a jogar bem ou a jogar assim-assim quando importa. Sobretudo, ganham.
Quando regressei a casa, como se costuma dizer, mandei a patroa começar a tratar do farnel.Estamos no Jamor por direito próprio. Em princípio seremos acompanhados pelo Braga. Nós eliminámos o Porto no Dragão com três batatas. O Braga aviou o Benfica na Luz. Vão estar no Jamor as duas melhores equipas. Sobre isso ninguém tem nenhuma dúvida.
Vi o jogo no Flávio, como de costume. Os meus colegas sportinguistas de café nestas jornadas viram o jogo à beira de um ataque de nervos. Insultaram os jogadores do princípio ao fim, como se eles os estivessem a ouvir. Sofreram a bom sofrer, com permanentes ataques de ansiedade.
Os meus celgas de café não estavam sozinhos na ansiedade. Os jogadores também estavam um pouco ansiosos. Demoram a pegar no jogo. Mas, depois disso, estiveram todo o resto do tempo da primeira parte em cima da área do adversário. Por uma razão ou por outra, não marcámos o que parecia fácil. O Slimani continua oportuno e com excelente jogo de cabeça, só que agora deixou de acertar. Acontece. Passará quando enfiar uma batata lá dentro na próxima oportunidade.
Na segunda parte não melhorámos. Deixamos de criar tantas oportunidades. Mas, em contrapartida, só demos uma abébia ao Nacional, para grande defesa do Patrício. Mesmo sem jogar bem, controlámos o jogo. Nos últimos vinte e cinco minutos, pelo menos, o Nacional nem sequer chegou perto da nossa baliza, quanto mais ter oportunidade para rematar.
Num jogo difícil, em que tudo parecia correr mal, mantivemos a cabeça fria. A justiça fez-se com a cabeça também. O Ewerton andava a ameaçar nos últimos jogos. É o típico centralão brasileiro de que gosto. É bom jogador e tem cara de meter medo.
Não fizemos um jogo extraordinário. Limitámo-nos a ganhar e a não tremer nos momentos decisivos. As grandes equipas são assim: são competentes. Ganham a jogar bem ou a jogar assim-assim quando importa. Sobretudo, ganham.
Quando regressei a casa, como se costuma dizer, mandei a patroa começar a tratar do farnel.Estamos no Jamor por direito próprio. Em princípio seremos acompanhados pelo Braga. Nós eliminámos o Porto no Dragão com três batatas. O Braga aviou o Benfica na Luz. Vão estar no Jamor as duas melhores equipas. Sobre isso ninguém tem nenhuma dúvida.
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Rui Monteiro
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domingo, 5 de abril de 2015
Displicência
Vi o jogo de ontem, contra o Paços de Ferreira, em Cabeceiras de Basto. Obrigações da Páscoa assim o determinaram. Saí do Café Cabeceirense, onde vi o jogo, enquanto comia um prego no prato, com a maior das irritações.
O caso não era para menos.
Foi dos jogos mais fáceis do campeonato. Porventura, o mais fácil. Não o ganhámos porque que não quisemos. Há o azar, que costuma explicar muitas coisas. Mas, desta vez, não explica. Falhámos golos por displicência. Não criámos mais oportunidades de golo por displicência. Sofremos o golo por displicência.
Alguns jogadores não respeitaram o adversário. Não respeitaram os adeptos. Não respeitaram o clube e a direção que faz os possíveis e os impossíveis para lhes pagar os salários. É por estas que considero que o Marco Silva não tem mão nos jogadores.
O João Mário, depois de algumas brincadeiras que protagonizou em outros jogos, para mim, já tinha ido para o banco. Não vai para o banco, ninguém lhe diz nada, e o menino continua a brincar com o clube, com quem lhe paga e com os seus colegas.
Para não escrever irritado, deixei esta nota para hoje. Cheguei ontem a casa e revi o jogo de andebol do Sporting contra o ABC. Hoje voltei a ver o segundo jogo. Demos duas sovas no ABC. Demos, porque fomos agressivos, defendemos bem e não andámos a brincar; em poucas palavras, os jogadores e a equipa queriam ganhar. O ABC é uma grande equipa. Não é propriamente o Paços de Ferreira do andebol português. Espero que assim continuem. Se não for por outra razão, para que os nossos jogadores de futebol vejam em quem ganha muito menos do que eles o profissionalismo que lhes falta.
(Quando escrevi este "post" não tinha lido nenhum dos blogues habituais de sportinguistas. Li agora. O tom é o mesmo. Parece que vimos todos o mesmo jogo. Ainda bem. Espero que os jogadores e o treinador o revejam para verem o que, aparentemente, todos vimos)
Foi dos jogos mais fáceis do campeonato. Porventura, o mais fácil. Não o ganhámos porque que não quisemos. Há o azar, que costuma explicar muitas coisas. Mas, desta vez, não explica. Falhámos golos por displicência. Não criámos mais oportunidades de golo por displicência. Sofremos o golo por displicência.
Alguns jogadores não respeitaram o adversário. Não respeitaram os adeptos. Não respeitaram o clube e a direção que faz os possíveis e os impossíveis para lhes pagar os salários. É por estas que considero que o Marco Silva não tem mão nos jogadores.
O João Mário, depois de algumas brincadeiras que protagonizou em outros jogos, para mim, já tinha ido para o banco. Não vai para o banco, ninguém lhe diz nada, e o menino continua a brincar com o clube, com quem lhe paga e com os seus colegas.
Para não escrever irritado, deixei esta nota para hoje. Cheguei ontem a casa e revi o jogo de andebol do Sporting contra o ABC. Hoje voltei a ver o segundo jogo. Demos duas sovas no ABC. Demos, porque fomos agressivos, defendemos bem e não andámos a brincar; em poucas palavras, os jogadores e a equipa queriam ganhar. O ABC é uma grande equipa. Não é propriamente o Paços de Ferreira do andebol português. Espero que assim continuem. Se não for por outra razão, para que os nossos jogadores de futebol vejam em quem ganha muito menos do que eles o profissionalismo que lhes falta.
(Quando escrevi este "post" não tinha lido nenhum dos blogues habituais de sportinguistas. Li agora. O tom é o mesmo. Parece que vimos todos o mesmo jogo. Ainda bem. Espero que os jogadores e o treinador o revejam para verem o que, aparentemente, todos vimos)
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Rui Monteiro
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22:31
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