Estabilizada a classificação do Sporting e de muitas das restantes equipas do campeonato, este jogos, como o de hoje, contra o Boavista, servem para encher chouriços. Os jogadores andam entretidos a ler jornais para verem o que lhe reserva a próxima época. Os treinadores fazem o que podem. Admito que o Marco Silva tenha de pedir por favor aos jogadores para se equiparem e entrarem em campo.
O jogo começou da melhor maneira. Marcámos o golo mais rápido da época. Se outro título não tivermos, este já cá canta. Nem encomendado se arranjava um início de jogo melhor. Mas, no Sporting, nada é linear. Depois de marcarmos horrivelmente um livre à entrada da área, permitimos que o Boavista saísse a jogar. Os jogadores do Boavista aos trambolhões levaram a bola até à nossa área. Nessa jogada, recuperámos a bola para aí umas três vezes e três vezes a voltámos a perder. De ressalto em ressalto, lá acabou o rapaz mais jeitoso do Boavista por marcar o golo do empate.
A partir daí, entrámos no modo passo de caracol e não mais saímos dele. O Marco Silva ainda tentou acordar a rapaziada com a entrada do Slimani. Mas ninguém estava para maçadas. A acabar a primeira parte, numa espécie de contra-ataque, o Jéfferson sem perceber muito bem onde estava deixou passar a bola e o Tobias Figueiredo acabou, ingenuamente, a derrubar um pequenito do Boavista que se preparava para passar a bola ao Patrício. Expulsão do Tobias Figueiredo e remate no consequente livre à barra. Contra o Penafiel as coisas ainda correram pior. Depois da expulsão, na marcação do livre, sofremos um golo.
Na segunda parte tudo apontava para um jogo ainda pior. O Boavista não defraudou ninguém. Mesmo a jogar contra dez, recuou as tropas e defendeu com tudo o que tinha. Nós continuámos a passo de caracol e parecíamos querer continuar a cumprir o que tínhamos prometido na primeira parte. Estávamos nisto quando o Carrillo sacou um daqueles cruzamentos milagrosos que vão milimetricamente ao encontro da testa do Slimani.
Com o dois a um, as coisas podiam mudar. O Boavista tinha obrigação de atacar e nós teríamos mais espaço para o contra-ataque. Nada disso aconteceu. O Boavista queria, mas não podia. Nós podíamos, mas não queríamos.
Se este jogo foi mau, esperem pelos seguintes. O campeonato português é assim mesmo. Antes de começar a classificação está feita. Durante algum tempo, ainda se vai acreditando que nada está pré-determinado. A partir de certa altura, todos se conformam com a sua sorte e os jogos são um simples exercício de encher chouriço. O futebol português caracteriza-se por este permanente aborrecimento.
Ah meu caro Rui Monteiro, terá esquecido o "chouriço" que foi acabado de encher aos 33 minutos e fui colocado no "fumeiro"! Será que se esgotou a paciência do "enchedor de chouriços"?!...
ResponderEliminarAdormeci a ver o jogo. Será "alzheimer" ou "chouriços" a mais?!...
Abraço e até p'rá semana.
Meu caro,
EliminarSó não adormeci porque estava no café. Estes jogos servem para provar também que as alternativas aos titulares nunca foram muitas.
A jogar contra dez o Boavista ainda passou a jogar pior. Se é que isso é possível. Contra onze, sabem que estão ali para defender e mais nada. Contra dez, às vezes, ficam na dúvida.
Um abraço
"as alternativas aos titulares nunca foram muitas"
EliminarA sério???? Quem diria!!
No jogo da Taça da Liga o Sporting também só marcou a 10 minutos do fim após estar reduzido a 10, depois da expulsão do... Rosell. Há coisas que nunca mudam. Mas o culpado é o Marco (ou o desgraçado que vier a seguir), porque não devia ter metido este "craque" neste jogo. Ou então não o devia ter tirado, porque o desmoraliza. Se não é do cu é das calças, porque pedir à brunecada para usar a cabeça, é pedir de mais. Qualquer "matreco" que tenha vindo pela mão deste presidente tem de ser bom à força, e se o treinador não conseguir fazer evoluir cepos, pois vai o treinador borda fora. E está este clube reduzido a esta cambada de aldrabões e dos putos que vão na conversa deles.
Meu caro,
EliminarA frase que retirou do "post" na melhor da hipóteses pode ser um crítica às contratações. Não sei como é que vê nela uma crítica ao treinador.
SL
"O Boavista queria, mas não podia. Nós podíamos, mas não queríamos."
ResponderEliminarÉ isto mesmo (mais o último parágrafo).
Muito, muito mau.
Marco Silva terá de perceber que até ao final do Campeonato e na final da Taça já não haverá mais Penafieis ou Boavistas.
35 mil adeptos em Alvalade. De que raça somos feitos?
Devia ser caso de estudo.
um abraço
Bilhetes a oito euros para sócios, em qualquer sector do estádio. É essa a "raça" de que somos feitos.
EliminarMas confesso que estive quase a ir-me embora ao intervalo, porque já estava às cabeçadas durante a primeira parte, de tanto sono que o jogo me deu.
Meus caros,
EliminarImpressionou-me o número de espectadores, seja qual for o preço. Mesmo de borla, as pessoas têm que se mobilizar para ir ao estádio. É sempre mais confortável ficar em casa, mesmo para quem mora em Lisboa.
Por essa razão, os jogadores têm que fazer muito mais. Os adeptos querem futebol e é por eles que se lhes paga o salário. O Marco Silva tem um teste à sua liderança.
SL