domingo, 26 de outubro de 2014

Manda parar o jogo Marco Silva!

Marco Silva, quando estás a ganhas três a zero, manda parar o jogo. Manda engonhar. Manda fazerem-se à falta. Manda o Patrício simular uma lesão. Não deixes o Nani esticar sempre o jogo. Poupa os jogadores. Não metas o Tanaka a substituir o Adrien quando estás a ganhar.

Fora isto, o jogo foi espetacular. O resultado certo seria dez a seis. Quando a bola chega ao Nani parece que se começa a jogar uma modalidade diferente da que praticam os outros jogadores. Cada arrancada dá uma oportunidade de golo. Os outros acreditam nisso com razão, e vão, vão sempre para a frente.

O Patrício mais uma vez provou que quando um jogador aparece isolado, cara-a-cara com ele, não deve ser considerada uma oportunidade de golo. Agora, também deve defender as outras jogadas. Não há defesas melhores e piores. Só há defesas.

Não se pode falar da defesa. Está entregue a si própria. Não conta com ninguém. São um género de grupo de operações especiais. Está-lhes destinada a função de sabotagem do ataque adversário e não lhes sobra tempo para mais nada. Não têm descanso. Estão sempre em jogo, no bola-lá-bola-cá que praticamos.

O Sporting fez um jogo fabuloso. O Marítimo foi um grande adversário. O público foi espetacular. Empurrou a equipa nos momentos mais difíceis. Agora, o futebol não é isto. Isto é hóquei em patins. Contra uma equipa melhor e mais cínica, isto pode correr mal, muito mal mesmo.

5 comentários:

  1. hoje em Alvalade estivémos 38k

    precisamos de + 15k e depois falamos

    No que respeita ao Hoquei foi 4-4 contra a provincia. Há que melhorar..

    saudaçōes Leoninas ;)

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  2. Caro Rui
    Concordo que se deve saber parar o jogo, Deixei de ouvir ao intervalo a ganharmos três a zero e lá fui feliz e contente tratar da minha vidinha. Quando dei por ela já estava 3-2. Não fossem anos de musculação ventricular e dava-me a breca. Era mesmo conveniente parar o jogo. Ao intervalo por exemplo ou, se for na Alemanha com árbitros russos, aos noventa minutos.
    Um abraço
    Nota da província: Quanto ao comentário do senhor João Miguel devo lembrar que o Sporting é Grande porque é de Portugal. O “contra a província" quando se fala de um clube de fora de Lisboa parece-me um tiro no pé. É também fora de Lisboa, na província portanto na visão cosmopolita de qualquer lisboeta de gema, que estão os milhares de sportinguistas que o fazem ser Grande, como é, e não apenas um clube de bairro ou cidade.
    SL

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    1. Meu caro,

      A culpa não foi só dos jogadores. Entusiasmaram-se e o treinador não os mandou parar. Aquilo cada vez que arranca o Nani é uma festa.

      A malta não sabe o que é a província. A malta já deixou os carros de bois há uns tempos.

      Um abraço

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  3. Eu diria que a melhor táctica quando se está a ganhar por 3-0 será controlar o jogo.
    Esse controlo pode surgir de várias formas, isoladamente ou em conjunto:
    Engonhar, »cavar« faltas, marcar o quinto golo (o quarto terá aparecido com naturalidade), sobretudo ser eficaz.

    Como faltavam 45 minutos, não me parece que apenas »engonhanço« e outras ratices tivessem sido a terapêutica mais adequada. Talvez o »engonhanço« tipo venham-cá-atrás-buscar-a-bola-e-se-não-vierem-vão-ficar-tão-irritados-que-se-vão-desconcentrar-e quando-derem-por-ela-já-enfardaram-mais-um.

    Apesar de tudo ― jogámos bastante bem e foi um espectáculo fabuloso ― penso que o Marco podia ter dado uns berros depois de sofrermos o primeiro golo. Se os deu, peço desculpa por não me ter apercebido. E se os deu, não foram berros, foram suspiros porque os marretas não o ouviram.

    Quanto à defesa…


    Tenho que interromper o meu comentário porque tenho algo a fumegar numa placa de Petri.


    Do núcleo Sportinguista de Paris, despeço-me com amizade,

    M. Curie

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