Perdemos no domingo. Podemos encontrar todas as justificações para isso. Muitas serão seguramente racionais. Mas o facto é que perdemos. Perder não é bom. Como diria a Lili Caneças ou a Paula Bobone, perder é o contrário de ganhar.
Perder tem efeitos colaterais. Começamos a desconfiar de nós próprios. As expectativas, boas ou más, são auto-realizáveis. São as chamadas “self-fulfilling prophecies”. Qual é a melhor forma de se resolver este dano colateral que, se se agravar, pode dar origem a uma espiral recessiva? Ganhando o próximo jogo contra o Marítimo. A época joga-se nesse jogo.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Não se podem estar sempre a pedir milagres
Foi um bom jogo. Jogámos de igual para igual contra o Porto, como se costuma dizer. Não foi mau. Perdemos nos pormenores. Quando uma equipa não tem tão bons jogadores como a outra, mas equivale-se no coletivo, é assim que costuma perder.
O primeiro golo foi uma oferta. Sem necessidade o Maurício oferece um penalty. Depois de fazer o empate, o Rojo, no seu melhor, faz uma mistura de espargata e alongamento e deixa passar o jogador do Porto a passo de caracol. Por fim, no terceiro golo, o Cédric, antes do cabeceamento ao segundo poste, está dois metros à frente do Lucho e deixa-se comer infantilmente. Quanto à defesa estamos conversados.
No meio-campo sobra o William Carvalho. Grande jogo, grande jogador. Quanto mete o corpo e protege a bola, não há maneira de lha tirar. Sai com a bola no meio de uma molhada de jogadores como se fosse fácil. Passa com acerto e ainda aparece a marcar golos. O Adrien dá para consumo interno. Quando aparecem equipas com jogadores mais fortes e que pressionam mais, nota-se que não dá muito mais. O André Martins é o André Martins. Pequenino, franzininho e devagar, devagarinho. Pressionado perde a bola com facilidade. Rematar também não é com ele.
No ataque temos o Montero. Só é preciso que a bola lá chegue. Não se pode é pedir que pressione os adversários, lhes ganhe as bolas e as passe a si mesmo. Na primeira parte, recuperámos duas ou três bolas em zonas de perigo, mas não conseguimos definir bem as jogadas. Falta alguém para o acompanhar. Temos o Carrilo que desequilibra e mete algum respeito aos adversários. É intermitente, é irregular, mas defendeu bem e foi criando algum perigo. Depois do três a um ficou com a cabeça avariada. O Wilson Eduardo não é jogador para o Sporting. Nota-se mais nestes jogos a sério.
Vamos ver se não desanimamos. Não é caso para isso. Pode ser que o Leonardo Jardim os continue a convencer que são melhores do que são. Esperemos que continue a fazer milagres com os jogadores que dispõe.
O primeiro golo foi uma oferta. Sem necessidade o Maurício oferece um penalty. Depois de fazer o empate, o Rojo, no seu melhor, faz uma mistura de espargata e alongamento e deixa passar o jogador do Porto a passo de caracol. Por fim, no terceiro golo, o Cédric, antes do cabeceamento ao segundo poste, está dois metros à frente do Lucho e deixa-se comer infantilmente. Quanto à defesa estamos conversados.
No meio-campo sobra o William Carvalho. Grande jogo, grande jogador. Quanto mete o corpo e protege a bola, não há maneira de lha tirar. Sai com a bola no meio de uma molhada de jogadores como se fosse fácil. Passa com acerto e ainda aparece a marcar golos. O Adrien dá para consumo interno. Quando aparecem equipas com jogadores mais fortes e que pressionam mais, nota-se que não dá muito mais. O André Martins é o André Martins. Pequenino, franzininho e devagar, devagarinho. Pressionado perde a bola com facilidade. Rematar também não é com ele.
No ataque temos o Montero. Só é preciso que a bola lá chegue. Não se pode é pedir que pressione os adversários, lhes ganhe as bolas e as passe a si mesmo. Na primeira parte, recuperámos duas ou três bolas em zonas de perigo, mas não conseguimos definir bem as jogadas. Falta alguém para o acompanhar. Temos o Carrilo que desequilibra e mete algum respeito aos adversários. É intermitente, é irregular, mas defendeu bem e foi criando algum perigo. Depois do três a um ficou com a cabeça avariada. O Wilson Eduardo não é jogador para o Sporting. Nota-se mais nestes jogos a sério.
Vamos ver se não desanimamos. Não é caso para isso. Pode ser que o Leonardo Jardim os continue a convencer que são melhores do que são. Esperemos que continue a fazer milagres com os jogadores que dispõe.
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Rui Monteiro
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22:27
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Saudades
Que saudades tínhamos deste homem. Pena que hoje tenha estado na baliza errada.
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Rui Monteiro
à(s)
23:41
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
O Lobo e a apostazinha
Não que eu ande especialmente nervoso mas hoje, preso nos engarrafamentos da província (sim também cá temos disso mas sem direito a informação rádio ou a pomposo helicóptero), dei por mim a ouvir na TSF aqueles especialistas em futebol e, pasme-se, serenei ainda mais.
Entre aqueles
especialistas em futebol pontifica o Sr. Freitas Lobo, o que por si só já
justificaria uma outra sintonização radiofónica mas, como estavam a poetizar
sobre a seleção, pareceu-me inócuo e deixei-me ficar a ouvir as rimas e ajuizar
sobre as métricas.
Todo o discurso do
Sr. Lobo (de vozinha sofrida, hesitante e mansa, quiçá a querer disfarçar de
cordeiro) é hermenêutica do futebol, aquilo não é falar de futebol, é um teoria
redonda e opaca, uma interpretação, muito subjetiva do Sr. Lobo, sobre o que é
futebol. Freitas Lobo reproduz avidamente o discurso dominante que, tal como
defendia Michel Foucault, não está comprometido com uma verdade absoluta e
universal. Neste tipo de discurso é o próprio discurso que produz a
verdade, tornando-a assim arbitrária. Este discurso dominante, legitima um
determinado ponto de vista e marginaliza outros, num processo a que Michel
Foucault chama de partilha da verdade.
Naqueles breves
instantes o Sr. Lobo partilhou comigo duas verdades que me sossegaram mesmo
que, como é costume daquele oráculo da bola, não tenha apresentado argumentos
válidos, absolutos e universais mas apenas suspiros, gemidos e ...verdades
absolutas. Primeira partilha da verdade: a Suécia não é assim tão forte como
dizem, logo Portugal tem todas as possibilidades de passar o play-off. Segunda
partilha da verdade: no jogo do Dragão quem tem tudo a perder é o Sporting. Se
a primeira premissa me basta assim, durmo descansado até novembro, já a segunda
me obriga a tomar medidas. Vou telefonar de imediato ao meu broker de apostas
online para duplicar a minha aposta na vitória do Sporting pois uma coisa eu
sei e quero aqui partilhar a minha verdade: o Lobo não acerta duas seguidas.
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A. Trindade
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00:29
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domingo, 20 de outubro de 2013
Fredy Montero again
A equipa entrou
concentrada a tentar fazer o serviço que lhe tinham destinado. Pouco parecia
importar-se se a outra equipa era o Alba ou o Porto. A mensagem do Jardim parecia
entendida.
Pouco a pouco
apareceu Fredy Montero. Primeiro a servir os colegas como um autêntico dez.
Depois a fazer o gosto ao pé. Não há palavras para descrever este jogador.
Joga, faz jogar, marca golos, dá ao treinador a possibilidade, como se viu na
segunda parte, de mudar o sistema táctico mantendo o seu poder de fogo.
Foram oito.
Podiam ter sido mais. O Alba não merecia. Tentaram fazer o que lhes competia. Na
segunda parte tentaram pressionar alto e tudo. Marcaram um golo num disparate a
meias entre o Rúben Semedo e o Marcelo Boeck. Espera-se que não se repita.
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Rui Monteiro
à(s)
20:22
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
A selecção e a impossibilidade de Mundell
A nossa vida colectiva está repleta de tentativas de construção dos triângulos impossíveis de Mundell. Segundo este economista canadiano, um país não pode dispor simultaneamente de liberdade de circulação de capitais, de autonomia da sua política económica e de uma taxa de câmbio fixa em relação a uma divisa escolhida. Muitos dos dramas económicos da nossa situação actual resultam desta impossibilidade.
Mas esta impossibilidade aplica-se ao nosso futebol também. Não podemos ter liberdade de entrada de jogadores estrangeiros, autonomia para cada clube dispor da política desportiva que bem entender e uma selecção que não desvalorize. Temos insistido nas duas primeiras premissas e, portanto, não nos resta outra alternativa que não seja a desvalorização da nossa selecção.
Se queremos dispor de uma selecção competitiva, então ou não permitimos a livre entrada de jogadores estrangeiros (o que é quase uma impossibilidade face à legislação vigente) ou temos uma política desportiva concertada entre os principais clubes português que aposte na formação, dê oportunidades a esses jogadores na primeira equipa e, com isso, consiga gerar vendas com significado para os melhores clubes do futebol europeu (que lhes permita competir ao mais alto nível com os melhores).
Agora, não queremos dispor de uma selecção competitiva. De outra forma, já se tinha feito alguma coisa para isso e não se andava apoucar a política desportiva do Sporting e o próprios Sporting durante anos. O que querem alguns é falar sobre isso quando estamos em risco de não sermos apurados. Ganham a vida a falar e este é um tema que rende neste altura. Não tenho dúvidas que, com ou sem apuramento, depois do Mundial do Brasil volta tudo ao mesmo e acaba-se esta conversa.
Mas esta impossibilidade aplica-se ao nosso futebol também. Não podemos ter liberdade de entrada de jogadores estrangeiros, autonomia para cada clube dispor da política desportiva que bem entender e uma selecção que não desvalorize. Temos insistido nas duas primeiras premissas e, portanto, não nos resta outra alternativa que não seja a desvalorização da nossa selecção.
Se queremos dispor de uma selecção competitiva, então ou não permitimos a livre entrada de jogadores estrangeiros (o que é quase uma impossibilidade face à legislação vigente) ou temos uma política desportiva concertada entre os principais clubes português que aposte na formação, dê oportunidades a esses jogadores na primeira equipa e, com isso, consiga gerar vendas com significado para os melhores clubes do futebol europeu (que lhes permita competir ao mais alto nível com os melhores).
Agora, não queremos dispor de uma selecção competitiva. De outra forma, já se tinha feito alguma coisa para isso e não se andava apoucar a política desportiva do Sporting e o próprios Sporting durante anos. O que querem alguns é falar sobre isso quando estamos em risco de não sermos apurados. Ganham a vida a falar e este é um tema que rende neste altura. Não tenho dúvidas que, com ou sem apuramento, depois do Mundial do Brasil volta tudo ao mesmo e acaba-se esta conversa.
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Rui Monteiro
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00:49
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Finalmente um objetivo realista!!
«Se bater o Luxemburgo, Portugal pode perder 6 pontos»
Ora aí está um objetivo que
esta seleção pode conseguir facilmente!
Não ganhar ao Luxemburgo para não
perder pontos!
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A. Trindade
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22:06
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sábado, 12 de outubro de 2013
Apenas um erro
"Demasiado penalizados por um erro"
Paulo Bento
Paulo Bento
Não posso
deixar de concordar.
Quando se
joga assim tão mal, quando se selecionam jogadores de duvidosa qualidade e/ou em
má forma, quando se vê a gritante falta organização, de criatividade, de entusiamo da equipa,
não podemos deixar de pensar que estamos a ser penalizados por um erro.
E esse erro é o
selecionador.
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A. Trindade
à(s)
11:44
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