O Sporting tem direito a ser uma má equipa como outra má equipa qualquer. O campeonato da cerveja não é nada que ninguém possa levar a sério. Podia ter sido, mas o Lucílio, essa velha glória do apito nacional, acabou com ele mal se iniciou. Os gestos do Paulo Bento e do Pedro Silva disseram tudo sobre tudo o que todos viram.
Hoje voltou a bandalheira. O árbitro é um artista conhecido. As habilidades são as do costume. Talvez esta situação nos faça pensar se vale a pena lançar jovens jogadores numa competição que ninguém respeita. Isto não é um processo de aprendizagem. Isto é um processo de destruição dos jogadores.
Depois aconteceu o que acontece a uma má equipa a jogar com dez jogadores: o desastre esperado. Mas quem pensa que isto tem solução fácil, engana-se. Não são somente as nossas fragilidades que jogam contra nós. O Jesualdo sabe disso e, por isso, mais me espanta que tenha aceitado uma missão que não se sabe bem qual é (um género de plano B, C ou D, tantos são os planos de contingência que já experimentámos).
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Não há solução
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Rui Monteiro
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21:39
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Desafinado
Victorino D'Almeida: «Estamos a assistir à sportinguização do país»
(entrevista jornal Record, 27 dezembro de 2012)
«Aos 72 anos, o
maestro, compositor e escritor não consegue evitar o desencanto quando olha
para a realidade portuguesa, questionando a qualidade do caminho percorrido
desde a revolução de 1974 e o próprio conceito de território independente.»
Eis mais uma
composição do maestro. Esta em contratempo, ou seja, um compasso musical,
apoiado em tempos fracos. Não só os tempos são fracos como as ideias são
flácidas e, como já aqui tínhamos visto com o Eusébio, a demonstrar como a
“brigada do reumático” benfiquista está confusa e pouco lúcida. Se o tema
principal é pertinente pois a “qualidade do caminho” percorrido por Portugal desde 1974
é de facto questionável e desencantadora, já a metáfora do senhor maestro é
desajustada e injusta.
No caso do maestro
são conhecidas as suas tiradas burlescas e a firme convicção de que quem não
pensa como ele é uma besta. Este exercício de narcisismo ficou bem patente na
iniciativa “Grande Orquestra de Verão”, fracasso pago por todos nós, mas em que
pelo menos «a auto-promoção de Victorino
de Almeida, esse grande vulto esquecido, a par de outro... o Mozart» funcionou
em pleno. Sobre este assunto, veja-se o que diz, por exemplo, Henrique Silveira, crítico
musical em
http://criticomusical.blogspot.pt
http://criticomusical.blogspot.pt
Para o génio Victorino D'Almeida o país
sportinguiza-se. Se as suas palavras se limitassem apenas à qualidade da governação,
eu até poderia, sem esforço, concordar. De facto, nestas últimas décadas, quer o
país, quer o Sporting têm sido dirigidos de forma incompetente. Mas o mais
grave, o cancro desta sociedade, é a benfiquização
dos procedimentos das elites. Estes seres que habitam rotativamente o poder ou
gravitam à sua volta, procedem de acordo com essa tal benfiquização, sempre à
espera das benesses dos que mandam e da obediência cega dos que servem, das
migalhas (ou verdadeiros nacos) do orçamento de Estado, do favor do amigo que
dirige (ou arbitra), da proteção dos média em relação aos poderosos e aos seus
deslizes e da seletiva cegueira da justiça. Afinal, onde o país só vê um
caminho de fracassos, de negociatas, de falência moral e económica, estes
iluminados governantes, seguindo a mentalidade benfiquista inchada de
autoestima e egocentrismo, vêm vitórias e conquistas.
O senhor Victorino
D'Almeida é bem o exemplo, mesmo que na sua pequena dimensão, desta forma de
ser, desta mentalidade sempre enfatuada de grandezas injustificados mas, ao
mesmo tempo, de gamela estendida... «qual cigarra cantadora utilizou-se do seu
prestígio junto da formiga, o secretário Francisco José Viegas que, ao
contrário da outra, lhe abriu as portas da despensa e que se mostra
absolutamente ignorante e completamente alheado da realidade» como refere o referido crítico.
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A. Trindade
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15:56
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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Feliz Natal
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A. Trindade
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01:10
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Mais 458 cromos e já está
O Gelson Fernandes saiu. Paz à sua alma. Já só faltam uns 458 cromos mais. Esperemos que não o venhamos a substituir por um “manager”, um director-geral, um gestor de conta ou um director de produção. É que nós temos a mania disso. Que o diga o Couceiro.
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Rui Monteiro
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22:10
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
De volta, no Inverno..
Primeiro que tudo, peço desculpa por esta ausência de meses mas, se pensarmos bem, o que há para escrever sobre este Sporting que não tenha sido já escrito, ou analisado por um cirugião, um engenheiro, até um psiquiatra ou mesmo pelo comentador desportivo super entendido das estruturas de todos os clubes do mundo e, por vezes, até da Juventude de Marte.
Chegou a um ponto que ver o Sporting empatar contra o Marítimo, nos últimos cinco minutos da partida, se tornou um alívio para não ter de ler outra vez, resumidos, todos os problemas da estrutura do futebol do Sporting. Ver o nome do Godinho logo de manhã enjoa qualquer um!
Depois também chegou a um ponto que já me cansei de culpar a direcção pelos males do mundo, quando temos perfeitos atrasados mentais num plantel que parecia tão prometedor. Fui a primeira a ficar feliz quando soube que era este ano que Elias se estreava por nós na Europa, o Jeffren tinha tirado o dente do ciso e por isso já não ia torcer o pé, o Carillo estava mais maduro e ia andar a partir fininho, vinham dois centrais para tirar de vez o Polga (que sempre foi o meu ódio de estimação), sem comprometer a maturidade (aqui falo do bolo de arroz que acho que fez um jogo pelo Sporting sem ser expulso, mas até nesse jogo foi substituido). Depois as conversas de café, entre leões magoados, o Wolfswinkel é o diabo encarnado na Terra, porque falha muito. Peço que os sportinguistas compreendam uma coisa.. o Sporting tem 22 golos marcados esta época, quase os mesmo do Messi sozinho, Wolfs marcou 10 desses golos. E sim essa é a função dele, que se torna muito complicada quando ele e o Patrício são os únicos que repetiram dois jogos seguidos!!
O balanço não é mau, mau era o Maniche e o Postiga a titulares, o balanço é horrível tendo em conta o plantel que temos à nossa disposição..
E reparem também, eles foram tão bem tão bem treinados que sempre que é um canto contra nós (e sim ainda me consigo incluir na familia leonina) é golo. Não falha nunca, incrivel.
A minha ideia é a seguinte: por aquelas 23 ou 24 andorinhas a ver videos durante quinze dias dos festejos de campeões, das taças, das estrelas que coitadas nunca ganharam nada mas jogavam à farta, a ver que o ano passado os sportinguistas foram mais aquele estádio do que em qualquer outro ano, para ver quase as mesmas andorinhas que lá estão este ano. Podia ser que entendessem que a frustação profissional deles implica também a frustação de uma massa associativa.
Ah sim, esqueci-me de referir que o Jesualdo agora é o salvador da pátria, e que com certeza se fartará de dizer "epa perdemos, mas não podemos baixar os braços, é olhar em frente e levantar a cabeça"
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Despedimento sem contraditório
Não há tempo para ver futebol; muito menos a taça da cerveja; muito menos ainda o nosso Sporting. Ouvi o resultado na rádio enquanto conduzia. Comecei imediatamente a imaginar os tipos de disparates que tínhamos feito desta vez contra o Marítimo.
A realidade não andou longe da imaginação. Parecemos uns meninos nas bolas paradas. Nada que não se tivesse percebido desde o início da época e da dispensa do Onyewu. Mas, o mais incrível, é que continuam a jogar os cromos do costume. Façam o que fizerem, jogam sempre: o Rojo, o Boulahrouz, o Elias e o Jeffrén (quando pode, porque a maior parte das vezes não pode nem sai de cima).
Há quem diga que a contratação do Jesualdo é um despedimento com direito a contraditório ao abrigo do Código de Procedimento Administrativo, isto é, um despedimento ao retardador. Queria querer que não. Estava com esperança que isto melhorasse e desse para acabar a época pelo menos com decência. Pelos vistos, não dá. O Vercauteren não quer. Temos de ir mesmo para o quarto treinador.
A realidade não andou longe da imaginação. Parecemos uns meninos nas bolas paradas. Nada que não se tivesse percebido desde o início da época e da dispensa do Onyewu. Mas, o mais incrível, é que continuam a jogar os cromos do costume. Façam o que fizerem, jogam sempre: o Rojo, o Boulahrouz, o Elias e o Jeffrén (quando pode, porque a maior parte das vezes não pode nem sai de cima).
Há quem diga que a contratação do Jesualdo é um despedimento com direito a contraditório ao abrigo do Código de Procedimento Administrativo, isto é, um despedimento ao retardador. Queria querer que não. Estava com esperança que isto melhorasse e desse para acabar a época pelo menos com decência. Pelos vistos, não dá. O Vercauteren não quer. Temos de ir mesmo para o quarto treinador.
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Rui Monteiro
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23:28
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Epifania
Eu vi a luz irmãos!
Finalmente, após demorada análise hermenêutica e
heurística, eu vi a justificação de tal escolha.
Melhor que um Jesus, só um Jesualdo!!
«Qual a origem do nome Aldo: TEUTÓNICO. Qual o
significado do nome Aldo: NOBRE. Significado e origem do nome Aldo = Você está
sempre pronto a se aventurar, muito cheio de energia, possui uma personalidade
ativa e decidida. Não vê graça numa vida sem desafios. E por ser um líder por
natureza, atrai as outras pessoas com seu entusiasmo. Mas é importante tomar
cuidado e não se tornar uma pessoa teimosa.»
Eu fiquei muito mais aliviado. Espero que esta informação vos sossegue igualmente.
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A. Trindade
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21:22
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sábado, 15 de dezembro de 2012
Em dezembro, porque em janeiro é tarde
Dizer o que está mal é fácil. Está tudo. O difícil é encontrar alguma coisa que esteja bem. Mas há coisas tão estúpidas, mas mesmo tão estúpidas, que ninguém consegue perceber. O Sporting joga com dois médios-centro. Quando defendemos, estão sempre à frente da bola (pelo menos um deles), ficando um buraco no meio-campo à frente da defesa que mete medo. Quando atacamos, estão sempre os dois atrás da linha da bola, não dando qualquer profundidade ofensiva.
Esta dificuldade de controlar defensivamente a zona central acentua-se com a mais completa e absoluta displicência do Elias. Não se percebe o que aquele homem anda ali a fazer. Mais, como é que consegue a proeza de jogar noventa minutos? É verdade que há outros parecidos. O tal de Pranjic deve pensar que está a jogar futsal.
Depois é a falta de atitude e agressividade. O golo do Nacional é absolutamente espantoso. O jogador recebe a bola. Vira-se. Ajeita a bola. Diz a toda a gente que vai chutar e pergunta aos jogadores do Sporting se porventura não querem fazer alguma coisa. O Ínsua fica com cara de parvo e nem lá vai nem faz nada. Para abrilhantar o lance, vira as costas ao jogador quando ele remata.
Devem estar todos com vontade de sair em janeiro. Talvez fosse de lhes fazer a vontade e mandá-los a todos embora ainda em dezembro. Por mim, iam diretamente do Aeroporto da Funchal.
Esta dificuldade de controlar defensivamente a zona central acentua-se com a mais completa e absoluta displicência do Elias. Não se percebe o que aquele homem anda ali a fazer. Mais, como é que consegue a proeza de jogar noventa minutos? É verdade que há outros parecidos. O tal de Pranjic deve pensar que está a jogar futsal.
Depois é a falta de atitude e agressividade. O golo do Nacional é absolutamente espantoso. O jogador recebe a bola. Vira-se. Ajeita a bola. Diz a toda a gente que vai chutar e pergunta aos jogadores do Sporting se porventura não querem fazer alguma coisa. O Ínsua fica com cara de parvo e nem lá vai nem faz nada. Para abrilhantar o lance, vira as costas ao jogador quando ele remata.
Devem estar todos com vontade de sair em janeiro. Talvez fosse de lhes fazer a vontade e mandá-los a todos embora ainda em dezembro. Por mim, iam diretamente do Aeroporto da Funchal.
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Rui Monteiro
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20:16
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
O Oráculo Eusébio
Esta velha glória não chegou onde chegou pela seu potencial intelectual.
Provavelmente nem mereceria um comentário.
Mas à sua declaração de que «este Benfica só perdia em Alvalade se jogasse com os juniores» eu contraponho, partindo das mesmas artes adivinhatórias e usando o mesmo número de neurónios do que o Eusébio (um): se o Sporting jogasse com os juniores ganhava de certeza a este Benfica!
Provavelmente nem mereceria um comentário.
Mas à sua declaração de que «este Benfica só perdia em Alvalade se jogasse com os juniores» eu contraponho, partindo das mesmas artes adivinhatórias e usando o mesmo número de neurónios do que o Eusébio (um): se o Sporting jogasse com os juniores ganhava de certeza a este Benfica!
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A. Trindade
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Uma visão ecológica do assunto
Em África há menos 68 mil leões do que há 50 anos
«Em cinco décadas, a população africana dos reis da selva desceu de
perto de 100 mil para cerca de 32 mil e perdeu-se 75% do seu habitat,
diz um novo estudo.»
in jornal Público, 06/12/2012
Por cá, o cenário não é
melhor. Percebe-se. Basta ver a forma como dirigem, como treinam e como
jogam. Poderia argumentar-se que o "habitat futebolístico" pode não ser
o melhor, mas isso é supostamente igual para qualquer espécie animal,
seja águia ou milhafre, dragão ou pantera, leão marinho insular ou
passarinhos da ribeira, guerreiro do minho (neste caso a parte animal
fica a cargo do presidente) ou apenas um qualquer asno administrativo de
uma qualquer SAD.
O que não pode acontecer é o "rei da selva" apresentar-se publicamente sem instinto predador (o "killer instinct" de que falava o saudoso "mister"), sem alma de
lutador, sem instinto felino para atacar e, pior ainda, a portar-se
como um paquiderme (ó raça maldita!) na defesa. Tirando raras excepções,
somos um leão decorativo, um leão barroco, mais preocupado com a juba
do que com as garras. Um leão de mármore, embora mais lento do que
estes, que serve apenas para ladear as escadarias do sucesso do resto da
bicharada.
Um "rei leão" assim,
é como comida sem sal, café sem cafeína, cerveja sem álcool, política
sem ideologia, cigarro sem nicotina...parece que é, mas não é!
Parece que somos pois uma espécie em vias de extinção. Outros dirão: antes isso que em demissão: «Demissão?
É evidente que não. Estamos a fazer um trabalho de
grande dimensão no Sporting.» Godinho Lopes disse e eu não nego que
seja de "grande dimensão". Tão grande que vai ficar para a história.
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A. Trindade
à(s)
14:04
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Vale mais não ver
Não vi o jogo. Quando não se acredita qualquer desculpa serve. Tinha de acabar uma apresentação que vou fazer amanhã à Fundação de Ciência e Tecnologia. Tinha de ir comprar os últimos livros do Tony Judt e do Rui Tavares à Bertrand (ainda sou dos que acreditam em descontos em cartão). Tinha de vir para casa jantar. O que não tinha era de ir ao café ver o jogo contra o Benfica.
Depois de comprar os livros, quando cheguei ao carro, ainda estávamos a ganhar. Não quis ouvir mais. Desta vez não era superstição. Não me apetecia, ponto final.
Sabia que íamos perder. Por incompetência da defesa. Porque o meio-campo é a desgraça do costume. Porque o Wolfswinkel continua a parecer o cowboy solitário. Porque o Capel dá tudo e o tudo que dá não chega. Porque ao fim de uma hora de jogo a maior parte dos jogadores já não pode com uma gata pelo rabo. A história é antiga e repete-se jogo após jogo.
Não me apeteceu ver este jogo e não sei se me apetece ver outros. Espero que ninguém se lembre de começar tudo de novo outra vez. Não dá para mais uma dose de "um cheque e uma vassoura”. É escolher os melhores, os mais promissores, arranjar uns centrais em condições, do tipo feios, porcos e maus, e mesclar a equipa com uns jovens. Depois se verá. Pior não pode ser.
Depois de comprar os livros, quando cheguei ao carro, ainda estávamos a ganhar. Não quis ouvir mais. Desta vez não era superstição. Não me apetecia, ponto final.
Sabia que íamos perder. Por incompetência da defesa. Porque o meio-campo é a desgraça do costume. Porque o Wolfswinkel continua a parecer o cowboy solitário. Porque o Capel dá tudo e o tudo que dá não chega. Porque ao fim de uma hora de jogo a maior parte dos jogadores já não pode com uma gata pelo rabo. A história é antiga e repete-se jogo após jogo.
Não me apeteceu ver este jogo e não sei se me apetece ver outros. Espero que ninguém se lembre de começar tudo de novo outra vez. Não dá para mais uma dose de "um cheque e uma vassoura”. É escolher os melhores, os mais promissores, arranjar uns centrais em condições, do tipo feios, porcos e maus, e mesclar a equipa com uns jovens. Depois se verá. Pior não pode ser.
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Rui Monteiro
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00:06
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sábado, 8 de dezembro de 2012
(Não) meter água
Na quinta-feira houve água, muita água mesmo. Mas não metemos água, felizmente. Esperemos não nos ter guardado para o jogo contra no Benfica. É que estamos a adornar, de bombordo e tudo.
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Rui Monteiro
à(s)
21:00
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Bom, muito bom mesmo
Vi os últimos trinta minutos do jogo contra o Videoton. Foi bom; muito bom mesmo. Em certos momentos, fez-me lembrar umas peladinhas que jogávamos no CLIP há uns anos atrás. A partir de certa altura, quem corria para a frente, já não corria para trás, quando se perdia a bola. Quando se corria para trás, já não se corria para a frente quando se ganhava a bola. No fundo, cada um de nós participava, na melhor das hipóteses, numa jogada em cada duas.
Gostei de ver jogar o Caneira. Sobretudo da forma acrobática como tentou evitar o segundo golo do Sporting. É por estas e por outras que não tenho assim tantas saudades do passado. O Renato Neto pareceu-me melhor. O Paulo Sousa tem um ar de beto que não lhe fica nada mal. Esperemos que os húngaros apreciem também.
Pouco a pouco, vamos substituindo a Equipa A pela B. No último jogo, o melhor em campo foi o Eric Dier. Hoje, foi o Ricardo Esgaio. Amanhã será outro qualquer. Talvez se perceba melhor, assim, a estupidez de se andar a contratar jovens promessas quando se têm de borla ali ao lado.
Ganhámos o jogo. Ganhámos algum dinheiro, ao que se diz, por isso. Deve-se poder pagar alguma coisa aos jogadores. Não é que eles mereçam. Mas sempre podem começar a perceber que o dinheiro vem dos golos e das vitórias.
Gostei de ver jogar o Caneira. Sobretudo da forma acrobática como tentou evitar o segundo golo do Sporting. É por estas e por outras que não tenho assim tantas saudades do passado. O Renato Neto pareceu-me melhor. O Paulo Sousa tem um ar de beto que não lhe fica nada mal. Esperemos que os húngaros apreciem também.
Pouco a pouco, vamos substituindo a Equipa A pela B. No último jogo, o melhor em campo foi o Eric Dier. Hoje, foi o Ricardo Esgaio. Amanhã será outro qualquer. Talvez se perceba melhor, assim, a estupidez de se andar a contratar jovens promessas quando se têm de borla ali ao lado.
Ganhámos o jogo. Ganhámos algum dinheiro, ao que se diz, por isso. Deve-se poder pagar alguma coisa aos jogadores. Não é que eles mereçam. Mas sempre podem começar a perceber que o dinheiro vem dos golos e das vitórias.
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Rui Monteiro
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22:36
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Contra o Patrício é outra coisa
O PSG é uma grande equipa. Sobre isso não temos grandes dúvidas. Mas dificilmente ganhava se tivesse que jogar contra o melhor guarda-redes do campeonato nacional.
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Rui Monteiro
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01:05
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domingo, 2 de dezembro de 2012
Está encontrado o primeiro reforço de Inverno!
É alto, louro e não é nada tosco... de cabeça. Quando quer,
sabe ser cortante no desarme e letal no remate à baliza. Quando está
concentrado no jogo sabe pressionar tão alto que não dá margem para os
adversários escaparem à sua marcação. Mas também sabe engonhar o jogo na defesa
ou no meio campo como ninguém (nas sábias palavras do Freitas Lobo, temporizar
a posse de bola), colocando os adversários à beira de um ataque de nervos.
É meu filho e faz anos na próxima semana. Como prenda,
insiste, quer escrever de vez em quando neste blogue. Ainda o tentei demover da
ideia e, preocupado com o seu futuro, propus-lhe, em alternativa, que se
inscrevesse na Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE). Ele não aceitou e
continuou a insistir. Hoje, por fim, cedi. Nos difíceis tempos que correm,
pareceu-me, apesar de tudo, um preço muito em conta para poder continuar a linhagem
de bravos leões da família. Bem-vindo, João Luís!
PS – Como é natural, tudo que ele escrever será triado pelo meu
lápis… verde. Enfim, é também uma forma de me obrigar a participar mais neste nosso
blogue.
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Júlio Pereira
à(s)
20:30
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sábado, 1 de dezembro de 2012
Do que nos dá para falar quando o Sporting não joga
O Lateral Esquerdo é, dos blogues que conheço, o que mais e melhor ensina sobre futebol, em particular, sobre a forma de o olhar do ponto de vista sistémico. Esse ponto de vista não é neutro. Quase sempre, valoriza mais a dimensão tática e coletiva do que o desempenho individual. O desempenho individual, aliás, só tende a ser valorizado nesse contexto mais tático e coletivo.
A meu ver, este é um olhar muito profissional. É o olhar que adoto no exercício da minha profissão também. Mas é limitativo quanto à completa apreensão dos resultados das atividades humanas, como o futebol.
Esta forma de análise, muito frequente também na minha profissão, a dos economistas, tende a confundir risco com incerteza irredutível. O risco é algo de probabilisticamente determinável. Agora, há coisas que acontecem e ponto final. A crise financeira internacional foi um desses Cisnes Negros. Também tende a desvalorizar o caráter autorrealizável das expetativas humanas. Se, individual e coletivamente, acreditarmos que economicamente as coisas vão correr mal, então, elas vão mesmo correr mal; o contrário também acontece.
Passando da economia para o futebol, há golos que acontecem por acaso. Por isso, nem sempre conseguimos explicar os resultados e classificações. Muitas vezes, confundimos essas explicações com a construção de narrativas apropriadas “a posteriori”. Há golos que só aconteceram porque os jogadores acreditaram, quase sem uma completa consciência dessa crença, que os iam marcar. Não é por acaso que os melhores jogadores, dentro – e, por vezes, fora – do campo são possuidores de uma enorme autoestima. A junção da qualidade técnica a essa autoestima, dá origem a golos e resultados completamente improváveis.
Com tudo isto quero dizer que estou sempre em desacordo com o que se afirma no Lateral Esquerdo? Não. O que privilegio é a dimensão individual do jogo. Quando vejo um jogo estou sempre à espera da obra de arte que vai imortalizar o seu autor.
A meu ver, este é um olhar muito profissional. É o olhar que adoto no exercício da minha profissão também. Mas é limitativo quanto à completa apreensão dos resultados das atividades humanas, como o futebol.
Esta forma de análise, muito frequente também na minha profissão, a dos economistas, tende a confundir risco com incerteza irredutível. O risco é algo de probabilisticamente determinável. Agora, há coisas que acontecem e ponto final. A crise financeira internacional foi um desses Cisnes Negros. Também tende a desvalorizar o caráter autorrealizável das expetativas humanas. Se, individual e coletivamente, acreditarmos que economicamente as coisas vão correr mal, então, elas vão mesmo correr mal; o contrário também acontece.
Passando da economia para o futebol, há golos que acontecem por acaso. Por isso, nem sempre conseguimos explicar os resultados e classificações. Muitas vezes, confundimos essas explicações com a construção de narrativas apropriadas “a posteriori”. Há golos que só aconteceram porque os jogadores acreditaram, quase sem uma completa consciência dessa crença, que os iam marcar. Não é por acaso que os melhores jogadores, dentro – e, por vezes, fora – do campo são possuidores de uma enorme autoestima. A junção da qualidade técnica a essa autoestima, dá origem a golos e resultados completamente improváveis.
Com tudo isto quero dizer que estou sempre em desacordo com o que se afirma no Lateral Esquerdo? Não. O que privilegio é a dimensão individual do jogo. Quando vejo um jogo estou sempre à espera da obra de arte que vai imortalizar o seu autor.
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Rui Monteiro
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Cabeça(da) limpa
O A. Trindade levantou uma questão que andava há muito arredada da discussão futebolística nacional e não só. O sistema capilar é, ou não, determinante para o desempenho futebolístico? Não circunscreveria, como ele, é essa discussão à questão específica da (as)simetria do sistema capilar dos treinadores.
Um exemplo da necessidade de uma abordagem mais ampla ocorreu no Mundial de 1994, nos Estados Unidos. A Bulgária protagonizou a principal surpresa ao eliminar a Alemanha por 2 a 1. O golo da vitória foi marcado por Letchkov de cabeça. A imprensa local, sempre muito estudiosa das questões técnico-táticas do “soccer”, descreveu assim o lance do golo: “Letchkov imprimiu um efeito à bola que não teria sido possível a um jogador com um sistema capilar normal”. Esse lance ocorreu ao minuto dez deste vídeo. Vejam se não estão de acordo.
Um exemplo da necessidade de uma abordagem mais ampla ocorreu no Mundial de 1994, nos Estados Unidos. A Bulgária protagonizou a principal surpresa ao eliminar a Alemanha por 2 a 1. O golo da vitória foi marcado por Letchkov de cabeça. A imprensa local, sempre muito estudiosa das questões técnico-táticas do “soccer”, descreveu assim o lance do golo: “Letchkov imprimiu um efeito à bola que não teria sido possível a um jogador com um sistema capilar normal”. Esse lance ocorreu ao minuto dez deste vídeo. Vejam se não estão de acordo.
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Refundar sem trocadilhos
Fui ao café ver o jogo do Sporting contra o Moreirense. Sim, é verdade. Quando sofremos, sofremos até ao fim; sem pausas ou desistências.
Não dá. Ninguém percebe o que está a acontecer. Sofremos golos que nem nas peladinhas com os amigos admitimos. Não pressionamos ninguém. Perdemos a primeira e a segunda bola sempre. Se houver uma terceira ou uma quarta, perdemo-la também. Mesmo para darmos uma pantufada em alguém, precisamos de pedir por favor.
Não é só a defesa que é um susto. O meio campo e o ataque são iguais. Qualquer jogador do Moreirense que lhe desse na veneta de pegar na bola e ir por ali fora ia. Ninguém lhe saía ao caminho. A sorte é que não se lembrava de rematar ou, quando rematava, o jeito não era muito. A zona central do Sporting é um autêntico buraco.
O que é que se pode fazer? Despedir, despedir, despedir. Chega? Também é preciso demitir, demitir, demitir. Chega ainda? Não sei. Se, em vez de se refundar o Estado social, refundássemos o Sporting? Isso mesmo, sem trocadilhos.
Não dá. Ninguém percebe o que está a acontecer. Sofremos golos que nem nas peladinhas com os amigos admitimos. Não pressionamos ninguém. Perdemos a primeira e a segunda bola sempre. Se houver uma terceira ou uma quarta, perdemo-la também. Mesmo para darmos uma pantufada em alguém, precisamos de pedir por favor.
Não é só a defesa que é um susto. O meio campo e o ataque são iguais. Qualquer jogador do Moreirense que lhe desse na veneta de pegar na bola e ir por ali fora ia. Ninguém lhe saía ao caminho. A sorte é que não se lembrava de rematar ou, quando rematava, o jeito não era muito. A zona central do Sporting é um autêntico buraco.
O que é que se pode fazer? Despedir, despedir, despedir. Chega? Também é preciso demitir, demitir, demitir. Chega ainda? Não sei. Se, em vez de se refundar o Estado social, refundássemos o Sporting? Isso mesmo, sem trocadilhos.
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Rui Monteiro
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23:16
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Nem sempre é preciso ter sorte
Fim de semana sem bola não é fim de semana. Interessa pouco saber se o Sporting está bem ou não. É preciso bola e mais nada. De outra forma, acabamos num happening cultural qualquer, por não termos a desculpa da bola.
À falta de melhor, fui ao café ver o Sporting de Braga contra o Porto. A história é curta e conhecemo-la muito bem. No futebol, são onze de cada lado, a bola é redonda e, no fim, o Peseiro perde. Se uma bola pode entrar às três tabelas, é na baliza da equipa do Peseiro que ele vai entrar. Se um golo é precedido de falta, é contra a equipa do Peseiro que o árbitro a deixa passar.
Para ganhar nem sempre é preciso ter sorte. Basta ter o Peseiro do outro lado.
À falta de melhor, fui ao café ver o Sporting de Braga contra o Porto. A história é curta e conhecemo-la muito bem. No futebol, são onze de cada lado, a bola é redonda e, no fim, o Peseiro perde. Se uma bola pode entrar às três tabelas, é na baliza da equipa do Peseiro que ele vai entrar. Se um golo é precedido de falta, é contra a equipa do Peseiro que o árbitro a deixa passar.
Para ganhar nem sempre é preciso ter sorte. Basta ter o Peseiro do outro lado.
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Rui Monteiro
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Pareciam-se com eles, mas não eram eles
Ando atolado de trabalho até ao gasganete. Ando de um lado para o outro armado em caixeiro-viajante. Hoje, tinha decidido que, para descontrair, ia ver o jogo. Quando tirei a cabeça do computador, já se estava na segunda-parte.
Fui ver o que restava do jogo. Antes, avisaram-me que estávamos a perder três a zero e a jogar contra dez.
Vi os últimos vinte minutos. O Basileia criou quatro oportunidades de golo. Nós, duas. Numa o Wolfswinkel atrapalhou-se tanto, mas mesmo tanto, que nem chegou a chutar. Na outra, o Carrillo fez tudo bem e com a baliza de um lado toda aberta rematou a meia altura para o outro e, por isso, para as mãos do guarda-redes.
Pelo que vi, jogou o Capel. Dos outros não me lembro. Mesmos os outros que referi há pouco, não sei se eram eles ou os seus hologramas. Pareciam eles, mas não eram eles seguramente. Enfim, estavam uns jogadores com a camisola do Sporting, mas não me pareceram do Sporting.
Vi os últimos vinte minutos. O Basileia criou quatro oportunidades de golo. Nós, duas. Numa o Wolfswinkel atrapalhou-se tanto, mas mesmo tanto, que nem chegou a chutar. Na outra, o Carrillo fez tudo bem e com a baliza de um lado toda aberta rematou a meia altura para o outro e, por isso, para as mãos do guarda-redes.
Pelo que vi, jogou o Capel. Dos outros não me lembro. Mesmos os outros que referi há pouco, não sei se eram eles ou os seus hologramas. Pareciam eles, mas não eram eles seguramente. Enfim, estavam uns jogadores com a camisola do Sporting, mas não me pareceram do Sporting.
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Rui Monteiro
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21:08
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sábado, 17 de novembro de 2012
Uma piada com piada
PS: esta piada dá para vários. Assim de repente, lembro-me dos nossos vizinhos e daquele clube que tem menos títulos do que o arquitecto que concebeu o estádio onde joga.
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Rui Monteiro
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17:58
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
De cerúleo gabão não bem coberto
(estava eu aqui a pensar na nossa selecção...)
De cerúleo gabão não bem coberto,
Passeia em Santarém chuchado moço,
Mantido às vezes de sucinto almoço,
De ceia casual, jantar incerto;
Dos esburgados peitos quase aberto,
Versos impinge por miúdo e grosso.
E do que em frase vil chamam caroço,
Se o quer, é vox clamantis in deserto.
Pede às moças ternura, e dão-lhe motes!
Que tendo um coração como estalage,
Vão nele acomodando a mil pexotes.
Sabes, leitor, quem sofre tanto ultraje,
Cercado de um tropel de franchinotes?
É o autor do soneto: é o Bocage!
Passeia em Santarém chuchado moço,
Mantido às vezes de sucinto almoço,
De ceia casual, jantar incerto;
Dos esburgados peitos quase aberto,
Versos impinge por miúdo e grosso.
E do que em frase vil chamam caroço,
Se o quer, é vox clamantis in deserto.
Pede às moças ternura, e dão-lhe motes!
Que tendo um coração como estalage,
Vão nele acomodando a mil pexotes.
Sabes, leitor, quem sofre tanto ultraje,
Cercado de um tropel de franchinotes?
É o autor do soneto: é o Bocage!
por Bocaje
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A. Trindade
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domingo, 11 de novembro de 2012
Fosse o Sporting o bom e velho Anderlecht...
… e, ao intervalo, o Braga estava com a mala cheia. Mas não é. Há coisas que não se perdoam, sobretudo aquela do Elias que, com o guarda-redes pelo chão, resolve atirar-lhe a bola contra as pernas.
Na segunda parte, um a um, os jogadores foram entregando a alma ao criador. A maior parte deles não aguenta uma hora de jogo. Mesmo assim, fomos dando algum pau. Nisso estamos a melhorar. Aí, nota-se dedo do treinador. Agora, a defesa é um susto. Ou se arranja pelo menos um defesa central em condições ou não há Vercauteren que nos valha. Os nossos centrais saltam como se estivessem a jogar voleibol. Não se encostam aos adversários com medo de fazerem falta na rede.
No fim, acabámos a ficar a dever esta vitória ao Patrício, como de costume, e ao Peseiro. Foi avisado o Braga entrar com um tal de Djamal e com o Nuno André Coelho. O primeiro, então, faz-me lembrar o nosso saudoso Onyewu a jogar, para pior, no meio campo. Também foi avisado ter tardado a meter o Mossoró. O Hélder Barbosa é muito melhor. Tem tanto de buliçoso como de inconsequente. Vimos de tudo isto na final da Taça UEFA.
Ver um jogo contra o Braga num café em Braga arbitrado pelo Pedro Proença é qualquer coisa de extraordinário. O árbitro, como qualquer bom árbitro português, apita por tudo e por nada. Sempre que dois jogadores disputam uma bola, o primeiro a tocar-lhe atira-se invariavelmente para o chão e invariavelmente é marcada falta. As situações repetem-se sem fim. A partir de certa altura, a malta já perdeu a cabeça. Ninguém vê jogo nenhum e está toda a gente aos berros durante o tempo todo.
Na segunda parte, um a um, os jogadores foram entregando a alma ao criador. A maior parte deles não aguenta uma hora de jogo. Mesmo assim, fomos dando algum pau. Nisso estamos a melhorar. Aí, nota-se dedo do treinador. Agora, a defesa é um susto. Ou se arranja pelo menos um defesa central em condições ou não há Vercauteren que nos valha. Os nossos centrais saltam como se estivessem a jogar voleibol. Não se encostam aos adversários com medo de fazerem falta na rede.
No fim, acabámos a ficar a dever esta vitória ao Patrício, como de costume, e ao Peseiro. Foi avisado o Braga entrar com um tal de Djamal e com o Nuno André Coelho. O primeiro, então, faz-me lembrar o nosso saudoso Onyewu a jogar, para pior, no meio campo. Também foi avisado ter tardado a meter o Mossoró. O Hélder Barbosa é muito melhor. Tem tanto de buliçoso como de inconsequente. Vimos de tudo isto na final da Taça UEFA.
Ver um jogo contra o Braga num café em Braga arbitrado pelo Pedro Proença é qualquer coisa de extraordinário. O árbitro, como qualquer bom árbitro português, apita por tudo e por nada. Sempre que dois jogadores disputam uma bola, o primeiro a tocar-lhe atira-se invariavelmente para o chão e invariavelmente é marcada falta. As situações repetem-se sem fim. A partir de certa altura, a malta já perdeu a cabeça. Ninguém vê jogo nenhum e está toda a gente aos berros durante o tempo todo.
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Rui Monteiro
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23:30
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sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Argumentista precisa-se
O Sporting é quase um mau
policial. Ainda a introdução não acabou e nós já sabemos o resultado final.
Nesse tipo de narrativa, tal como nos jogos do Sporting, os bons não são
completamente bons e os maus também não são completamente maus. Assim, enquanto
se desenrola a história, e as personagens vão revelando as suas virtudes e os
seus podres, nós vamos procurando perceber quem é de facto o “mau” e quem é o
“bom”. Não deixa de haver nos nossos
jogos, tal como nesse tipo de literatura, aqueles que não vacilam e são sempre
maus. Infelizmente, são mais raros ou inexistentes os que são sempre bons, mas isso já é mais uma coisa para o estilo comics
americano, dos super-heróis (literatura mais em voga noutras bandas da segunda
circular) mesmo assim é comum aparecer nas nossas histórias S. Patrício, o
santo de qualquer bom ou mau detective.
O enredo pode complicar-se multiplicando o número de bons e de maus,
como acontece nos nossos jogos, mas no cerne da história existirá sempre uma
força da autoridade que, por estupidez, excesso de zelo ou até maldade, tudo fará para dificultar a vida ao estoico e
desalinhado detective. Ao longo da
história normalmente esse herói vacila
entre o bem e o mal, entre a vitória e a derrota, recebe e dá uns murros, uma
ou outra bala de raspão. Se tiver sorte
até pode ir um pouco mais além do que o beijo de soslaio da beldade de serviço
e conseguir mesmo fazer abanar as redes. Mas, por maiores que sejam os
sofrimentos e as contrariedades nessas histórias, no fim, o detective vence.
No Sporting não. Daí o quase. Na nossa história há pouco
suspense, perdemos sempre, ou quase.No Sporting/policial há sempre uma bala assassina que na última página
mata qualquer candidato a herói. Bom ou mau, ali pela página 90, o nosso herói vai
levar com um balázio bem entre os olhos, ou uma bala de ricochete, até mesmo
uma infeção numa unha. Seja lá como for, vai morrer. Se em termos literários até não seria desinteressante a novidade de
matar o herói no fim, mesmo tendo a desvantagem de impossibilitar a
continuidade da série (o que é mau em termos comerciais e editoriais), em
termos desportivos começa a ser muito aborrecido saber sempre o fim e recomeçar
todas as histórias com um novo herói e um novo vilão mas sabendo sempre como vai acabar a história. Ora porra. Mudem lá de argumento se fazem favor.
Publicada por
A. Trindade
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00:57
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