Finalmente percebi a utilidade do Postiga. O Paulo Bento, na entrevista da passada terça-feira, explicou-a muito bem. Na novilíngua do futebolês nacional, explicou que o “Postiga, com as sua permanentes movimentações exteriores, permite abrir espaços interiores por onde podem jogar os seu colegas que vêm do exterior”. Como vêem isto não é fácil de perceber; e é compreensível que alguém como eu, que só lê o Correio da Manhã, tenha dificuldades em lá chegar.
Se bem percebi, o Postiga é bom ponta-de-lança porque não é ponta-de-lança. Entra como e para tal, mas engana. Faz-se de ponta-de-lança mas é médio ou extremo. Os seus colegas dedicam-se ao engano também. Entram como médios ou extremos, mas são na verdade pontas-de-lança. Esta arte do engano tem tudo para correr bem. A questão dos golos parece ser de somenos.
Se tivessem sabido disto no seu tempo, o Jardel, o Romário ou o Marco van Basten poderiam ter tido carreiras bem sucedidas. O Rooney, o Drogba ou o Falcão ainda vão a tempo de se emendar. Menos-mal, portanto.
O Paulo Bento tinha muito a ganhar (e nós também, já agora) se se resguardasse mais, e se falasse menos.
ResponderEliminarAssim, dá pena, às vezes. Já quando estava no Sporting, me deixava desconfortável sempre que abria a boca para nos brindar com o seu Português, um bocado para o trapalhão.
Cumprimentos.
C. Serra
Caro C. Serra
ResponderEliminarO Paulo Bento teve uma grande virtude na selecção. Chegou lá, desligou o complicómetro, motivou os jogadores e eles fizeram o resto. Isto parece fácil mas não é. Por isso, o Paulo Bento teve um grande mérito.
O que me parece, cada vez mais, é que começa a pensar que o mérito é maior do que este. Quando aqui se chega fica-se próximo do abismo. Aliás, o Queiroz achava que era ele que fazia com que as coisas acontecessem e não os jogadores. Viu-se no que deu.
Cumprimentos.
Nada como começar o dia com uma boa gargalhada.
ResponderEliminarObrigado, excelente o post.
E isto, Rui?
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=zZsAXQal0SE
Não sei se me alegre, se chore...
Jogo decisivo, a perder 0-1. Ele é agredido. Como responde? 2 batatas!
Olha para aqueles brazucas a festejar, tolinhos da vida. Pois é, como tu e eu quando era com o Luisão.
O que me entristece é que foi a carreira toda assim. Jogo decisivo? Aí vem ele. E o que fizemos? Vendemo-lo. Estava velho? Velho, o quê , Rui? Velho o quê?... a bola conta é lá dentro!
O Corinthians vai à frente, e sabes quando perde pontos? Pois é, quando o "velho" não joga.
Estivesse cá e teríamos mais dinheiro (nao gastariamos milhões em tiros no escuro), mais golos, e mais pontos.
Mas também havia quem dissesse que não prestava, não era?
Há quem ache que sendo burro pode parecer mais inteligente, é o que te digo...
A minha esperança é o miudo, mas parece que esse não é velho, mas é novo. Marca, mas é novo, não pode. Um dia hei-de perceber o Sporting, Rui. Tenho esperança...
(e não me digas que não vale a pena chorar os erros do passado. É a memória que nos faz!)
JPaulo
Excelente post, Rui Monteiro, muito engraçado.
ResponderEliminarNuno Pereira.
Caros leitores,
ResponderEliminarAntes de mais, agradeço os comentários. Quanto ao JPaulo, a única que posso dizer é que depois de ler o comentário dele e de ver o vídeo, chorei, para dentro, que é como doi mais.
SL