Quando era treinador do Sporting, o Paulo Sérgio reclamou vezes sem conta um pinheiro. Na altura, não compreendi bem o alcance deste pedido, desta exigência, pois também não compreendi bem a sua passagem pelo Sporting em vez do André Villas-Boas. Não via préstimo algum num pinheiro, num pinheiro a sério, num “Pinus pinaster”, num "Pinus pinea" ou num “Pinus halepensis” plantado no relvado do Estádio de Alvalade.
Passados estes anos todos, mais maduro, muito mais maduro, compreendo melhor o Paulo Sérgio. Recorreu a uma alegoria, tão-só. O que ele pretendia era um pinheiro de carne e osso, um substantivo próprio, um Pinheiro devidamente registado no Arquivo Distrital de Lisboa, como dantes constava dos Bilhetes de Identidade. Pretendia-o porque pretendia mais um jogador, um jogador que reforçasse o ataque da equipa.
Também só agora é que compreendo o Bettencourt e o Costinha. O André Villas-Boas demorou mais de década e meia para perceber aquilo que tinha percebido o Paulo Sérgio há muito, muito tempo [teve razão antes do tempo, como se costuma dizer na política]. O Porto precisava de se reforçar e reforçou-se. Mesmo assim, não sei se chega, pois o Benfica parece ter-se reforçado mais, muito mais. O Sporting é que parece que nunca se reforça por muito que se reforce.
[Acrescentei o “Pinus pinea” (pinheiro-manso) à lista de espécies por sugestão de uma amiga Eng.ª Silvicultora, que hoje (terça-feira) faz anos. Parabéns, Mané!]
Caro Rui,
ResponderEliminarSe dúvidas houvessem o jogo de ontem com o Dortmund veio comprovar que existem, de facto, vários tipos de Pinheiros. No campeonato fomos vítima de um Pinheiro que infelizmente conhecemos bem, desses que aparecem a decidir nos momentos mais difíceis. Parece-me que o Porto se reforçou bem nessa área, mas os acontecimentos no Estádio da Luz do dia seguinte apenas mostram que estão ainda muito atrás do Benfica.
Ontem fomos vítimas de outro tipo de Pinheiro, um do género do que o Paulo Sérgio queria, talvez por saber que Pinheiros dos outros não estão ao alcance do Sporting. Por muito doloroso que seja 'engolir' estes 0-3 e a nossa manifesta incapacidade de jogar na Liga dos Milhões, é sempre mais fácil do que aceitar os truques dos Pinheiros que abundam no futebol nacional...
SL
Caro João,
EliminarO Porto tem um pinheiro, enquanto o Benfica tem o pinhal de Leiria. Nós nunca nos dedicámos à silvicultura. Pelos vistos, a medicina também não é o nosso forte. Estamos a levar longe de mais o lema “por cada leão que cai outro se levantará”. Não sei se haverá muitos mais para se levantar. Mais um jogo ou dois e estamos a jogar com os jogadores deitados.
Abraço,
RM
Condolências ao FCP e família de Pinto da Costa sff. Civismo nunca é de mais.
ResponderEliminarPor acaso também acho. Não é preciso ser hipócrita para se ter uma palavra. Fosse aquela cabeça que acompanha o tronco e as pernas funcional e já o Sporting Clube de Portugal (que antigamente era um clube sério) tinha publicado uma nota oficial.
Eliminar* mais um texto fixe, Rui. Thx.
Rui, escreve um epitáfio ao adversário vencido pela doença. Só te sublima a ti e a nós sportinguistas.
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