[Sem pé quente]
Não precisávamos de ganhar e muito menos de marcar dois golos. Desperdiçámos a possibilidade de mais um empate ao desperdiçarmos o empate da Ucrânia contra a Sérvia. A ideia de atingir objetivos sem depender de outros e da combinação de resultados pode ser o reconhecimento do Santos que o seu pé quente teve melhores dias.
[Com os pés frios]
No fim do jogo, os jogadores afirmaram que mal sentiam os pés, tal era o frio. Porventura, a temperatura dos pés em sentido literal influencia-a em sentido figurativo. Talvez não se possa ter pé quente com os pés frios. Na dúvida, não seria de excluir a hipótese de se colocar uma escalfeta no banco.
[Com os pés]
O Cristiano Ronaldo marcou o nonagésimo nono golo ao serviço da seleção nacional. O simples facto de não ser fácil dizer nonagésimo nono golo de forma seguida, sem pausas e sem nos entaramelar a língua é, só por si, um sinal do feito extraordinário. Mais do que mais um golo, este, em particular, é revelador do empenho do Cristiano Ronaldo em marcar golos que os outros fazem um esforço enorme para falhar, como se viu com o Jota, apesar do guarda-redes do Luxemburgo também ter feito um esforço não despiciendo para o sofrer.
[Sem cabeça ou com a cabeça assim-assim]
O treinador da seleção de Malta embateu com a cabeça no banco de suplentes e não há maneira de se lembrar do jogo contra a Espanha. O Santos por um momento também se esqueceu de ser quem é, e não dizer nada e não revelar os seus segredos, e disse na entrevista o seguinte: “Acabámos por marcar num lance que tínhamos pensado, colocando a bola na profundidade, nas costas da defesa”. Até a emissão da RTP caiu (redonda).
"Sem cabeça ou com a cabeça assim-assim"
ResponderEliminarO lance do golo foi pensado e bem pensado, vi FS segredar ao ouvido de Bruno Fernandes. Mandou o Cristiano Ronaldo fingir que ia à bola e assustar os luxas, ficando Bruno livre de adversários. Ao Bernardo Silva não foi preciso dizer nada,advinhou o que FS queria.
Ja no EURO 2016 FS mandou Renato Sanches chutar contra as pernas do polaco e enganar o guarda redes.
Temos treinador, o bi esta no papo!
É sério, não estou a brincar.
João Balaia
Caro João Balaia,
EliminarTenho uma crença equivalente mas por outra razão, eventualmente. A seleção portuguesa é das seleções mais chatas que qualquer equipa pode apanhar. A tática é um embaralhanço completo, que nos embaralha a nós e ao adversário. Nós estamos habituados a estar embaralhados, os adversários não.
Depois, a equipa tem uma crença incrível que a qualquer momento marca, que só precisa de ir aguentando e embaralhando. A verdade é que embaralha, marca e ganha. Se essa crença era grande só com o Ronaldo, com o Bernardo e, espero, com o Fernandes, a crença ainda vai ser maior.
É rezar para que o Pepe continue ao seu melhor nível porque o Rúben Dias é só para benfiquista ver (não é mau, mas não é um central de topo como foi sempre o Pepe).
SL
Caro Rui,
ResponderEliminarÉ muito jogo de sueca. Sinal aqui, sinal ali. Quem embaralha sabe o que faz. A malta á volta vai fazendo caretas. No final toda a gente bebe um copo enquanto discute a manilha de trunfo.
Um abraço
Caro Gabriel,
EliminarÉ isso tudo e mais umas mezinhas. Com o Scolari não foi diferente, embora a fé ou a fezada, melhor dizendo, fosse maior.
Um abraço
A vitória no Europeu é irrepetível. A selecção venceu em 2016 e ninguém pode tirar esse mérito a Fernando Santos e aos jogadores, mas a selecção venceu, jogando mal, creio que sem ganhar um jogo, passou a fase de grupos com muito felicidade, depois evitou os tubarões e mesmo assim chegou à final com uns desampates por penalties, aqui e acolá. No jogo da final foi completamente dominada pela França e apenas um Patrício, muito inspirado, e um momento de excepcional inspiração de um dos piores jogadores, permitiu a extraordinária vitória. Depois, a seleccção de Fernando Santos continuou a jogar mal, mas a perder, com excepção da Liga das Nações, ou lá como o essa competição se chama. A qualificação para o Europeu de 2020, foi de uma probeza futebolística tremenda mas com Fernando Santos há-de ser sempre assim.
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarA seleção não tem vindo a piorar. Tem vindo a ser o que é: resiliência, controlo do adversário e fé no Ronaldo. Enquanto os jogadores acreditarem nisto, tudo pode sempre acontecer.
SL
Rui,
ResponderEliminara organização metódica do caos - durante a primeira parte quem preenchia as alas? - tem-se provado essencial ao sucesso português. Às tantas os adversários ficam baralhados com a entropia no sistema que colocamos em campo, desconcentram-se e quando dão por ela lá vem o golinho luso da ordem. Qualquer adversário fica em transe ao tentar perceber o nosso sistema. Nesse sentido, a selecção portuguesa é como uma serpente que vai hipnotizando até morder.
Forte abarço.
*Abraço. (Perdão.)
ResponderEliminarCaro Pedro,
ResponderEliminarÉ isso mesmo: “a seleção portuguesa é como uma serpente que vai hipnotizando até morder”. O Santos vive em pânico permanente. Estamos sempre a ver quando é que lhe dá um ataque de ansiedade. O medo de perder é de tal forma que só pensa no adversário e na forma de o bloquear para não sofrer golos. Como nem sequer pensa nos pontos fracos dos adversários, não monta uma equipa sequer para os explorar. O objetivo é impedir o golo seja de que forma for.
Os jogadores entram em campo com necessidade de livro de instruções. Por exemplo, o Bruno Fernandes joga do lado esquerdo ou do direito para apoiar o defesa, mesmo que o Luxemburgo não tenha intenções de atacar. O Santos não consegue perceber que o BF é dos poucos jogadores que tem golo nas botas e mais avançado e ao meio pode resolver, com um último passe ou num remate. Talvez até perceba, mas o medo é tanto que ele tem de jogar no local onde o medo do Santos ordena.
Quando se tem o Ronaldo, sabe-se que se começa sempre a ganhar por um a zero. É assim na seleção, era assim no Real Madrid. O Real Madrid ainda não conseguiu recuperar completamente depois da sua ausência. A nossa sorte é que ele dura e dura e não quer mudar de nacionalidade.
Um abraço,