Miguel Poiares Maduro, secundado por outros associados,
apresentaram há dias uma posição publica conjunta a pedir o adiamento do ato
eleitoral do Sporting com dois propósitos. Primeiro, dar tempo para que haja
uma convergência entre diferentes candidaturas, com a finalidade de que a lista
vencedora ao Conselho Diretivo tenha o maior respaldo possível. A segunda, para
dar tempo de clarificar em definitivo a situação dos vários candidatos que se
encontram sob alçada disciplinar.
O primeiro ponto, parece-me relativamente irrelevante. De
facto, não me parece de todo preocupante que o ato eleitoral dê visibilidade ao
pluralismo de posições que caracterizam historicamente o Sporting, nem me
parece que mesmo que alguém vença com 71%, os outros 29% se remetam ao silencia,
conforme a experiência recente deixa claro. Naturalmente, que haverá
candidaturas que não representam nada mais do que a vaidade dos seus
subscritores, mas essas ou não chegarão ao ato eleitoral, ou terão um numero
risível de votos.
A segunda parte parece-me mais relevante. No respeito pela
pluralidade, é indispensável que os associados que entendem que o projeto dos
anteriores órgãos sociais é o mais adequado, possam ter representação eleitoral.
Seja em listas encabeçadas por antigos membros do Conselho Diretivo, seja em
listas lideradas por outros nomes por impossibilidade regulamentar dos
primeiros.
Mas para que tal aconteça é preciso tempo. Se a justiça
precisa de tempo para ser justa e não pode ser apressada, então o processo
eleitoral também deve ter um tempo justo para que haja igualdade de
oportunidades.
Infelizmente, nestes dias de brasa e de histeria, os mais beneficiados
por esta decisão são os que mais a criticam. “Psicólogo? O psicólogo era para…?”
Caro Sérgio,
ResponderEliminarO Poiares Maduro tem ideias e isso é em sim mesmo uma boa notícia, principalmente para ele. Percebo as tuas razões. A justiça tem um tempo e é preciso respeitar esse tempo.
Agora, “dura lex, sed lex”. Ou há lei ou não há lei. Se de acordo com a lei e os órgãos que a aplicam os anteriores dirigentes não forem elegíveis, os sócios não entram nestas contas. Entraram quando aprovaram os estatutos e regulamentos disciplinares. O estabelecimento da lei em termos abstratos está sujeita ao poder popular. A sua aplicação depois de legitimada pelo voto não.
SL
Caro Rui
EliminarAbsolutamente correta a tua leitura. Devem ser separadas as duas coisas: disciplina e eleições. Se há regulamentos e há orgãos sociais, que se apliquem as regras. Quem entender que os seus direitos não estão a ser salvaguardados que recorra para os tribunais. As eleições são outra coisa, e não servem para resolver o contencioso.
SL
o poiares maduro e outros deviam ter tido ideias quando o SCP ia acabando , não agora . Ideias há muitas , é preciso e atuar
ResponderEliminar. Como já foi corrido do tacho agora vem cheirar outro , mas se calhar aqui não tem futuro .
Goste-se ou não se goste das pessoas, neste caso Miguel PM, é preciso ter honestidade intelectual.
Eliminar- Quanto ao primeiro comentário: ver http://sportingrecuperaridentidadeperdida.blogspot.com/2011/03/manifesto-por-um-debate-diferente-sobre.html?m=1
- Quanto ao segundo: Não sei a que "tacho" se refere mas se quer saber o quão agarrado Miguel PM é aos tachos, e de que carácter é feito, aconselho esta leitura: http://www.espn.com/espn/otl/story/_/id/23714076/inside-battle-russian-influence-fifa. Faz lembrar (mas pelo exemplo inverso) um célebre candidato às eleições em 2011 que queria trazer 50 milhões de euros em investimento de fundos russos, e que depois quando lhe deu jeito "descobriu" que o investimento em jogadores em conjunto com fundos destruía a transparência no futebol.
Caro Leonino,
EliminarO Poiares Maduro pode ter ideias quando bem entender. Não faltaria que ele só pudesse ter ideias quando no apetecesse. Nós podemos é concordar ou discordar delas.
Ajudava ao debate das ideias se não estivéssemos sempre na cozinha a falar de "tachos". Até porque 170.000 já têm o melhor tacho do Mundo, serem feitos de Sporting.
SL