A equipa não entrou condicionada, mas quase. Não fosse o
Nani inventar um daqueles lances cujo epitáfio se resume a (supostamente) inofensivo,
e o jogo ainda demoraria a criar uma ideia que tivesse um pernil do passado
recente. Não basta ter uma ideia, é preciso acreditar nela. Ainda bem que não acreditámos.
E se é para correr mal, corre(rá) de qualquer maneira. Como aconteceu, aliás, logo
a seguir. Depois podíamos ter marcado. Ou não. O adversário acreditou que não.
E continuou na sua toada de quem remoí um sentimento a reboque de mais um erro
adversário.
No intervalo saiu o Bas Dost. O Dost e o Fernandes nem
tinham entrado. Os últimos acontecimentos da novela dão-lhes uma resma de
ideias de rescisão suficientes para tirarem um curso de direito por linhas
tortas. O Peseiro intuiu. Eu também. No
nosso campeonato basta colocar alguém com vontade de jogar e jeito para a coisa.
O orçamento e a cor da camisola podem ser letais em determinadas circunstâncias.
Com os árbitros e demais entidades sobrenaturais não podemos contar. Entrou o
Jovane. Eles sabiam. O Peseiro sabia que eles sabiam. Nós não. Estávamos
nervosos. Com o Jovane as coisas tornam-se mais rápidas e imprevisíveis. O Nani
sabe disso. O Nani andou por esse mundo fora onde se joga à bola a sério. Em
Portugal a bola tem muitos nomes e alguns apelidos. Nani facilmente será um
deles.
De resto imperou a lei de Peseiro: Nunca voltes a um sítio
onde foste infeliz (o que não está provado).
Caro Gabriel,
ResponderEliminarCom o Peseiro, a infelicidade é verdadeiramente infeliz. Se for como da outra vez, vamos de tropeção em tropeção até começarmos a acreditar que desta é que é para, finalmente, perdermos tudo numa semana. Não há maior infelicidade do que a esperança de felicidade que não se concretiza por um pelinho.
Um abraço,
Caro Rui,
EliminarQueria muito dizer-lhe que nada disso estará provado. Mas não consigo fazê-lo sem me rir.
De resto, continuamos exímios na modalidade olímpica de tiros no pé. Tem tudo para correr mal.
Um abraço