Começo a perceber a teoria de um amigo meu quando este diz
que o Sporting só joga quando não há nada (ou pouca coisa) em jogo. Explico: desde
que ficamos praticamente arredados do título (recuperar para dois não será nada
fácil), o Sporting tornou-se mais prático, ou pragmático, como agora se costuma
dizer, deixando de lado uma bipolaridade que nos consumia a alma e os nervos. No
jogo com o Moreirense ainda entramos como quem não quer a coisa, tendo que
correr o triplo para dar a volta na segunda parte, coisa que nem sempre foi
possível. Com o Rio Ave, nada de abébias, marcar cedo e defender o resultado,
que o Patrício também é filho de Deus. Ontem, fizemos uma primeira parte com o
jogo controlado e acabamos por marcar numa grande jogada que culminou num
falhanço do Ezequiel Schelotto, acabando a bola por sobrar para o Ruiz, que
desta vez não conseguiu falhar. Quando o Ruiz não falha os deuses estão todos connosco.
Na segunda parte voltamos a rame-rame que nos é familiar,
isto é, jogar muito, jogar melhor e…falhar dois golos cantados, um do Bost e
outro do Gelson. Isto apenas para dar mais ânimo à partida que assim teve jogo
até ao fim. No fim marcou o Bost. Parece que o JJ o ensinou a marcar penaltis. A
verdade é que sem pressão as coisas nos saem melhor. Até a sorte lá aparece, ao
mesmo tempo que as más arbitragens desaparecem. Porque será?