Desta vez, parecia ser diferente. Na sequência de uma tabela entre o Bruno César e o Joel Campbell, o Bas Dost aparece a empurrar a bola para o um a zero. Uma dezena de minutos depois, mais um passe para as costas da defesa e o Bas Dost volta a empurrar a bola para o golo. Ainda não se tinha chegado a meio da primeira parte e o jogo parecia resolvido. Esperavam-se mais golos e elevada nota artística, se possível.
Até ao final da primeira parte, continuámos a jogar razoavelmente. Só que, entretanto, um jogador do Feirense enfiou uma biqueirada na cabeça do Adrien. Teve que entrar o Elias. É um filme que conhecemos de cor e salteado. O homem não ataca nem defende. Como o Ruiz não anda para trás, no meio-campo, ficou o William Carvalho contra o resto do mundo. A partir desse momento, a defesa entrou em modo de sobressalto permanente.
A segunda parte foi um suplício. Ficámos na dúvida. Não sabíamos se devíamos marcar mais um ou se devíamos gerir o resultado. Perdemos o controlo do jogo. Não conseguíamos pressionar a defesa e a saída da bola do Feirense e não defendíamos de forma compacta. O Feirense começou a trocar a bola no nosso meio-campo. Não fez nada de extraordinário, mas ainda fez o suficiente para nos marcar um golo (com metade da equipa do Sporting a ver jogar).
Até ao final do jogo, vivemos com o coração nas mãos. O Bryan Ruiz teimava em concluir as jogadas em grande estilo. Ou acabava a passar a bola ao guarda-redes, ou tentava um chapéu ou um qualquer centro envolvendo um toque na bola completamente improvável. A nossa defesa também não nos dava descanso. O Beto ainda ofereceu um golo ao adversário, mas acabou tudo em bem: num livre e numa biqueirada para as nuvens.
Queremos continuar a jogar com a equipa subida, mas não se pressiona suficientemente o adversário quando se perde a bola. Sem pressão e com o meio-campo em desvantagem, os adversários podem sair a jogar e têm umas dezenas de metros nas costas da defesa do Sporting para explorar. No ataque, continua-se a complicar. Complica-se porque há jogadores que só complicam e porque se continua a querer marcar golos de forma complicada, depois de um “tiki-taka” entediante. Assim, os jogos do Sporting estão a ficar aborrecidos, chatos mesmo. Não se trata somente de jogar bem ou de jogar mal. As coisas simplesmente não funcionam. Os jogadores já o perceberam e os adeptos também. Quando assim é, começa a faltar ânimo.
E o desânimo só aumenta, quando espreitamos o que o calendario nos reserva, nas proximas 5 jornadas:
ResponderEliminarChaves (f), Maritimo (f), Paços (c), Porto (f) e Moreirense (f).
Por oposição, nas proximas 5 jornadas, a tal equipa de vermelho: Boavista (c), Tondela (c), Setubal (f), Nacional (c) e Arouca (c).
Alguém, realisticamente acredita que não estaremos a pelo menos uns 12 pontos da liderança dentro de 1 mês?
Ajudem-me, estou a entrar em depressão :-(
Meu caro,
EliminarVamos ver do que os rapazes são capazes. A continuar assim, vamos acabar este ciclo com um atraso acumulado maior. Seja como for, não vale a pena entrar em depressão.
SL
Caro Rui,
ResponderEliminarO Sporting é especialista em complicar o que é fácil. É um filme que já vi tantas vezes na vida que me leva a assistir a cada jogo em permanente sobressalto... É daquelas coisas que já está enraizada no nosso clube, passem jogadores, treinadores e presidentes vai ser sempre assim. Lembro-me no ano passado quando estávamos a dar 3-0 na luz que só descansei aos 70 e tal minutos. Mas depois daquele empate em Guimarães vou ter de aumentar o limite para os 80 minutos. Nunca fiando...
De resto, pouco mais há a acrescentar. Bryan Ruiz cada vez mais Barbosa e Campbell cada vez mais Djalo. Elias cada vez mais...... Elias!
Seguem-se 2 jogos em trás os montes, parece que não vai chover, o que desde já é um bom indicador.
SL!
Meu caro,
EliminarTambém vejo sempre os jogos com o coração nas mãos. Com o Sporting tudo pode acontecer ou, dito de outra forma, tudo o que pode acontecer acontece.
Não melhorámos nada com as aquisições. O dos anos passado, especialmente o Ruiz, parecem ter desaprendido.
SL
Caro Zé Quintella,
EliminarCorrecção: "Bryan Ruiz cada vez mais Barbosa... Em ano de não renovação" :)))
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Rui,
ResponderEliminarEstou de acordo com os comentários anteriores e muito de acordo com a crónica. A tática não mudou muito mas no ano passado havia uma dose grande de imprevisibilidade e uma maior objetividade. Com o desaparecimento das mesmas ficou um futebol dominador, mas chato. Sem o Adrien em campo, nem dominador. Simplesmente chato.
Não sei se já é hora de atribuir culpas. Seguramente faltam jogadores melhores. Do ataque 'titular' só nos sobrou o Ruiz (e numa versão piorada). O Bas Dost faz o que pode. Acho que ainda pode fazer mais. O Gelson faz muito, mas acho que já não pode fazer muito mais. E depois há a questão da motivação. É impossível esta equipa não se sentir em baixo depois de tantos incidentes 'estranhos' e que não controla. O trabalho do treinador é agora levantar a moral, mas o que se viu no Domingo não pode deixar ninguém descansado.
SL
Caro João,
EliminarO jogo do Sporting está a ficar chato. Ficamos chateados a ver o jogo. Falta objetividade e imprevisibilidade, como diz. Mas também começa a ser um problema anímico e de crença: dos adeptos e, especialmente, dos jogadores.
SL