Ontem, comecei o dia com notícias do jogo do Sporting contra o Dortmund. Com base nos resultados do passado, informaram-nos que o Sporting tem tantas probabilidades de ganhar a uma equipa alemã com as de um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Também nos informaram que desta vez podia ser diferente, dadas as lesões dos jogadores do Dortmund. Pelas contas do jornalista, havia nove lesionados.
Quando começou o jogo, fiquei surpreendido com a constituição das equipas. O Dortmund aparecia com onze jogadores e o Sporting também. Se bem percebi o noticiário, para o Dortmund aparecer com onze jogadores o Sporting devia jogar com vinte.
Esta batota do Dortmund foi decisiva desde o início do jogo. No futebol, sendo onze de cada lado, no final ganham os alemães. Como de costume nesta coisa da Liga dos Campeões, o árbitro também estava mancomunado com a equipa mais forte, gamando-nos o penalty da ordem quando estava zero a zero (não viu o penalty, mas viu um falta do Bas Dost numa confusão qualquer, anulando-nos um golo). É difícil ganhar contra o destino. É ainda mais difícil ganhar com uma batota, quanto mais com duas.
O Jorge Jesus resolveu rodar jogadores num jogo decisivo para a Taça de Portugal e massacrar os supostos titulares neste torneio organizado pela UEFA. Os titulares também só são três: o Patrício, o William Carvalho e o Gelson Martins. Os outros estão todos à experiência. As experiências não estão a resultar grande coisa, com uma ou outra exceção.
O Bas Dost é o melhor avançado disponível. Em princípio, é para continuar. O Markovic, cada vez que tem a bola, desata a correr com ela como um perdido até se enfiar num buraco e perdê-la. Para jogar a segundo avançado, talvez seja melhor o André, o Bryan Ruiz, o Campbell ou o Bruno César. Ainda tenho esperanças que o Castaignos nos vai fazer esquecer o Teo. É caso para dizer: deixem jogar o Castaignos!
O Elias não nos está a desiludir. Sempre foi assim e sempre assim será. Quando sai para fazer pressão, demora eternidades a recuperar posição, ficando o William Carvalho contra o resto do mundo. Os laterais são um caso perdido. Os centrais vivem em dúvida permanente: têm de estar sempre com um olho nos avançados e o outro nos buracos que se vão abrir nas laterais.
Mesmo assim, não dei o tempo por perdido. Nunca tinha visto os alemães a queimar tempo na fase final do jogo como ontem. Os do Sporting, tenrinhos, deixaram-se ir na conversa. Só se anda aos empurrões e às cabeçadas aos adversários e em discussões com o árbitro quando se está a ganhar. Quando se está a perder, só serve para perder tempo e, assim, alinhar na estratégia do adversário (e do árbitro).
- Não aprender com os erros (ou repetir exaustivamente o, mau, Passado);
ResponderEliminar- Ingenuidade ou Honestidade a mais;
- Arbitragem;
Eis a santíssima trindade que descreve a História do Futebol do Sporting Clube de Portugal.
Ontem foi só mais uma lição. Tal como outras, ainda não será desta que vamos aprender a matéria dada.
JJ está a desistir do Sporting. Começou em Vila do Conde, adensou-se em Guimarães e a tendência é sempre descer. Esta inércia não é normal.
um abraço
Meu caro,
EliminarO que me diz na última frase é que me preocupa. Preocupa-me porque me parece verdade, em alguma medida. O JJ faz bem o diagnóstico, só não consegue encontrar as soluções para os problemas que diagnosticou. A equipa não está melhorar e, independentemente de tudo, continua a repetir alguns erros.
Um abraço