Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Desnorteando
Quando cheguei a casa, os diferentes canais da televisão estavam em alvoroço. Percebi que uma equipa qualquer tinha pedido quatro a dois. O Estoril perdeu quatro a dois mas tinha sido na sexta-feira passada. Não estava a perceber a razão de tanto alvoroço. Às tantas, um jornalista da SIC notícias afirmou que o Benfica tinha perdido o desnorte. Então é que perdi o norte: “quatro a dois”, “Benfica, “perder o desnorte”?
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016
A arte de bem jogar à carica
Desde que apareçam jogadores equipados à Sporting, qualquer jogo, em qualquer modalidade, desperta-me interesse. Contento-me com pouco. É-me indiferente se se joga à malha ou à carica (a minha filha apanhou-me um dia a ver um reportagem na Sporting TV sobre a nossa equipa de pesca desportiva; a partir desse dia a minha autoridade ficou pelas ruas da amargura). Também gosto de ver jogos em que uma qualquer equipa com camisolas vermelhas acabe derrotada.
No futebol, esta combinação pode-me ser servida em qualquer formato. Hoje foi para a Liga dos Campeões, mas se fosse para a Taça Lucílio Baptista o entusiasmo era o mesmo. Foi com este estado de espírito que vi, intermitentemente, o jogo do Sporting contra o Legia de Varsóvia.
Mal comecei a ver o jogo, o Jéfferson levou dois nós cegos a passo-de-caracol de um perneta qualquer da equipa polaca. Logo a seguir, o Bruno César ia fazendo autogolo. Temi o pior. O Bryan Ruiz, perante tantos disparates, pegou na bola e desatou a jogar como sabe. Os restantes jogadores acordaram e começaram a acompanhá-lo. De repente, a equipa estava em modo rolo-compressor. Os do Legia já não sabiam o que fazer para acabar com aquele inferno.
Vi o Gelson Martins fazer de Bryan Ruiz. Vi o Bryan Ruiz fazer de Slimani. Vi o Bas Dost fazer de Bas Dost (a sua economia de esforços nos remates transforma-os em passes para a baliza). Vi o Coates a tentar molhar a sopa outra vez (está-lhe a apanhar o jeito). Entretanto, o Slimani tinha feito de Slimani e o Casillas tinha feito de Cassillas. Ao intervalo, estávamos a ganhar em dois campos ao mesmo tempo. Nada mau, para um jogo à carica.
Na segunda parte, segundo o Jorge Jesus, gerimos o jogo. Aprecio a semântica. Diria de outra forma, borrifámo-nos para o jogo, metemos uns craques que contratámos à última hora e começámos a pensar no jogo contra o Guimarães. Parece-me uma atitude inteligente. Ganhámos o jogo, ganhámos as massas que a UEFA atribui para fazer de conta que estes jogos interessam pelo menos ao Menino Jesus e, espero eu, descansámos um ou outro jogador para o próximo jogo do campeonato (sobretudo o Bruno César, que, com esta exibição do Jéfferson e a lesão do Zeegelaar, vai ter de voltar a jogar a lateral esquerdo).
No futebol, esta combinação pode-me ser servida em qualquer formato. Hoje foi para a Liga dos Campeões, mas se fosse para a Taça Lucílio Baptista o entusiasmo era o mesmo. Foi com este estado de espírito que vi, intermitentemente, o jogo do Sporting contra o Legia de Varsóvia.
Mal comecei a ver o jogo, o Jéfferson levou dois nós cegos a passo-de-caracol de um perneta qualquer da equipa polaca. Logo a seguir, o Bruno César ia fazendo autogolo. Temi o pior. O Bryan Ruiz, perante tantos disparates, pegou na bola e desatou a jogar como sabe. Os restantes jogadores acordaram e começaram a acompanhá-lo. De repente, a equipa estava em modo rolo-compressor. Os do Legia já não sabiam o que fazer para acabar com aquele inferno.
Vi o Gelson Martins fazer de Bryan Ruiz. Vi o Bryan Ruiz fazer de Slimani. Vi o Bas Dost fazer de Bas Dost (a sua economia de esforços nos remates transforma-os em passes para a baliza). Vi o Coates a tentar molhar a sopa outra vez (está-lhe a apanhar o jeito). Entretanto, o Slimani tinha feito de Slimani e o Casillas tinha feito de Cassillas. Ao intervalo, estávamos a ganhar em dois campos ao mesmo tempo. Nada mau, para um jogo à carica.
Na segunda parte, segundo o Jorge Jesus, gerimos o jogo. Aprecio a semântica. Diria de outra forma, borrifámo-nos para o jogo, metemos uns craques que contratámos à última hora e começámos a pensar no jogo contra o Guimarães. Parece-me uma atitude inteligente. Ganhámos o jogo, ganhámos as massas que a UEFA atribui para fazer de conta que estes jogos interessam pelo menos ao Menino Jesus e, espero eu, descansámos um ou outro jogador para o próximo jogo do campeonato (sobretudo o Bruno César, que, com esta exibição do Jéfferson e a lesão do Zeegelaar, vai ter de voltar a jogar a lateral esquerdo).
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Rui Monteiro
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segunda-feira, 26 de setembro de 2016
O 4-6-2 de Jorge Jesus
Não quero substituir-me à análise do jogo já aqui feita, mas tendo em conta que eu só vi aí a primeira meia hora de jogo a minha perspectiva será porventura complementar.
Tive muito menos sorte que o Rui Monteiro. Os minutos que vi foram quase uma seca, um jogo de um só sentido, em que para passar o tempo se comparavam as vezes que o Estoril ultrapassava o meio campo com as decisões acertadas do Alan Ruiz.
A "culpa" foi do William e do Adrien. Os dois juntos devem valer por uns 4, o que põe o Sporting a jogar em 4-6-2, um sistema tático que baralha qualquer Freitas Lobo e deixa os adversários asfixiados na sua zona defensiva. Até o Fernando Santos, a custo, lá se converteu perante as vantagens deste sistema.
Posto isto importa com urgência encontrar os indivíduos que se fizeram passar por William e Adrien em Vila do Conde e... convoca-los para amanhã! Já se percebeu que o 4-6-2 é excelente mas não podemos abusar dele e portanto a minha proposta é que nos tentemos safar com o Legia em 4-4-2, guardando o melhor para o fim de semana. É que a história recente recomenda cautela, muita cautela, para Guimarães.
Tive muito menos sorte que o Rui Monteiro. Os minutos que vi foram quase uma seca, um jogo de um só sentido, em que para passar o tempo se comparavam as vezes que o Estoril ultrapassava o meio campo com as decisões acertadas do Alan Ruiz.
A "culpa" foi do William e do Adrien. Os dois juntos devem valer por uns 4, o que põe o Sporting a jogar em 4-6-2, um sistema tático que baralha qualquer Freitas Lobo e deixa os adversários asfixiados na sua zona defensiva. Até o Fernando Santos, a custo, lá se converteu perante as vantagens deste sistema.
Posto isto importa com urgência encontrar os indivíduos que se fizeram passar por William e Adrien em Vila do Conde e... convoca-los para amanhã! Já se percebeu que o 4-6-2 é excelente mas não podemos abusar dele e portanto a minha proposta é que nos tentemos safar com o Legia em 4-4-2, guardando o melhor para o fim de semana. É que a história recente recomenda cautela, muita cautela, para Guimarães.
domingo, 25 de setembro de 2016
Regresso a casa
Depois de duas derrotas, o Sporting regressou a casa. Eu também. Regressei este fim-de-semana a Viseu, cidade onde nasci e vivi até ir para universidade, em Lisboa. Nunca regressei. Só uma ou outra vez para matar saudades.
Tudo parece mudado. Um amigo meu, do Porto, foi trabalhar para o município e tem dado a conhecer a cidade ao país. Há um outro dinamismo. A cidade parece mais cosmopolita. Popularizou-se a cultura. Não parecem existir tantos guetos sociais, económicos e culturais. Mas isto sou eu a pensar depois de regressar. Enquanto por lá estive, tropecei no passado o tempo todo. Os amigos que não via há muito, as conversas que tínhamos interrompido, os locais que nunca mudam na minha cabeça povoada de demasiadas memórias.
Ainda cheguei a Viseu a tempo de ver os últimos quinze minutos de jogo. Vi o Bryan Ruiz falhar um golo de baliza aberta, o Elias a fazer um passe para o adversário para sua surpresa e o William Carvalho a fazer uma abertura notável para o lado esquerdo que deu o nosso quarto golo. Acabámos o jogo como se estivéssemos a fazer uma peladinha com os amigos. Nada de novo, portanto.
O Mundo é feito de mudança, parafraseando Camões. Tudo parece mudar a todo o tempo. Mas há coisas que, aos nossos olhos, nunca mudam, como Viseu, os amigos ou o Sporting. E ainda bem.
Tudo parece mudado. Um amigo meu, do Porto, foi trabalhar para o município e tem dado a conhecer a cidade ao país. Há um outro dinamismo. A cidade parece mais cosmopolita. Popularizou-se a cultura. Não parecem existir tantos guetos sociais, económicos e culturais. Mas isto sou eu a pensar depois de regressar. Enquanto por lá estive, tropecei no passado o tempo todo. Os amigos que não via há muito, as conversas que tínhamos interrompido, os locais que nunca mudam na minha cabeça povoada de demasiadas memórias.
Ainda cheguei a Viseu a tempo de ver os últimos quinze minutos de jogo. Vi o Bryan Ruiz falhar um golo de baliza aberta, o Elias a fazer um passe para o adversário para sua surpresa e o William Carvalho a fazer uma abertura notável para o lado esquerdo que deu o nosso quarto golo. Acabámos o jogo como se estivéssemos a fazer uma peladinha com os amigos. Nada de novo, portanto.
O Mundo é feito de mudança, parafraseando Camões. Tudo parece mudar a todo o tempo. Mas há coisas que, aos nossos olhos, nunca mudam, como Viseu, os amigos ou o Sporting. E ainda bem.
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Não basta acertar no diagnóstico
O Jorge Jesus fez o diagnóstico há muito da equipa e compreendeu os problemas que tem entre mãos. Há muito tempo que tinha percebido que, no mínimo, iria ficar sem o Slimani. Há muito que também sabia que não podia contar com o Teo.
Como se lembram, na pré-epoca quase nunca colocava o Slimani a jogar. Quanto muito, jogava na fase final das partidas. Experimentou várias opções para o emparelhamento na frente, que é fundamental para o 4x4x2 que procura sempre implementar. Os resultados foram sempre desastrosos. Fartámo-nos de sofrer golos exactamente iguais aos que sofremos contra o Rio Ave. Sem pressão dos avançados, assistimos a correrias dos jogadores adversários pelo campo fora até chegarem à área e aos desamparados defesas.
Quando os jogos passaram a ser a sério, a equipa só se equilibrou com o Bruno César a jogar no meio. Estamos lembrados do jogo contra o Porto. Começámos com o Bryan Ruiz no meio e o Bruno César no lado esquerdo e só equilibramos o jogo e lográmos a reviravolta quando trocaram de posição. Contra o Real Madrid o Jorge Jesus não repetiu o erro. O Bruno César estava na frente, pressionava os avançados e recuava para fazer de terceiro médio quando era necessário. Como estamos, precisamos do Bruno César no meio e na lateral esquerda. Não se pode pedir ao homem que esteja em dois lugares ao mesmo tempo.
Esta situação ainda mais se agravou pelo facto de o Gelson Martins ser mais extremo do que o João Mário. O João Mário passava a maior parte do tempo, sobretudo quando atacávamos, a jogar como terceiro médio. Estava sempre mais próximo dos outros jogadores do meio-campo e do ataque, sobretudo quando se perdia a bola. O Gelson Martins está a mudar, mas ainda não resolve esta questão do terceiro médio.
Com a substituição do Bryan Ruiz na esquerda pelo Campbell a situação ainda se agrava mais. O Gelson Martins está a aprender. O Campbell não sei se vai aprender, mas, de momento, não faz a mínima ideia do que deve fazer. Se fizesse o mesmo do Bryan Ruiz a ocupação do meio campo seria mais racional. Por outras palavras, fazia mais vezes de médio.
Mantendo o 4x4x2 e os actuais jogadores do último jogo, temos dois avançados que não pressionam os defesas nem recuam quando a bola passa a primeira linha ou para apoiar a saída para o ataque. Temos dois extremos, cada um em seu canto, à espera que a bola lá chegue. No caso do Campbell a incompreensão do que deve fazer é tão grande que mais não faz do que atrapalhar o lateral esquerdo quando avança no terreno. De repente, transformam-se em terra de ninguém uns quantos metros quadrados do campo, para serem explorados pelos adversários em ataques rápidos ou contra-ataques.
O Jorge Jesus, na conferência de imprensa, depois do jogo contra o Rio Ave, voltou a fazer muito bem o diagnóstico. As substituições, embora tardias, também revelaram que os problemas da equipa foram bem identificados. A forma como montou a equipa contra o Real Madrid ou como a mudou no jogo contra o Porto é reveladora do conhecimento destas fragilidades. O problema não está no diagnóstico, o problema está nas soluções. Não basta dispor do diagnóstico certo, é necessário dispor das respectivas soluções. Quanto a isso, só os próximos jogos o dirão.
Como se lembram, na pré-epoca quase nunca colocava o Slimani a jogar. Quanto muito, jogava na fase final das partidas. Experimentou várias opções para o emparelhamento na frente, que é fundamental para o 4x4x2 que procura sempre implementar. Os resultados foram sempre desastrosos. Fartámo-nos de sofrer golos exactamente iguais aos que sofremos contra o Rio Ave. Sem pressão dos avançados, assistimos a correrias dos jogadores adversários pelo campo fora até chegarem à área e aos desamparados defesas.
Quando os jogos passaram a ser a sério, a equipa só se equilibrou com o Bruno César a jogar no meio. Estamos lembrados do jogo contra o Porto. Começámos com o Bryan Ruiz no meio e o Bruno César no lado esquerdo e só equilibramos o jogo e lográmos a reviravolta quando trocaram de posição. Contra o Real Madrid o Jorge Jesus não repetiu o erro. O Bruno César estava na frente, pressionava os avançados e recuava para fazer de terceiro médio quando era necessário. Como estamos, precisamos do Bruno César no meio e na lateral esquerda. Não se pode pedir ao homem que esteja em dois lugares ao mesmo tempo.
Esta situação ainda mais se agravou pelo facto de o Gelson Martins ser mais extremo do que o João Mário. O João Mário passava a maior parte do tempo, sobretudo quando atacávamos, a jogar como terceiro médio. Estava sempre mais próximo dos outros jogadores do meio-campo e do ataque, sobretudo quando se perdia a bola. O Gelson Martins está a mudar, mas ainda não resolve esta questão do terceiro médio.
Com a substituição do Bryan Ruiz na esquerda pelo Campbell a situação ainda se agrava mais. O Gelson Martins está a aprender. O Campbell não sei se vai aprender, mas, de momento, não faz a mínima ideia do que deve fazer. Se fizesse o mesmo do Bryan Ruiz a ocupação do meio campo seria mais racional. Por outras palavras, fazia mais vezes de médio.
Mantendo o 4x4x2 e os actuais jogadores do último jogo, temos dois avançados que não pressionam os defesas nem recuam quando a bola passa a primeira linha ou para apoiar a saída para o ataque. Temos dois extremos, cada um em seu canto, à espera que a bola lá chegue. No caso do Campbell a incompreensão do que deve fazer é tão grande que mais não faz do que atrapalhar o lateral esquerdo quando avança no terreno. De repente, transformam-se em terra de ninguém uns quantos metros quadrados do campo, para serem explorados pelos adversários em ataques rápidos ou contra-ataques.
O Jorge Jesus, na conferência de imprensa, depois do jogo contra o Rio Ave, voltou a fazer muito bem o diagnóstico. As substituições, embora tardias, também revelaram que os problemas da equipa foram bem identificados. A forma como montou a equipa contra o Real Madrid ou como a mudou no jogo contra o Porto é reveladora do conhecimento destas fragilidades. O problema não está no diagnóstico, o problema está nas soluções. Não basta dispor do diagnóstico certo, é necessário dispor das respectivas soluções. Quanto a isso, só os próximos jogos o dirão.
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Rui Monteiro
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domingo, 18 de setembro de 2016
E ao terceiro não ressuscitou…
Aconteceu o que temia. Na primeira parte, o Rio Ave ganhou as bolas que podia e não podia ganhar. Há duas explicações. Uma é a do desgaste físico da Liga dos Campeões. A outra é mais preocupante, por ser estrutural. Para se jogar com a defesa tão avançada é necessário maior pressão à frente na saída de bola do adversário. De outra forma, o meio-campo está sempre em desvantagem numérica e a defesa apanha com uns ciclistas embalados pela frente. O William Carvalho e o Adrien não conseguem disfarçar tudo o tempo todo.
Na frente ninguém tem condições para fazer de Slimani. O André parece bom rapaz. Mas depois de se isolar e rematar com os olhos fechados para onde estava virado, fiquei mais ou menos esclarecido. Não via nada disto desde os tempos do Postiga. O Alan Ruiz só joga com a bola nos pés e, mesmo assim, devagar e devagarinho. O Campbell é mais rápido, mas inconsequente, não percebendo também que quando não tem a bola precisa de pressionar a defesa e apoiar o seu lateral. A melhor solução para o ataque ainda parece ser o Bruno César. Só que o rapaz não pode jogar à frente e a lateral esquerdo ao mesmo tempo.
O primeiro golo é ridículo e sintomático dos problemas da equipa. Uma autêntica anedota como Roderick domina a bola de peito e vem por ali fora sem ninguém lhe sair ao caminho. Com o Slimani, não se atreveria a nada disso. O Adrien, sem Liga dos Campeões, também tinha matado a jogada. Acabou tudo num golo marcado em câmara lenta. Levar um golo do Rio Ave não nos deixa bem-dispostos. Levar um golo deles depois de uma jogada do Roderick, apetece-nos vir para casa e dar um arraial de pancada na mulher, nos filhos e no gato.
Em vez de reagirmos e cairmos em cima deles, continuámos ao mesmo ritmo. O que falta de força sobra em displicência. Os nossos jogadores ainda deviam estar a pensar que estavam a jogar com o Real Madrid. Levámos mais dois golos em que havia todo o espaço do mundo para os jogadores do Rio Ave jogarem. Não me parece que atirar as culpas para a defesa seja o melhor diagnóstico.
Na segunda parte melhorámos. Era impossível piorar. O Bas Dost não é o Slimani, mas sabe ocupar os espaços onde os devem andar os pontas-de-lança. O Bryan Ruiz, ao pé do Alan Ruiz, parece o Usain Bolt. O Markovic deu um ar da sua graça. Pode ser que esteja ali uma parte da solução para os nossos problemas. Mas quem continuou a fazer a diferença foi o Gelson Martins, com mais uma assistência.
Ou alguns dos cromos que contratámos se revelam ou então é preciso mudar de táctica e não deixar a defesa tão exposta, porventura não jogando com ela tão avançada. Pelo sim, pelo não, acabava com a brincadeira da Liga dos Campeões, aproveitando-a para rodar os Elias, os Ruízes e os Campbelles desta vida, reunia os jogadores do ano passado e tentava fazer com eles uma equipa, com uma ou outra das aquisições. Ou muito me engano, ou estamos como no ano passado. Não existem grandes alternativas aos titulares e a equipa rapidamente vai ficar espremida.
Jesus é Deus? É, embora nunca tenha percebido bem o mistério da Santíssima Trindade. O Jorge Jesus é Deus? Era se a equipa tivesse ressuscitado ao terceiro golo. Não ressuscitou e por isso não é. Resta-lhe descer à terra e encontrar soluções. Se se mantivesse calado durante uns tempos, também agradecíamos.
Na frente ninguém tem condições para fazer de Slimani. O André parece bom rapaz. Mas depois de se isolar e rematar com os olhos fechados para onde estava virado, fiquei mais ou menos esclarecido. Não via nada disto desde os tempos do Postiga. O Alan Ruiz só joga com a bola nos pés e, mesmo assim, devagar e devagarinho. O Campbell é mais rápido, mas inconsequente, não percebendo também que quando não tem a bola precisa de pressionar a defesa e apoiar o seu lateral. A melhor solução para o ataque ainda parece ser o Bruno César. Só que o rapaz não pode jogar à frente e a lateral esquerdo ao mesmo tempo.
O primeiro golo é ridículo e sintomático dos problemas da equipa. Uma autêntica anedota como Roderick domina a bola de peito e vem por ali fora sem ninguém lhe sair ao caminho. Com o Slimani, não se atreveria a nada disso. O Adrien, sem Liga dos Campeões, também tinha matado a jogada. Acabou tudo num golo marcado em câmara lenta. Levar um golo do Rio Ave não nos deixa bem-dispostos. Levar um golo deles depois de uma jogada do Roderick, apetece-nos vir para casa e dar um arraial de pancada na mulher, nos filhos e no gato.
Em vez de reagirmos e cairmos em cima deles, continuámos ao mesmo ritmo. O que falta de força sobra em displicência. Os nossos jogadores ainda deviam estar a pensar que estavam a jogar com o Real Madrid. Levámos mais dois golos em que havia todo o espaço do mundo para os jogadores do Rio Ave jogarem. Não me parece que atirar as culpas para a defesa seja o melhor diagnóstico.
Na segunda parte melhorámos. Era impossível piorar. O Bas Dost não é o Slimani, mas sabe ocupar os espaços onde os devem andar os pontas-de-lança. O Bryan Ruiz, ao pé do Alan Ruiz, parece o Usain Bolt. O Markovic deu um ar da sua graça. Pode ser que esteja ali uma parte da solução para os nossos problemas. Mas quem continuou a fazer a diferença foi o Gelson Martins, com mais uma assistência.
Ou alguns dos cromos que contratámos se revelam ou então é preciso mudar de táctica e não deixar a defesa tão exposta, porventura não jogando com ela tão avançada. Pelo sim, pelo não, acabava com a brincadeira da Liga dos Campeões, aproveitando-a para rodar os Elias, os Ruízes e os Campbelles desta vida, reunia os jogadores do ano passado e tentava fazer com eles uma equipa, com uma ou outra das aquisições. Ou muito me engano, ou estamos como no ano passado. Não existem grandes alternativas aos titulares e a equipa rapidamente vai ficar espremida.
Jesus é Deus? É, embora nunca tenha percebido bem o mistério da Santíssima Trindade. O Jorge Jesus é Deus? Era se a equipa tivesse ressuscitado ao terceiro golo. Não ressuscitou e por isso não é. Resta-lhe descer à terra e encontrar soluções. Se se mantivesse calado durante uns tempos, também agradecíamos.
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Rui Monteiro
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Real Madrid – Sporting por sms
Uma reunião que se iniciou com grande atraso e se arrastou mais tempo do que o planeado, impediu-me de ver o jogo contra o Real Madrid. Fui sendo informado por sms pelo meu amigo Júlio Pereira dos desenvolvimentos do jogo. Como verão, não vi o jogo mas foi como se o tivesse visto.
19:17 – Lançamento do Jogo
Embora a competição doentia entre o Messi e o Ronaldo me esteja a preocupar, dado que ontem o Messi marcou três golos a uma equipa equipada de verde e branco, se a Selecção Nacional, sem o Ronaldo e com o Fernando Santos, venceu a França na final do Campeonato Europeu com um golo do Éder, então tudo (e mais além) é possível. (Confesso, encomendei esta mensagem de automotivação à Susana Torres).
20:44 – Balanço da primeira parte
Xiu! Nada de acordar os rapazes do Real Madrid. Ó Gelson, deixa lá isso que eles ainda se zangam… e o Ronaldo decide brincar ao Talisca. Na segunda parte, toca a rodar a equipa, que o jogo a sério é Domingo em Vila do Conde.
20:53 – Golo do Sporting
Ora bolas! Demasiado cedo.
20:59 – Campo a inclinar
Os jogadores do Real Madrid ainda estão a dormir, mas o árbitro já acordou…
21:27 – Comentário em forma de desejo
“Na perspectiva do Real Madrid, seria importante …” diz o comentador da SportTV desesperado.
21:52 – Balanço do jogo
Bom treino rapazes. Stop. Tivemos de sair cinco minutos mais cedo do jogo. Stop. Ainda perdíamos o avião da Ryanair de regresso a casa. Over & out.
19:17 – Lançamento do Jogo
Embora a competição doentia entre o Messi e o Ronaldo me esteja a preocupar, dado que ontem o Messi marcou três golos a uma equipa equipada de verde e branco, se a Selecção Nacional, sem o Ronaldo e com o Fernando Santos, venceu a França na final do Campeonato Europeu com um golo do Éder, então tudo (e mais além) é possível. (Confesso, encomendei esta mensagem de automotivação à Susana Torres).
20:44 – Balanço da primeira parte
Xiu! Nada de acordar os rapazes do Real Madrid. Ó Gelson, deixa lá isso que eles ainda se zangam… e o Ronaldo decide brincar ao Talisca. Na segunda parte, toca a rodar a equipa, que o jogo a sério é Domingo em Vila do Conde.
20:53 – Golo do Sporting
Ora bolas! Demasiado cedo.
20:59 – Campo a inclinar
Os jogadores do Real Madrid ainda estão a dormir, mas o árbitro já acordou…
21:27 – Comentário em forma de desejo
“Na perspectiva do Real Madrid, seria importante …” diz o comentador da SportTV desesperado.
21:52 – Balanço do jogo
Bom treino rapazes. Stop. Tivemos de sair cinco minutos mais cedo do jogo. Stop. Ainda perdíamos o avião da Ryanair de regresso a casa. Over & out.
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sábado, 10 de setembro de 2016
Mais uma corrida, mais uma viagem
Mais um jogo, mais uma vitória. Três golos marcados e nenhum sofrido. Mais uma corrida, mais uma viagem. Vamos em quatro vitórias em quatro jogos. Parafraseando o Jorge Jesus, mas agora a sério: limpinho!
Começámos com muita bola e a fazer cócegas à defesa do Moreirense. Falta ali um Slimani qualquer. O Bas Dost não pressiona tanto e não é tão feio. No mínimo, mandava-lhe rapar o cabelo e fazer duas ou três tatuagens. Tem uns tiques à Aquilani que me encanitam os nervos. Apesar de tudo, sabe marcar golos sentado, habilidade nunca revelada pelo Slimani, que nunca gostou de jogar de cadeirinha.
Estávamos num chove-não-molha, quando o William Carvalho pelo canto do olho viu a desmarcação do Gelson Martins e fez uma assistência para um espaço que só existia na cabeça dele. O Gelson, com dois toques - um para dominar a bola e outro para encostar para a baliza-, fez o primeiro golo. O Moreirense ameaçou o empate com um remate perigoso na sequência de um livre. A seguir suicidou-se com a expulsão de um jogador.
Entrámos na segunda parte finalmente a jogar como deve ser. Na reposição de bola, um central trapalhão passou a bola ao Bas Dost que por pouco não marcou. Boa defesa do guarda-redes. Logo a seguir, remate do Adrien à entrada da área com o pé esquerdo e nova boa defesa do guarda-redes. Começava-se a temer um daqueles jogos em que se desperdiçam golos atrás de golos até acabarmos com o credo na boca.
De um momento para o outro, marcámos mais dois golos e acabámos com o jogo. No primeiro, o Alan Ruiz, com tempo e espaço, fez um passe perfeito para a cabeçada imparável do Joel Campbell. O segundo foi a melhor jogada do desafio. O Gelson Martins desmarcou o Scheolotto do lado direito para um centro imediato ao primeiro poste, respeitando a desmarcação do Bas Dost, que acabou por não acertar na bola. Gera-se uma confusão entre ele e um defesa, a bola parece que não quer ser aliviada e o Bas Dost, sentado, meteu-a lá dentro outra vez. Apesar da posição não ser a mais conveniente para um avançado marcar um golo, sublinha-se o “soupless” do Bas Dost a fazer o remate. Desta forma, o defesa e o guarda-redes saíram dignificados, apesar do ridículo da situação
A partir do três a zero. O Jorge Jesus resolveu dar ritmo de jogo a algumas das mais recentes contratações. Não há dúvidas que estão com falta dele. Mas podia ter aproveitado os jogos da Liga dos Campeões para isso. O Markovic parece vir de um longo período de convalescença. Entrou-se na fase de deslumbramento, com os jogadores preocupados com a nota artística. Foram toques de calcanhar a mais. Não foi para isto que foram contratados. A equipa de futsal é campeã e reforçou-se devidamente.
Os últimos trinta minutos foram irritantes. O Moreirense foi avançando. Porventura, a ideia talvez fosse aproveitar este adiantamento para umas transições ofensivas, como hoje se diz (dantes dizia-se contra-ataques). Nada disso aconteceu. O Moreirense esteve perto de marcar. Não marcou porque o Monstro das Balizas assustou os seus jogadores.
Começámos com muita bola e a fazer cócegas à defesa do Moreirense. Falta ali um Slimani qualquer. O Bas Dost não pressiona tanto e não é tão feio. No mínimo, mandava-lhe rapar o cabelo e fazer duas ou três tatuagens. Tem uns tiques à Aquilani que me encanitam os nervos. Apesar de tudo, sabe marcar golos sentado, habilidade nunca revelada pelo Slimani, que nunca gostou de jogar de cadeirinha.
Estávamos num chove-não-molha, quando o William Carvalho pelo canto do olho viu a desmarcação do Gelson Martins e fez uma assistência para um espaço que só existia na cabeça dele. O Gelson, com dois toques - um para dominar a bola e outro para encostar para a baliza-, fez o primeiro golo. O Moreirense ameaçou o empate com um remate perigoso na sequência de um livre. A seguir suicidou-se com a expulsão de um jogador.
Entrámos na segunda parte finalmente a jogar como deve ser. Na reposição de bola, um central trapalhão passou a bola ao Bas Dost que por pouco não marcou. Boa defesa do guarda-redes. Logo a seguir, remate do Adrien à entrada da área com o pé esquerdo e nova boa defesa do guarda-redes. Começava-se a temer um daqueles jogos em que se desperdiçam golos atrás de golos até acabarmos com o credo na boca.
De um momento para o outro, marcámos mais dois golos e acabámos com o jogo. No primeiro, o Alan Ruiz, com tempo e espaço, fez um passe perfeito para a cabeçada imparável do Joel Campbell. O segundo foi a melhor jogada do desafio. O Gelson Martins desmarcou o Scheolotto do lado direito para um centro imediato ao primeiro poste, respeitando a desmarcação do Bas Dost, que acabou por não acertar na bola. Gera-se uma confusão entre ele e um defesa, a bola parece que não quer ser aliviada e o Bas Dost, sentado, meteu-a lá dentro outra vez. Apesar da posição não ser a mais conveniente para um avançado marcar um golo, sublinha-se o “soupless” do Bas Dost a fazer o remate. Desta forma, o defesa e o guarda-redes saíram dignificados, apesar do ridículo da situação
A partir do três a zero. O Jorge Jesus resolveu dar ritmo de jogo a algumas das mais recentes contratações. Não há dúvidas que estão com falta dele. Mas podia ter aproveitado os jogos da Liga dos Campeões para isso. O Markovic parece vir de um longo período de convalescença. Entrou-se na fase de deslumbramento, com os jogadores preocupados com a nota artística. Foram toques de calcanhar a mais. Não foi para isto que foram contratados. A equipa de futsal é campeã e reforçou-se devidamente.
Os últimos trinta minutos foram irritantes. O Moreirense foi avançando. Porventura, a ideia talvez fosse aproveitar este adiantamento para umas transições ofensivas, como hoje se diz (dantes dizia-se contra-ataques). Nada disso aconteceu. O Moreirense esteve perto de marcar. Não marcou porque o Monstro das Balizas assustou os seus jogadores.
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quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Entre o Labirinto da Saudade e o General no seu Labirinto
Li umas frases soltas de uma entrevista qualquer do Luís Filipe Vieira (LFV). Num determinado momento, LFV afirma que quem se quis ir embora foi o Jorge Jesus. Logo a seguir, LFV afirma também que o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica.
Estas afirmações são profundamente contraditória. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e a sua Direcção lhe pretendia renovar o contrato, então a Direcção, ao agir desta forma, é que não servia os interesses do Benfica. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e não aceitou renovar contrato, apesar da intenção contrária da Direcção, então, ao decidir desta forma, servia os interesses do Benfica.
Não sou dado a grandes interpretações psicanalíticas, mas esta contradição parece um acto falhado. São seis anos de contradições. É muito tempo em futebol, uma eternidade. Talvez tenha sido a saudade a falar por portas travessas. Talvez seja a saudade no seu labirinto. Talvez seja o general no seu labirinto.
Estas afirmações são profundamente contraditória. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e a sua Direcção lhe pretendia renovar o contrato, então a Direcção, ao agir desta forma, é que não servia os interesses do Benfica. Se o Jorge Jesus não servia os interesses do Benfica e não aceitou renovar contrato, apesar da intenção contrária da Direcção, então, ao decidir desta forma, servia os interesses do Benfica.
Não sou dado a grandes interpretações psicanalíticas, mas esta contradição parece um acto falhado. São seis anos de contradições. É muito tempo em futebol, uma eternidade. Talvez tenha sido a saudade a falar por portas travessas. Talvez seja a saudade no seu labirinto. Talvez seja o general no seu labirinto.
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Sem “performance” não há “coaching” que nos valha
Na final do Campeonato da Europa jogámos sem o Cristiano Ronaldo e ganhámos na mesma. Não tínhamos o melhor do mundo, mas contávamos com a Susana Torres. Foi esta a explicação que deram. Desta vez, contra a Suíça, estavam reunidas as mesmas condições. Perdemos. Assim não é fácil encontrar uma explicação para esta derrota.
Só consigo encontrar uma explicação. A impossibilidade de decidir o jogo por penalties condicionou a táctica da selecção nacional. Não se consegue montar uma táctica como deve ser se não existir a possibilidade do jogo se decidir por mero acaso.
Só consigo encontrar uma explicação. A impossibilidade de decidir o jogo por penalties condicionou a táctica da selecção nacional. Não se consegue montar uma táctica como deve ser se não existir a possibilidade do jogo se decidir por mero acaso.
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Rui Monteiro
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01:36
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quinta-feira, 1 de setembro de 2016
A Feira
Penso que já não devemos chamar mercado ao que se viveu nos últimos dias. O caos é tal que se assemelha mais a uma daquelas feiras sobrelotadas, típicas desta altura do ano. No meio da desordem apenas umas notas soltas:
- Todos gostávamos de ficar com a equipa do ano passado, e em particular com os "Aurélios"; mas para um clube como o Sporting ter quatro jogadores titulares da seleção que ganhou o Euro e não aproveitar para vender nenhum era um cenário quase inimaginável. Simplesmente não somos o Barcelona e temos de saber viver com isso.
- Posto isto acho que se vendeu o que fazia menos mossa. Não quer dizer que João Mário não seja bom, mas em teoria será o mais fácil de substituir. O Rui Patrício pela especificidade da função e o William por ser tão melhor que a concorrência seriam os mais difíceis. O Adrien é o pulmão da equipa e arranjar outro pode ser possível, mas arriscado. Esta é a teoria, vejamos a prática.
- O mesmo não se pode dizer de Slimani. Há um Sporting com e sem o Slimani e não há ninguém que jogue como ele. Vai haver diferente, vamos ver se com resultados melhores. Acho difícil.
- Conseguimos manter o médico, o treinador e o roupeiro. Temi que tal não fosse possível. A CMTV chegou a noticiar que o Sporting rescindira contrato com o Bruno de Carvalho e deve ter havido quem acreditou.
- Por falar nisso, ficou provado que o Bruno de Carvalho é um péssimo negociador e que a situação financeira do Sporting o obriga a vender os jogadores todos ao desbarato.
Não vou falar dos que chegam, mas termino a falar dos que ficam. Tenho a certeza que nos vão vender a ideia que houve uma "revolução" na equipa e profetizar as maiores desgraças. Contra o Porto jogámos com 11 jogadores do plantel do ano passado. Já não se usa. O Porto jogou com 8 jogadores do ano passado. É o normal, será também o normal no Sporting.
- Todos gostávamos de ficar com a equipa do ano passado, e em particular com os "Aurélios"; mas para um clube como o Sporting ter quatro jogadores titulares da seleção que ganhou o Euro e não aproveitar para vender nenhum era um cenário quase inimaginável. Simplesmente não somos o Barcelona e temos de saber viver com isso.
- Posto isto acho que se vendeu o que fazia menos mossa. Não quer dizer que João Mário não seja bom, mas em teoria será o mais fácil de substituir. O Rui Patrício pela especificidade da função e o William por ser tão melhor que a concorrência seriam os mais difíceis. O Adrien é o pulmão da equipa e arranjar outro pode ser possível, mas arriscado. Esta é a teoria, vejamos a prática.
- O mesmo não se pode dizer de Slimani. Há um Sporting com e sem o Slimani e não há ninguém que jogue como ele. Vai haver diferente, vamos ver se com resultados melhores. Acho difícil.
- Conseguimos manter o médico, o treinador e o roupeiro. Temi que tal não fosse possível. A CMTV chegou a noticiar que o Sporting rescindira contrato com o Bruno de Carvalho e deve ter havido quem acreditou.
- Por falar nisso, ficou provado que o Bruno de Carvalho é um péssimo negociador e que a situação financeira do Sporting o obriga a vender os jogadores todos ao desbarato.
Não vou falar dos que chegam, mas termino a falar dos que ficam. Tenho a certeza que nos vão vender a ideia que houve uma "revolução" na equipa e profetizar as maiores desgraças. Contra o Porto jogámos com 11 jogadores do plantel do ano passado. Já não se usa. O Porto jogou com 8 jogadores do ano passado. É o normal, será também o normal no Sporting.
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