domingo, 25 de setembro de 2016

Regresso a casa

Depois de duas derrotas, o Sporting regressou a casa. Eu também. Regressei este fim-de-semana a Viseu, cidade onde nasci e vivi até ir para universidade, em Lisboa. Nunca regressei. Só uma ou outra vez para matar saudades.

Tudo parece mudado. Um amigo meu, do Porto, foi trabalhar para o município e tem dado a conhecer a cidade ao país. Há um outro dinamismo. A cidade parece mais cosmopolita. Popularizou-se a cultura. Não parecem existir tantos guetos sociais, económicos e culturais. Mas isto sou eu a pensar depois de regressar. Enquanto por lá estive, tropecei no passado o tempo todo. Os amigos que não via há muito, as conversas que tínhamos interrompido, os locais que nunca mudam na minha cabeça povoada de demasiadas memórias.

Ainda cheguei a Viseu a tempo de ver os últimos quinze minutos de jogo. Vi o Bryan Ruiz falhar um golo de baliza aberta, o Elias a fazer um passe para o adversário para sua surpresa e o William Carvalho a fazer uma abertura notável para o lado esquerdo que deu o nosso quarto golo. Acabámos o jogo como se estivéssemos a fazer uma peladinha com os amigos. Nada de novo, portanto.

O Mundo é feito de mudança, parafraseando Camões. Tudo parece mudar a todo o tempo. Mas há coisas que, aos nossos olhos, nunca mudam, como Viseu, os amigos ou o Sporting. E ainda bem.

8 comentários:

  1. Caro Rui,
    O nosso Sporting tem mudado muito e para melhor nos últimos anos. Só as desconcentrações e apagões perto do fim dos jogos vão continuando. Mas já faltou mais para as eliminarmos. Agora é só às vezes. Antes era sempre.

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    1. Meu caro,

      A equipa não se pode descontrair e, pelo caminho, distrair quando está a ganhar por três. O jogo só acaba no fim.

      SL

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  2. Pena não ter visto o jogo para fazer uma crónica ao nível que nos habituou! No entanto, outros valores se levantaram e há que respeitar!

    Relativamente ao nosso Sporting, há coisas que parecem enraizadas neste clube e que nunca mudarão. Mesmo assim, é de louvar raramente entregarmos as primeiras partes de avanço ou deixarmos-nos empatar aos 70 e tal minutos por excesso de descontração e displicência quando estamos a ganhar pela margem mínima!
    Terça feira há mais,
    SL!

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    1. Meu caro,

      Sobretudo não convém perder jogos do William Carvalho. Ou muito me engano, e espero que me engane, ou não vai ficar por muito mais tempo.

      SL

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  3. Caro Rui,
    Foi um jogo agradável.
    No entanto, há outras coisas que nunca mudam:
    - O Bryan Ruiz continua a falhar golos feitos com uma "classe" total. Até a fazer asneira o rapaz tem categoria e classe.
    - O André Filipe vai ser o novo Teo...
    - O Elias o novo Aquilani. Não fui contra a vinda do Elias, mas quando o Paulista estava a mostrar as garras é logo encostado sem o Elias ainda ter mostrado algo?
    - O Jefferson está lá por mera obrigação. O treinador só o mete para não parecer mal e ele só joga para receber o salário.

    O W. Carvalho é uma bênção... ainda bem que o Guardiola apenas anda de olho no grimaldo e no guedes.

    Enfim, meu caro espero que possa ver o jogo completo em repetição e possa acrescentar a crónica eheh.
    Agora é colocar o foco no próximo jogo que é essencial na nossa caminhada... Guimarães é um terreno difícil...

    Um abraço ao estilo de terras de Viriato (sou natural de V. N. de Paiva e também fui estudar para Lisboa, não tendo voltado).
    P.S.: Em relação a Viseu, é pena que um distrito tão grande e até com dinheiro não tenha um desporto pujante (e não falo só no futebol).

    Abraço,
    Paulo.

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    1. Caro Paulo,

      Somos conterrâneos.

      Vi o resumo. Pelo resumo e pelo que conheço da equipa, sou capaz de, sem grandes riscos, confirmar tudo. Quanto ao Elias e ao Jéfferson estamos conversados. Não há um novo Teo. O Teo há só um e é tão imprevisível que ele próprios não se repete de jogo para jogo. O Bryan Ruiz é só classe: o corte de cabelo à maneira, a barba aparada e uns pés de fazer inveja. O problema é ele só fazer o impossível. às vezes o possível é o desejável e o possível e desejável basta.

      O William Carvalho é um caso à parte. Como li do Rogério Casanova, precisamos de um filho dele para perpetuar a espécie. Estou, como ele, disponível para mudar de sexo em nome do interesse nacional.

      Um abraço

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    2. Caro Rui,

      Creio que existem moças em Lisboa, incluindo do meio artístico(segundo a imprensa rosa), que estão na disponibilidade de dar um filho (ou vários) ao W. carvalho. Nessa medida, julgo que tal esforço não será necessário.

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    3. Meu caro,

      Este seu comentário aliviou-me. Às vezes dão-nos uns entusiasmos e não pensamos nas consequências. Agora a sério ou talvez não, fartei-me de rir com o seu comentário.

      SL

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