Desde que apareçam jogadores equipados à Sporting, qualquer jogo, em qualquer modalidade, desperta-me interesse. Contento-me com pouco. É-me indiferente se se joga à malha ou à carica (a minha filha apanhou-me um dia a ver um reportagem na Sporting TV sobre a nossa equipa de pesca desportiva; a partir desse dia a minha autoridade ficou pelas ruas da amargura). Também gosto de ver jogos em que uma qualquer equipa com camisolas vermelhas acabe derrotada.
No futebol, esta combinação pode-me ser servida em qualquer formato. Hoje foi para a Liga dos Campeões, mas se fosse para a Taça Lucílio Baptista o entusiasmo era o mesmo. Foi com este estado de espírito que vi, intermitentemente, o jogo do Sporting contra o Legia de Varsóvia.
Mal comecei a ver o jogo, o Jéfferson levou dois nós cegos a passo-de-caracol de um perneta qualquer da equipa polaca. Logo a seguir, o Bruno César ia fazendo autogolo. Temi o pior. O Bryan Ruiz, perante tantos disparates, pegou na bola e desatou a jogar como sabe. Os restantes jogadores acordaram e começaram a acompanhá-lo. De repente, a equipa estava em modo rolo-compressor. Os do Legia já não sabiam o que fazer para acabar com aquele inferno.
Vi o Gelson Martins fazer de Bryan Ruiz. Vi o Bryan Ruiz fazer de Slimani. Vi o Bas Dost fazer de Bas Dost (a sua economia de esforços nos remates transforma-os em passes para a baliza). Vi o Coates a tentar molhar a sopa outra vez (está-lhe a apanhar o jeito). Entretanto, o Slimani tinha feito de Slimani e o Casillas tinha feito de Cassillas. Ao intervalo, estávamos a ganhar em dois campos ao mesmo tempo. Nada mau, para um jogo à carica.
Na segunda parte, segundo o Jorge Jesus, gerimos o jogo. Aprecio a semântica. Diria de outra forma, borrifámo-nos para o jogo, metemos uns craques que contratámos à última hora e começámos a pensar no jogo contra o Guimarães. Parece-me uma atitude inteligente. Ganhámos o jogo, ganhámos as massas que a UEFA atribui para fazer de conta que estes jogos interessam pelo menos ao Menino Jesus e, espero eu, descansámos um ou outro jogador para o próximo jogo do campeonato (sobretudo o Bruno César, que, com esta exibição do Jéfferson e a lesão do Zeegelaar, vai ter de voltar a jogar a lateral esquerdo).
Meu caro,
ResponderEliminarAcho que foi um risco grande ter jogado com W. carvalho Adrien, ainda mais 90 minutos.
Jogou o onze que eu pensava que ia jogar contra o Vitória, o que é mau sinal.
Não sei se é boa ideia colocar o César na esquerda da defesa, em último recurso eu colocava o Esgaio, caso o Marvin não recupere.
Talvez o empate do Dortmund tenha impedido a possibilidade de passar aos oitavos, o que financeiramente é mau, mas desportivamente pode ser interessante, caso seja bem gerido.
O Dortmund joga muito à bola! Sublinhar.
O Dost é uma máquina de golos. pena que o Slimani tenha saído. Com os dois na frente podiamos jogar os jogos da champions com 10 par treinar para as expulsões que vão ocorrer no campeonato.
Esperar que o Nápoles ganhe.
Esperar que Sábado não seja dia de arrependimento por termos corrido riscos na terça anterior.
O jogo com o Vitória é decisivo, para mim vai definir o rumo ao título ou, no mau sentido, um acidente de recuperação pouco provável.
Cumprimentos,
SL.
Paulo.
Caro Paulo,
EliminarVamos ver. As possibilidades de passarmos são praticamente nulas. em condições normais o Dortmund e o Real são muito melhores. Se passarmos, para além do dinheiro, ganhamos exactamente o quê? O papel de figurante de uma competição que tens vencedores pré-anunciados.
O jogo contra o Guimarães, esse sim, é decisivo. Os jogos em casa são para ganhar. Foram temos meia dúzia de jogos críticos. O de Guimarães é um desses. Se não tivéssemos lá empatado na época passado tínhamos sido campeões. Já demos uma abébia em Vila do Conde. Não há margem para mais abébias.
SL
Caro Rui,
EliminarPassar para a Liga Europa tinha a vantagem de permitir jogar com os suplentes/menos utilizados nessa competição europeia.
Isto se a estratégia não mudasse a meio.
O jogo em Guimarães é decisivo.
Paulo.
SL
Caro Paulo,
EliminarEstou de acordo. É preciso entreter os excedentários em certas fases da época. Se jogarem, um ou outro ainda pode ser útil numa aflição. A Liga Europa é excelente para isso.
SL
Como equipa do pote 3, o Sporting tem obrigação de ficar à frente da equipa do pote 4, nada mais. Isto é, tem de ser melhor que ela nos 2 jogos que fizer contra essa equipa. Se os outros quiserem perder com essa equipa, é lá com eles.
ResponderEliminarNós temos 2 jogos (em 6) onde temos de ser melhores. Mais que isso é burrice.
Se queremos ser equipa do pote 1, temos uma boa solução, vencer a Liga (tal como fez o Leicester).
Quanto a Guimarães, a questão é simples: uma não vitória deixa-nos a 3 ou 4 pontos do slb ou igualados/suplantados pelo o fcp.
Face à qualidade futebolística desses 2 rivais, acham que isto faz sentido? Temos um Jesus mas não devemos praticar caridade.
um abraço
Caro Cantinho,
EliminarEu diria mais. A UEFA faz este arranjinho dos potes e de vários clubes das ligas mais competitivas. Devia levar esta fraude até ao fim.
Os dos pote um e dois passavam logo à fase a eliminar. Os do lote três passavam logo para a Liga Europa e a jogos a eliminar também. Distribuía-se o dinheiro e não se faziam os jogos para não haver lesões maçar os jogadores.
Os jogadores estão no Sporting para ganhar o campeonato. Queremos é ir festejar o título e mais nada.
Um abraço
É isso mesmo. Mais nada.
EliminarEsta 1ª fase da Champions mais do que uma "maçada", é uma "macacada" pegada.
Enviem o cheque que temos direito e deixem-nos jogar o campeonato.
Caro Rui,
ResponderEliminarExcelente sumário, esta frase sumariza particularmente bem ao que vamos: "Ganhámos o jogo, ganhámos as massas que a UEFA atribui para fazer de conta que estes jogos interessam pelo menos ao Menino Jesus"
SL
Caro João,
EliminarAs palavras pesam. Não disse que "estes jogos interessam ao Jorge Jesus". Espero que tenha acertado (no Menino Jesus e no Jorge Jesus ao mesmo tempo).
SL