O jogo resume-se aos desperdícios do Sporting. Há mérito em criar as oportunidades. Há mérito em controlar o jogo do princípio ao fim sem dar uma abébia ao Guimarães. Mas não se podem falhar golos cantados de todas as formas e feitios. Foi de baliza aberta. Foi de penalty em movimento. Foi, sobretudo, cara-a-cara com o guarda-redes.
O Sporting fez um excelente jogo. Estava muito bem preparado para o que o esperava. A defesa esteve intransponível. A dupla William Carvalho – João Mário, mesmo em desvantagem no meio-campo, não deu hipóteses. Nem uma transição ou um contra-ataque para amostra. Ruiz fartou-se de jogar. O “Chuta-chuta” também. Pesou a responsabilidade do jogo ao Gelson Martins. O Slimani está acabrunhado. O risco do amarelo, o risco de ser castigado – como alguns anunciam - faz com que perca aquelas que são as suas principais virtudes: a pressão incessante sobre a defesa e a disputa da bola doa a quem doer sem dar uma por perdida.
O Jorge Jesus fez quase tudo bem. Organizou bem a equipa. Percebeu a oportunidade das substituições. Continua é com o fetiche do Teo. O Teo é um caso à parte. É um problema de ritmo, de entrega e de agressividade. Contrasta com o resto da equipa. Parafraseando o Barão de Itararé, de onde menos se espera é que não sai nada mesmo.
Estou de acordo com o Jorge Jesus. O campeonato está difícil, principalmente para quem está atrás de nós.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Desperdícios
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Rui Monteiro
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domingo, 28 de fevereiro de 2016
Jogar sob pressão
Sempre que o Benfica joga antes do Sporting e vence, a comunicação social apresta-se a anunciar que vamos jogar sob pressão. Não se sabe se a pressão vem dessa vitória ou do anúncio da própria pressão. O que é certo é que o Sporting depois de ser ver em primeiro não mais perdeu esse lugar na classificação.
O Porto acabou de ganhar o jogo contra o Belenenses. Está em segundo lugar. À condição, é verdade. O Benfica ainda não jogou. Será que a comunicação social também vem anunciar que o Benfica vai jogar amanhã sob a pressão de acabar a jornada em terceiro lugar?
O Porto acabou de ganhar o jogo contra o Belenenses. Está em segundo lugar. À condição, é verdade. O Benfica ainda não jogou. Será que a comunicação social também vem anunciar que o Benfica vai jogar amanhã sob a pressão de acabar a jornada em terceiro lugar?
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
A arte de ensarilhar jogos
O que se aproxima não nos pode deixar descansado. Em cada jornada, a pressão sobre nós aumenta. O “colinho” não é a questão que mais me preocupa. Nem sequer me preocupam os roubos de igreja ou de capela, como se quiser.
O que me preocupa é a sistemática dualidade de critérios nos nossos jogos, em particular na amostragem de amarelos. O último jogo, contra o Boavista, foi um belo exemplo disso. As primeiras pantufadas dos adversários dão origem a uma bela conversa dos árbitros avisando os meninos que se se continuarem a comportar mal podem levar amarelo.
O jogo vai avançando e continua o antijogo declarado sem que nada aconteça. A meio de tudo isto o jogo entra na fase das faltas e faltinhas com dualidade de critérios. O jogo não anda e a equipa vai-se intranquilizando. Acaba o jogo e mesmo quando ganhamos tranquilamente, como foi o caso do Boavista, temos tantos amarelos como os adversário e as faltas estão ela por ela.
A comunicação social entra, depois, na fase do “lava mais branco”, como um detergente famoso. Cada lance é analisado de “per si” sem qualquer avaliação da coerência na aplicação das regras. Não temos prestado a devida atenção a isto. É que os jogos resolvem-se ou ensarilham-se nestes detalhes.
O que me preocupa é a sistemática dualidade de critérios nos nossos jogos, em particular na amostragem de amarelos. O último jogo, contra o Boavista, foi um belo exemplo disso. As primeiras pantufadas dos adversários dão origem a uma bela conversa dos árbitros avisando os meninos que se se continuarem a comportar mal podem levar amarelo.
O jogo vai avançando e continua o antijogo declarado sem que nada aconteça. A meio de tudo isto o jogo entra na fase das faltas e faltinhas com dualidade de critérios. O jogo não anda e a equipa vai-se intranquilizando. Acaba o jogo e mesmo quando ganhamos tranquilamente, como foi o caso do Boavista, temos tantos amarelos como os adversário e as faltas estão ela por ela.
A comunicação social entra, depois, na fase do “lava mais branco”, como um detergente famoso. Cada lance é analisado de “per si” sem qualquer avaliação da coerência na aplicação das regras. Não temos prestado a devida atenção a isto. É que os jogos resolvem-se ou ensarilham-se nestes detalhes.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Sem direito a “bar aberto”
Marcámos dois golos de bola parada. É assim que se desbloqueiam jogos contra equipas como o Boavista. Os campeonatos também se ganham assim. As equipas adversárias têm de nos temer nestes lances. Não se podem sentir confortáveis quando aliviam as bolas ou fazem faltas. Têm de pensar duas vezes.
O primeiro foi uma entrada com a força toda do Ewerton ao primeiro poste. A determinação e a qualidade do cabeceamento, parecendo que não, ajudam. Estou farto de ver remates com o cocuruto da cabeça e de olhos fechados para as nuvens. O segundo foi uma seca do Ruiz, como se diz no bilhar. Percebendo que o guarda-redes se fazia para o lado da barreira, fez tabelar a bola na cabeça de um jogador do Boavista, entrando no lado contrário. Só os predestinados são capazes de habilidades destas.
A segunda parte foi para esquecer. O Jorge Jesus decretou serviços mínimos e a rapaziada cumpriu. Podia ter cumprido com menos zelo. Nos primeiros vinte minutos limitámo-nos a ver jogar. É verdade que o árbitro não marcava faltas sobre o Slimani quando se jogava mais comprido. É verdade também que com o Teo a capacidade de pressão sobre a defesa e de segurar a bola se reduz. Com a entrada do Mané as coisas melhoraram. O rapaz é trapalhão, mas corre. Só por isso contrasta com o Teo.
Este fim-de-semana as arbitragens nos jogos dos nossos adversários funcionaram em regime de “bar aberto”. No caso do Benfica percebe-se bem. É a devolução de uma cortesia. Também se servem em “bar aberto” no Museu Cosme Damião e no Museu da Cerveja. Com o Porto é o regresso aos anos oitenta e a locais recomendáveis como o Calor da Noite e quejandos. Nós estamos invejosos. Parecendo que não, ganhar os jogos só pelo mérito é muito mais difícil. Ganhar apesar dos árbitros, é mais difícil ainda.
O primeiro foi uma entrada com a força toda do Ewerton ao primeiro poste. A determinação e a qualidade do cabeceamento, parecendo que não, ajudam. Estou farto de ver remates com o cocuruto da cabeça e de olhos fechados para as nuvens. O segundo foi uma seca do Ruiz, como se diz no bilhar. Percebendo que o guarda-redes se fazia para o lado da barreira, fez tabelar a bola na cabeça de um jogador do Boavista, entrando no lado contrário. Só os predestinados são capazes de habilidades destas.
A segunda parte foi para esquecer. O Jorge Jesus decretou serviços mínimos e a rapaziada cumpriu. Podia ter cumprido com menos zelo. Nos primeiros vinte minutos limitámo-nos a ver jogar. É verdade que o árbitro não marcava faltas sobre o Slimani quando se jogava mais comprido. É verdade também que com o Teo a capacidade de pressão sobre a defesa e de segurar a bola se reduz. Com a entrada do Mané as coisas melhoraram. O rapaz é trapalhão, mas corre. Só por isso contrasta com o Teo.
Este fim-de-semana as arbitragens nos jogos dos nossos adversários funcionaram em regime de “bar aberto”. No caso do Benfica percebe-se bem. É a devolução de uma cortesia. Também se servem em “bar aberto” no Museu Cosme Damião e no Museu da Cerveja. Com o Porto é o regresso aos anos oitenta e a locais recomendáveis como o Calor da Noite e quejandos. Nós estamos invejosos. Parecendo que não, ganhar os jogos só pelo mérito é muito mais difícil. Ganhar apesar dos árbitros, é mais difícil ainda.
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Queremos o campeonato de volta!
O Jesus tinha avisado. O jogo não era a sério. Para que ninguém tivesse dúvidas meteu o Teo. Fico na dúvida se o rapaz vive uma crise existencial ou se é mesmo assim. Acredito mais na segunda hipótese. Seja como for, desta vez o Jesus não meteu os rapazes, o Matheus e o Gelson. Entusiasmam-se e nunca se sabe o que o jogo pode dar. Estragaram o arranjinho contra o Lokomotiv e acabámos nestas andanças.
Correu tudo como o planeado. O Teo não levou amarelo e assim pode jogar na Alemanha. O Ruben Semedo recusou-se a ir à Alemanha. Nesta altura do ano, está um frio de rachar. O Slimani e o Adrien entraram para fazer recuperação activa ou como é que isso se chama. O Aquilani estava a precisar de fazer minutos. O Jéfferson precisava de recuperar a forma. Talvez fosse dispensável a presença do Ruiz. Apostar num dos rapazes, desde que orientados para não se entusiasmarem, talvez não fosse má ideia também.
Os rapazes do Leverkusen é que não estavam para brincadeiras. Mal começou o jogo desataram a atacar, a pressionar e a distribuir fruta. Não me pareceu uma atitude correcta. Estavam avisados e fizeram-se desentendidos. Para o jogo na Alemanha tem que se falar com eles de outra forma. Podemos continuar a fazer de conta que queremos saber do jogo para alguma coisa. Eles têm que fazer de conta que estão cheios de vontade de ganhar. No fim, fica um a zero outra vez e amigos como dantes.
Correu tudo como o planeado. O Teo não levou amarelo e assim pode jogar na Alemanha. O Ruben Semedo recusou-se a ir à Alemanha. Nesta altura do ano, está um frio de rachar. O Slimani e o Adrien entraram para fazer recuperação activa ou como é que isso se chama. O Aquilani estava a precisar de fazer minutos. O Jéfferson precisava de recuperar a forma. Talvez fosse dispensável a presença do Ruiz. Apostar num dos rapazes, desde que orientados para não se entusiasmarem, talvez não fosse má ideia também.
Os rapazes do Leverkusen é que não estavam para brincadeiras. Mal começou o jogo desataram a atacar, a pressionar e a distribuir fruta. Não me pareceu uma atitude correcta. Estavam avisados e fizeram-se desentendidos. Para o jogo na Alemanha tem que se falar com eles de outra forma. Podemos continuar a fazer de conta que queremos saber do jogo para alguma coisa. Eles têm que fazer de conta que estão cheios de vontade de ganhar. No fim, fica um a zero outra vez e amigos como dantes.
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Um real bife
Depois de uma jornada, os estados de espírito dos adeptos decorrem do confronto entre as expetativas e os resultados. A construção das expetativas não depende exclusivamente da qualidade das equipas ou dos resultados anteriores. Cada vez mais, as expetativas são construídas com o forte contributo da comunicação social.
Na semana passada, parecia muito mais fácil a vitória do Benfica, contra o Porto, do que a do Sporting, contra o Nacional. A hipótese da derrota do Benfica nem chegou a ser praticamente equacionada. A euforia era total.
A realidade impõe-se sempre. O Porto é muito melhor equipa do que o Nacional. É muito mais difícil o Porto perder na Luz do que o Nacional ganhar na Choupana. O que é evidente não era assim tão evidente há poucos dias.
A comunicação social que ajudou a construir as expetativas vai ser a mesma que vai ajudar a gerir a desilusão. A nós resta-nos viver com a realidade. A realidade é o jogo a jogo do costume. Não nos exalta, não nos deixa em euforia, mas, parafraseando o Woody Allen, a realidade continua a ser o único lugar onde se pode comer um bom bife.
Na semana passada, parecia muito mais fácil a vitória do Benfica, contra o Porto, do que a do Sporting, contra o Nacional. A hipótese da derrota do Benfica nem chegou a ser praticamente equacionada. A euforia era total.
A realidade impõe-se sempre. O Porto é muito melhor equipa do que o Nacional. É muito mais difícil o Porto perder na Luz do que o Nacional ganhar na Choupana. O que é evidente não era assim tão evidente há poucos dias.
A comunicação social que ajudou a construir as expetativas vai ser a mesma que vai ajudar a gerir a desilusão. A nós resta-nos viver com a realidade. A realidade é o jogo a jogo do costume. Não nos exalta, não nos deixa em euforia, mas, parafraseando o Woody Allen, a realidade continua a ser o único lugar onde se pode comer um bom bife.
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sábado, 13 de fevereiro de 2016
Ainda bem que jogámos fora!
Não vi o último jogo contra o Rio Ave. Há quase quinze dias que não via jogar o Sporting. Foi um regresso este jogo contra o Nacional. Com o Bruno Paixão e o Manuel Machado pelo meio, foi um regresso ao passado.
Em Alvalade, estávamos feitos. Um árbitro à maneira e uma equipa de feios, porcos e maus são os condimentos certos para o empate. Há qualquer coisa de estóico em onze jogadores permanentemente à defesa. A nenhum jogador passa pela cabeça ganhar o jogo. Aos do Sporting não lhes passa pela cabeça não ganhar o jogo. Com o árbitro a emperrar o jogo, o empate acaba por ser o resultado possível.
Em casa tudo é diferente. O que é estóico parece passar a estúpido. Falta a vontade de não perder. Não se está preparado para defender com estoicismo. O empate serve na mesma, mas convém disfarçar. Disfarçando, deixa-se espaço aberto às trocas de bola entre o Ruiz e o João Mário, com uma ou outra interferência do Adrien. Quando se dá conta, está-se enredado e não se consegue sair com a bola. Depois chega o Slimani, uma e outra vez.
Deixando jogar o Ruiz e o João Mário, o jogo está sempre meio ganho. O resto faz o Slimani. Um primeiro golo à ponta-de-lança, a prever com décimas de segundo de antecedência onde a bola vai cair e a desmarcar-se e a cabecear para o golo. Depois o lance do três a zero. Aquele lance só lhe acontece a ele. Só ele é que acredita naquela carambola. Teve azar. O remate saiu à trave. O azar dele foi a sorte do João Mário, que a meteu lá dentro. O quatro a zero foi o prémio de consolação. Penalty marcado com a frieza de um Adrien.
A defesa parece recomposta. O Coates não parece estar sempre com um ataque de nervos com a bola nos pés. O Ruben Semedo também não. Só que deste tenho medo. Aqueles excessos de confiança na parte final do jogo deixam qualquer um à beira de um ataque de nervos. O João Pereira está um senhor jogador. Está cheio de moral. A moral em alta não lhe permite, apesar de tudo, centrar para onde deve e como deve. O Zeegelaar não faz a mínima ideia do que seja jogar a lateral esquerdo. É grande, corre com a bola, centra mais ou menos, recua quando se perde a bola e vai-se mantendo atento ao jogo. Nesta altura, estas características fazem dele melhor jogador do que o Jéfferson.
O meio-campo esteve bem. Gostei da paulada do William Carvalho que lhe valeu o amarelo e a dispensa do próximo jogo. Devem ter sido instruções do Jorge Jesus. O Adrien esteve como tem estado esta época, acima das suas possibilidades. Mais um penalty, mais um golo. Desta vez a coisa esteve para dar para o torto. O João Mário esteve magnífico. É pena que marque quase sempre mal as bolas paradas. Merecia melhor sorte e que alguém lhe ensinasse a fazê-lo.
O ataque esteve bem. Esteve o Slimani e o Ruiz. Normalmente, os dois bastam. O Mané acompanhou-os. Aquela mania de arrancar uma dúzia de vezes e tentar passar por todos até perder a bola, começa a irritar. Sobretudo porque a equipa fica exposta aos contra-ataques quando perde a bola. Não sei se é defeito ou feitio. Se for feitio, prefiro o Gelson Martins.
Agora toca a descansar e a preparar o jogo contra o Boavista. Pelo caminho é preciso dar ritmo aos suplentes contra o Bayer de Leverkusen. O Teo, o Barcos, o Aquilani, o Matheus, o Esgaio o Schelotto precisam de mais oportunidades. Pelo caminho, façam o favor de não nos arranjarem mais jogos-treino na Europa.
Em Alvalade, estávamos feitos. Um árbitro à maneira e uma equipa de feios, porcos e maus são os condimentos certos para o empate. Há qualquer coisa de estóico em onze jogadores permanentemente à defesa. A nenhum jogador passa pela cabeça ganhar o jogo. Aos do Sporting não lhes passa pela cabeça não ganhar o jogo. Com o árbitro a emperrar o jogo, o empate acaba por ser o resultado possível.
Em casa tudo é diferente. O que é estóico parece passar a estúpido. Falta a vontade de não perder. Não se está preparado para defender com estoicismo. O empate serve na mesma, mas convém disfarçar. Disfarçando, deixa-se espaço aberto às trocas de bola entre o Ruiz e o João Mário, com uma ou outra interferência do Adrien. Quando se dá conta, está-se enredado e não se consegue sair com a bola. Depois chega o Slimani, uma e outra vez.
Deixando jogar o Ruiz e o João Mário, o jogo está sempre meio ganho. O resto faz o Slimani. Um primeiro golo à ponta-de-lança, a prever com décimas de segundo de antecedência onde a bola vai cair e a desmarcar-se e a cabecear para o golo. Depois o lance do três a zero. Aquele lance só lhe acontece a ele. Só ele é que acredita naquela carambola. Teve azar. O remate saiu à trave. O azar dele foi a sorte do João Mário, que a meteu lá dentro. O quatro a zero foi o prémio de consolação. Penalty marcado com a frieza de um Adrien.
A defesa parece recomposta. O Coates não parece estar sempre com um ataque de nervos com a bola nos pés. O Ruben Semedo também não. Só que deste tenho medo. Aqueles excessos de confiança na parte final do jogo deixam qualquer um à beira de um ataque de nervos. O João Pereira está um senhor jogador. Está cheio de moral. A moral em alta não lhe permite, apesar de tudo, centrar para onde deve e como deve. O Zeegelaar não faz a mínima ideia do que seja jogar a lateral esquerdo. É grande, corre com a bola, centra mais ou menos, recua quando se perde a bola e vai-se mantendo atento ao jogo. Nesta altura, estas características fazem dele melhor jogador do que o Jéfferson.
O meio-campo esteve bem. Gostei da paulada do William Carvalho que lhe valeu o amarelo e a dispensa do próximo jogo. Devem ter sido instruções do Jorge Jesus. O Adrien esteve como tem estado esta época, acima das suas possibilidades. Mais um penalty, mais um golo. Desta vez a coisa esteve para dar para o torto. O João Mário esteve magnífico. É pena que marque quase sempre mal as bolas paradas. Merecia melhor sorte e que alguém lhe ensinasse a fazê-lo.
O ataque esteve bem. Esteve o Slimani e o Ruiz. Normalmente, os dois bastam. O Mané acompanhou-os. Aquela mania de arrancar uma dúzia de vezes e tentar passar por todos até perder a bola, começa a irritar. Sobretudo porque a equipa fica exposta aos contra-ataques quando perde a bola. Não sei se é defeito ou feitio. Se for feitio, prefiro o Gelson Martins.
Agora toca a descansar e a preparar o jogo contra o Boavista. Pelo caminho é preciso dar ritmo aos suplentes contra o Bayer de Leverkusen. O Teo, o Barcos, o Aquilani, o Matheus, o Esgaio o Schelotto precisam de mais oportunidades. Pelo caminho, façam o favor de não nos arranjarem mais jogos-treino na Europa.
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Rui Monteiro
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Notícia da noite…
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A. Trindade
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Perspectivas
Ninguém pode ficar contente depois de empatar em casa com o Rio Ave. Era, e é, esse o meu estado de espírito. Mas li este post do blog visão de mercado (http://visaodemercado.blogspot.pt/2016/02/o-ultimo-sair-que-feche-porta.html) e, podendo até nem concordar com tudo, mudei de ideias quanto ao jogo.
Num campeonato onde ainda não tínhamos perdido um único ponto em que não podessemos partilhar as culpas com a equipa de arbitragem. Numa jornada em que uns rivais ganham por uns impressionantes 5-0 mas em que os dois primeiros golos são claramente precedidos de falta, e outros rivais ficam a discutir mais um inacreditável erro de arbitragem... não nos podemos queixar.
Em Alvalade houve futebol até ao fim. Houve público com fartura. Houve duas equipas a querer ganhar (pelo menos durante boa parte do jogo). Houve jogadas que teriam dado golos inesquecíveis, defesas impossíveis, falhanços inacreditáveis. De parte a parte, vale a pena dizer. Houve esforço, pressão, erros e lesões. Em suma, houve futebol. Estou contente? Não, não estou. Estou desapontado e revoltado? Não, também não estou. Se quero voltar a Alvalade para viver mais jogos em que regresso a reclamar os falhanços do Slimani ou a pensar nas defesas do Patrício em vez de sair a falar do Vítor Pereira ou de um Xistra qualquer? Sim, quero.
E quando vejo as coisas neste prisma vejo um Sporting de cabeça levantada. Que grande campeonato estamos a fazer. Não podemos esperar facilidades, mas se as dificuldades forem sempre do tipo das que encontramos na 2a feira somos perfeitamente capazes de chegar ao título.
Num campeonato onde ainda não tínhamos perdido um único ponto em que não podessemos partilhar as culpas com a equipa de arbitragem. Numa jornada em que uns rivais ganham por uns impressionantes 5-0 mas em que os dois primeiros golos são claramente precedidos de falta, e outros rivais ficam a discutir mais um inacreditável erro de arbitragem... não nos podemos queixar.
Em Alvalade houve futebol até ao fim. Houve público com fartura. Houve duas equipas a querer ganhar (pelo menos durante boa parte do jogo). Houve jogadas que teriam dado golos inesquecíveis, defesas impossíveis, falhanços inacreditáveis. De parte a parte, vale a pena dizer. Houve esforço, pressão, erros e lesões. Em suma, houve futebol. Estou contente? Não, não estou. Estou desapontado e revoltado? Não, também não estou. Se quero voltar a Alvalade para viver mais jogos em que regresso a reclamar os falhanços do Slimani ou a pensar nas defesas do Patrício em vez de sair a falar do Vítor Pereira ou de um Xistra qualquer? Sim, quero.
E quando vejo as coisas neste prisma vejo um Sporting de cabeça levantada. Que grande campeonato estamos a fazer. Não podemos esperar facilidades, mas se as dificuldades forem sempre do tipo das que encontramos na 2a feira somos perfeitamente capazes de chegar ao título.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Carnaval sucks
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A. Trindade
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11:48
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Baralhar e tornar a dar
As aquisições de Invernos foram as possíveis. Percebeu-se que foram determinadas pela situação financeira do clube. Com outras disponibilidades financeiras o Sporting teria efetuado outras aquisições? Com toda a certeza. Agora, sem dinheiro não há palhaço.
O Sporting precisava de um substituto direto do Slimani. O Jorge Jesus tentou vários modelos táticos alternativos, mas nada resultou. É preciso sempre um grande para a frente. Só temos um grande. Se o grande se lesionasse ou se fosse castigado, não havia plano B. Não sei se o tal de Barcos é um novo Slimani. É grande e feio também. Pode ser que sirva.
Com a recomposição da dupla de centrais que acabou a época passada e a entrada do William Carvalho, parecíamos seguros na defesa. Andámos jogos atrás de jogos a defender bem. De repente, a defesa desabou. O Ewerton ou está lesionado ou pode-se lesionar a qualquer momento ou, simplesmente, pode pensar que está lesionado ou que se vai lesionar. O Paulo Oliveira parece ter voltado à pré-época do Marco Silva. Não se consegue explicar o que se passa com o William Carvalho.
O Naldo, que aparentemente estava condenado a figura menor, foi o único que sobrou. No último jogo lesionou-se também. Era preciso refazer a defesa. Voltou o Rúben Semedo e contratámos um tal de Coates. Era preciso fazer alguma coisa e alguma coisa se fez. Pode ser que se tenha feito o necessário. O Jorge Jesus já ensinou outros bem piores a defender alguma coisa.
As aquisições de dezembro há muito estão analisadas. O Bruno César dá jeito. Já marcou mais golos do que o Montero. O Zeegelar não é pior do que o Jonathan. O Schelotto é mais controverso. Não parece acrescentar muito quando comparado com o Esgaio. É pernalta, corre como se não houvesse amanhã e centra bem. Porém, em muitas fases do jogo parece desorientado.
A única saída polémica é a do Montero. A principal razão terá sido de ordem financeira. Voltamos ao dinheiro e ao palhaço. Entre ele e o Teo, venha o Diabo e escolha. Nenhum deles é titular (para suplente basta um). Nenhum deles é alternativa ao Slimani. Isoladamente ou em conjunto não permitem um plano B. São um par maníaco-depressivo. Bem tentámos vender o maníaco. Acabámos por ter de vender o depressivo.
O Sporting precisava de um substituto direto do Slimani. O Jorge Jesus tentou vários modelos táticos alternativos, mas nada resultou. É preciso sempre um grande para a frente. Só temos um grande. Se o grande se lesionasse ou se fosse castigado, não havia plano B. Não sei se o tal de Barcos é um novo Slimani. É grande e feio também. Pode ser que sirva.
Com a recomposição da dupla de centrais que acabou a época passada e a entrada do William Carvalho, parecíamos seguros na defesa. Andámos jogos atrás de jogos a defender bem. De repente, a defesa desabou. O Ewerton ou está lesionado ou pode-se lesionar a qualquer momento ou, simplesmente, pode pensar que está lesionado ou que se vai lesionar. O Paulo Oliveira parece ter voltado à pré-época do Marco Silva. Não se consegue explicar o que se passa com o William Carvalho.
O Naldo, que aparentemente estava condenado a figura menor, foi o único que sobrou. No último jogo lesionou-se também. Era preciso refazer a defesa. Voltou o Rúben Semedo e contratámos um tal de Coates. Era preciso fazer alguma coisa e alguma coisa se fez. Pode ser que se tenha feito o necessário. O Jorge Jesus já ensinou outros bem piores a defender alguma coisa.
As aquisições de dezembro há muito estão analisadas. O Bruno César dá jeito. Já marcou mais golos do que o Montero. O Zeegelar não é pior do que o Jonathan. O Schelotto é mais controverso. Não parece acrescentar muito quando comparado com o Esgaio. É pernalta, corre como se não houvesse amanhã e centra bem. Porém, em muitas fases do jogo parece desorientado.
A única saída polémica é a do Montero. A principal razão terá sido de ordem financeira. Voltamos ao dinheiro e ao palhaço. Entre ele e o Teo, venha o Diabo e escolha. Nenhum deles é titular (para suplente basta um). Nenhum deles é alternativa ao Slimani. Isoladamente ou em conjunto não permitem um plano B. São um par maníaco-depressivo. Bem tentámos vender o maníaco. Acabámos por ter de vender o depressivo.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
O programa segue dentro de momentos
Depois da arbitragem do jogo contra a Académica, a indignação foi geral. Não houve cão nem gato que não falasse sobre ela. O próprio Cosme Machado viu-se na necessidade de confessar o engano.
Não se tratou propriamente de um engano ou não se pode chamar engano ao que aconteceu. O fiscal-de-linha assinalou o fora-de-jogo. O Cosme Machado fez questão de validar o golo, isto é, fez questão de se enganar.
Há muitos anos atrás, as emissões da RTP tinham imensas interrupções. De repente, a emissão acabava e aparecia a famosa frase no ecrã: “ Pedimos desculpa pela interrupção. O programa segue dentro de momentos”. Quer-me parecer que aqui se trata do mesmo: “Pedimos desculpa pelo engano. O programa segue dentro de momentos”.
Não se tratou propriamente de um engano ou não se pode chamar engano ao que aconteceu. O fiscal-de-linha assinalou o fora-de-jogo. O Cosme Machado fez questão de validar o golo, isto é, fez questão de se enganar.
Há muitos anos atrás, as emissões da RTP tinham imensas interrupções. De repente, a emissão acabava e aparecia a famosa frase no ecrã: “ Pedimos desculpa pela interrupção. O programa segue dentro de momentos”. Quer-me parecer que aqui se trata do mesmo: “Pedimos desculpa pelo engano. O programa segue dentro de momentos”.
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