domingo, 4 de janeiro de 2015

Continuando a aprender

Vi há pouco um bocado do programa de ontem da SIC Notícias. Está lá tudo o quer nos caracterizou nos últimos anos. Sportinguistas que são mais sportinguistas do que os outros e o possidonismo elevado à sua máxima potência. É gravar o programa e mostrá-lo sempre que alguém queira fazer fracas figuras.

Necessitamos de normalidade, de viver habitualmente. Não necessitamos de estar sempre a questionar-nos. Não gosto da palavra estabilidade, mas, se tiver que ser, que seja a estabilidade. Mas que não haja equívocos: o principal responsável pela estabilidade, ou pela falta dela, é sempre a Presidência do Sporting; pelo que faz e diz e, sobretudo, pelos resultados que obtém. Não é desta Presidência em particular. É uma responsabilidade de todas.

O treinador e a equipa estão a aprender, como se viu no jogo contra o Estoril. Isso é um bom sinal. Já tivemos vários cromos a treinar que, em vez de errarem e errarem melhor, erravam e erravam pior.

A melhor maneira de defender é evitar que o adversário ataque, que tenha a bola e jogue como quer. É necessário defender com a equipa toda, logo desde a saída da bola da defesa adversária. A equipa não se pode desposicionar, em particular na zona central. Os defesas centrais não podem ser deixados à sua sorte. O William Carvalho tem que os apoiar, evitando que os médios e avançados adversários tenham todo o terreno e tempo para decidir.

Quando se tem a bola, não é preciso correrem todos à maluca para o ataque. Com o Nani e os restantes avançados que dispomos, estamos sempre próximos do golo. É só esperar pelo momento certo para dar a estocada. Os campeonatos ganham-se na defesa e com uma dose razoável de cinismo (que inclui marcar golos de bola parada, seja em lançamentos laterais, cantos ou livres). Em Portugal, para além disso, é preciso um pouco (ou muito, talvez) de árbitro também.

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