Não vale a pena desanimar. Mais dois jogos assim e, então sim, podemos desanimar com a consciência tranquila.
O sistema adoptado pelo Domingos tem todas as condições para funcionar com a maioria das equipas do campeonato nacional. O “pressing” à frente bem organizado, como parece estar a ser, não permite grandes veleidades às equipas que venham a jogar a Alvalade. Agora o Valência é outra coisa. É uma equipa que sabe sair da pressão mesmo que muito bem organizada. Sendo assim, a defesa não pode dar as baldas que deu.
Também não lembra ao diabo sofrermos três golos na sequência de lançamentos de linha lateral. O Onyewu não esteve nada bem. Mas risível só mesmo o Carriço. Ainda vamos acabar com o Polga outra vez. Também não podemos esquecer que ainda estamos a jogar com o Djaló, Postiga e Evaldo. Não acredito que possam continuar durante muito mais tempo.
A equipa está a ser organizada para jogar num determinado modelo. Não há garantias que venha a funcionar. O que há garantias é que o trabalho dos treinos se vai ver nos jogos e isso há uns bons anos que não se via em Alvalade. Vamos dar tempo ao tempo.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Estou farto dos argentinos...
Imaginem-se sentados no vosso local de trabalho a fazer aquele trabalho importante.
Depois de semanas, meses de trabalho chegou o momento da reunião decisiva.
Para facilitar as coisas imaginem que é o Cliente que vem até ao vosso local de trabalho.
Hoje jogam em casa.
Foram meses intensos de preparação, anos de espera por aquela hora e meia de reunião com o Cliente ... 90 minutos de adrenalina.
Agora só falta imaginar o cenário. Imaginem uma sala de reuniões onde estão vocês e o Cliente... ah! e 50.000 colegas vossos, todos à volta da mesa, prontos para apoiar ... fieis até morte!
A reunião começa e com ela a tensão típica dos primeiros minutos.
Mas você é um profissional, são anos de experiência.
À primeira questão do Cliente você vacila não estava a ver a reunião tomar aquele caminho. Nesse momento metade dos seus colegas suspiram ... 25.000 almas a suspirar conseguem fazer um som ensurdecedor ... a tensão sobe vários níveis.
Mais 2 ou 3 percalços e todos os aqueles que estavam alí para o apoiar, estão agora contra si. Você é um profissional treinado e está a ir-se abaixo. Nada parece sair bem.
Alguém mesmo por detrás de si grita que você é uma desilusão, não se entende porque promete tanto mas depois nos momentos chave não chega lá. Ah! E já agora, a sua mãe ... bem você sabe!
Você aguentaria esta pressão no seu trabalho?
Eu não aguentaria!
O Messi (que é o Messi) está farto!
O que levará os adeptos a pensar que assobiar ajuda?
Depois de semanas, meses de trabalho chegou o momento da reunião decisiva.
Para facilitar as coisas imaginem que é o Cliente que vem até ao vosso local de trabalho.
Hoje jogam em casa.
Foram meses intensos de preparação, anos de espera por aquela hora e meia de reunião com o Cliente ... 90 minutos de adrenalina.
Agora só falta imaginar o cenário. Imaginem uma sala de reuniões onde estão vocês e o Cliente... ah! e 50.000 colegas vossos, todos à volta da mesa, prontos para apoiar ... fieis até morte!
A reunião começa e com ela a tensão típica dos primeiros minutos.
Mas você é um profissional, são anos de experiência.
À primeira questão do Cliente você vacila não estava a ver a reunião tomar aquele caminho. Nesse momento metade dos seus colegas suspiram ... 25.000 almas a suspirar conseguem fazer um som ensurdecedor ... a tensão sobe vários níveis.
Mais 2 ou 3 percalços e todos os aqueles que estavam alí para o apoiar, estão agora contra si. Você é um profissional treinado e está a ir-se abaixo. Nada parece sair bem.
Alguém mesmo por detrás de si grita que você é uma desilusão, não se entende porque promete tanto mas depois nos momentos chave não chega lá. Ah! E já agora, a sua mãe ... bem você sabe!
Você aguentaria esta pressão no seu trabalho?
Eu não aguentaria!
O Messi (que é o Messi) está farto!
O que levará os adeptos a pensar que assobiar ajuda?
terça-feira, 26 de julho de 2011
Patrício a número 1
[Obrigado JJ]
Não sei quem teve a ideia peregrina de fazer um plantel com 5 guarda-redes, até porque não conheço qualquer esquema táctico com essa variante. Também não sei quem se lembrou de contratar o Eduardo para ser suplente do Artur. O que sei é que deram a Rui Patrício a baliza da selecção nacional. Uma excelente notícia. Nomeadamente para aqueles sportinguistas que passaram anos a fio a assobiar o rapaz.
Não sei quem teve a ideia peregrina de fazer um plantel com 5 guarda-redes, até porque não conheço qualquer esquema táctico com essa variante. Também não sei quem se lembrou de contratar o Eduardo para ser suplente do Artur. O que sei é que deram a Rui Patrício a baliza da selecção nacional. Uma excelente notícia. Nomeadamente para aqueles sportinguistas que passaram anos a fio a assobiar o rapaz.
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Sergio Barroso
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segunda-feira, 25 de julho de 2011
O jogo da Juventus visto por um leitor
O nosso leitor Fernando Sousa escreveu um comentário com o qual não posso deixar estar mais de acordo. Aqui vai ele.
"O Sporting esteve bem tecnicamente mas mesmo assim mostrou algumas das grandes incoerências dos últimos anos. Os defesas que já vêm de outros anos têm de saber (e pensar) que não podem nem devem demorar tanto tempo com a bola lá atrás. Vejam como faz o Onyewu. Logo que a tem procura jogo lá mais para a frente. Os adversários normalmente aproveitam essa preguiça de não se querer pensar o jogo. João Pereira e Evaldo (mesmo Carriço) têm de largar antigos vícios.
E lá à frente há outro problema. Onde deve jogar o novo holandês? O Postiga não pode andar quase sempre em terrenos que são do outro. Ou então tem que se entender com ele e vice- versa. Rematar bem e afinado é sinal de muito e afincado treino. É isso que ele tem que fazer se quiser ainda ser útil ao Sporting. Faltam ainda os verdadeiros extremos de que já se falou no “post” anterior. E onde vai estar Izmailov e os outros que ainda não iniciaram a época?
Domingos (como bem disse) tem ainda muito trabalho pela frente. Queremos um Sporting a jogar um futebol moderno com boa construção, poder físico e recuperação. Na frente pede-se finalização. Só assim poderemos voltar a ser campeões."
"O Sporting esteve bem tecnicamente mas mesmo assim mostrou algumas das grandes incoerências dos últimos anos. Os defesas que já vêm de outros anos têm de saber (e pensar) que não podem nem devem demorar tanto tempo com a bola lá atrás. Vejam como faz o Onyewu. Logo que a tem procura jogo lá mais para a frente. Os adversários normalmente aproveitam essa preguiça de não se querer pensar o jogo. João Pereira e Evaldo (mesmo Carriço) têm de largar antigos vícios.
E lá à frente há outro problema. Onde deve jogar o novo holandês? O Postiga não pode andar quase sempre em terrenos que são do outro. Ou então tem que se entender com ele e vice- versa. Rematar bem e afinado é sinal de muito e afincado treino. É isso que ele tem que fazer se quiser ainda ser útil ao Sporting. Faltam ainda os verdadeiros extremos de que já se falou no “post” anterior. E onde vai estar Izmailov e os outros que ainda não iniciaram a época?
Domingos (como bem disse) tem ainda muito trabalho pela frente. Queremos um Sporting a jogar um futebol moderno com boa construção, poder físico e recuperação. Na frente pede-se finalização. Só assim poderemos voltar a ser campeões."
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Rui Monteiro
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domingo, 24 de julho de 2011
A Juventus já está
Ganhámos, que é o que importa. Estamos mais organizados. Pressionamos melhor quando perdemos a bola. O Rinaudo e Stijn Schaars dão outra consistência na zona central do meio-campo. Por outro lado, com o Rinaudo e o Onyewu já não parecemos uma equipa de escuteiros.
Quando temos a bola, as coisas estão perras. E mais perras ficam quando continuamos com o brinca na areia do Postiga. A tentativa de chapéu ao guarda-redes e o lance em que teve tempos para tudo e acabou a fazer fintas e mais fintas sem chutar à baliza, definem-no.
O Djaló enganou-se, nada que, como sabemos, se vá repetir muito ao longo da época. Não deu para tirar grandes conclusões do Bojinov, do Rubio e do Ricky. Esperemos que pelos menos um deles nos faça esquecer o Levezinho. Falta qualquer coisa nos extremos e não é com o Pereirinha que vamos lá.
Quando temos a bola, as coisas estão perras. E mais perras ficam quando continuamos com o brinca na areia do Postiga. A tentativa de chapéu ao guarda-redes e o lance em que teve tempos para tudo e acabou a fazer fintas e mais fintas sem chutar à baliza, definem-no.
O Djaló enganou-se, nada que, como sabemos, se vá repetir muito ao longo da época. Não deu para tirar grandes conclusões do Bojinov, do Rubio e do Ricky. Esperemos que pelos menos um deles nos faça esquecer o Levezinho. Falta qualquer coisa nos extremos e não é com o Pereirinha que vamos lá.
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Rui Monteiro
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sábado, 23 de julho de 2011
O Sporting não sei, mas eu estou de volta.
[Direcção]
Para quem está no conforto do sofá ao Sábado à noite, a qualidade da Direcção do Sporting vê-se sempre, o mais tardar, em meados de Maio : foram ou não foram campeões? Para quem pena quinzenalmente a caminho do Estádio, há muitos mais factores que pesam. Coisas pequenas, simples, talvez até insignificantes. Problemas tão simples e primários que a sua não resolução nos fazem desconfiar se existe uma Direcção. Coisas como, ao fim de 8 anos, receber o cartão da box a tempo e horas do jogo de apresentação. Ninguém resolve uma divida brutal e cria uma equipa competitiva se não for capaz de resolver uma coisa tão simples como esta. Godinho Lopes está no bom caminho.
[Duque & Freitas]
Não quero fazer de Moody’s, mas eu daria um outlook negativo a este Sporting. É claro que tem todas as condições para ser melhor que o do passado recente, mas para isso bastava terem-me contratado a mim e à malta aqui da rua. É verdade que a equipa se reforçou com algum critério e que, dentro do possível, dispensou o que havia para dispensar. Mas daí a que com Bojinov e um par de miúdos se dispute um campeonato contra Hulk, Falcão & companhia, só se o “coelho” que o Pinto tirou da cartola for mesmo um grande nabo.
[Domingos]
De tudo o que há de novo no Sporting, Domingos é o que mais me inspira esperança. Quem é capaz de chegar à final da UEFA com o Custódio e o Miguel Garcia, pode até ganhar a champions com Postiga e Djaló. Basta voltar a apanhar outra equipa fraquinha nas meias finais.
[Os que saíram]
Marco Caneira: não fosse aquele monumental golo ao Inter e figuraria com Ângulo como as contratações mais estúpidas da década. Vukcevic: tinha tanta velocidade para extremo como as chaimite para fazer provas de Formula 1. Maniche: só se lhe pedia um golo na Luz e correr toda a central a beijar o emblema. Falhou. Pedro Mendes: o seu ocaso merecia uma investigação da Procuradora Cândida. Saleiro: não serve(tte). Zapater: não fosse a espondilose e dava um grande jogador. Hildebrand: quando for crescido quero ter um emprego destes, por um ano, num país como Portugal. Torsiglieri: lento, muito lento. Grimi? Pensava que já o tinham dispensado o ano passado. Valdês: o tempo dirá se não vai fazer falta.
[Os que entraram]
Dantes bastava o primeiro jogo para se ver se “tinham toque de bola”. Agora, na era do youtube (onde até o Bruno César parece magro) todos são grandes jogadores. Em qualquer caso, manda a experiência que só lá para Setembro se façam juízos de valor. Uma coisa é certa, com tanta compra vai haver seguramente barretes. A Nikoleta Lozanova que me perdoe, mas eu aposto no Bojinov.
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Sergio Barroso
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Extremos
Saiu o Nani e nunca mais tivemos extremos. Nós, que temos a melhor escola do mundo de extremos. Para azar, nessa época saiu o Tello, o único lateral que subia e centrava com a propósito. Passámos épocas e épocas com umas tabelinhas ridículas à entrada de área e, de vez em quando, com o Moutinho, o Izmailov e o Vukcevic a disfarçarem.
Os extremos são fundamentais para quem quer jogar ao ataque e ganhar jogos. Dão profundidade ao jogo ofensivo, desequilibram nas zonas do campo menos congestionadas e obrigam as defesas a esticarem-se, libertando o meio e a zona de finalização.
Esperemos que o Diego Capel não nos desiluda e nos relembre a magia de Nani, Cristiano Ronaldo ou Quaresma.
Os extremos são fundamentais para quem quer jogar ao ataque e ganhar jogos. Dão profundidade ao jogo ofensivo, desequilibram nas zonas do campo menos congestionadas e obrigam as defesas a esticarem-se, libertando o meio e a zona de finalização.
Esperemos que o Diego Capel não nos desiluda e nos relembre a magia de Nani, Cristiano Ronaldo ou Quaresma.
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Rui Monteiro
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quinta-feira, 21 de julho de 2011
Trezentos e quarenta e sete
O Benfica apresentou ontem aos seus adeptos os trezentos e quarenta e sete jogadores que constituem o seu plantel. Desta vez não há desculpas para o Jesus. Em nenhum lugar há menos do que dez alternativas. Na baliza houve todas as cautelas. É preciso garantir que o Roberto nunca possa jogar. Nada melhor, então, do que contratar vinte e cinco guarda-redes, com alguns portugueses à mistura para melhorar as estatísticas para a UEFA.
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 20 de julho de 2011
A bandolete outra vez
O Postiga continua a marcar. O Nuno Gomes nem por isso. Moral da história, mesmo nas peladinhas, o pormenor da bandolete não é indiferente.
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Rui Monteiro
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
Pressão Alta: O Sporting e os Árbitros...
Blogue “Relvado” - "Há duas épocas, empurrou Ricardo Peres, treinador de guarda-redes do Sporting, quando este orientava os exercícios de aquecimento de Rui Patrício, antes de um jogo. O que se passou?
Duarte Gomes (Árbitro) - "Foi um momento de alguma intensidade emocional das duas partes, num contexto em que o Sporting criava uma pressão enorme para cada árbitro que ia a Alvalade. Felizmente já não o faz... Essa pressão era criada por dirigentes, técnicos e adeptos. Havia ali a ideia que o Sporting era perseguido pelos árbitros e isso era muito alimentado pelos media".
Blogue "Relvado", 11 de Julho de 2011
Caro leitor, imagine que você é um árbitro adepto do Sporting… OK, agora, imagine que, por qualquer mais que improvável falha do sistema, você consegue subir à Primeira Categoria dos Árbitros de Futebol Profissional… Imagine, então, que você apita jogos do Benfica e, na generalidade dos casos, prejudica sistematicamente aquele Clube, inclusivamente, em desafios decisivos para a atribuição de títulos nacionais (*)... Vá lá, ainda mais difícil, agora feche os olhos e concentre-se: imagine que dá uma entrevista em que se assume como adepto do Sporting e, simultaneamente, critica publicamente a enorme pressão que, em tempos, havia sido criada por dirigentes, técnicos e adeptos do Benfica (ou do Porto) sobre os árbitros que actuavam na Luz (ou no Dragão)… O que lhe iria acontecer? Vá lá, agora pode abrir os olhos, esta parte é muito fácil de imaginar…
Sempre precursor nestas coisas de pressão alta, o Porto de Pinto da Costa, já desde os anos 80 que concretizou uma ideia genialmente simples de Mestre Pedroto - acabou com a sua pista de ciclismo, rebaixou o Estádio e colocou o público ululante quase em cima do relvado. Ah, sim, e também descobriu os Túneis para qualquer situação que pudesse escapar ao seu controle... O Benfica, mais recentemente, lá foi fazendo o mesmo – o calduço amigável de um simpático Diabo Vermelho num Fiscal de linha e a fama entretanto adquirida pelos Túneis da Luz aí estão para o comprovar…
Quanto ao Sporting, cito de cor as memoráveis palavras do insuspeito José Silvano, um ex- árbitro vila-realense que, algures no final da década de 80, não se coibiu em referenciar publicamente Alvalade como o Estádio onde era mais fácil de apitar em Portugal, pois o público, separado do relvado pelo tartan (agora, temos o fosso…), estava lá longe, bem longe do relvado... Mas, como é óbvio, não é só isso, trata-se, também, do Sporting voltar a assumir uma atitude de denúncia firme e profissional do actual panorama da arbitragem nacional... E, claro, é igualmente fundamental que o Sporting volte a ter um projecto de poder no futebol português, fazendo a tal “rota da carne assada” e aliando-se a clubes como o Guimarães, Marítimo, ou mesmo aos clubes da Liga Orangina, para concretizar esse objectivo (como tão bem normalmente faz o Porto, ou como, usando outros discurso e método, também fez o Sporting na época de Roquete / Duque…).
Caso contrário, enfrentaremos, mais uma vez, a dura sentença de Paulo Bento, depois do lamentável Porto 1 – Sporting 0 de 2009, apitado, vejam lá, pelo caro amigo... Duarte Gomes, nomeado para esse jogo, quando o Sporting mantinha com ele um litígio em apreciação pelo Conselho de Justiça da Federação (devido à célebre altercação que teve com Ricardo Peres): “o Sporting é demasiado simpático com certas situações. Não quis falar sobre o Duarte Gomes e depois pagam os jogadores e o treinador. Se calhar vamos ser condecorados com o Prémio Nobel da Paz”…
(+) Sim, tal como aconteceu com o caro amigo... Duarte Gomes no Sporting – Porto decisivo para a atribuição do Título de 2005/06, com a não expulsão de Quaresma, numa altura em que ainda estavam onze contra onze e em que, o Harry Potter, já com amarelo, teve uma entrada brutal sobre Tonel…
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Júlio Pereira
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sábado, 16 de julho de 2011
Sportinguista que se preze
Em entrevista hoje ao jornal "A Bola", o vice-presidente Carlos Barbosa, saiu-se com a seguinte afirmação: "Sportinguista que se preze tem de ter uma Gamebox".
Entendo-o perfeitamente. Eu comprei ainda há pouco a minha 9ª Gamebox (não falho uma desde 2003/2004).
Não me sinto mais sportinguista que ninguém, aliás tenho que vos confessar que já várias vezes tive vontade de vender a minha Gamebox. Esta vontade é algo que me dá normalmente a meio da época e estas duas últimas têm sido bem difíceis de suportar. Mas fazendo chuva ou calor lá continuo a voltar com a mesma fé inabalável.
Não pensem que acho que só quem tem Gamebox é que tem direito a ter opinião. Pode ser-se um grande sportinguista sem sequer ir ao Estádio. A título de exemplo refira-se que na aldeia mais sportinguista de Portugal (algures em Trás-os-Montes) calculo que ninguém tenha Gamebox dado que a referida aldeia dista de Alvalade qualquer coisa como 9 horas de viagem se tomarmos como referência a música dos Xutos.
Ainda assim e em jeito de desabafo junto-me ao apelo do nosso vice-presidente:
Não será hoje um bom dia para o nosso muito ilustre leitor fazer-se sócio do Grande Sporting?
Renovar a Gamebox ou comprar uma camisola do novo equipamento?
Ou ainda subscrever o mais antigo jornal de Clube da Europa?
Está na altura do estimado leitor tornar o seu sportinguismo numa "magistratura activa" (uma a sério, não como a do outro)
Saudações Leoninas,
Entendo-o perfeitamente. Eu comprei ainda há pouco a minha 9ª Gamebox (não falho uma desde 2003/2004).
Não me sinto mais sportinguista que ninguém, aliás tenho que vos confessar que já várias vezes tive vontade de vender a minha Gamebox. Esta vontade é algo que me dá normalmente a meio da época e estas duas últimas têm sido bem difíceis de suportar. Mas fazendo chuva ou calor lá continuo a voltar com a mesma fé inabalável.
Não pensem que acho que só quem tem Gamebox é que tem direito a ter opinião. Pode ser-se um grande sportinguista sem sequer ir ao Estádio. A título de exemplo refira-se que na aldeia mais sportinguista de Portugal (algures em Trás-os-Montes) calculo que ninguém tenha Gamebox dado que a referida aldeia dista de Alvalade qualquer coisa como 9 horas de viagem se tomarmos como referência a música dos Xutos.
Ainda assim e em jeito de desabafo junto-me ao apelo do nosso vice-presidente:
Não será hoje um bom dia para o nosso muito ilustre leitor fazer-se sócio do Grande Sporting?
Renovar a Gamebox ou comprar uma camisola do novo equipamento?
Ou ainda subscrever o mais antigo jornal de Clube da Europa?
Está na altura do estimado leitor tornar o seu sportinguismo numa "magistratura activa" (uma a sério, não como a do outro)
Saudações Leoninas,
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Nada de novo outra vez
Regressado de um curto período de férias, que envolveu uma tentativa de ensurdecer com os Artic Monkey para fazer a vontade à minha filha (não é completamente verdade: ela também já gostou mais; apreciamos, antes, os Beirut), verifico que o Postiga continua o grande goleador dos jogos de solteiros contra casados.
Que ninguém se iluda. A aposta é no Rubio e no Ricky.
Que ninguém se iluda. A aposta é no Rubio e no Ricky.
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Rui Monteiro
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terça-feira, 12 de julho de 2011
Nada de novo
Tenho andado muito ocupado com as contratações e dispensas do Sporting. No café do senhor Flávio nem sempre tenho tempo para ler “A Bola”. Fico-me pelas gordas e pela capa. Mesmo assim, assisto todos os dias a contratações do Benfica. Uns aparecem a passear com a águia Vitória. Outros aparecem nas capas da “Bola”. Uns vêm por 5, outros por 8, outros ainda por 10 milhões de euros. Parecem-me todos iguais. São todos nem muito altos nem muito baixos. Jogam no meio, uns mais no meio do que outros.
Preciso desesperadamente de informação. Quantos é que vieram? Quantos é que foram dispensados? O Roberto ainda lá está? E o Carlos Martins? O Saviola mantém-se? O Cardoso continua amuado? O Luisão também? O Rui Costa está a par de tudo? Sempre vão ganhar a Champions League? E o Campeonato? Ganharam por nove a quem? Ao Chelsea? O Manha já sabe disso? Tem escrito ou falado sobre isso? O Freitas Lobo tem analisado a táctica? Está contente com ela?
Preciso de recuperar o tempo perdido, é o que é.
Preciso desesperadamente de informação. Quantos é que vieram? Quantos é que foram dispensados? O Roberto ainda lá está? E o Carlos Martins? O Saviola mantém-se? O Cardoso continua amuado? O Luisão também? O Rui Costa está a par de tudo? Sempre vão ganhar a Champions League? E o Campeonato? Ganharam por nove a quem? Ao Chelsea? O Manha já sabe disso? Tem escrito ou falado sobre isso? O Freitas Lobo tem analisado a táctica? Está contente com ela?
Preciso de recuperar o tempo perdido, é o que é.
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Rui Monteiro
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segunda-feira, 11 de julho de 2011
Outras contratações
No ataque as coisas estão mais indefinidas.
Dispomos de dois dos avançados mais incapazes do Mundo. O Postiga, bem, o Postiga é o Postiga. Chuta quando devia passar, passa quando devia chutar, finta em “slow motion”. O Djaló é um caso clínico. Tem uns pés que parecem dois tijolos. Pára-se-lhe o cérebro sempre que desata a correr.
Apostamos tudo no Ricky, pelo menos a ver pelo dinheiro que gastámos. Parece ser bom jogador, embora ainda tenha tudo para provar. O Bojinov é daquelas promessa adiadas. Vamos ver se recupera das inúmeras lesões que teve. Agora, nenhum deles parece um goleador que nos faça esquecer o Liedson. Também é verdade que quando chegou o Liedson ninguém dava nada por ele. Vamos ter esperança.
Temos dois jovens de que pouco se sabe: o Rubio e o Carrillo. Como os melões, depois de abertos logo se verá.
Falta-nos ou um goleador a sério, um daqueles que tem golos na ponta das botas, ou um jogador que desequilibre nas alas. Já não temos um jogador desses desde que saiu o Nani e o Paulo Bento inventou o losango. Precisamos de alguém que nos faça acreditar que tudo é possível.
Dispomos de dois dos avançados mais incapazes do Mundo. O Postiga, bem, o Postiga é o Postiga. Chuta quando devia passar, passa quando devia chutar, finta em “slow motion”. O Djaló é um caso clínico. Tem uns pés que parecem dois tijolos. Pára-se-lhe o cérebro sempre que desata a correr.
Apostamos tudo no Ricky, pelo menos a ver pelo dinheiro que gastámos. Parece ser bom jogador, embora ainda tenha tudo para provar. O Bojinov é daquelas promessa adiadas. Vamos ver se recupera das inúmeras lesões que teve. Agora, nenhum deles parece um goleador que nos faça esquecer o Liedson. Também é verdade que quando chegou o Liedson ninguém dava nada por ele. Vamos ter esperança.
Temos dois jovens de que pouco se sabe: o Rubio e o Carrillo. Como os melões, depois de abertos logo se verá.
Falta-nos ou um goleador a sério, um daqueles que tem golos na ponta das botas, ou um jogador que desequilibre nas alas. Já não temos um jogador desses desde que saiu o Nani e o Paulo Bento inventou o losango. Precisamos de alguém que nos faça acreditar que tudo é possível.
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sábado, 9 de julho de 2011
Novas contratações
Com a aquisição do Rinaudo o meio-campo fica mais definido. Temos, aparentemente, um trinco (ou um 6, como se diz agora na linguagem pós-moderna do futebol) e isso permite jogar com três médios, se o treinador assim o entender. Porventura, em casa, tentará jogar em 4x3x3.
O Stijn Schaars é capaz de ser um jogador com outro fôlego, permitindo atacar e defender com a propósito e consistência. Mas a grande contratação é o Izmailov. Com ele teremos outra capacidade de garantir a posse de bola. Esperemos que nunca mais voltemos a assistir às famosas jogadas de dois toques na bola e bola fora ou no adversário. Com mais posse de bola e jogando melhor, o Matias também jogará melhor, afirmando-se em definitivo.
O Luís Aguiar é uma excelente alternativa, assim como o André Santos. Asseguram concorrência e são excelentes opções, em função do sistema táctico que se queira adoptar.
Mas a melhor contratação é o despedimento do Maniche. Isso, sim, é que é uma boa contratação.
Por fim, tenho pena da saída do Valdés e, em menor grau, do Pedro Mendes. Estiveram mais tempo lesionados do que a jogar. Qualquer um deles jogou fora da sua posição, em minha opinião. O Valdés andou perdido a extremo esquerdo. O Pedro Mendes já não tem vida para jogar a trinco, se é que alguma vez teve, onde precisa de pressionar o adversário, apoiar os centrais e recuperar bolas, antes de pensar sequer em passar a bola e lançar o ataque, funções que exerce com mais competência.
(Continua)
O Stijn Schaars é capaz de ser um jogador com outro fôlego, permitindo atacar e defender com a propósito e consistência. Mas a grande contratação é o Izmailov. Com ele teremos outra capacidade de garantir a posse de bola. Esperemos que nunca mais voltemos a assistir às famosas jogadas de dois toques na bola e bola fora ou no adversário. Com mais posse de bola e jogando melhor, o Matias também jogará melhor, afirmando-se em definitivo.
O Luís Aguiar é uma excelente alternativa, assim como o André Santos. Asseguram concorrência e são excelentes opções, em função do sistema táctico que se queira adoptar.
Mas a melhor contratação é o despedimento do Maniche. Isso, sim, é que é uma boa contratação.
Por fim, tenho pena da saída do Valdés e, em menor grau, do Pedro Mendes. Estiveram mais tempo lesionados do que a jogar. Qualquer um deles jogou fora da sua posição, em minha opinião. O Valdés andou perdido a extremo esquerdo. O Pedro Mendes já não tem vida para jogar a trinco, se é que alguma vez teve, onde precisa de pressionar o adversário, apoiar os centrais e recuperar bolas, antes de pensar sequer em passar a bola e lançar o ataque, funções que exerce com mais competência.
(Continua)
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 6 de julho de 2011
Mais contratações
Continuando o “post” de ontem, convém não esquecer os outros sectores da defesa. Foi-se buscar um guarda-redes com provas dadas no campeonato nacional, que permite não só gerar concorrência ao Rui Patrício como constituir-se numa alternativa caso esse venha a sair (porventura, na próxima época).
Nas laterais não se inventou.
No lado direito temos o João Pereira que é titular da Selecção Nacional e que será titular de caras. Vêm dois jovens, o Árias e o João Gonçalves, que são alternativas testadas para castigos e lesões, sobretudo o segundo, dispondo, ainda, de margem de progressão.
No lado esquerdo as opções são mais polémicas.
Aparentemente continua a apostar-se no Evaldo. O Evaldo fez boas épocas no Braga e, nessas épocas, uma com o Domingos a treinador. É capaz de fazer muito mais e melhor do que fez na época passada. O que lhe pediam, numa equipa sem táctica (ou com a táctica do Paulo Sérgio, que vai dar ao mesmo), não era razoável. Pediam-lhe que, quando recebesse a bola, corresse que nem um perdido com ela pela linha sabe-se lá para fazer o quê. Não havia combinações com os avançados e, como não tem grande capacidade de “drible”, o melhor que conseguia arranjar eram uns lançamentos de linha lateral. Com estas correrias acabava sempre desposicionado quando tinha que defender. Os maus jogos e a falta progressiva de confiança fizeram o resto.
Com uma equipa mais organizada tacticamente, que suba no terrenos de forma mais organizada, acredito que possa render mais e, pelo menos, o mesmo que rendeu no Braga. O que se disse do Árias e do João Gonçalves pode-se dizer do Atila Turan (caso se confirme a sua aquisição; é que nem o Grenoble vai à falência nem a malta almoça).
(Continua)
Nas laterais não se inventou.
No lado direito temos o João Pereira que é titular da Selecção Nacional e que será titular de caras. Vêm dois jovens, o Árias e o João Gonçalves, que são alternativas testadas para castigos e lesões, sobretudo o segundo, dispondo, ainda, de margem de progressão.
No lado esquerdo as opções são mais polémicas.
Aparentemente continua a apostar-se no Evaldo. O Evaldo fez boas épocas no Braga e, nessas épocas, uma com o Domingos a treinador. É capaz de fazer muito mais e melhor do que fez na época passada. O que lhe pediam, numa equipa sem táctica (ou com a táctica do Paulo Sérgio, que vai dar ao mesmo), não era razoável. Pediam-lhe que, quando recebesse a bola, corresse que nem um perdido com ela pela linha sabe-se lá para fazer o quê. Não havia combinações com os avançados e, como não tem grande capacidade de “drible”, o melhor que conseguia arranjar eram uns lançamentos de linha lateral. Com estas correrias acabava sempre desposicionado quando tinha que defender. Os maus jogos e a falta progressiva de confiança fizeram o resto.
Com uma equipa mais organizada tacticamente, que suba no terrenos de forma mais organizada, acredito que possa render mais e, pelo menos, o mesmo que rendeu no Braga. O que se disse do Árias e do João Gonçalves pode-se dizer do Atila Turan (caso se confirme a sua aquisição; é que nem o Grenoble vai à falência nem a malta almoça).
(Continua)
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Rui Monteiro
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terça-feira, 5 de julho de 2011
Contratações
O processo de planeamento desta época, se outro mérito não tem, tem pelo menos o de demonstrar a forma completamente amadora com foi preparada a anterior. Andámos até à última hora a contratar jogadores. Nunca se percebeu a lógica das contratações e a relação que tinha com qualquer modelo de jogo a desenvolver pelo treinador. Pelo caminho ainda venderam dois dos melhores jogadores por cerca de 20 milhões de euros, tendo gasto o dinheiro sem os conseguir substituir.
Este ano é diferente e partiu-se de uma situação muito mais difícil. Não há jogadores para vender e dinheiro entrar dessa forma. Parecendo que não (para alguns), 20 milhões de euros a mais ou a menos fazem bastante diferença. Era preciso contratar muito, bem e barato.
A prospecção foi bastante alargada. Contrataram-se jogadores com perfis etários equilibrados: uns mais maduros e outros mais jovens, com margem de progressão. Contrataram-se jogadores para lugares-chave e que estavam há muito tempo a descoberto.
Temos dois centrais com cara disso e um trinco que é trinco (um trinco serve antes de mais para recuperar bolas; se puder sair com ela e lançar o ataque, melhor, mas a primeira função é pressionar os adversários e recuperar bolas). Uma equipa começa a construir-se pela zona central da defesa. Se aí falha, então, falha tudo. Só não tenho a certeza se o Rinaudo é bom no jogo de cabeça. É preciso ter um trinco que ganhe a primeira bola de cabeça; de outra forma, a defesa está sempre em risco de ficar descompensada na zona central. É preciso um trinco que saiba acompanhar os médios e avançados adversários quando se descolam para a área, fazendo como que de terceiro central quando isso é preciso.
(Continua)
Este ano é diferente e partiu-se de uma situação muito mais difícil. Não há jogadores para vender e dinheiro entrar dessa forma. Parecendo que não (para alguns), 20 milhões de euros a mais ou a menos fazem bastante diferença. Era preciso contratar muito, bem e barato.
A prospecção foi bastante alargada. Contrataram-se jogadores com perfis etários equilibrados: uns mais maduros e outros mais jovens, com margem de progressão. Contrataram-se jogadores para lugares-chave e que estavam há muito tempo a descoberto.
Temos dois centrais com cara disso e um trinco que é trinco (um trinco serve antes de mais para recuperar bolas; se puder sair com ela e lançar o ataque, melhor, mas a primeira função é pressionar os adversários e recuperar bolas). Uma equipa começa a construir-se pela zona central da defesa. Se aí falha, então, falha tudo. Só não tenho a certeza se o Rinaudo é bom no jogo de cabeça. É preciso ter um trinco que ganhe a primeira bola de cabeça; de outra forma, a defesa está sempre em risco de ficar descompensada na zona central. É preciso um trinco que saiba acompanhar os médios e avançados adversários quando se descolam para a área, fazendo como que de terceiro central quando isso é preciso.
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Rui Monteiro
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domingo, 3 de julho de 2011
Sporting ataca o Mercado: A Truta vem Aí...
Os jogadores que eu contratara tinham comprovado, sem excepção, todo o meu excelente trabalho de observação e prospecção do mercado futebolístico. A minha Plataforma de gestão de activos futebolísticos especificava minuciosamente as principais características físicas, técnicas e mentais de todos os jogadores das ligas europeias, sul-americanas e africanas. Mesmo os futebolistas mais jovens tinham sido rigorosamente observados à lupa utilizando os inovadores métodos da STASI da antiga RDA, não escapando, portanto, à malha fina da minha Plataforma. Este sistema permitia, de igual modo, uma ligação directa às principais empresas de scouting futebolístico, emitindo vigorosos alertas sonoros cada vez que uma dessas empresas colocava ofertas no mercado.
Poucos imaginavam que eu, com esse último modelo da minha Plataforma e com este pequeno portátil ligado à net, poderia antecipar e controlar virtualmente praticamente todos os movimentos do mercado futebolístico mundial.
A época de ataque ao mercado aproximava-se… Enquanto veterano gestor de activos do futebol do Sporting, o jogo de emoções envolvido no processo de gestão de activos futebolísticos, estimulava toda a minha capacidade e energia.
Antevia com entusiasmo as longas noites em branco, em que, através da minha Plataforma, efectuaria sucessivas pesquisas cruzadas sobre a relação preço - qualidade dos jogadores que potencialmente poderiam interessar à equipa de futebol do Sporting. Ah e aquele ritmo inebriante das mensagens que freneticamente iam chegando ao meu monitor, provenientes da extensa rede de olheiros profissionais que prospectavam meticulosamente a pente fino todo o mercado mundial, procurando pescar aquela, exactamente aquela truta, que eu lhes havia pedido… O stress vertiginoso e a adrenalina pura desses grandes momentos de decisão de compra e venda de activos futebolísticos nos gloriosos dias do mercado de Verão ou de Inverno, funcionavam para mim, confesso-o, melhor que o Prozac ou as anfetaminas …
Tratava-se, agora, de, mais uma vez e sempre com sem milhões de euros de capacidade de investimento, promover diversas vendas e aquisições de jogadores, no sentido de propiciar o ataque ao Campeonato e à Liga Europa. Os principais rivais nacionais e europeus conjecturavam desesperadamente, procurando antecipar as minhas movimentações no mercado.
Os meus nervos de aço, no entanto, não cederiam e, como habitualmente, eu aguardaria tranquilamente por aquele momento chave em que… eureka, eureka, qual Harry Poter, numa penada e através de um passe de mágica, deixaria novamente boquiaberto todo o planeta futebolístico… Semicerrei, pois, os olhos, mordi os lábios e preparei-me, então, para conseguir mais uma vitória retumbante neste defeso de 2011. Os dados estão lançados. Álea jacta est!
De repente, ouvi a porta ranger, alguém entrou e disse: Oh, querido, outra vez agarrado ao Futebol Manager… Vai mas é ali ao Hipermercado, que eu preciso que me compres uma truta para o jantar… Traz também umas alfacezinhas para a salada… E, já agora, não te esqueças de deitar o lixo fora…
(*) Adaptado de um post que, em tempos, escrevi no Forum SCP
PS - Já agora, algum jovem turco me pode ajudar a traduzir o que o Oguzofficial escreveu ontem no Twitter sobre Quaresma, Sporting e… 15 Milhões de Euros?!? Até agora tem existido algum critério nas contratações – espero que nesta fase final o Luís Duque não tenha uma recaída a relembrar os seus piores tempos…
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Júlio Pereira
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sexta-feira, 1 de julho de 2011
Obrigado Zé ou a memória de um tempo que parecia eterno
O Carlos Serra, nosso leitor, lembrou-nos que hoje o Sporting faz 105 anos e interpelou-nos a falar sobre a efeméride. Dificilmente se pode negar o que quer que seja a um leitor como o Carlos Serra.
Dei comigo a pensar porque sou do Sporting. Não nascemos com nenhuma predisposição para tal. Pode ter sido, como habitualmente, para contrariar o meu pai, que era do Porto. Pode ter sido para mais facilmente ter lugar nas peladinhas Benfica contra Sporting no recreio da escola. Pode ter sido também porque nasci do contra e desde logo ter sido contra a maioria, que era e ainda é do Benfica.
Mas, provavelmente, sou do Sporting por causa do Zé. O Zé vivia connosco em Viseu. Os pais estavam na Guiné. Era um pouco mais velho do que eu e era do Sporting. As minhas primeiras memórias sportinguistas são junto dele em 1974. Com a vitória épica na final da Taça de Portugal contra o Benfica; empatámos 1 a 1 quase a terminar o período regulamentar e ganhámos no prolongamento por 2 a 1. E a derrota com o Magdeburgo na meia-final da Taça das Taças por 2 a 1, fora, depois de um empate 1 a 1 em casa. Lembra-me de um jogador do Sporting falhar o 2 a 2 quase a acabar o jogo, que nos levava à final.
A sina estava traçada. Uma vitória épica quando nada o fazia prever. Uma derrota quando estivemos a um pêlo da final. A partir daí foi sempre assim. Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Depois fui do Sporting todo. Do Livramento, Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho e Chana; do Carlos Lopes, Fernando Mamede e Moniz Pereira; do Carlos Lisboa, Nelson Serra e Rui Pinheiro; do Carlos Silva, Miranda e Manuel Brito; do Damas, Manuel Fernandes, Jordão, Acosta, André Cruz, Jardel. Fui do Sporting nas vitórias e nas derrotas.
Às vezes penso se ser de um clube e, no meu caso, do Sporting quer dizer alguma coisa. Racionalmente talvez não queira dizer nada. Pode ser uma mera alienação. Mas talvez seja o último lugar de sociabilização, partilha e pertença. Seja como for, o Sporting faz-me falta. Seja como for, obrigado Zé.
Dei comigo a pensar porque sou do Sporting. Não nascemos com nenhuma predisposição para tal. Pode ter sido, como habitualmente, para contrariar o meu pai, que era do Porto. Pode ter sido para mais facilmente ter lugar nas peladinhas Benfica contra Sporting no recreio da escola. Pode ter sido também porque nasci do contra e desde logo ter sido contra a maioria, que era e ainda é do Benfica.
Mas, provavelmente, sou do Sporting por causa do Zé. O Zé vivia connosco em Viseu. Os pais estavam na Guiné. Era um pouco mais velho do que eu e era do Sporting. As minhas primeiras memórias sportinguistas são junto dele em 1974. Com a vitória épica na final da Taça de Portugal contra o Benfica; empatámos 1 a 1 quase a terminar o período regulamentar e ganhámos no prolongamento por 2 a 1. E a derrota com o Magdeburgo na meia-final da Taça das Taças por 2 a 1, fora, depois de um empate 1 a 1 em casa. Lembra-me de um jogador do Sporting falhar o 2 a 2 quase a acabar o jogo, que nos levava à final.
A sina estava traçada. Uma vitória épica quando nada o fazia prever. Uma derrota quando estivemos a um pêlo da final. A partir daí foi sempre assim. Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Depois fui do Sporting todo. Do Livramento, Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho e Chana; do Carlos Lopes, Fernando Mamede e Moniz Pereira; do Carlos Lisboa, Nelson Serra e Rui Pinheiro; do Carlos Silva, Miranda e Manuel Brito; do Damas, Manuel Fernandes, Jordão, Acosta, André Cruz, Jardel. Fui do Sporting nas vitórias e nas derrotas.
Às vezes penso se ser de um clube e, no meu caso, do Sporting quer dizer alguma coisa. Racionalmente talvez não queira dizer nada. Pode ser uma mera alienação. Mas talvez seja o último lugar de sociabilização, partilha e pertença. Seja como for, o Sporting faz-me falta. Seja como for, obrigado Zé.
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Rui Monteiro
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01:59
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