segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Coletes e apitos: mais do(s) mesmo(s)

O jogo de ontem contra o Estoril constituiu uma lição para o Rúben Amorim, outra para o Pepe Guardiola e outra ainda para nós, sportinguistas, dados a elucubrações técnico-táticas sobre o futebol. O Rúben Amorim ficou a saber que não tem mal nenhum defender com os onze atrás da linha do meio-campo, com cinco na defesa, quatro no meio campo e um no ataque [mas a defender e a correr atrás dos adversários como se não houvesse amanhã], sempre que o inimigo é superior em número e armamento. O Pepe Guardiola ficou a saber que, depois de se estar a ganhar por três a zero, fazem-se substituições aos magotes e deixa-se o jogo andar, conforme estabelecido na Convenção de Genebra. Nós, bem, nós definitivamente ficámos a saber que, no final, ganha a melhor equipa, a que tem os melhores jogadores, e pouco interessa se joga este ou aquele ou se se joga com mais ou menos autocarro, com este ou aquele sistema tático [a melhor é a mais cara e a mais cara é a melhor porque uma coisa é a outra e vice-versa, de acordo com teoria da eficiência dos mercados]. 

O campeonato continua mais do mesmo. Continuam os coletes nos jogos do Porto. Mudam-se as cores mas não se muda a moda [dos coletes]. O futebol transformou-se em “paintball” sem armas de brincar mas com bofetadas, pontapés e jogadores aos pinotes e essa é a razão para os coletes, as cores dos coletes [no azul, não confundir coletes com capacetes]. Também continuam as notícias sobre empresas de informáticas e as suas relações comerciais com clubes de futebol [é a isto que se chama digitalização ou transformação digital]. A este propósito, tem sido inestimável o jornalismo de investigação do Porto Canal, havendo quem afirme que um dia destes também irá descobrir o Apito Dourado [ou descobrir que não é possível descobri-lo porque nunca existiu], o verdadeiro Santo Graal do jornalismo desportivo.

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Meu caro,
      Diria que se trata do regresso do pagode antigo porque pagode tivemos sempre. Ou se acaba com o pagode ou prefiro ter o pagode dos dois rivais ao mesmo tempo. Quando temos o pagode de um só, estamos feitos.
      SL

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    2. Quando é dissimulado não é bem pagode...mas isso dos dois ao mesmo tempo é capaz de ser bem visto, é!

      No entanto também me referia ao pagode aqui pois, podendo estar enganado (uma especialidade minha), este texto vem na forma antiga, a resplandecentemente bem disposta.
      Graxa dada, venha mais disto!

      Obrigado!
      Abraços
      SL

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