Tenho evitado
escrever sobre a selecção dos possíveis seleccionáveis da equipa de futebol
sénior que representa Portugal no Europeu de França. Não é fácil, atendendo às
inúmeras possibilidades que o tema coloca ao dispor do nosso divertimento. Nem
vale a pena assinalar o folclore forçado que assinala a partida para uma nova
competição, envolto num unanimismo colado com muita saliva e à força de muito
engraxamento de chuteiras. Basta olhar de fora com discernimento para perceber
que tudo não passa de uma ilusão à Luís de Matos cujas vozes ficam por conta do
Fernando Pereira.
Quanto ao
resto, e em abono da verdade, não é fácil ganhar à selecção portuguesa, da
mesma forma que não é fácil perder com a selecção portuguesa. Basta alguma
organização, concentração e pernas para que vos quero, para conseguir enervar
os jogadores e desmontar a estratégia portuguesa baseada no vamos assustá-los com o Ronaldo e
ameaçá-los com o ai vai ele Sanches não
tarda a entrar e aí é que vão ser elas.
Quando
começam os jogos a bola não bate certo com a programação futeboleira televisiva
nem com as elaborações dos comentadores a soldo das agências de propaganda, nem
sequer com qualquer ideia que tenha hipoteticamente germinado na cabeça do
Fernando Santos. Apenas as camisolas são da mesma cor, tudo o resto é feito por
encomenda ou ao sabor do momento. Na dúvida passa-se ao Cristiano. O Cristiano
na dúvida passa a si próprio e anda por ali a estragar talento.
Ainda ontem
(dia de jogo, note-se) um dos jornais desportivos cá do burgo fazia capa com o Sr.
Mendes a aconchegar o menino Cristiano, o que é bem demonstrativo da
importância do senhor na causa de todos nós, e igualmente bem demonstrativo da
insignificância da bola a correr à flor da relva, como diria o Gabriel Alves. No
meio disto tudo faz-se uma selecção do seleccionador que (supostamente) deve seleccionar os
seleccionáveis devidamente assinalados por quem de direito. Os donos disto tudo
vão marcando as tendências da moda. Quem somos nós para os contestar.
Ontem
podíamos (e devíamos) ter ganho. Agora vamos ganhar à Hungria no limite do
fora-de-jogo. Depois que venham as grandes selecções, aquelas que atacam e nos
deixam espaços, de preferência, claro, a Inglaterra. Até os comemos, vão ver.
Nota: Grande
vitória, em futsal (sem espinhas), sobre um Benfica trauliteiro quanto baste.
Mais um campeonato, num grande exemplo de dedicação e glória.
Não há hipótese de naturalizar o Teo?
ResponderEliminarÉ que ele tinha marcado, sem querer, aquele golo que o Ronaldo falhou à boca da baliza.
Com o Teo os adversários ficariam perdidos. A estratégia do Fernando Santos seria perfeita.
EliminarSL
Grande texto e grande naco de prosa GP!
ResponderEliminarApenas acrescentaria que tudo seroa mais fácil se jogasse o meio campo do Sporting. Pelo menos estão habituados a jogar juntos:)
Mas outros valores se levantam. Nada de novo.
Abraço
caro amigo,
EliminarObrigado pela cortesia.
Jogamos todos juntos em cada directo televisivo. Não se pode exigir mais...
Abraço
mto bom mesmo:))
ResponderEliminar"na dúvida passa-se ao Cristiano. O Cristiano na dúvida passa a si próprio e anda por ali a estragar talento", entre outro...
SL
Leão de Leiria
Caro Leão,
EliminarNa dúvida são onze contra onze e ganhámos nós. Diz o Fernando Santos. Quem somos nós para duvidar.
Venha a Inglaterra.
SL