As encomendas da UEFA e da FIFA são muito mais refinadas. Não creio que o Vítores Pereiras lá do sítio telefonem antes dos jogos a dar moral aos árbitros. Na pior das hipóteses, acordam com uma cabeça de cavalo como companheira.
O árbitro que nos calhou em sorte na Liga dos Cempões – sorte não quer dizer sorteio – tinha a pinta toda. Rosto cerrado, gestos firmes, emanando autoridade. Não desatou a gamar com a fuçanga toda, como os do nosso campeonato. Limitou-se a usar critérios diferentes para situações idênticas. Não beneficiou o CSKA diretamente. Só prejudicou o Sporting. O CSKA só saiu beneficiado indiretamente, isto é, na exata medida do prejuízo infligido ao Sporting.
O penalty a favor do CSKA foi corretamente assinalado. Quando o Jefferson percebe que não vai conseguir chegar primeiro á bola, tenta ainda tirar o corpo. Só que o contacto era inevitável e a falta evidente. O lance do Bryan Ruiz é similar. O defesa quando percebe que não consegue chegar à bola primeiro, tenta desviar-se, mas o choque era inevitável e a falta também.
O golo do CSKA é legítimo. O jogador não está em fora-de-jogo. O problema não está no golo. Está num lance exatamente idêntico, poucos minutos antes, quando é marcado um fora-de-jogo inexistente ao Slimani. O Slimani ficava isolado e de frente para a baliza.
O penalty não assinalado mais tarde, por corte com a mão do defesa central do CSKA, é diferente. Desde o jogo do ano passado contra o Schalke 04 que comecei a perceber o papel doa árbitros colocados na linha de fundo. Não servem para praticamente nada. Não se compreende a necessidades de os ali colocar. Só servem um único propósito: assinalarem de forma casuística umas faltas – existentes ou inventadas – de forma a ilibar de responsabilidades o árbitro principal. É que no fundo ninguém sabe quem são, nem ninguém se irá lembrar dos seus nomes mais tarde.
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