quarta-feira, 8 de abril de 2015

Com direito a farnel

Só vi o jogo a partir dos vinte minutos. Daquilo que ouvi, parece que o Nacional da Madeira ainda chegou a criar algum perigo durante esse período. Do que vi, gostei.

Vi o jogo no Flávio, como de costume. Os meus colegas sportinguistas de café nestas jornadas viram o jogo à beira de um ataque de nervos. Insultaram os jogadores do princípio ao fim, como se eles os estivessem a ouvir. Sofreram a bom sofrer, com permanentes ataques de ansiedade.

Os meus celgas de café não estavam sozinhos na ansiedade. Os jogadores também estavam um pouco ansiosos. Demoram a pegar no jogo. Mas, depois disso, estiveram todo o resto do tempo da primeira parte em cima da área do adversário. Por uma razão ou por outra, não marcámos o que parecia fácil. O Slimani continua oportuno e com excelente jogo de cabeça, só que agora deixou de acertar. Acontece. Passará quando enfiar uma batata lá dentro na próxima oportunidade.

Na segunda parte não melhorámos. Deixamos de criar tantas oportunidades. Mas, em contrapartida, só demos uma abébia ao Nacional, para grande defesa do Patrício. Mesmo sem jogar bem, controlámos o jogo. Nos últimos vinte e cinco minutos, pelo menos, o Nacional nem sequer chegou perto da nossa baliza, quanto mais ter oportunidade para rematar.

Num jogo difícil, em que tudo parecia correr mal, mantivemos a cabeça fria. A justiça fez-se com a cabeça também. O Ewerton andava a ameaçar nos últimos jogos. É o típico centralão brasileiro de que gosto. É bom jogador e tem cara de meter medo.

Não fizemos um jogo extraordinário. Limitámo-nos a ganhar e a não tremer nos momentos decisivos. As grandes equipas são assim: são competentes. Ganham a jogar bem ou a jogar assim-assim quando importa. Sobretudo, ganham.

Quando regressei a casa, como se costuma dizer, mandei a patroa começar a tratar do farnel.Estamos no Jamor por direito próprio. Em princípio seremos acompanhados pelo Braga. Nós eliminámos o Porto no Dragão com três batatas. O Braga aviou o Benfica na Luz. Vão estar no Jamor as duas melhores equipas. Sobre isso ninguém tem nenhuma dúvida.

2 comentários:

  1. Caro Rui,

    Depois de tantas vezes ter vindo aqui criticar a incapacidade de gerir resultados, acho justo destacar o facto do Sporting ter conseguido congelar não os últimos 5 ou 10, mas os últimos 30 minutos de jogo.

    Ainda assim, a quantidade de oportunidades falhadas é absolutamente inacreditável. Em vez de congelar podíamos e devíamos ter resolvido mais cedo.

    Lá estaremos de farnel no Jamor para celebrar o futebol, tudo indica contra um adversário que também merece inteiramente o convite para a festa (e que nos vai fazer a vida muito difícil).

    SL,

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  2. Amigo Rui, eu fui lá, e os insultos e assobiadelas aos nossos jogadores, fizeram-se ouvir. Que raio! Tive que dizer a alguns a meu lado, para não assobiar a equipa, porque estávamos por cima, e era um jogo a eliminar. Como disse o Nani «a equipa estava ansiosa». Para muitos ganhar, não chega, temos que ganhar com nota artística. Contra o Wolfborgo em Alvalade tivemos nota artística, mas fomos eliminados.

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