Tenho as mais sérias dúvidas sobre o interesse desportivo das competições das seleções nacionais de futebol. O que não tenho dúvidas nenhumas é sobre o interesse das fases de apuramento. Cada vez são mais as seleções que passam à fase final. A fase final dessas competições transformaram-se em grandes empreendimentos comerciais.
Ontem, acordei cedo e fui fazer uma caminhada nas terras de Basto. Cheguei a casa cansado. Ainda tentei ver o jogo da nossa seleção contra a Sérvia. Começámos praticamente a ganhar. Se o jogo já tinha todas as condições para ser uma chatice, então, depois do golo, tornou-se completamente sonolento. Dormitei o tempo todo.
Ainda entreabri os olhos para ver um ou outro lance.
O golo do Matic acordou-me definitivamente. Grande mérito do Matic que apanhou o Eliseu a dormir. Logo a seguir fizemos a única jogada decente e marcámos o segundo golo. Ainda me mantive acordado mais uns minutos. Mas vi logo o que é que o jogo ia dar. Continuei a dormitar. Só entreabri novamente os olhos para confirmar o resultado final.
O Fernando Santos é especialista neste tipo de apuramentos. Nada de entusiasmos. Jogam sempre os mesmos. De preferência os mais maduros. No fim, com sangue suor e lágrimas, lá se consegue o apuramento. Na fase final segue-se mais do mesmo. Não acontece nenhum desastre, mas também ninguém se chega a empolgar. Acaba a competição e renova para a próxima e assim sucessivamente até a malta se aborrecer em definitivo.
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