sábado, 14 de fevereiro de 2015

O ridículo mata

O golo que sofremos foi ridículo. O autogolo que o Patrício ia fazendo foi ridículo. O ataque com o Montero é ridículo. Contra uma equipa ridícula como o Belenenses, só sendo ridículos é que não ganharíamos o jogo.

O Belenenses é daquelas equipas que entra para dentro de campo para tudo menos para jogar futebol. Não sai com uma bola. Limita-se a umas biqueiradas para a frente à espera que num ressalto ou noutro acidente qualquer possa fazer um ataque. Entrega a bola ao adversário por não ter qualquer interesse em dispor dela. Vai perdendo tempo sempre que pode, seja num lançamento, num pontapé de baliza ou nas inúmeras lesões que os jogadores vão sofrendo.

Perante isto, o Sporting entrou naquele sistema em que faz de conta que tem o controlo de jogo, mas em que falta profundidade e agressividade ao ataque. O Montero está lá para recuar para ao meio com os seus colegas. É um jogo conhecido: quem perde a bola fica a correr atrás dela. O objetivo é simplesmente não perder a bola. A baliza, esse objeto distante, nada interessa. O que interessa é não perder a bola e jogar em souplesse. A coisa está de tal maneira que não disputa uma única bola dentro da área e não chuta para a baliza a não ser que estejam reunidas as condições para o fazer em grande estilo.

Assim estivemos toda a primeira parte. O Belenenses ainda nos ofereceu um golo, mas o Montero, em vez de fintar o guarda-redes que já estava sentado, resolveu tentar marcar um golo em grande estilo com uma trivela à Quaresma.

Na segunda parte o treinador fez o óbvio. Meteu os dois únicos jogadores que revelam alguma vontade em dar profundidade ao jogo, de se desmarcar e de rematar. Passou a haver mais espaço no meio-campo e o jogo ficou mais partido. O Patrício tentou dar um frango e logo ali se viu que aquilo não acabava sem ele dar mesmo um frango.

Dado o frango, tivemos um pouco mais de vontade, mas não muita. O Nani fez o favor de aparecer mais um bocadinho. O treinador meteu o Capel para fazer de conta que estava a fazer alguma coisa. O Cédric fez o favor de arranjar maneira de ser expulso. No último momento e depois de um lance ridículo do Belenenses acabámos por marcar o empate.

Os centrais não estiveram mal. Ninguém tem culpa de o Patrício ter jogado com o cérebro parado. O Jéfferson tentou e mais não conseguiu porque na área não mora ninguém. O Cédric esteve horrível. O William Carvalho fez um bom jogo. O Adrien continua a mais. Ninguém percebeu a razão para ter concluído o jogo. O Nani esteve perdido em parte incerta. O Carrillo tentou, mas não há ninguém no ataque para o acompanhar. O João Mário não esteve pior do que o Adrien. O Capel entrou para que não restem dúvidas que não temos alternativas no banco. Em síntese, sem o Slimani, o nosso ataque é ridículo.

9 comentários:

  1. Estás enganado, o Gauld teria feito a "diferença". É preciso ter fé em Gauld, pois o Tanaka parece que já foi chão que deu uvas.

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  2. Caro Rui
    São coisas da vida. Uns merecem e não conseguem, outros não merecem mas conseguem e outros, como foi o nosso caso hoje, não merecem e não conseguem. Não jogamos grande coisa, é um facto, mas já vi outras equipas a jogarem menos e a conseguirem nais. O Rui Patrício, como nos acontece a todos em alguns dias, estava decidido em asneirar. Conseguiu-o em grande estilo. Paciência.
    Um abraço

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  3. METE MAIS UM COMUNICADO QUE ISSO PASSA!

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  4. Após o fim do blackout ainda não ganhamos nenhum jogo.
    Com BC calado tivemos 6 vitórias, desde que começou a falar, 2 empates.
    E o maior foco de desestabilização é Marco Silva?

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  5. Após o fim do blackout ainda não ganhamos nenhum jogo.
    Com Marco Silva calado tivemos 6 vitórias, desde que começou a falar, 2 empates.
    E o maior foco de desestabilização é BdC?

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  6. O melhor elemento do Sporting foi o poste. O passe que fez para o Mané foi meio golo.

    Vá lá, ao menos não perdemos.

    P.S. - O Bruno e o Marco, calados, parecem sábios.

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  7. O ridículo mata, concordo. Ridículo como o tipo de intervenções públicas que caracterizam BdC, o seu tipo de linguagem, a sua fixação com as redes sociais. Este tipo de dirigentes não servem ao Sporting. Não são compatíveis com a dimensão do clube, com a responsabilidade social de uma instituição como o Sporting Clube de Portugal, pois procuram colmatar a sua insignificância pessoal com a exposição permanente, com a verborreia verbal. São um factor de desestabilização constante num clube que há demasiado tempo não ganha nada de significativo no futebol e que precisa de concentração e trabalho. Mais cedo ou mais tarde, e espero que mais cedo, os Sportinguistas vão cansar-se e dizer chega a isto.



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  8. Meus caros,

    Vejo futebol e aprecio futebol. O futebol joga-se com os pés e com a bola. A conversa, seja de quem for, serve de pouco ou nada. Aliás, não dedico o meu tempo a ouvir conversas de treinadores, dirigentes ou comentadores.

    SL

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