Ontem, estive no Porto. Parecia Braga. Temperaturas elevadas, muito acima dos trinta graus. Regresso a casa por volta das 19.00h e ainda estavam trinta e quatro graus. À noite, vejo o jogo contra o Porto numa esplanada, continuando a temperatura acima dos trinta graus. O estádio estava sem público, despido, e uns tantos miúdos e outros tantos graúdos jogavam à bola. O esforço não era muito, sempre que envolvia a bola. Mas havia coreografia, muita coreografia, destacando-se Luis Díaz, jogador colombiano do Porto. O árbitro avaliava com nota artística elevada uma e outra das suas interpretações. Esperava que também fizesse o truque de magia habitual de serrar ao meio uma mulher metida num caixão, mantendo-se as perninhas a dar a dar.
Esperava-se também que, ao intervalo, se negociasse o zero e zero e não voltasse nenhuma das equipas ou só voltasse o árbitro e o Seiva Trupe. Estranhamente, regressaram todos. O jogo continuava sem grande vontade. De repente, o Porto marcou um golo. Não compreendi. Na minha cabeça formava-se uma interrogação, uma perplexidade: “O que é que pretende o Porto assim a marcar golos?”. O Sporting estava a meter miúdos para os treinar e corriam o risco de num qualquer bambúrrio ainda levarem um golo de um ganapo da idade do meu sobrinho. E o Porto marcou outro golo. Na minha cabeça as interrogações adensavam-se: “Qual é o interesse disto, de andar a marcar golos? O que é que o Porto pretende com isto?”.
Acabado o jogo, os jogadores do Porto desataram a festejar como se não houvesse amanhã. Não, não se compreendia. Marcam-se peladas e treinos para isto? Se fosse comigo, não jogávamos mais com eles. Depois começo a ver imagens de pessoas e pessoas nos Aliados e ao pé do estádio, na zona de Campanhã. Havia uma festa e ninguém nos disse nada? Pensando na pandemia e na necessidade de distanciamento social, finalmente compreendi: estava prevista uma manifestação pró-Bolsonaro, para contestar o Senado, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Será que não se pode fazer um “impeachment” e acabar com isto?
Caro Rui,
ResponderEliminarO futebol é muitas vezes feito de mal entendidos. O Nuno Mendes claramente não percebeu o que Amorim lhe pediu, e desatou a correr rumo à baliza do Porto como se o objetivo do jogo fosse meter a bola lá dentro. Felizmente os seus colegas sabiam o que estavam ali a fazer e o lance perdeu-se (por exemplo, o Sporar afastou-se tanto dele que já nem sabia se estava fora de jogo ou fora do jogo).
O mesmo terá acontecido a Danilo na 2a parte. Não sei se estava distraído ou se não percebeu pelo Jovane e pelo Coates como se cabeceia sozinho num canto. Teve sorte que passavam poucos dias da comemoração dos 4 anos da vitória no Euro e os comendadores ainda estão em estado de graça.
Ainda assim a festa foi bonita. Mesmo sem o Bruno Nogueira, como aparentemente o Presidente do Porto desejava, tudo fica bem quando acaba bem.
SL
Caro João,
EliminarÉ verdade. "A festa estava bonita, pá!". Não compreendo o interesse de substituirmos o Bruno Nogueira. Se não pode ele, pode o Ricardo Araújo Pereira ou outro qualquer. Também é verdade que só contratados para a festa se explica o cabeceamento do Jovane para as nuvens a dois metros da baliza.
SL