A história é conhecida. O
veredicto fora dado antes de qualquer julgamento. A praça pública, outrora um
espaço de liberdade da cidade, é hoje
um largo com esplanadas em forma de tenazes onde se depreda, à vista de todos, a
vida de alguns cidadãos.
Um ex. Presidente do Sporting
Clube de Portugal foi ilibado (e não foi o único) de todas as acusações que
sobre si recaíam em tribunal. Por outras palavras: declarado inocente. É claro
que ainda não transitou em julgado, mas atendendo à tristeza de alguns
semblantes, o luto será longo e difícil de ultrapassar. Não esperava grande
coisa de alguns comentadores e jornaleiros a soldo, nem dos rivais de sempre
que não apreciam qualquer prova de força da nossa parte, mas acreditava que a
Instituição Sporting, ou alguém em seu nome, se regozijasse com esta decisão
sobre um seu ex. Presidente. Ponto. Já agora, este (o site do Sporting estava indisponível) comunicado oficial é,
no mínimo, embaraçoso. E é isso que traz água no bico.
A análise da imprensa de hoje,
mesmo para um observador desatento, remete-nos para a incredulidade dos
ingénuos. Ou tomam-nos por imbecis. É como se não se tivesse passado nada. A
matilha de pasquins do costume, sempre pronta para alinhavar um bom membro
decepado expondo-o num plinto ao sol, para ser devidamente servido aos abutres,
passa pelos acontecimentos como cão por vinha vindimada. O CM, sempre tão
solícito em servir bons repastos, faz uma minúscula chamada de capa, anunciando,
sem se rir muito, o “agressor de Bas Dost com pena suspensa”, o melhor que
conseguiram para aconchegar o terror que os trespassou. O Record e A Bola dão
um destaque mínimo na capa ao veredicto do tribunal, depois de terem feito, juntamente
com o CM, mais de trezentas mil capas antecipando o veredicto e aspergindo a
fogueira com combustível. A imprensa dita
séria, enredada num jornalismo de tarefeiros e sem qualquer capacidade para
fazer investigação e reportagem, fica-se pela notícia e os lugares comuns do
costume.
Como diz o Vítor Oliveira, que já
não precisa disto para nada, o que vai começar agora é o futebol negócio. Eu
diria recomeçar. Há muito que o jogo
não interessa para nada se não vier devidamente embalado em comissões, altos patrocínios
e respectivas alvíssaras.
Muito bem,
ResponderEliminarMas a Oeste nada de novo: os velhos novos do costume assobiam para o lado com os vouchers, emails e frutaria... preferem crucificar os seus para assim poderem omitir e justificar os seus erros e um amadorismo revoltante. será apenas isso?
SL
Obrigado, meu caro
EliminarA Oeste nada de novo. O desconfinamento aqui é mais demorado.
Sl
Neste tempo de mascarados, não dá para limpar as lágrimas.
ResponderEliminarSL
Meu Caro,
EliminarAs lágrimas ficam acima da máscara. É ofcial.
SL
oficial, assim é que é...
Eliminar