Não fui ao estádio. Vinte paus para um jogo de final de
época a feijões, com vistorias à entrada e duas horas de reflexão no final do
jogo, ao frio, na pedreira, pareceu-me excessivo. Com tanto bilhete a circular
à borla pela cidade, não admira que o espaço respeitante à equipa da casa
estivesse composto.
Descompostos ficamos nós com mais uma oferta para golo logo
aos quinze minutos, mais coisa menos coisa. Não marcamos, sofremos, e ainda falhamos
um pénalti. Mesmo à Sporting…meio caminho andado para um peacemaker. Apesar de
tudo, até correu bem a primeira parte, o Ruiz teve que sair, entrou o Cristianinho
Podence, e o William continuou a fazer gala da sua passeata pelos estádios deste
país, devagar, devagarinho, rumo à porta de saída.
Na segunda parte, com a intensidade necessária a um jogo de profissionais,
viramos com alguma facilidade o resultado. É certo e sabido que a cartilha de
final de época trará inúmeros empreendimentos estatísticos, onde certamente se
falará do número de pénaltis assinalados a favor do Sporting, esquecendo,
certamente, o timing da época em que estes aconteceram. O 2º até tem crédito
numa regra que diz que se o jogador começa a ser agarrado à entrada da grande
área e acaba por cair lá dentro é penalti. É uma excepção à regra (a única),
mas ainda assim dará resmas de cotoveladas nos programas futeboleiros da
próxima semana.
Nem sempre basta jogar com intensidade e com jogadores
realmente comprometidos com a equipa e com o jogo, mas lá que faz diferença,
isso faz. Podence, Gelson, chuta(va) chuta(va), Adrien e Dost, são exemplos
disso. Coates continua bem e, a seu lado, o Paulo Oliveira até vai disfarçando
as suas deficiências. Mas falta ali qualquer coisa, para não voltarmos a sofrer
golos em todos os jogos, alguns de borla. Enquanto houver Dost, há esperança. Venham as
vacances.