sábado, 30 de junho de 2012

A magia do futebol # 1: Não sei quem escreveu o argumento deste filme, mas o tipo é bom…


Imagine que era adepto de um histórico clube oriundo de um País que ama o futebol. Imagine que esse clube tem uma das mais fantásticas massas adeptas do mundo. Imagine que em 2012 esse clube está em posição de descida de divisão nas jornadas finais do campeonato. Imagine que nessas jornadas finais defronta uma equipa que está a disputar o título. Imagine que tudo corre mal ao histórico clube e aos 30 minutos já perde por 2-0.  Imagine que a sua mascote é um amaldiçoado... corvo negro. Imagine que os seus adeptos, habituados a "matadores" do calibre do nosso inesquecível Acosta, sofrem hoje na frente com um avançado nada... Bueno …

Imagine que, de repente, entra na segunda parte o também sempre nosso "Pipi" Romagnolli e começa a fazer as suas genialidades intermitentes… Imagine que, mais tarde, entra o insuspeito Bueno e até ele consegue marcar um... golo (ok, esta é mais difícil de imaginar…). Imagine que, pouco antes de soar o apito final e depois de mais uma jogada mágica do nosso "Pipi", o histórico clube marca o golo da vitória, saindo por milagre da posição de despromoção imediata e levando à loucura até o famoso… Senhor dos Anéis… “Ah, San Lorenzo, dicem que estamos todos de la cabeza…”



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Perdemos e tão-só

O trabalho tem destas coisas. Não vi o jogo. Ouvi-o, simplesmente, enquanto regressava à casa depois de mais uma ida a Lisboa.

Ganhámos uma equipa, diz um comentador qualquer. É o que se diz quando não se tem nada para dizer. Perdemos. A história não se faz com quem perde. Tenho pena, mas é mesmo assim.

Pode não se perder tudo. Com um bocadinho de sorte o Proença apita a final. Nisso é que somos bons. Nisso é que queremos ser bons. O Platini que o diga.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sem medo de existir

Contra a Espanha, em condições normais perdemos. Eles têm melhores jogadores e melhor equipa. São campeões da Europa e do Mundo. Mas as condições não vão ser normais, vão ser mais do que normais. Com os árbitros e toda a quinquilharia da UEFA, não se espera outro resultado.

Só ganharemos em condições anormais. Se não tivermos “medo de existir”. Se o Moutinho se convencer que é melhor que o Iniesta. Se Meireles der uns bigodes ao Xavi. Se o Veloso meter no bolso o David Silva. Depois, é deixar o resto com o melhor jogador do Mundo. Esse, sim, não tem “medo de existir”.

sábado, 23 de junho de 2012

Ainda a Grécia...

Desta vez não foi assim, mas mais valia que tivesse sido.
Este pequeno vídeo é bem a prova, séria e "científica a toda a prova",  de que se devem respeitar e valorizar os povos, muito para além dos seus ratings ou "notas de risco", remates ao poste, golos sofridos, títulos ganhos ou perdidos  mas, acima de tudo, pelo seu valor intrínseco... seja lá o que isso for ... nem que seja "apenas" filosófico!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

E eu aqui a afiar facas...

...e os rapazes em campo a insistirem e a contrariarem-me.
Ainda bem que não encontrei bandeiras da República Checa a bom preço!
Agora que venha a França, só para contrariar o Platini e para mostrar que isto não é como a bandalheira do campeonato nacional..às vezes ganham outros!


terça-feira, 19 de junho de 2012

Os outros, os gregos

Quanto à Grécia, a história do costume. 
Algum caos organizativo, a mesma falta de ideias e de criatividade, aqui e ali substituídas por alguma atitude e muita perseverança.
Apesar das promessas, abdicou de atacar pela esquerda. Utilizando uma táctica conservadora, defendeu-se com unhas e dentes e,  numa já habitual incursão pela direita, protagonizada por um velho conhecido,  realizou os desejos do seu povo, mantendo-se assim no Euro.

Poderemos não gostar da táctica, não concordar com a estratégia e desvalorizar até alguns dos protagonistas mas, aflitinha ou não, lá continua no Euro.
Do que não se livra é de que agora  vai  ter que se entender com os alemães.


E sim, (também) estava a falar de futebol.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Festa do Futebol

Hoje escrevo sobre um tema que não costumo escrever, principalmente porque tenho uma opinião muito bem formada  acerca deste, a Selecção Nacional.
Ontem assisti a tudo aquilo que se pede no Europeu, cafés cheios de bandeiras e garrafas de "mines", a malta a cantar o hino com uma lágrima no cantinho do olho (estilo Miguel Veloso) e os Holandeses (mais uma vez) a serem derrotados. Confesso que não sou fã da Laranja Mecânica, por isso ontem ainda estava mais feliz.
Agora, que passámos e ficámos sozinhos com os checos, já toda a gente acredita. E ainda bem, porque o português primeiro estranha (e gosta de anunciar bem alto este facto) e depois entranha. E com entranha significa que a partir de agora oa Marquês de Pombal estará sempre cheio e o telejornal cheio de declarações de pessoas que juram dar a vida pela Selecção. E assim é que se quer um Euro.
Depois existe sempre quem acuse a Selecção de "andar a gozar conosco", não jogam nada, etc. etc. Mas talvez não pensem que nenhum jogador, desses grandes clubes europeus, no seu perfeito estado de saúde mental irá para a competição europeia "fazer dinheiro". Isso seria uma ilusão tremenda para os pobres rapazes. Por outro lado, os passeios a cavalo e tudo isso, não passam de uma tentativa de aproximar a equipa com a população. E, por serem jogadores habituados a um ritmo competitivo alucinante não terão de treinar tantas horas para um competição de três semanas como para um campeonato de trinta jornadas.
Mas o que me faz realmente confusão e todo o escândalo à volta do dinheiro que os rapazes gastam lá pela Polónia, pelos vistos são 30 mil euros por dia.. Portanto, resumindo, o ordenado do Ronaldo por dia também. Dinheiro esse que a Galp e a Sagres caridosamente fazem questão de pagar. Nós agradecemos, porque início de Verão sem uma competição para a nossa Selecção não tem metade da piada.
O Euro é uma festa, porque na nossa cabeça aqueles onze indivíduos representam a alma dos outros 10 milhões, porque ali podemos ganhar a quem tem mais dinheiro, mais pessoas, melhores clubes, melhores jogadores, títulos de campeão europeu. Ali ser pequenino compensa.
Aproveitem a festa, vão ver a bola para a tasca com um benfiquista ou um portista ou um bracarense, nesses dias somos todos tugas e mais nada!
Quinta-feira vingamos 1996 e passamos às meias, onde eu espero por tudo encontrar Espanha!

Portugal Sempre!


domingo, 17 de junho de 2012

O melhor jogador do Mundo

Ganhámos. Vi o melhor jogador do Mundo. É do Sporting. É extraordinário. Mas mais extraordinário é haver em Portugal um conjunto de malucos que considera que ele deve ir para o banco.

Esta coisa está a virar. Com o Ronaldo desta forma, não sei se nos vão conseguir parar. Hoje foram só dois, porque o filho fazia dois anos. Para o próximo jogo não há limitações nem compromissos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Domínio de bola

Ganhámos. O que é surpreendente não é o golo do Postiga nem os falhanços do Ronaldo. O que surpreende qualquer um é o domínio de bola com o pé esquerdo, para rematar com o direito, do Varela. Ou conseguimos mais dois ou três domínios de bola destes com a Holanda ou vimos para casa mais cedo.

O Diabo e os detalhes

A poucas horas do jogo contra a Dinamarca, não se consegue dizer mais do que óbvio. Ou ganhamos, e continuamos a depender só de nós, ou empatamos, e puxamos como de costume da calculadora, ou perdemos, e vimos para casa.

Posta a coisa nestes termos, a solução é simples: temos que ganhar ou, por outras palavras, temos que marcar mais golos do que a Dinamarca. O Diabo está nos detalhes. Ocorrem-me dois: a Dinamarca e o Postiga.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Morrer na Praia

Faz parte do espírito português, e a cima de tudo, de um Sportinguista a arte do "quase".
No que toca ao desporto, a vida de um adepto verde e branco mais parece um anuncio do Danoninho, faltou um bocadinho assim!
Vamos a finais, meias finais, estamos a uns pontos do primeiro lugar mas como não comemos o iogurte cor-de-rosa  vimos por aí a baixo. Mas isso é que faz de nós mais dedicados do que os outros.

Esperemos que para a semana tal não aconteça, é que a nossa final de Futsal está empatada com as aves raras. Depois de uma humilhação de 5-1 no primeiro jogo conseguimos, no dia a seguir, empatar a eliminatória.
Estamos a uns dias do bi-campeonato! Desta vez não podemos morrer na praia.


domingo, 10 de junho de 2012

Bola de outro nível

Isto do Euro e das relações luso-germânicas, em Dia de Portugal, parece-me merecer uma análise de outro nível. Ao nível governamental.
Assim, ressalvando desde já o meu maior respeito pelos protagonistas, passemos à análise do jogo, pasta a pasta.

Entramos lentos e submissos, como o Gaspar das Finanças em cimeira da UE. A meio, fomos atacando mais, mesmo que gaguejantes e titubeantes como o Álvaro da Economia e juvenilmente ansiosos como o Mota Pereira. Na Defesa, continuávamos pontualmente ausentes como o Aguiar Branco. Neste capítulo, são de realçar os momentos em que o João Pereira  tentou marcar o Gomez, nessa altura foi impossível não pensar no "senador" Marques Mendes, que só não se elevou a um cargo neste governo porque não quis, (já o Valência deve estar neste momento a pensar por onde andará a outra metade do jogador que comprou).

Mais para o fim, tivemos um assomo de exuberância à Paulo Portas, infelizmente, também aqui, sem grandes consequências. Umas jogadas de "ia sendo mas não foi ", como o Crato na Educação, animaram as hostes. Entrou o "cristas" para a frente e animou as coisas na frente, mas foi tudo na base da fé, como a senhora da Agricultura, e o Varela, descrente, não ajudou ao milagre da chuva de um pontinho.

Nos comentários a quente, no final do jogo, as críticas do costume para a (in)Justiça do resultado e para a necessidade de "cuidados continuados" para a eficácia atacante, se o ministro da Saúde assim o entender. Já os painéis de comentadores, alinharam na apoteose à Passos Coelho, saímos vitoriosos e orgulhosos, mesmo quando tudo parece indicar o contrário.

Nem vale a pena esperar pela próxima avaliação da troika, perdemos mesmo!

sábado, 9 de junho de 2012

Acontece aos melhores

Perdemos. Acontece aos melhores, como hoje. Pena que só tarde e a más horas é que tenhamos descoberto que o podíamos ser. Esperemos que o euro não possa (sobre)viver sem nós.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

São Ronaldo

O futebol, vá-se lá saber porquê, é uma coisa de clubes, não de seleções. Quero que Portugal ganhe, evidentemente. Mas troco qualquer vitória da Seleção por uma vitória do Sporting no Torneio do Guadiana.

A equipa é fraca. A mais fraca da última década e meia. Os jogadores não têm carisma. Temos um grande jogador, Ronaldo, e outro que é dos melhores na sua posição, Pepe. O resto conta pouco e alguns até contam para negativos (sobretudo os que constituem a Equipa B do Porto e que foram lá para ver se se valorizam). Tudo somado, constituem um género de “outlet”.

O Paulo Bento tem aprimorado os seus defeitos. À conta de querer afirmar a sua autoridade, a mania de a pretender afirmar sistematicamente é um sinal de fraqueza, ficámos sem o Ricardo Carvalho e o Bosingwa. Com eles, ainda podíamos apresentar uma defesa decente, sobretudo se a reforçássemos com o Pepe a trinco. Desta forma e a jogar em contra ataque, ainda podíamos ser uma equipa que pudesse ser levada a sério. Assim, que nos valha São Ronaldo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Joguem à bola

O excesso de exposição mediática da Selecção tem sido muito criticada. A meu ver, pelas piores razões. Manifestamente, não sei se esta não é uma forma como qualquer outra de preparar uma Selecção com jogadores que se fartaram de jogar o ano e inteiro e se encontram completamente saturados. O exemplo da Dinamarca deixa-nos, no mínimo, uma certa reserva sobre opiniões muito definitivas.

O que me irrita no excesso de mediatização dos jogadores são os próprios jogadores, embora a culpa não seja propriamente deles. Os jogadores só têm algum interesse dentro de campo a jogar à bola. Com honrosas exceções, fora do campo são inapresentáveis. Querer transformar pessoas assim, com a densidade psicológica de adolescentes não muito bem formados, em símbolos da nação, é tratar todos os portugueses como atrasados mentais também.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Londres 2012



(Carlos Lopes de verde e branco)



Os Jogos Olímpicos começam já no dia 25 de Julho e só estão acabados dia 12 de Agosto.
Este ano, o Sporting Clube de Portugal qualificou 16 dos atletas portugueses presentes na maior prova desportiva do planeta.
Entre estes estão os já veteranos, Francis Obikwelu, Naide Gomes ou Rui Silva. Também João Pina, o judoca promessa para estes Olímpicos de 2012.


De salientar o importante esforço do clube no desenvolvimento de outras modalidades a parte do futebol, principalmente no atletismo. Ganhando mesmo alguns campeonatos do mundo (tanto na representação de Portugal com do clube) e medalhas Olímpicas, que ainda que representem o país, são uma importante conquista do Sporting.


domingo, 3 de junho de 2012

A selecção perdeu

Ontem, a selecção perdeu. Perdeu porque não é uma equipa. Uma equipa vê-se a defender. Atacar é jogar com bola; atacar está no código genético de cada jogador; resulta, praticamente, de um impulso natural. Defender, pelo contrário, é jogar sem bola; é um trabalho colectivo; é o esforço individual a favor da equipa sem esperar qualquer benefício para si próprio para além desse.