Continuo a pensar o que sempre pensei sobre a Liga dos Campeões, mas começo a apreciar estes jogos a meio da semana. Não têm a emoção de um jogo contra um Varzim para a Taça de Portugal ou contra um Arouca para o campeonato, mas nem só de emoções vive um homem [ou mulher por muito que digam que são mais emotivas]. Os jogos da Liga dos Campeões são o mais parecido que se consegue arranjar de um jogo a sério. É um treino a sério e sério, um exercício com fogo real [embora não deixe de ser um treino para os mais atentos e avisados]. Depois de um jogo destes, um treinador pode ver-se despedido ou um jogador reabilitado. Também há o dinheiro [e não é pouco], uma espécie de Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] do futebol português, mas é conversa repetida, conversa gasta.
Mas deixemo-nos de teorias e vamos aos factos, ao jogo propriamente dito contra o Manchester City, começando por sublinhar a argúcia tático-estratégica do Rúben Amorim. Ainda antes de começar, a eliminatória já estava perdida. Como estava perdida e estava [como se viu] tratámos de enfardar cinco de uma vez em casa. O facto de o termos feito em bom tempo e resolvido o que havia para resolver, permitiu-nos negociar um acordo de cessar-fogo e, assim, dividir o espólio com o adversário. Na primeira parte começámos por cumprir o acordo até que nos entusiasmámos e levámos a bola duas vezes seguidas para o ataque. O adversário ficou aborrecido [e com razão] e o vingativo Sterling foi muito desagradável com uma pessoa mais velha, com idade para ser avô dele, merecedora de mais, muito mais respeito. Valeu-nos [e valeu-lhe] o Adán que levantou o braço, segurou a bola e deu-lhe uma reprimenda das antigas.
A segunda parte iniciou-se com uma brincadeira combinada entre as duas equipas. O adversário fingia que marcava, nós fingíamo-nos surpreendidos com os ressaltos e os passes e desmarcações, o Adán fingia que levava um frango e no final o árbitro anulava por fora de jogo. Ficava tudo na mesma mas sempre se podia dizer que a culpa [como sempre] era do árbitro [que só participa no jogo na exata medida que alguém tem de ficar com a culpa]. Às páginas tantas, o guarda-redes do Manchester City foi substituído por um senhor saído diretamente da repartição de finanças ou dos serviços municipalizados locais e foi esse senhor que demonstrou, se dúvidas ainda existissem, que o Paulinho falha sem olhar a credo, raça ou género, um verdadeiro paladino do princípio da não discriminação. Tudo acabou numa primeira bacalhauzada entre o Rúben Amorim e o Guardiola seguida de nova bacalhauzada entre o Paulinho [o único, o autêntico] e o Guardiola.
Vou ter saudades destes jogos a meio da semana. O Rúben Amorim promete-nos que vamos regressar, para o ano. Valha-nos isso!
"Rúben Amorim promete-nos que vamos regressar, para o ano. Valha-nos isso!".
ResponderEliminarRúben esta cheio de boas intenções mas ...e os árbitros que o Loureiro chamava de apitecos, outros chamam de padres e outros ainda são mais agressivos.
Se tivessemos arbitragem e VAR como o do jogo FCP X Lyon também concordava com Amorim.
SL
João Balaia
Caro João,
EliminarOs do Porto estão chateadíssimos com a arbitragem do jogo contra o Lyon. O árbitro não marcou um penalty contra o Lyon que não devia marcar. O árbitro não validou um golo ao Porto que não devia validar. O árbitro não invalidou um golo ao Lyon que não devia invalidar. Um escândalo, como se vê!
SL
Rui Monteiro
EliminarIsso mesmo, e o careca anão ficou "tolhido no Banco.
Escandalo, a sério, é o o pobre futebol português em que os árbitros são as "estrelas".
Bom Fim de Semana
SL
João Balaia
O careca não se ter mexido é que faz pressentir alterações no normal desenrolar do Universo...
EliminarGostei muito do seu conteudo, gostaria de saber se tem alguma sugestao para completarmos este artigos sobre Portugal
ResponderEliminar