sábado, 14 de setembro de 2019

Ilicitude lícita ou ilícita licitude?

O caso do Benfica é emblemático. A SAD não irá a julgamento no caso E-toupeira e não é por não existirem provas para o crime, um crime aliás gravíssimo. Existem, diz o tribunal, e "o crime é cometido em nome da Benfica SAD e no interesse da Benfica SAD": Só que "a Benfica SAD não pode ser responsabilizada criminalmente se não se determinar que estava a par, quis e pretendeu, por acção ou omissão, as condutas de Paulo Gonçalves". Portanto, há crime, beneficiou o Benfica, foi feito em nome do benfica, mas Paulo Gonçalves agiu como um lobo solitário porque, conclui o tribunal,o Ministério Público não apresenta provas sustentadas sobre o envolvimento da SAD, baseando-se "em 'parece que', 'suponhamos', ou é 'da experiência comum', pois tal não leva a nenhuma verdade processualmente satisfatória". Maior sova no ministério público não poderia o juiz dar. 
Pedro Santos Guerreiro (Expresso)


Não existe uma moral desta história.  Existe crime mas foi mal provado ou mal sustentado. Logo não existe crime. Quer dizer, existe mas apenas para alguns dos intervenientes. Os outros não sabiam de nada. Quer dizer, até podiam saber, mas não se fica bem a saber se sabiam. A partir de agora já sabemos. Basta um ou dois bodes expiatórios que o ministério público (supostamente) faz o resto.  Talvez seja a tal história da ilicitude lícita ou da ilícita licitude. Temos muito que aprender. 

9 comentários:

  1. Justiça à discrição, que serve para favorecer a corporação/instituição e prejudicar o cidadão!

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  3. O Pereira Cristóvão e o Geraldes riram-se desse texto no expresso e do comentário ao mesmo aqui em forma de publicação.

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    1. Nice try. Com o Cristóvão estão aí vários campeonatos que o comprovam, não é? O Geraldes é um não caso, resultante de um bufo. Para a próxima ratmos deste assunto por e-mail...

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    2. O que é comprovam os campeonatos, se não for a competência de quem os ganhou?

      Não existe crime por parte de nenhum dos arguidos. Nada foi provado. Ninguém ainda foi a tribunal, o julgamento ainda nem sequer começou, mas já há pessoas a querer fazer julgamentos na praça pública. Isso era no tempo da Inquisição e da Idade Média.
      Querem voltar para essas épocas? Façam-no em vossa casa.
      Agora com a democracia e o Estado de Direito a coisa está mais complicada.

      Como afirmou o dr. António Jaime Martins vice presidente da Ordem dos Advogados, "São Efabulações no Domínio do Fantástico". Com tonalidades de azul e verde, acrescento eu.

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    3. Meu caro,

      Efabulações no domínio do fantástico é um bom título para a liga portuguesa de futebol. A fazer pandã com a vertente mística e religiosa da capela da luz. O dragão e (as antigas antas) também têm a sua capela. O resto poderá ler nos emails meu caro. Obrigado pela visita.

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    4. Poderá ler ou não. Porque a ordem era apagar tudo.

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