Ontem escrevi este “post” por duas razões: estava à espera de um amigo meu para ir almoçar que nunca mais aparecia e, no dia anterior, tinha visto e ouvido uma intervenção sobre este tema do Pedro Adão e Silva (PAS). O PAS é um dos meus comentadores políticos preferidos. Ouço e leio-o com atenção. Tem uma enorme capacidade de racionalizar e, desta forma, dar um sentido à política e à atividade política.
Na política este esforço de racionalização da vida pública é meritório. No futebol, não há racionalização possível. As coisas são estúpidas e a única explicação para as coisas estúpidas é estupidez dos intervenientes. A estupidez não se explica, mas é perigosa. De repente, estamos embrulhados com os estúpidos sem nos darmos conta. Um estúpido é um perigo para o bem-estar social, prejudica-se a si e aos outros, como nos demonstra Carlo M. Cipolla.
Vi e ouvi o PAS num programa da SporTv num debate com um representante do Sporting (Luís Marques). Sobre o tema dos emails, procurou encontrar uma lógica para isto tudo. Num registo sério, de quem está a tratar um assunto sério, acabou a acrescentar boatos do Benfica aos boatos do Porto e a fazer juízos de intenção (só faltou concluir com o “vocês sabem do que estou a falar”). O representante do Sporting foi um pouco mais lacónico e praticamente passou à frente.
Com uns minutos disponíveis e lembrando-me da intervenção do PAS, procurei escrever um “post” a explicar a dimensão da estupidez e a afirmar que o futebol português não é um assunto sério nem para levar a sério. Depois de escrever o “post”, enviei o “link” a um colega meu benfiquista, que está sempre bem disposto e mantém, comigo, uma relação de amizade e estima (recíproca).
Pensei que ia achar graça ao “post” como a outras coisas escritas por mim. Pelo contrário, respondeu-me um pouco amuado.
Procurei de imediato pedir-lhe desculpa. Mesmo assim, não resisti a mandar-lhe um email a fazer o juramento encartilhado: que não sabia de que emails se tratava, mas que eram falsos; que não significavam nada e muito menos crime algum; que o apito dourado é que era e é que é; que só fala disto quem não ganha nada. Esqueci-me foi de lhe dizer: “agora apague tudo…”
(Por isto e pelos comentários ao “post”, percebemos que não podemos falar destas coisas com os benfiquistas)
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Agora apague tudo …
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Rui Monteiro
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15:30
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terça-feira, 27 de junho de 2017
O mercado da mais velha profissão do mundo
Desde que a minha filha foi para Buenos Aires estudar, deixei de ter paciência para quase tudo, a não ser para planear umas gloriosas férias na Patagónia. Regressado de férias, tentei voltar a dar ao gatilho sobre futebóis. Não consegui. Não tenho paciência para ver jogos e muito menos para ouvir ou ler a malta que anda pelos jornais e televisão.
Depois do alarido sobre os emails do Benfica, armei-me de toda a paciência do mundo e vi o programa do Porto Canal com o Diretor de Comunicação do Futebol Clube do Porto. Nada do que ouvi me surpreendeu. Existe uma dimensão jurídica e criminal que outros saberão melhor do que eu. O que não me espanta são as figurinhas e figurões que protagonizam as conversas do “bas-fond” da bola. Estas moscas são diferentes de outras. Agora, estas e outras, andam sempre à volta do mesmo.
Apesar de tudo não dei o tempo por perdido. Às páginas tantas, fiquei a saber que por “200 euros é o tempo que se quiser […] se for a três são 400 euros”. Sempre achei estranho que o modelo de negócio da mais velha profissão do mundo não se tenha alterado. Há transformações sociais, económicas e tecnológicas, mas, no que respeita a essa profissão, nada parece mudar. O mercado sempre foi muito disperso e fragmentado. Está, do lado da procura e da oferta, muito próximo de um mercado de concorrência perfeita. Está assim porque, como ouvi, a função de produção apresenta rendimentos constantes à escala. Enfim, só o futebol português nos permite perceber o que é uma função de produção homogénea e homotética (por definição).
Depois do alarido sobre os emails do Benfica, armei-me de toda a paciência do mundo e vi o programa do Porto Canal com o Diretor de Comunicação do Futebol Clube do Porto. Nada do que ouvi me surpreendeu. Existe uma dimensão jurídica e criminal que outros saberão melhor do que eu. O que não me espanta são as figurinhas e figurões que protagonizam as conversas do “bas-fond” da bola. Estas moscas são diferentes de outras. Agora, estas e outras, andam sempre à volta do mesmo.
Apesar de tudo não dei o tempo por perdido. Às páginas tantas, fiquei a saber que por “200 euros é o tempo que se quiser […] se for a três são 400 euros”. Sempre achei estranho que o modelo de negócio da mais velha profissão do mundo não se tenha alterado. Há transformações sociais, económicas e tecnológicas, mas, no que respeita a essa profissão, nada parece mudar. O mercado sempre foi muito disperso e fragmentado. Está, do lado da procura e da oferta, muito próximo de um mercado de concorrência perfeita. Está assim porque, como ouvi, a função de produção apresenta rendimentos constantes à escala. Enfim, só o futebol português nos permite perceber o que é uma função de produção homogénea e homotética (por definição).
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Rui Monteiro
à(s)
13:43
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quinta-feira, 22 de junho de 2017
Finalmente
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Gabriel Pedro
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10:36
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sábado, 17 de junho de 2017
Negócio… da loja dos chineses
Deixem cá ver se percebi bem: o Sporting compra um jogador (Battaglia) ao Braga a um ano deste terminar o
contrato, por 3,5 milhões de Euros, ficando com 60% dos direitos económicos do
jogador. No pacote cede dois jogadores, um definitivamente (da casa), outro por
empréstimo, ficando responsável pelo pagamento de parte significativa do
ordenado deste último. O negócio culmina com a cereja de 20% de mais-valias numa
próxima venda do jogador, o tal Battaglia. Deixem cá ver se percebi bem: se
correr mal, o Sporting fica com o banco mau, se correr bem, divide o espólio,
ou melhor, o banco bom, com o Braga, sem este correr qualquer risco na
empreitada. Com as vacances, os emails, e a silly season, não podíamos esperar
melhor. Ainda bem que faltam uns dois meses de defeso. Vai ser uma festa.
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Gabriel Pedro
à(s)
21:38
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quinta-feira, 15 de junho de 2017
Actualidades
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A. Trindade
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12:54
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sábado, 3 de junho de 2017
Actualidades
Real Madrid sagra-se bicampeão europeu com bis de CR7
O Real Madrid venceu a Juventus por 4-1 e tornou-se a primeira equipa da era Liga dos Campeões a vencer a prova duas vezes consecutivas. Ronaldo bisou e terá encomendado a sua quinta Bola de Ouro.
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A. Trindade
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22:35
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quinta-feira, 1 de junho de 2017
O hábito faz o campeão
Ontem, fomos campeões em andebol. Há muito tempo que não via um jogo do Sporting com tanto nervoso miudinho.
Estávamos a ganhar por nove golos de diferença e, de repente, estávamos a um de distância. Valeu-nos o central, o Carlos Ruesga. Marcou os últimos três golos, sendo os dois últimos completamente decisivos. Nessa altura, todos os outros jogadores estavam mentalmente bloqueados. Nem se viravam para a baliza.
Esta pressão de não ganhar há muito e de se ter de ganhar pesa e pesa muito. Perdemos o hábito de ganhar e, por isso, em quase todas as modalidades temos ataques de ansiedade nos momentos mais inoportunos. Há quem chame a isso o Sporting. Nada de mais errado. Se ganharmos mais, vão ver que passa.
Estávamos a ganhar por nove golos de diferença e, de repente, estávamos a um de distância. Valeu-nos o central, o Carlos Ruesga. Marcou os últimos três golos, sendo os dois últimos completamente decisivos. Nessa altura, todos os outros jogadores estavam mentalmente bloqueados. Nem se viravam para a baliza.
Esta pressão de não ganhar há muito e de se ter de ganhar pesa e pesa muito. Perdemos o hábito de ganhar e, por isso, em quase todas as modalidades temos ataques de ansiedade nos momentos mais inoportunos. Há quem chame a isso o Sporting. Nada de mais errado. Se ganharmos mais, vão ver que passa.
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Rui Monteiro
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13:36
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