quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dos Olmecas a… Brondby: Jogo de bola ou ritual da vida?

Os Olmecas terão sido o povo que esteve na origem de todas as civilizações meso - americanas. A eles se deverão, além de notáveis criações culturais, invenções como a sangria sacrificial, a escrita, o calendário e, também, o… jogo de bola.

Recorrendo à Wikipedia, ficamos a saber que “Olmeca significa mesmo povo borracha (do nauatle ulli, "borracha"), a quem os Astecas atribuíam a origem do jogo de bola. O jogo disputava-se utilizando uma bola de borracha endurecida feita a partir de látex obtido da árvore da borracha nativa das áreas tropicais do sul do México e da América Central. Estas bolas de borracha foram encontradas juntamente com outras oferendas rituais, indicando que, mesmo em tempos tão remotos, o jogo já tinha conotações religiosas e/ou formas de drama.

Jogar à bola era, na verdade, participar na manutenção da ordem cósmica do universo e regeneração ritual da vida. Era um jogo de sorte, perícia e batota reflectindo a vida. O esforço de equipa levava à partilha de comportamento e cultura, apresentando, reforçando e reinventando o jogo da vida e o lugar de cada um na ordem cósmica. Nos tempos do clássico tardio, o jogo de bola estava ritualmente associado às guerras endémicas entre as várias cidades-estado da época. Os sacrifícios humanos [dos perdedores do jogo] tornaram-se um desfecho comum nas cerimónias pós-partida, particularmente nos campos de jogo reais de cidades poderosas
”.

Felizmente, a civilização humana evoluiu muito nos últimos 3.000 anos. Felizmente, no jogo de bola de hoje, já ninguém fala de jogos de vida ou de morte. Felizmente, no jogo de bola de hoje, já ninguém tem a cabeça a prémio. Felizmente, no jogo de bola de hoje, já ninguém recorre a rituais maléficos ou religiosos.

Por isso, antes do jogo de bola de amanhã – o ”mata mata” de Brondby – Bettencourt e Paulo Sérgio sabem que… não precisam de ir “à bruxa”. Por isso, antes do jogo de bola de amanhã - o ”mata mata” de Brondby – Bettencourt e Paulo Sérgio, sabem, sobretudo, que não podem perder… a cabeça. Como diria o Octávio Machado, vocês sabem do que estou a falar.

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