domingo, 30 de abril de 2017

Já Dost para esse peditório?

Não fui ao estádio. Vinte paus para um jogo de final de época a feijões, com vistorias à entrada e duas horas de reflexão no final do jogo, ao frio, na pedreira, pareceu-me excessivo. Com tanto bilhete a circular à borla pela cidade, não admira que o espaço respeitante à equipa da casa estivesse composto.

Descompostos ficamos nós com mais uma oferta para golo logo aos quinze minutos, mais coisa menos coisa. Não marcamos, sofremos, e ainda falhamos um pénalti. Mesmo à Sporting…meio caminho andado para um peacemaker. Apesar de tudo, até correu bem a primeira parte, o Ruiz teve que sair, entrou o Cristianinho Podence, e o William continuou a fazer gala da sua passeata pelos estádios deste país, devagar, devagarinho, rumo à porta de saída.

Na segunda parte, com a intensidade necessária a um jogo de profissionais, viramos com alguma facilidade o resultado. É certo e sabido que a cartilha de final de época trará inúmeros empreendimentos estatísticos, onde certamente se falará do número de pénaltis assinalados a favor do Sporting, esquecendo, certamente, o timing da época em que estes aconteceram. O 2º até tem crédito numa regra que diz que se o jogador começa a ser agarrado à entrada da grande área e acaba por cair lá dentro é penalti. É uma excepção à regra (a única), mas ainda assim dará resmas de cotoveladas nos programas futeboleiros da próxima semana.

Nem sempre basta jogar com intensidade e com jogadores realmente comprometidos com a equipa e com o jogo, mas lá que faz diferença, isso faz. Podence, Gelson, chuta(va) chuta(va), Adrien e Dost, são exemplos disso. Coates continua bem e, a seu lado, o Paulo Oliveira até vai disfarçando as suas deficiências. Mas falta ali qualquer coisa, para não voltarmos a sofrer golos em todos os jogos, alguns de borla. Enquanto houver Dost, há esperança. Venham as vacances.

domingo, 23 de abril de 2017

Fuga para o empate

O pior já passou. Entramos em campo com um plano muito simples: a estratégia seria carregar heroicamente sobre as hordas adversárias, atravessando um Rio Grande de dificuldades, adversidades e outras coisas terminadas em ades, tentando não ceder à falta de sorte dos deuses, à má sina, e a uma ou outra miopia do senhor do apito, bradando-se, no final, pela utilização das novas tecnologias tipo vídeo árbitro e por aí fora.

O problema foi que o adversário numa desconcentração infantil (pensando que o Slimani já por ali não andava) acabou por sofrer um golo logo no início, por intervenção do Dost que andou a ver vídeos do Argelino. A partir daí surgiu um dilema: o que fazer com uma vantagem tão madrugadora? Seguir o guião da cavalgada heróica? Ter uma atitude pragmática de resguardo e apostar em contra golpes? O tu queres ver que ainda vamos ganhar isto?, atravessou aquelas cabecinhas enquanto o rival se reorganizava sem problemas de maior.

Uma primeira parte de cacetada e de futebol trauliteiro deve ter dado para os enviados especiais do mundo do futebol se entreterem observar as moças distribuídas pelas bancadas.  Desses primeiros 45 minutos recordo apenas as duas cervejas e os dois bolinhos de bacalhau que enfiei no bucho. Para a história nem um remate enquadrado com a baliza. De ambas as partes, entenda-se. Um bom jogo.

Na segunda parte as nossas pilhas duraram 15 minutos, mais coisa menos coisa, coincidindo a sua extrema-unção com o golo adversário. Alguns terão pensado que o guião da cavalgada heróica contra tudo e contra todos iria a voltar a animar as hostes, mas para animar qualquer coisa é preciso talento, ritmo e pernas. E isso não se faz por decreto.

Falta tanta coisa que nem sei como (re)começar. Uma defesa eternamente remendada, com uns laterais bons para variadíssimas modalidades, nas quais o futebol, infelizmente, não se inclui. Um segundo avançado que é sempre o segundo… a chegar à bola. O Alan Ruiz é craque mas daqueles para brilhar no Belenenses ou no saudoso Estrela da Amadora. O rapaz anda por ali perdido, nem sequer é uma questão de intensidade, mas mesmo de jeito para o futebol de alta competição. É claro que substituí-lo pelo outro Ruiz, este ano, não muda nada. O outro Ruiz é o jogador mais triste do mundo, retirando esse título ao nosso querido Montero, e sofre de uma doença bipolar que se manifesta ao ano. Um ano joga bem, depois deprime, o ano seguinte não sabe em que rua se encontra o seu futebol. Não temos mais avançados, nem segundos, nem primeiros para substituir o Dost se necessário for. Temos que ir à luta com o chuta(va) chuta(va), e quando um jogador como o Podence entra até parece o Cristiano Ronaldo, comparado com alguns dos seus colegas.

Salvam-se o capitão Adrien, um mouro de trabalho, o Gelson e o Dost. O William fica ali entretido no meio­-termo, entre a falsa lentidão, e a falsa rapidez. O mais curioso é que, do outro lado, O Tondela, essa grande equipa, lá se foi aguentando estoicamente, dando até a impressão de que podia ganhar um jogo sem interferência divina.

Podia ter corrido pior, e se assim fosse, podíamos ter sido uns heróis a correr atrás do prejuízo. O que vale é que o JJ viu bem a coisa. As melhores oportunidades foram nossas.

sábado, 15 de abril de 2017

Parece



Ouvindo grande parte dos comentadores e jornalistas (com e sem cartilha) parece que a grande novidade é o Sporting querer ganhar o próximo jogo.
Parece que não foi sempre essa a sua vontade.
Mais estranho ainda, parece que o Sporting quer ganhar um jogo ao Benfica. Parece que é de futebol mas se fosse de caricas continuaria a ser estranha tal vontade.
Confuso, agradeço que os doutos comentadores encartilhados me digam qual deveria ser a postura do Sporting para o próximo jogo.
Parece que anda tudo parvo!

terça-feira, 11 de abril de 2017

Um viva à nota artística

O campeonato Português é mesmo assim, em condições normais os grandes ganham, por vezes nem que seja à pancada. Em Alvalade o Sporting ganhou bem, como já tinha acontecido com o Nacional, mas desta vez somando três pontos para o campeonato que agora nos interessa: o da bota de ouro. Bas Dost mantém-se na corrida, se bem que parece difícil acreditar que se vai sobrepor aos colossos da concorrência.

Deu ainda para ver o pequeno Podence mostrar que pode ser um agitador, nem se tendo notado que faltava Gelson Martins, e o não muito maior Bruno César mostrar o que vale. Registo ainda para o regresso de Adrien e para a presença de Rui Patrício - vale a pena notar, pode haver quem quem não se tenha apercebido desse facto.

Para a semana há mais, parabéns ao treinador por ter conseguido motivar a equipa nas condições em que está, para a qual seguramente a presença de público em grande número estará a contribuir.

domingo, 2 de abril de 2017

Três pontos para o País de Gales, perdão, para o Sporting

O jogo começou praticamente com o derrube do Jonas na grande área adversária, perdão, do Gelson, na grande área adversária. A partir daí foi tudo mais ou menos normal, quer dizer, o Arouca marcou o seu golo e depois o Sporting marcou dois. Mais ou menos normal porque o Dost, desta vez, armou-se em fino e não quis exagerar na média de um golo a cada noventa minutos, mais ou menos. E assim se esfumou a primeira parte de um jogo com sol e tudo. 

Na segunda parte, o Sporting, numa atitude pragmática de real convivência com as deficiências do adversário, não fez por menos, desistindo de qualquer possibilidade de tornar um jogo de futebol da primeira liga atractivo. No final quase que o caldo se entornava… para ambos os lados. Nada de mais. E de túneis não reza esta história. 

Sessão da tarde