quinta-feira, 31 de março de 2011

“Todo reino dividido contra si mesmo será destruído” - Novo Testamento, Livro de Mateus, 12:25 (*)

Um Velho Leão, atormentado pelo carácter quezilento dos seus Filhos, arranjou um molho de paus e pediu-lhes que os partissem. Ao cabo de várias tentativas, estes confessaram ser tarefa impossível.
- É esta – disse o Velho Leão – a vantagem da unidade: enquanto estes paus permanecerem unidos, serão invencíveis, mas observai como são vulneráveis individualmente.
Retirando um pau do molho, facilmente o partiu na cabeça do Filho mais velho, repetindo a operação até todos ficarem servidos.
(*) Adaptado de “O Velho e os seus Filhos” de Ambrose Bierce

terça-feira, 29 de março de 2011

Cinquenta mil é muito

50.000 acessos

Não sabemos se isto é bom ou mau. Pode ser bom, se admitirmos que os nossos leitores se interessam pelo que escrevemos. Pode ser mau, se começarmos a imaginar que podíamos estar a fazer algo mais útil (como a jogar no lugar do Postiga).

Vamos admitir, por um momento que seja, que é bom. Sendo bom, então tudo isto se deve aos nossos leitores, a quem agradecemos a deferência. Também se deve a outros blogues que, sobretudo no início, muitos leitores nos reencaminharam. Falamos de vários, mas principalmente do “A Norte de Alvalade”, “O Leão da Estrela” e “Sporting Até Morrer”.

Este blogue acabará como começou. Um dia apeteceu-nos ligar o computador e começar a escrever sobre o Sporting. Um qualquer dia destes não nos vai apetecer ligar o computador para continuar a escrever sobre o Sporting. Quando esse dia chegar, avisaremos ou talvez não.

domingo, 27 de março de 2011

Tentativa falhada de golpe de fado

[São 11 contra 11 e no final ganha quem eu apoio]
Tal como previ há semanas, ganhou Luis Godinho Lopes. Desde 84 que as minhas previsões eleitorais no Sporting não falham e, felizmente, não foi desta que falharam. Ainda assim, confesso que pelas quatro da manhã quase que duvidei das minhas qualidades de adivinhação. Em qualquer caso, fiz mais fé nas notícias do Diário de Noticias online, que davam Godinho Lopes na frente da contagem, do que nas do Record, que davam Bruno Carvalho com mais 600 votos (gosto da seriedade dos números redondos).

[Há votos que valem por 25]
O meu voto só vale por 1. Estupidez minha que não me filiei mais cedo. Mas dá-me a possibilidade de defender a relação entre o número de votos e os anos filiação, sem ser interessado em causa própria. Defendo-o por diversas razões. Mas a que mais me ocorre agora é que faço mais fé no bom senso dos 19 associados octogenários que têm 475 votos, do que nos 475 votantes que tentaram agredir candidatos.

[As sondagens]
A sondagem à boca da urna feita ontem em Alvalade não me merece o mínimo reparo. Pelo menos, pelo que me foi dado a ver. Exceptuando o facto dos inquiridores partilharem com os inquiridos quem lhes parecia que ia na frente, tudo o resto cumpriu o que é normal nestes processos. Obviamente que um associado podia dizer que tinha mais votos do que realmente dispunha, mas em qualquer sondagem um inquirido pode mentir ou dar as respostas mais disparatadas. O problema esteve na forma de divulgar os resultados. Primeiro o momento escolhido – ainda com sócios a votar. Depois a inexistência de qualquer informação técnica. Finalmente, o despudor em dizer que Bruno Carvalho estava eleito Presidente, quando a margem de erro dava um impacte técnico. Podia ter sido apenas mais uma evidência em como o jornalismo desportivo se empobreceu até ao nível mais rastejante, mas as consequências que daí advieram tornam o caso mais sério. Não desculpando a rapaziada-à-rasca, o Record foi um dos principais responsáveis pelas cenas de violência ocorridas ontem. 
[Fica muito bem ao ser director assumir os erros]

[Bruno Carvalho]
Esteve muito melhor do que julguei possível. Comedido na apreciação das sondagens, apaziguador quando o caldo entornou. Resta saber se saberá aceitar a derrota com Fair Play. Seja como for fez uma campanha bem estruturada, capitalizou o descontentamento e, se não deitar tudo a perder com uma guerra inconsequente, ganhou posição para o próximo acto eleitoral. Terá no entanto que conseguir gerir habilmente as diferentes expectativas: ser respeitado pelos 2.140 associados decisivos, que esperam responsabilidade, e manter a sua base de apoio juvenil que se sentiu defraudada.


[Godinho Lopes]
Resta-lhe ganhar para ganhar. De outra forma está liquidado. Não me parece que o rótulo de "continuidade" faça sentido, mas a verdade é não foi capaz de descolar dele. Nem descolou, nem o assumiu. Como em tudo na vida, ninguém aprecia muito o que nem é carne, nem é peixe. Ganhou à rasca e começa sobre brasas. Não terá estado de graça algum, mas não devia ser sempre assim?


[Impugnação]
Alguém conhece algum argumento? Algum delegado das listas comunicou algum tipo de irregularidade? Nada. Zero. Até ver a única irregularidade está no desfasamento entre a expectativa de uns quantos e a realidade. Seguramente que o Dr. Daniel Sampaio saberá explicar esse problema muito melhor do que eu. Talvez até exista medicação para isso.



[José Roquette]
Evito comentar ou adjectivar tudo o que se disse de abjecto no processo eleitoral sobre José Roquette e o seu projecto. Os títulos e a obra falam por si. A meu ver é apenas o associado a quem o Sporting Clube de Portugal mais deve nos últimos 20 anos. Ficava bem, a quem quer "ser diferente", ter alguma gratidão.




O Sporting primeiro

Nós somos do Sporting. Ser do Sporting é ser de um clube centenário, com tudo de bom e de mau que essa história encerra. Ser do Sporting não é para todos. Não rasgamos os cartões de sócio quando perdemos. Não desprezamos os adversários quando ganhamos. Quando ganhamos, ganhamos todos. Quando perdemos, perdemos todos.

Temos orgulho em todos os candidatos, não só à Direcção, como aos restantes Órgãos Sociais. Cada um deles, à sua maneira, quer o melhor para o Sporting. Teria sido mais fácil para cada um deles, nesta altura difícil do clube e do país, ter ficado de fora. Não se esconderam. Foram à luta e deram o melhor de si em nome do clube.

Na democracia, os que ganham merecem o mesmo respeito que os que perdem. Os primeiros não fazem sentido sem os segundos. Os segundos são importantes para escrutinarem o que forem fazendo os primeiros. São eles o principal garante que os primeiros darão o seu melhor pelo Sporting.

O órgão máximo do Sporting é a sua Assembleia-geral. Confiamos no Eduardo Barroso para exercer o poder moderador que a sua eleição lhe confere. Confiamos nele para unir os sportinguistas. Vamos dar uma lição de democracia e de responsabilidade ao país, que tanto precisa.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Votar como quem joga à roleta russa

Votar amanhã é como jogar à roleta russa. Sabemos que existe uma forte possibilidade de darmos um tiro na cabeça.

O Abrantes Mendes não conta para este campeonato. Fez o que lhe competia, que foi ser consequente com as críticas que foi fazendo ao longo dos tempos. Candidatou-se por esse dever de consciência e nada mais.

Ao Godinho Lopes a única ideia que lhe ouvi foi renegociação dos direitos de umas bombas de gasolina. O resto passa pelo Duque e por uma “vassoura e um cheque”. Sabemos onde, com este método, vamos parar.

O Dias Ferreira não é, nem nunca foi, para levar a sério. Depois da conferência do Futre, mesmo para os que tinham ilusões, ficou tudo esclarecido. Não queremos ser o principal motivo de escárnio do País.

Sobram o Bruno Carvalho e o Pedro Baltazar. Ninguém percebe muito bem ao que vêm. São dois meninos e, por isso, vão ser triturados pelas federações, ligas, árbitros e toda a série de bandoleiros que habita o futebol português. O que é que os distingue?

Não percebo o que diz o Pedro Baltazar. Pode ser por ser gago. Pode ser por não ter nada na cabeça. No último debate deu, pelo menos, indicações que conhece a situação económico-financeira do clube e que sabe alguma coisa de futebol. É um pouco lacónico. Pode ser por cautela ou por não ter nada para dizer ou por não saber o que fazer.

O Bruno Carvalho foi o que melhor preparou o trabalho de casa. No entanto, é muito duvidoso o modelo de financiamento. Não é por o capital ser russo. O capital não tem pátria. O que não se percebe é o que vai fazer no dia seguinte e como é que se vão suportar as despesas correntes actuais e futuras (com os tais jogadores que vão ser adquiridos pelos dinheiros russos). Mais, revelou imaturidade nos debates e isto não é para meninos birrentos.

Não sei. Cada um que dê o tiro que lhe apetecer na altura. Esperemos que na próxima semana ainda tenhamos a cabeça agarrada ao corpo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Broad Coalition for Change: Godinho Lopes para Primeiro Ministro, Já!

Na sequência da demissão apresentada pelo Primeiro-ministro (PM), o Presidente começou a estudar todos os cenários para ultrapassar a actual crise política.
Segundo um pasteleiro da Avenida de Roma confidenciou ao ILdL, a principal hipótese que o Presidente está a colocar, passa pela constituição de um Governo de Salvação Nacional, presidido por alguém que, além de ser bem aceite pelos mais poderosos lobbys lisboetas (banca, construção e advocacia), mereça também a confiança, simultânea, do PM demissionário, do Líder da oposição e do próprio Presidente.
Adepto incondicional dos mais rigorosos métodos científicos de análise de mérito, o Senhor Presidente, recorreu, primeiro, a um ensaio de peneiração para avaliar os graus de permeabilidade e de plasticidade dos potenciais candidatos em relação aos referidos lobbys. Depois, a lista dos candidatos com pontuação mais elevada nesta primeira triagem, foi enviada por pombo-correio – o Presidente continua a não confiar muito nessas modernices dos e-mails – ao PM demissionário e ao Líder da oposição. Analisada a lista, estes indicaram quais os candidatos que consideravam aceitáveis e mandaram o pombo-correio de volta a Belém.
Trezentas viagens depois, observando o Lima – assim se chamava o seu simpático pombo correio – completamente esbaforido, o Presidente notou que continuava a não encontrar ninguém que satisfizesse, simultaneamente, ao PM demissionário, ao Líder da oposição e a si próprio. Tem que ser alguém que seja um género de menor denominador comum – safa, eu até sou de boas contas, mas, huum, isto não é nada fácil, esta intersecção tem que dar uma espécie de… conjunto vazio – remoía o Presidente enquanto mastigava pensativamente uma fatia de bolo rei.
Foi, então, que o Presidente se engasgou com o bolo rei e gritou: Eureka! Eureka!
- Chamaste, homem? O que foi desta vez? Não me digas que engoliste outra vez a fava? – perguntou a sua Mulher.
- Sim, sim – respondeu o Presidente – Isto é, encontrei, finalmente, o nosso novo homem do leme - o Lopes! O Lopes é a nossa solução de consenso!
 - O Santana Lopes, outra vez?!? – questionou a Mulher atarantada.
- Não, não é esse, também é dos futebóis, também é do Sporting, mas chama-se Godinho Lopes. Neste momento, ele é em Portugal a única pessoa que tem a confiança do José Sócrates (via aquele rapaz metediço com quem almoçamos na Madeira), do Passos Coelho (via o seu ex-patrão) e de mim próprio (através daquele nosso simpático vizinho). Isto, claro, além de agradar, também, aos lobbys da construção, da banca e da advocacia. Aah, sim, e até almoça várias vezes por mês com Grão-Duques da confiança daquele banco cujo nome agora não me lembro.
Tomada a decisão, o Presidente agiu de imediato. Huumm, como também não confio nada nessas coisas dos telemóveis, vou sondá-lo discretamente com uma daquelas minhas mensagens via Facebook, ou lá o que é – pensou.
Sempre atento ao seu IPAD, Godinho Lopes respondeu logo que seguida, aceitando o desafio colocado pelo Presidente – Agradeço penhoradamente o seu convite. Para diminuir o défice, prometo disponibilizar, desde já, o meu fundo dos sem milhões de Euros. E, agora, caros Portugueses, tenham confiança em mim, estamos todos no mesmo barco, mas eu não sou como os que me antecederam. O País com a acção dos anteriores Governos chegou à beira do precipício. Comigo, daremos o passo em frente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Postiga, o Nuno Gomes do Sporting

Dou-me conta que o Nuno Gomes já leva quatro golos para o campeonato. O Nuno Gomes foi sempre, para mim, um mistério. Sempre elogiado pela crítica por tudo menos por aquilo que é pago para fazer, que são golos. Ele é inteligente, bonito, bom camarada, líder de balneário e amigo do Rui Costa; joga de costas para a baliza; faz tabelinhas; abre linhas de passe. Não sei quantas mais coisas se têm dito sobre ele. Dos golos é que nada.

O avançado mais inteligente que conheci foi o Jardel. Só um jogador excepcionalmente inteligente é que por época marca sempre mais de cinquenta golos.

Costumo dizer mal do Postiga. Mas o Postiga é melhor. Tem duas coisas a seu favor: marcou mais um golo e não usa bandolete no cabelo. Podem dizer que é pouco. Para mim, basta.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mais um debate, mais uma corrida, mais uma viagem

O debate foi muito esclarecedor, mas, infelizmente, pela negativa. Analisemos um a um os candidatos.

Godinho Lopes – Não faz a mínima ideia do que vai fazer. Vai entregar a coisa ao Duque e ele fará o que lhe der na real gana;

Bruno de Carvalho – Revelou aquela que seria sempre a sua pior faceta relativamente aos outros candidatos: a imaturidade;

Pedro Baltazar – Se não existisse tinha que ser inventado. Não tem nada na cabeça, nem se percebe o que diz;

Dias Ferreira – Domina uns truques televisivos, diz umas graças, mas ninguém o leva a sério. Lança perdigotos permanentemente enquanto fala;

Abrantes Mendes – É o único com quem se pode ir jantar fora. Agora, concorre para dizer que teve razão e mais nada.

Isto vai acabar mal. Vai, vai…

segunda-feira, 21 de março de 2011

Futebol português em Alerta Vermelho: O KGB vem aí…

O correspondente do ILdL em Moscovo, José Perdizes, acaba de nos revelar que o candidato à Presidência do Sporting Bruno de Carvalho, além do fundo de 50 Milhões de Euros, terá assegurado, também, um acordo de parceria com o Komitet Gosundarstvennoy Bezopasnosti (KGB) no sentido daquele poderoso organismo de intelligentsia russo o apoiar na perigosa missão de implodir o sistema em vigor no futebol português.
Além das tradicionais operações de vigilância, recolha e tratamento de informação sobre os mal frequentados meandros do futebol português, o KGB protegerá também o avultado investimento russo no Sporting, através de um pacote das designadas Medidas Activas, que vão desde manipulação dos media até, se necessário, a acções de repressão mais musculadas.
Segundo foi possível apurar, o primeiro pacote de Medidas Activas inclui, sobretudo, acções de Desinformação (uma tradução da palavra russa dezinformatsiya) em que informações e rumores falsos ou imprecisos são disseminados no sentido de desmoralizar ou confundir a acção dos principais adversários. Por exemplo, a simples inserção de um vírus informático de inversão do campo “Fruta ou Fruto Preferido” na base de dados da Agência Nacional de Colocação de Árbitros (ANCA), gerará imediatamente o caos sobre todo o sistema de fornecimentos ao domicílio. De igual modo, a blindagem electromagnética do chip de controlo remoto dos comentadores emissores Rui Gomes da Silva ou Guilherme Aguiar e a subsequente emissão de falsas mensagens de grande fair play por esta via, provocarão a confusão generalizada e mesmo a própria subversão ideológica dos adeptos daqueles dois clubes, que passarão a oferecer a sua face oculta aos adversários. De entre as Medidas mais musculadas, estará ainda prevista uma operação especial de corte de cabelo à escovinha a Rui Santos e a João Gobern, naturalmente, com risca ao meio.

sábado, 19 de março de 2011

Zero (à esquerda)

Zero é quanto vale o Sporting nesta altura. O Postiga vale zero. O Djaló vale zero. O Polga vale zero. Podia continuar por aqui fora.

Hoje, contra o Leiria, nada de novo. Vejo o jogo, em casa, enquanto vou passando pelas brasas. Com os olhos semicerrados, vou percebendo que nada se está a passar. Janto ao intervalo.

Volto para a segunda parte um pouco mais desperto. Mas uma incrível sonolência apodera-se de mim novamente. Faço tudo e de tudo para me manter acordado. Sai o Djaló e entra o Vukcevic. Tenho a esperança que, por uma vez, o ponham a ponta-de-lança. É o único que ainda tem um pouco de golo nos pés.

Continua tudo na mesma. Sai o Salomão, que foi o único que na primeira parte tinha vontade de fazer alguma coisa, e entra o Valdés. Espero que o coloquem atrás do Postiga. Nessa posição marca golos. Mas não, colocam-no a extremo esquerdo.

Acelera um bocadinho o jogo e o Postiga falha dois golos miseravelmente. Os locutores dizem que fez tudo bem. Ou mudaram as regras do futebol e os golos deixaram de contar ou os comentadores estão doidos varridos.

De repente sobressalto-me. Livre no meio campo do Leiria. Biqueirada para a frente. O Polga está a dormir e não marca ninguém. Um jogador fica na cara do Patrício e o Patrício, mais uma vez, salva-nos.

Acaba o jogo. Ao que se diz, para o ano vêm o Van Basten, o Rijkaard, o Balakov, o Zico e o Domingos. É destes jogadores que precisamos para reforçar a equipa. Já não era sem tempo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Braga, “you’ll never walk alone”

Grande resultado do Braga. Começam a ser demasiado frequentes estes resultados para serem obra do acaso. O Domingos é um grande treinador e ponto final

Grande resultado do Porto. Vingaram-nos da nossa derrota na final da Taça UEFA. Cada vez que me lembro desse jogo, do preço do bilhete que comprei na candonga, da viagem para Alvalade a cantar o “só eu sei porque não fico em casa” e do triste desfecho, só me apetece chorar ou esganar o Peseiro.

Para um final completamente feliz só faltou o Paris Saint Germain. Não se podem falhar tantas oportunidades fora e em casa. Deslumbraram-se, foi o que foi. Nunca se pode contar com os franceses para nada. Agora ficamos nas mãos dos alemães e da senhora Merkel.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Um cheque e uma vassoura

Lê-se e não se acredita. Com um cheque e uma vassoura somos campeões. Voltamos a não saber quem manda (com o Roquette foi a mesma coisa) e às compras por atacado como na época de 2000/2001 (não me esqueço da compra do Bruno Caires).

Precisamos de um central, daqueles para a quem a equipa olha e se sente tranquila. Precisamos de um trinco alto que ganhe a primeira bola. De outra forma, têm que ser os centrais a lá ir e a equipa fica sempre descompensada na zona central. Mais, qualquer biqueirada para frente dá sempre um contra-ataque dos adversários. Precisamos de um avançado que no mínimo marque 15 golos por época. Concentrem-se nisso e no treinador.

Isto não é a mesma coisa que jogar ao “Team Manager” na “playstation”.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O meu voto por um treinador

Não tenho nada contra a vinda dos Russos. Desde que não transformem Alcochete numa base de mísseis, por mim, tudo bem. Que a coisa mete uma certa confusão, lá isso mete. Por falar em meter, eles metem 20 milhões, mas ainda ninguém explicou onde é que vai buscar os 30 que faltam.

Também não percebo como é que funcionários bancários e advogados que trabalham para a banca vão negociar com essa mesma banca. Os únicos que podem negociar com os bancos são os que competentemente lhes explicarem que não têm nada a perder.

Como nada da conversa que para aí anda me convence, troco tudo pelo nome do treinador. Precisamos de um treinador competente e o resto são balelas. De um treinador que saiba dispor tacticamente bem os jogadores. Que tenha experiência de colocar os jogadores a jogar com a intensidade que se vê nas competições europeias e nos principais campeonatos europeus. Quem arranjar um treinador desses é que merece o voto.

Evitem-nos a triste conversa: (i) da contratação de ex-jogadores para desempenhar cargos que ninguém entende; (ii) dos fundos sem fundo num país falido; (iii) da integração da filosofia de jogo desde as camadas jovens até aos seniores; (iv) das varridelas no plantel. Num clube de futebol manda o Presidente e, no campo, o treinador. Todos os outros obedecem a quem devem: ao Presidente ou ao treinador.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Guia de apoio ao eleitor

Conheço mal os candidatos a Presidente do Sporting e, por isso, não tenho grande opinião formada sobre quem votar. Agora a forma como responderem às seguintes questões é decisiva para a opção final.

1. O Sporting está sem dinheiro para despesas correntes. É preciso que alguém tenha uma resposta para esta necessidade no dia imediato à tomada de posse. Se quem ganhar não tiver essa resposta, dentro de meia dúzia de meses estamos em eleições outra vez com problemas mais graves ainda para resolver.

2. Não confundir fundos de investimento com dinheiro para pagar despesas correntes. Os fundos de investimento não pagam salários, juros e outras despesas do género. Primeiro é necessário renegociar a actual dívida aos bancos e isso não é para funcionários bancários a bricar ao "quem quer ser milionário". Não há nenhum banco que penhore um património que, pelos menos sentimentalmente, pertence a um terço dos portugueses, que têm as suas contas nesses bancos também. É preciso lembrar-lhes isso.

3. Cautela com essas ideias peregrinas dos fundos de investimento. Ninguém está disponível para fazer qualquer aplicação financeira em Portugal, muito menos para comprar jogadores de futebol. Quanto mais milhões se prometerem, maior é a probabilidade de incumprimento.

4. Aqui entra a questão fundamental do treinador. Precisamos como de pão para boca de alguém que saiba treinar e conceber um bom sistema táctico. Não basta a conversa do 4-3-3 ou do 4-2-3-1 e quejandos. É preciso que os jogadores estejam correctamente posicionados em campo seja em que táctica for. Uma táctica não é colocar tantos na defesa, mais outros tantos no meio campo e os que sobram no ataque.

5. Um treinador não se escolhe pela imprensa. É preciso ter informações sobre a forma como treina e capacita os jogadores para jogarem tacticamente bem. A equipa também não pode ao fim de uma hora estar com os bofes de fora como está actualmente. Não me parece que exista nenhum livre em Portugal com estas qualidades. Talvez o Domingos, mas é preciso saber se dispõe dessas qualidades de facto.

6. Encontrando-se um bom treinador, não se precisa de despedir a equipa toda. Temos alguns bons jogadores e é preciso que um treinador competente os aproveite. Precisamos de alguns jogadores de referência e sem eles nada feito. Precisamos de um central, de um trinco (ou um 6, como agora se diz) e de um avançado. Nestas contratações é que não podemos falhar.

7. Volto às questões iniciais. Quem prometer uma equipa radicalmente nova está a enganar os sócios e a acrescentar problemas aos problemas actuais. Isso não quer dizer que alguns do actual plantel não precisem de sair. Criaram-se mitos, com a ajuda da imprensa, que é para acabar. O Carriço não serve. Como já disse, não é nem muito alto, nem muito rápido, nem muito forte. Fica a meio caminho disto tudo. O Postiga é um nabo. É o nosso Nuno Gomes. Precisamos de um avançado que seja uma referência no ataque. Sem um avançado desses, que marque pelos menos 15 golos para o campeonato, não vale a pena andar a prometer nada.

8. Não basta ter um bom treinador e uma boa equipa para se ganhar o campeonato. Tivemos, talvez, a melhor equipa que jogou em Portugal, com o Figo, Balakov, Naybet, etc, e nada. É preciso que quem vá para o Sporting tenha uma estratégia de poder no contexto da Liga e da Federação. Basta de meninos. Isto é para gente de barba rija, que faça o roteiro da carne assada com os outros dirigentes, que ofereça fruta de qualquer tipo a quem tiver que oferecer.

9. O campeonato também se ganha cada vez mais no espaço mediático. Não se pode ir para as conferências de imprensa sem nada para dizer. Não se pode aceitar que os nossos jogos sejam comentados pelos nossos adversários, que a edição das imagens seja sempre a nosso desfavor e a favor dos nossos adversários. Negoceiem direitos televisivos como deve ser. Na imprensa escrita, precisamos de rever as nossas relações. Não se podem deixar estas coisas ao acaso. As notícias plantam-se e não saem da cabeça dos jornalistas. É pena dizer isto mas é assim mesmo. Se não conseguimos passar as mensagens que precisamos nos jornais desportivos, temos que apostar nos jornais generalistas.

10. O Sporting não é um museu vivo. Precisa para seus dirigentes de gente muito competente. Um ex-jogador não é necessariamente um bom dirigente. Se tínhamos dúvidas, o Costinha esclareceu-as todas muito bem. Há jogadores que nunca esqueceremos e que lhes estamos gratos para toda a vida. Isto não quer dizer que vão todos para o Sporting sabe-se lá fazer o quê.

sábado, 12 de março de 2011

Um dos melhores “tiki-taka” do mundo

O Rio Ave é um colosso europeu e quem disser o contrário mente. Enorme resultado dos nossos rapazes. Espírito de luta, capacidade de sofrimento e mais tudo aquilo que se costuma dizer nestas alturas.

Grande Patrício; grande Polga; grande Torsiglieri; grande equipa que pode ter um Postiga a receber a bola na frente, a ganhar bolas sobre bolas de cabeça aos adversários, a rematar dos sítios mais improváveis e a gerar imenso “frisson” (já não me lembrava de utilizar este estrangeirismo, mas parece-me uma experiência a repetir, sobretudo quando estiver a falar do Postiga).

Fisicamente estamos um espanto. Todos sabemos que o Rio Ave pratica o melhor “tiki-taka” português e um dos melhores do mundo e não é qualquer equipa que tem preparação física para andar a correr atrás dos adversários e da bola durante o tempo todo.

Por fim, mais trágico do que podermos contar com o Saleiro no banco é já nem sequer com ele podermos contar.

Teste de "Cruzes Canhoto": Coerências & conveniências de um Senhor sempre em P(r)é!

… sendo membro da Direcção de João Rocha quando Paulo Futre nos traíu ao transferir-se para o FC Porto (rescindindo o seu contrato por alegadas “razões psicológicas”), pretenda, agora, reabilitá-lo, trazendo-o de volta ao Sporting como… dirigente?
… quando fazia parte da Direcção de Amado de Freitas afirmou que Jorge Gonçalves seria a maior desgraça da história leonina, poucos meses depois chorou convulsivamente abraçado ao mesmo Jorge Gonçalves no aeroporto quando Frank Rijkaard finalmente chegou e, mais tarde, participou no processo de venda do jogador ao Milão a preços de saldo?
… assistindo impávido e sereno nas Antas a um dos mais memoráveis “assaltos” perpetrados num campo de futebol português  – um Porto 3 – Sporting 2, com os leões treinados pelo grande Mirko Jozic - não se coibiu em afirmar à comunicação social no final do jogo que o árbitro tinha estado em bom plano (um tal de Vítor Pereira, conhecem?), retratando-se, mais tarde, face à enorme onda de revolta leonina (numa época que ficaria tristemente célebre pelo luto do Sporting em respeito à verdade desportiva)?

Enfim, conseguirá o eterno pré-candidato Dias Ferreira cumprir, mais uma vez, o tradicional aforismo “Quem tem boca vai a Roma – o meu fogão tem 4 e não saiu da cozinha”?

sexta-feira, 11 de março de 2011

Campanhas europeias

Digam o que disserem, o Braga está a fazer uma temporada memorável. Primeiro o Celtic, depois, o Sevilha, mais tarde, o Arsenal e, por fim, o Liverpool.

O Porto mantém a eficácia habitual. Seja em que situação for, não brinca em serviço. São profissionais desta coisa das competições europeias.

O Benfica sofre de doença bipolar como sabemos. Continuam na fase eufórica. Nem chegaram a fazer o luto do campeonato. Anunciaram logo que iam ganhar a Liga Europa. Interessa pouco que ainda precisem de eliminar ao PSG e que ainda só estejam nos oitavos de final.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O matulão (cont.)

O “post” que ontem escrevi prestou-se a alguns equívocos. Não sou contra os matulões; muito pelo contrário. Na escola, fui amigo de todos os matulões. Tinha que os deixar copiar, mas valeu a pena. À conta disso nunca fui vítima de “bullying” (no meu tempo chamava-se “comer e calar”).

Todas as equipas devem ter um matulão. É que o adversário tem sempre um. Por isso, considero que o meu Sporting precisa de um matulão como de pão para a boca. Não faz sentido que os nossos dois aspirantes a matulões (João Pereira e Maniche) não tenham mais do que um metro e sessenta (como diria a minha avó, com este porte, qualquer um deles só pode ser, quanto muito, aspirante a galo garnizé). O nosso último matulão (Rochemback) era demasiado gordo e lento para a função. Quando correu um campo inteiro para dar uma paulada no Hulk e não conseguiu, o seu destino ficou traçado. Só que continuamos a não conseguir arranjar um.

Sou é contra os matulões que são mais matulões do que os outros. Sou é contra os matulões cobardolas. É-me irrelevante que o matulão se chame Bruno Alves, David Luiz ou Javi Garcia.

(De vez em quando os matulões têm um encontro com o destino. Lembram-se daquele matulão do Porto que teve um encontro casual com o “velho” Acosta e ficou com o queixo virado para a nuca? A áurea foi-se toda naquele momento. É o que merecem certos matulões)

quarta-feira, 9 de março de 2011

O matulão

Só quem não jogou futebol na rua é que não sabe o que isso é. Em todas as equipas há pelo menos um jogador que, por ser o mais feio e o mais matulão, distribui fruta por tudo o que se mexe. Esse jogador é fundamental quando se joga com a equipa da rua ou da escola rivais. Não só bate nos outros como, supostamente, nos defende quando os outros nos querem bater.

Mas, na rua, as coisas complicam-se. Do outro lado há sempre outro matulão também, que tem as mesmas funções do nosso. Eu, que tinha a mania de fazer umas fintas, acabava sempre por apanhar. O matulão da minha equipa quando me vinha defender já tinha apanhado e das que tinha apanhado já não me livrava.

Enfim, o matulão acabava por ser contraproducente. Como não se vingavam nele, vingavam-se em nós, os mais franzinos e habilidosos. Sem árbitro, o número de rasteiras, pontapés e chapadas de um lado e do outro, apesar de tudo, tende a equiparar-se. Sem árbitro, faz-se justiça.

No futebol actual, com árbitro, o matulão da equipa mais forte age com toda a impunidade. É que, com árbitro, o matulão da outra equipa não pode retaliar. O futebol de hoje presta-se a todas as cobardias.

O Javi Garcia goza do estatuto de matulão do Benfica. Como é do Benfica, os árbitros não o põem na rua. Como é do Benfica, os árbitros não permitem que o matulão da equipa adversária bata nos outros jogadores do Benfica.

Até que um dia…

terça-feira, 8 de março de 2011

6,53+6,79=Portugal

O desporto e, neste caso, o atletismo permitem todas as metáforas. O Sporting e os seus atletas são a melhor alegoria que se pode encontrar sobre o Portugal que não se verga, que compete para ganhar, mas que, sobretudo, compete.

No domingo, mais uma vez, os atletas do Sporting foram uma bela metáfora portuguesa. O País reviu-se no Sporting e nós, por momentos, fomos o País.

segunda-feira, 7 de março de 2011

As profecias de Jesus "tardem", mas não "falhem"!

Jesus ao Site "Mais Futebol", 19-9-2010
"Vamos estar conscientes das nossas dificuldades, mas também é verdade que a pouco e pouco os adversários que estão lá em cima vão começar a olhar para nós, para trás, e se calhar começarem a tremer um bocadinho. O campeonato continua em aberto, ainda há muito frango para virar"...

domingo, 6 de março de 2011

“Quo vadis” Paços de Ferreira?

Hoje, contra o Beira-Mar, foi um pouco melhor. Jogámos só com um trinco, metemos mais jogadores na frente e conseguimos controlar o jogo no meio campo do adversário. Evitámos, pelo menos, a humilhação de ver mais uma equipa do meio da tabela para baixo a dominar-nos em Alvalade, trocando calmamente a bola no nosso meio campo.

Foi melhor, mas as jogadas saem sempre em esforço. Junta-se à falta de jogo colectivo atacante, a falta de confiança de alguns jogadores, que são uma tremedeira permanente, e a ineficácia dos avançados. Dou comigo a ver o jogo e a perguntar-me quem é que, daqueles todos, poderia marcar um golo. O Torsiglieri num cabeceamento? O Matias num livre directo ou num remate de fora da área? Quem?

O árbitro resolveu esta minha angústia. Desta vez veio uma encomenda do Porto, num gesto de solidariedade que só lhes fica bem. Marcou um daqueles penalties da moda. Ninguém sabe qual é o critério. Dantes praticamente não se marcava um penalty por mão na grande área. Depois, começou-se com uma teoria que se os jogadores abrissem os braços e assim, mesmo que não tivessem intenção de jogar a bola com a mão mas tão-somente cortar uma linha de passe, era penalty. Esta teoria tem dado para todas as arbitrariedades.

Gostei muito do André Santos. Não tem o arcaboiço físico que gosto nos jogadores que jogam naquela posição. Mas correu muito e passou a bola sempre com acerto. A bola quando chega ao Matias chega a porto seguro. Sabemos que a partir dali pode-se iniciar uma jogada de ataque consequente. Ao fim de quarenta jogos, lá compreendemos que o Torsiglieri é o melhor central. Custou mas foi.

Ficamos à espera do Paços de Ferreira. Agora que renovaram com o treinador e a imprensa o considera o Mourinho da temporada 2010/2011, ou muito me engano ou vão começar a asneirar.

(Preferia falar do Obikwelu e da Naide. Mas as coisas que verdadeiramente importam devem ser tratadas com outro tempo)

sábado, 5 de março de 2011

Debate em directo

["Pior momento do Sporting"]
O Paulo Garcia, como a maioria da imprensa, exagera até ao absurdo. Só quem não se lembra da direcção de Amado Freitas é que acha que isto é o pior momento do Sporting.

["Marcado sine die"]
Como? Obrigado, Zeferino Boal. Um tipo aprende sempre uma piada nova nestes debates.

[Boal, o Gago]
Caso Boal vença espero que tenha a ajuda do Geoffrey Rush para resolver aqueles solavancos nas subidas. Se não, o Baltazar pode ajudar.

[Godinho agarrado ao Ipad]

Assim, sim. Já se vê um Sporting i-tech. Deve estar a receber instruções do Duque e do Freitas.

[Gravatas]
Será obrigatório que um candidato a presidente use uma gravata foleira? Tanta assessoria de imagem e não há quem lhes explique que há tons de verde que não revelam bom gosto.

[Falando em óculos]
Godinho Lopes com estilo retro parece um candidato dos anos 70. Um verdadeiro Fitipaldi. Antes daquele modelo só me lembro do par de óculos do Kissinger.

[Vemóques]

Ainda vamos na 2ª volta e já ninguém percebe bem sobre o que eles estão a falar. Deve ser daquelas coisas que dá ao Vuk ao intervalo quando ele fica de trombas.

["Remunerados com vitórias"]
Carvalho da Silva que se prepare. Vamos ter salários em atraso no Sporting.

["Você sabe que eu sei que você sabe"]
Abrantes Mendes para Godinho Lopes. Mais uma fase críptica.

[O futuro é dos jovens]
Já vamos em três candidatos que citaram o Bruno Carvalho. Afinal temos homem.

["Francisco Fukyama"]
Deve ser um sujeito lá de Évora que bebe umas taças de branco com o Abrantes Mendes.

["Renegociar o serviço da divida"]
O Sporting vai mostrar aos gregos como é que se tramam os credores. Preparem-se.

[Modalidades de pavilhão]
Paulo Garcia está muito preocupado com o pavilhão. Deve ser cliente do Holmes Place de Alvalade.

[Se o futsal faz parte da nossa natureza?]
Baltazar acaba de se enterrar. O Cardinal já lhe manda um calduço no final.

["Exactamente, Zé!"]
Eles vão todos acabar a cantar, "até morrer, Sporting allez".

[Sempre a somar]
Bruno Carvalho joga ao ataque e com pontaria. Números certos é com ele.

[Todos contra Godinho Lopes]
Já se viu quem é o candidato que vai na frente. Aquele a quem todos querem dar sarrafada.

["As modalidades ditas normais"]
Boal começou a abrir o livro. O verdadeiro Messi dos debates. Um candidato que não entra na lista dos "ditos normais".

["Frank Rijkaard" ]
Da última vez que passou pelo Sporting ainda foi apresentado. Desta vez vai ficar por uma entrevista num jornal.

["Zé Eugénio"]
Quem? Para treinador? Ou será o 7º candidato?

["Um homem que desmonstrou"]
Mostrou, desmonstrou. Faz todo o sentido. Baltazar está a analisar muito bem as qualidades do Zico.

[Fase tasca]
Afinal temos ali 6 grandes treinadores. Para quê Zico, Rijkaard ou Manuel José?

[Acabou]
Somos o maior clube do Mundo, mas ainda bem que não temos outro debate destes tão breve.

"Até morrer, Sporting!"

Godinho Lopes será o próximo Presidente do Sporting Clube de Portugal. Não digo isto por ser sábio ou ter indícios que o processo eleitoral esteja viciado. Digo-o pela simples constatação estatística que desde João Rocha que apoiei todos os candidatos que foram eleitos. Não creio que o meu apoio tenha sido decisivo, mas isso faz de mim aquilo a que em geografia eleitoral se nomeia por “freguesia tipo”. Faz também de mim um dos responsáveis pelo estado actual do Sporting. Ainda assim durmo bem com isso. Dormia muito pior se visse o Sporting com “camisolas berrantes nos campos a vibrar como papoilas saltitantes”. Vocês sabem do que é que eu estou falar. Ou como diria o Presidente do Milan, "Meglio essere appassionati di belle ragazze che di gay".

Um Árbitro Honesto (*)

Um árbitro da Liga dos Tremoços&Minis caiu na seguinte meditação: “Com o dinheiro que obterei pela ajuda à Equipa do Sistema posso comprar um jogo de ferramentas de ladrão e abrir um banco. De seguida, o lucro obtido há-de permitir-me comprar um belo veleiro, baptizá-lo de “Lucky me”, içar a bandeira negra e dedicar-me ao comércio no alto mar. Com os proventos deste negócio posso depois pagar a Presidência do Conselho de Arbitragem que, a x Quinhentinhas por ano, me dará em quatro anos, huumm, vejamos, noves fora…”. Porém, o árbitro demorou tanto a fazer a conta que a Equipa do Sistema acabou por ganhar sem a sua ajuda, vendo-se assim obrigado a regressar à Associação de Árbitros de Futebol com reputação de um homem honesto, atormentado por uma consciência tranquila.
 (*)
Adaptado de “A leiteira e a bilha de leite”, de Ambrose Bierce

quinta-feira, 3 de março de 2011

A vantagem de saber falar

Ontem, contra o Benfica, foi mais uma desilusão. Mas ontem também pareceu evidente que o Paulo Sérgio é um dos maiores nabos que Deus ao mundo do futebol trouxe. O Couceiro nem precisou de inventar muito. Escolheu os melhores, ou os menos maus, como quiserem. Escolheu os que correm qualquer coisa e pressionam os adversários. Pô-los a jogar mais juntinhos, e a coisa compôs-se.

O árbitro foi a vergonha de sempre. O Javi Garcia com estes árbitros é o melhor jogador do mundo. Faz faltas atrás de faltas. Corta em falta sucessivos contra-ataques dos adversários. Pisa e pontapeia os adversários. Acaba o jogo sem no mínimo um amarelo. Um predestinado, por outras palavras.

Gostei da marcação do penalty pelo árbitro. O Patrício ainda não tinha feito nenhuma defesa e estava a arrefecer. A preocupação do árbitro com essa situação pareceu-me genuína.

Os comentários, na televisão, pareceram-me muito interessantes. O árbitro não interessa nada. As faltas do Javi Garcia não interessam nada. O Benfica é melhor e quanto a isso nada a fazer. Pergunto-me se, sendo assim, não seria melhor não obrigar os jogadores do Benfica à maçada de disputarem os jogos.

As declarações de Couceiro na “flash interview” e na conferência de imprensa foram muito acertadas e acertaram onde tinham que acertar. Tudo foi referido com muito rigor e sem histeria. Saber falar faz alguma diferença.

quarta-feira, 2 de março de 2011

“Por cada leão que cair, outro se levantará”

[Fado]
Estamos cansados de saber que “se uma coisa está mal, só pode ficar pior”. É fatal e no que toca a fatalidades o Sporting dificilmente tem par. Aquilo que noutro qualquer clube é simples, com os de Alvalade é sempre tortuoso e sofrido. Goste-se ou não, é desse fado que se faz a mística leonina no Século XXI. Um fado construído com momentos épicos: chegar à final da UEFA, para depois a perder em casa; remontar 0-1 ao Rangers, para ser eliminado depois da hora; perder o campeonato na Luz a cinco minutos do final. Um sem fim de momentos memoráveis.

[Fátima]
Com o Sporting se algo pode correr mal, vai mesmo correr mal. Se há poste, a bola bate no poste; se há penalty, falha-se o penalty; se o árbitro se pode enganar, é connosco que se engana; se alguém se pode lesionar é quando menos convém que isso vai acontecer. O infortúnio é tão certo que um dia até levaram um padre ao velho Estádio de Alvalade para benzer a baliza. A adversidade é tão bizarra, que só quando alguém se lembrou de levar a Nossa Senhora de Fátima ao Vidal Pinheiro, é que se acabou com o jejum de 18 anos sem campeonato.

[Futebol]
O que o benfiquismo tem de delírio bipolar o sportinguismo tem de cepticismo. Com os primeiros toda patranha medra – feliz expressão para tratar do clube em questão – com os segundos de toda a certeza se dúvida. Da mesma forma que todo o Benfiquista tinha por certo que hoje se jantava frango em casa do Roberto, todo o Sportinguista sabia que se não fosse depois da hora era no último penalty. O povo tem uma bela máxima para estas coisas: “todos as cabrões têm sorte”. A realidade teima em confirmar a sabedoria popular.

Descansem, o dinheiro está a chegar

Votem no Godinho Lopes que vêm 100 milhões de euros atrás. Bem sei que 13 são para pagar o final de época. Mas mesmo assim sobra muito dinheiro. Sobra cerca de 1/10 da poupança orçamental decorrente dos cortes nos salários dos funcionários públicos.

Aliás, acabou de me ocorrer uma excelente ideia para usar esse dinheiro. Podemos contratar cerca de 50 mil funcionários públicos. Os melhores jogam, os outros vão para a bancada, que o nosso estádio bem precisado de assistência está.

A função pública, à qual pertenço, está cheia de belíssimos jogadores de meio campo. Mesmo na mais recôndita repartição de finanças, há sempre um que passa a bola para trás e para os lados com a mesma falsa ideia de movimento do Pedro Mendes. Para a defesa também não vão faltar jogadores. Ninguém defende como os professores e os médicos. Mais difícil vai ser encontrar alguém que chute à baliza. Mas melhor que o Postiga encontra-se sempre. Se não se arranjarem outros, podem sempre entrar os gestores de empresas públicas ou com capitais públicos. Que ninguém tenha dúvidas, pelo que recebem são craques de certeza absoluta.