terça-feira, 31 de maio de 2011

Um par de luvas para mim...

Continuo ainda com a ilusão de que as luvas dos guarda-redes são as luvas mais importantes num campeonato de futebol.

Nos últimos anos foi possível conhecer de viva voz vários casos de "luvas" para árbitros.
Hoje temos mais caso(s) de "luvas".
É no 1º classificado, no 2º classificado, na FIFA, está por todo o lado.

É oficial, sou um iludido, um adepto ultrapassado!
Valerá mesmo a pena acreditar? Acreditar em quê? E em quem?
Vale mesmo tudo?

Não estou com isto a dizer que sou tonto ao ponto de achar que o futebol não deveria ser um negócio. O futebol sempre foi um negócio, como qualquer outro desporto.
Será tanto mais negócio quanto mais pessoas gostarem dele.

Qualquer negócio gera interesses e eeses interesses são quase sempre geridos por "malandros" que sob diversas capas minam por dentro o sucesso do próprio negócio.

Mas será que não se consegue por ordem nisto?

O mito do Barcelona ou a história escrita no presente

A barcelonomania começa a ser enjoativa. Não tanto pelos adeptos e simpatizantes, mas pelos comentadores. Segundo eles, o Barcelona é a melhor equipa da história do futebol, como se a história se escrevesse no presente. É um tipo de jogo que precisa de ser explicado e dá tempo para todas as explicações, enquanto os jogadores se entretém a jogar ao meio. Se o futebol precisa de ser explicado, então, prefiro o xadrez.

O Barcelona é uma equipa excepcional, mas é uma equipa excepcional no actual contexto. O seu jogo é protegido porque se convencionou, hoje, que o futebol deve ter menos contacto físico. Por menos de metade das fintas do Messi, partiram a perna ao Maradona quando jogava no Barcelona também. Na altura era assim.

O Barcelona é a equipa mais cara do Mundo e a mais protegida pelas arbitragens. Teria outro mérito se assim não fosse. Quem não se lembra do empate em Stamford Bridge há duas épocas atrás? E da incapacidade de passar a eliminatória em Camp Nou, jogando mais de uma hora contra os dez pernetas do Inter de Milão, na época passada? E as vitórias controversas contra dez ao Real Madrid e Arsenal esta época? E o penalty da ordem perdoado na final?

Isto não faz do Barcelona uma má equipa. Só não faz é dele uma equipa consensual e, muito menos, a melhor da história. Quando os italianos dispunham da hegemonia na arbitragem do futebol europeu e mundial, as equipa italianas ganhavam quase sempre também.

Uma parte da história do futebol é feita de estatísticas. Nessa parte o actual Barcelona terá a referência que merece, como têm o Ajax, o Liverpool, o Real Madrid, o Bayern de Muniche ou, mesmo, o Benfica, nos períodos em que foram hegemónicos no futebol europeu. A outra parte, a que me interessa, é feita de anti-heróis ou de heróis improváveis que foram maiores que as suas circunstâncias, subvertendo a ordem estabelecida, como o Maradona e a Argentina em 1986. Essa é a verdadeira história que interessa a quem gosta de futebol. É escrita no passado e dispensa as explicações e estatísticas.

domingo, 29 de maio de 2011

What the f*** is that?

Ontem, o Barcelona ganhou muito bem. Não sou grande admirador do futebol do Barcelona, naquele estilo andebolístico em risco permanente de jogo passivo. Desta vez, no entanto, jogaram com rapidez e deliberadamente para marcar golos, e não para entediar os adversários e espectadores. Não houve jogo passivo. Houve Barcelona a mais e Manchester United a menos.

Se não fossem os comentários do Freitas Lobo a história acabava aqui e a sua moral estava encontrada. Com o inefável Freitas Lobo, tudo tem que ser superlativo. Não basta dizer o óbvio. É preciso dizer o óbvio recheado de adjectivos e de metáforas de gosto duvidoso e cheias de aspas e explicações, não as vamos por lá entender em sentido literal ou não compreender o seu profundo sentido figurativo.

O homem desfiou a mesma ladainha que tinha impingido ao Expresso. As pérolas literárias continuam a abundar. “Terá [o Barcelona] uma linguagem mais elaborada, com “frases difíceis” (qualidade de passe) de Xavi e Iniesta, mas, depois, no fim, percebe-se que toda aquela complexidade em forma de “teia de aranha” com bola tinha apenas o condão de abrir o espaço ideal no território adversário e, furada a muralha, chegar ao golo”. “ O “soldado” Rooney, “vagabundo com a bola”, grita e joga com a mesma raça, agarrando o jogo pelos colarinhos”. “No fim, quando o crepúsculo do jogo chegar, entre Messi e Rooney estarão as melhores “últimas palavras” para dizer ao supremo “deus do futebol””.

What the f*** is that?

sábado, 28 de maio de 2011

Sporting 2011/12 –O sonho comanda a vida: Sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança, como bola colorida, entre as mãos de uma criança…

Estamos a entrar definitivamente na fase louca do defeso futebolístico. Começam a chegar em força os rumores de entradas e saídas de treinadores e jogadores. Na ausência de jogos que alimentem a fome da turba fanática por futebol (onde eu, obviamente, me incluo), os três jornais desportivos diários existentes em Portugal – caso muito raro, senão único, em países de dimensão equiparáveis – vão procurando sobreviver, descobrindo ou inventando as últimas do mercado futebolístico.

Na juventude, esta era, também, a altura das férias grandes. No meu caso, vivendo, então, no Litoral Alentejano, os jornais desportivos eram um acompanhamento imprescindível dos indolentes dias de praia. Nesses intermináveis meses do meu Verão Alentejano, o entusiasmo leonino andava sempre no ar. Sim, desta vez é que era, com todas aquelas unhas, o campeonato não poderia escapar às garras do Grande Leão. Líamos sofregamente a Bola e o Record que fervilhavam de novidades com os rumores de transferências. Depois, não perdíamos as notícias da Antena 1 e da Renascença ou, mais tarde, da TSF, repetindo, “em primeira mão”, o que vinha nos jornais. Chegados a casa, confirmávamos, sempre “em primeira mão”, essas mesmas notícias nas secções desportivas dos Telejornais, reconfirmando-as, depois, no final da noite, no saudoso “Remate”…
Os dias do defeso futebolístico, são, também, os tempos de toda a esperança no futuro. Nesses dias de Verão, o futuro é o tempo em que os nossos negócios prosperam, os nossos amigos são sinceros e a nossa felicidade é garantida (Ambrose Bierce). Traduzindo em bom futebolês, nesses dias de Verão, o futuro é o tempo em que o Postiga e o Djáló são os nossos goleadores implacáveis, o Maniche e o Pedro Mendes são sinónimo de experiência e solidez do nosso meio campo e o Mister Pal é o nosso Special One. O problema é que, habitualmente,  chega, depois, o nosso Outono e, logo de seguida, o gelado Inverno, antes do Natal…
Sim, mas, no próximo ano, sinto que vai ser diferente. Sim, desta vez, com o futebol aos Domingos daremos cabo da paciência, não dos nossos adeptos, mas sim dos nossos adversários (desculpem lá o “trocadilho” à Record…).  Sim, desta vez, com a ex-defesa do Braga – João Pereira, Evaldo, agora Rodriguez e, eventualmente, Paulão, marcar-nos um golo será tão difícil como subir o Bom Jesus ao pé coxinho… Sim, desta vez, com os charters lotados de médios e avançados que “vai vir” da América do Sul, o Sporting irá, finalmente, bater Porto e Benfica na próxima edição da nossa Copa dos Libertadores… “Si no puedes vencer a la inflación, únete a ella". Hasta la vitoria siempre!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Carvalhal e Paulo Sérgio

Os passos para trás e para a frente do Paulo Sérgio são uma anedota. A inteligência nunca abundou e isso sabíamos nós, embora o devessem saber o Bettencourt e o Costinha antes de o contratarem.

Um treinador, como qualquer outro trabalhador, tem direito a receber o seu salário. Tem direito, em caso de despedimento, a ser indemnizado. Quanto a isto estamos de acordo e o Paulo Sérgio também.

Mas a um treinador, em contrapartida desse salário, são colocadas condições e objectivos. Se porventura considera que as condições não são compagináveis com os objectivos, não deve assinar o contrato. Depois do assinar é porque aceita as condições e os objectivos.

A história de ter andado ao engano é para meninos. Se, a meio do percurso, percebe que com as condições impostas não consegue alcançar os objectivos, demite-se. Se não se demite é porque considera alcançáveis os objectivos. Assim, o Paulo Sérgio considerou objectivamente que tinha condições para alcançar os objectivos.

Não se tendo demitido, o facto de não ter alcançado os objectivos passa a ser da sua única e exclusiva responsabilidade. Compreende-se que o Paulo Sérgio não quisesse abdicar da indemnização a que tinha direito. O que não se compreende é que não se cale com o dinheiro no bolso e venha acusar os outros. Lá nisso o Carvalhal foi mais decente e intelectualmente honesto.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Só o Domingos não chega

A expectável contratação do Domingos é uma boa notícia. Mas um homem é sempre ele próprio e as suas circunstâncias. Não sei quem disse isto. Porventura, terá sido o Pinto da Costa. Em circunstâncias não há melhor.

É preciso construir a equipa de trás para a frente e arranjar um (ou dois) avançado que marque pelo menos quinze golos para o campeonato. O Domingos sabe fazer isso. Já o demonstrou no passado e testou-o ao mais alto nível.

Agora é preciso tratar das circunstâncias. Esperemos que o Duque & Companhia saibam tratar disso. É que não estão lá para outra coisa.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Domingos (umas ideias soltas)

O meu apelido é o nome próprio dele, pelo que ele não deve ser mau de todo.

Detestava-o como jogador.
Foram várias as vezes em que fui a Alvalade ver o Sporting perder 1-0 para o Porto, algumas dessas com golos dele.

Como treinador ... bem ... não sei, quero acreditar que fará um bom trabalho no Grande Sporting.

Na apresentação de hoje fica a emoção sentida por ele e gerada por uma boa adesão de adeptos do Sporting (fica a questão se alguns destes adeptos terão vindo em alguma camioneta de excursões para imigrantes que faz os comícios do PS)

Ficam os meus desejos de Saudações Leoninas para o nosso novo timoneiro, a partir de hoje és o maior! André Villas Boas é um menino e Jorge Jesus um pateta!

Tu és o mestre da táctica, da pressão alta e da pressão baixa, o novo génio do futebol.
Ninguém sabe motivar jogadores como tu.
Farás de Grimi o novo Roberto Carlos e de Postiga o "bota de ouro" que substituirá CR7.

Mais tarde ou mais cedo serás assobiado, haverá eventualmente lenços brancos e serás mandado para o *******. As claques vão exigir a tua demissão. Alguém irá dizer «Domingos Forever» e no jogo seguinte ....

Mas isso é só daqui a muitos anos... por hoje ficamos com a ilusão... esperamos que por muito tempo.

Saudações Leoninas,

Notas soltas

1. Pensar que o Paulo Sérgio possa ter uma carreira como treinador deixa qualquer um estupefacto. Se estamos a falar de carreiras não podemos estar a falar do Paulo Sérgio. Se estamos a falar do Paulo Sérgio e do seu trabalho não sei como é que se associa isso a uma carreira. Mais, segundo ele, terá dado pelo menos um passo em frente em algum momento dessa dita carreira.

2. Só nos saem duques. O próprio, o Bettencourt, o Costinha e por aí fora. O problema é que não saem de vez. Depois deste tempo todo, ainda ninguém percebeu que só o Presidente é que pode mandar?!

3. O Porto lá ganhou mais um título no fim-de-semana. Se não ganharem a Liga dos Campeões, a próxima época será sempre pior do que esta. Alegremo-nos pois.

domingo, 22 de maio de 2011

Paulo Sérgio, “Sporting foi um passo atrás na minha carreira!...”: Ou será, “Sutor, ne ultra crepidam – não vá o sapateiro além do sapato”?

O Rato Pal tinha medo de Gato. Nisso não era diferente dos outros ratos. Pavor, tremor, ânsia, vida incerta. Mas igual a todos outros de sua espécie, o nosso Rato teve, no entanto, um facto diferente em sua vida – encontrou-se com o Mágico Mendes.
Conversa vai, conversa vem, ele explicou ao Mágico a sua sina e o seu pavor. O Mágico Mendes, então, transformou-o exatamente naquilo que ele mais temia e achava mais poderoso sobre a terra – um Gato. O Rato daí em diante, passou a perseguir os outros ratos, mas adquiriu imediatamente um medo horrível de cães. E nisso também não era diferente de todos os outros gatos.
A única diferença foi que tornou a encontrar-se com o Mágico Mendes. Falou-lhe então do seu novo medo e foi transformado outra vez na coisa que mais temia – um Cão. Cão, pôs-se logo a perseguir os gatos. Mas passou a temer animais maiores, como o Leão, o Tigre, a Onça, o Boi, o Cavalo, tudo. O Mágico Mendes surgiu mais uma vez e resolveu transformá-lo, então, num Leão, o mais poderoso dos animais. Mas o nosso ratinho Pal, passou, porém, a recear quando ouvia passos de Caçador. Então o Mágico chegou, transformou-o de novo num Rato e disse, alto e bom som: “Meu filho, quem tem cabeça de rato, não adianta ser leão”.
(*) Adaptado de “O rato que tinha medo", de Millor Fernandes

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A insustentável leveza dos sportinguistas

Um leitor, a propósito do “post” de ontem, considera que nós, e especialmente eu, somos parecidos com a personagem principal da “Insustentável Leveza do Ser”. Amamos profundamente o Sporting, mas também estamos apaixonados pelo Porto, e esta traição é o nosso pecado original.

Confesso que não sou muito admirador do livro. Um amigo meu, médico como a personagem principal, adorava o livro. Revia-se na personagem. Essa personagem afirmava a dado momento que os homens são de dois tipos no amor. Há os que procuram o seu alter-ego. Os outros procuram em cada um das mulheres algo que os complemente, e todas elas têm esse algo. Por isso, as amam a todas.

O personagem identificava-se com este segundo tipo. O meu amigo, ao identificar-se com essa personagem, encontrou a sustentação para a sua infidelidade permanente e compulsiva.

Mas cada um é como é. Sou dos que procura o seu alter-ego. Na minha vida pessoal sou a encarnação do Porto (escuso de explicar aos portistas o que isso quer dizer). Portanto, não me posso apaixonar por mim mesmo. Resta apaixonar-me pelo meu alter-ego, o Sporting. Talvez os sportinguistas sejam todos assim.

Levando a sério, como o leitor leva, o livro, restam duas alternativas aos portistas. Ou são volúveis e, por essa razão, pouco fiéis. Ou são a encarnação do Sporting na sua vida pessoal e precisam de se apaixonar pelo seu contrário, o Porto. O leitor portista será como?...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Moral da história

O Braga demonstrou que era o adversário mais difícil para o Porto. Não foi pior em quase nada. Foi pior porque perdeu e essa é sempre a moral da história no futebol. Temos Domingos, temos homem para o ano.

Podiam é ter-nos evitado o envio de mais uma encomenda. Na Europa, em Portugal, em qualquer lado do Mundo, há sempre um árbitro manhoso que espera por nós; e essa também é a moral desta história.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Final Portuguesa ... um pensamento

Estou a ver a entrega da Taça da Liga Europa (sim, tenho o meu quê de masoquista).
Vejo com atenção as imagens e pergunto-me:

Porque é que esta é a final portuguesa?
Vejo bandeiras do Uruguai, da Colombia, da Argentina, do Brasil, da Polónia, da Roménia.
Vejo alguns que estão com Jesus.
Vejo Rolando que resolveu, para este momento, escolher um bandeira de outro país!

Alguém me pode ajudar?

P.S. Confesso que para hoje tinha preparado um post com uma imagem do moutinho a chorar como uma madalena pela derrota ... Fica guardado para o próximo ano!

Freitas Lobo, o Javier Marias português

O melhor do mundo são as crianças. O pior do futebol são os comentadores. Não os comentadores-adeptos, que, enquanto tal, vamos escrevendo e comentado nos media. Esses fazem o seu papel e, tirando um ou outro, não se dão ares.

Estamos a falar dos comentadores profissionais. Os comentadores profissionais actuais procuram, através de uma (pseudo)reinvenção da linguagem, transformar a discussão futebolísticas numa coisa de especialistas. O futebol é uma coisa simples. Mais, é um desporto que qualquer um compreende e que muitos de nós vemos há dezenas de anos. A muito poucas actividades dedicamos tanto tempo como a ver futebol. Não há grandes mistérios, portanto. Os comentadores profissionais querem-nos convencer do contrário; que é uma coisa complicada, só alcance de estudiosos.

A reinvenção da linguagem não tem mal nenhum, muito pelo contrário. A linguagem e o conhecimento são uma e a mesma coisa. Novo conhecimento requer nova linguagem. O problema é quando uma personagem como Freitas Lobo se quer transformar no Javier Marias português. Depois saem pérolas como a da última crónica no Expresso: “A equipa em busca da sua “paz interior futebolística” na hora das últimas palavras dentro do relvado”; “Não existem campeonatos iguais. Todos são diferentes”; “O Benfica não percebeu que tinha de lhe criar essa “jaula ideológica”; “O eclipse de Saviola coloca a questão: por que é que os “coelhos” (Saviola) desaparecem? A explicação cruza factores mentais, físicos e tácticos. Por esta ordem, até, por fim, todos se unirem em campo”.

A crónica continua com conversa e mais conversa desta sem que ninguém, nem mesmo o autor, admito, perceba bem do que se está a falar. E é isto um especialista português da bola.

domingo, 15 de maio de 2011

Acabou...

Acabou o campeonato, pode começar a "Silly Season" desportiva, desta vez em versão alargada de 3 meses por falta de Campeonato(s) do Mundo ou da Europa.

No decorrer dos próximas semanas assistiremos à dança de reforços que nunca chegam e ao renovar expectativas para uma temporada única. Se formos felizes, essas expectativas estarão ainda vivas daqui a um ano...

Por agora vamos manter-nos neste período em que nada acontece mas em que aparentemente tudo se transforma. Um dos clássicos é fazer um balanço da época que se passou ou ainda criar rankings de rigor duvidoso. Assim sendo aqui vai o meu balanço em forma de ranking para o Sporting 2010/11:

NOTA 10 - Rui Patrício (é o n.º1 ... palavras para quê?)
NOTA 9 - As maçãs a choverem no João Moutinho (sejam quais forem as suas razões ... ele é pequeno e mesmo baixinho... faz uma boa parelha com Simão)
NOTA 8 -A noite da despedida de Liedson (a emoção e o adeus ao jogador mais relevante da última década leonina)
NOTA 7 -André Santos (uma agradável surpresa depois de um início pouco prometedor)
NOTA 6 - José Couceiro (tomou o leme do Titanic já depois deste ter batido no Iceberg)
NOTA 5 -Helder Postiga (como de costume não foi bom...nem foi mau... faz muito coisa bem, mas tem falta de faro para o golo impressionante)
NOTA 4 -Daniel Carriço (já passou tempo demais para se afirmar como líder, se na próxima época não se afirmar definitivamente corre o risco de ter que sair)
NOTA 3 -As Eleiçoes (ao baixo nível e baixa qualidade da comunicação social, juntou-se um grupo de bandidos vestidos com as cores do meu clube ... juntos num espectaculo de vergonha que marcará inevitavelmente o futuro próximo do clube)
NOTA 2 -Maniche (sonhei em vê-lo a bater no peito a celebrar um golo em pleno Estádio da Luz...se alguém lhe bateu no peito... foi apenas para ver se ainda respira)
NOTA 1 -Arbitragem (não foi por eles que o Sporting fez a época que fez ... mas mais um ano mau de mais, mais um ano em que nada muda, a mesma arrogância de sempre)
NOTA 0 - O primeiro dos últimos é ... JEB (mais que uma desilusão...não tenho palavras)

Saudações Leoninas,

João Domingos

sábado, 14 de maio de 2011

O Braga – Sporting e o meu sobrinho João

Moro em Braga e o meu sobrinho João também. Ele é um fanático do Porto e um jogador fantástico. É um esquerdino do tipo Miguel Veloso, mas em magro e rápido. Troquei, com ele, uns bilhetes para o jogo por umas explicações de matemática.

Fomos juntos ao jogo, com uma amiga dele, a Catarina. A Catarina é do Sporting, uma raridade nos tempos que correm.

O jogo começou como do costume, a um tempo, e magnífico, a outro. Djaló arranca pelo meio, passa ao Postiga que, isolado, remata em grande estilo para as nuvens. Nova arrancada de Djaló e golo. Mais uma jogada de Dajló, agora, na linha de fundo, senta um defesa e, depois, bem, depois não acontece nada.

O Braga continuou o seu jogo de engonha apesar de estar a perder. A única vez que me entusiasmei foi com uma finta bem esgalhada do Postiga sobre um defesa grandalhão seguida de um passe de fora da área ao guarda-redes. Não me contive e gritei “ó Postiga pareces uma menina a rematar”! Este impropério foi mal compreendido pelos espectadores ao meu lado. Esqueci-me de meter o palavrão do costume.

O João mostrava-se distraído e ligava pouco à Catarina, com grande pesar meu. Até que acabou o jogo. Ainda gritei: “campeões!”. Mas ninguém me ligou.

O João tem pena de mim, por ser do Sporting. São assim as pessoas que gostam de nós. Vai ficar um dia a estudar matemática. Gosto e tenho pena dele também. Quem não é do Sporting não se arrisca a passar por certas coisas, mas arrisca-se a passar por outras. Resolvido o problema da matemática, quem sabe se não acaba no Sporting? É que desde o Paulo Futre que não temos um esquerdino como ele.

Glory days

sporting 

[No dia em que termina este miserável campeonato, aproveito para recordar a festa do titulo, em 2002. Serve também esta imagem para dar as boas vindas ao João Domingos, que celebrou comigo nos telhados da Praça do Município esse dia de glória.]

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Manuel António Pina ganha prémio Camões

Amsterdam 

[Manuel António Pina escreveu um dia: "A selecção nacional diz-me pouco. A pátria do adepto é o seu clube (...)." Parabéns a este grande compatriota Sportinguista.]

Novas Oportunidades e uma boa vassoura

Depois do último jogo, tenho que admitir que o Luís Duque tem, pelo menos em parte, razão. É preciso uma vassourada no plantel. Tenho pena, mas não há nada a fazer.

Os titulares são maus e quando entram os suplentes ainda são piores. Sei que com o Postiga não vamos lá. Tenho sempre a secreta esperança, como qualquer fanático, que o Saleiro num jogo se possa revelar. Entra e nem se dá por ele. Acredito que o Vukcevic é um grande jogador. Estou sempre à espera da sua explosão, quase sempre acaba é em risco de expulsão.

Os outros jogadores são maus em graus diferenciados e com incompetências diversas. O Evaldo é um caso perdido. O Polga acabou. O Carriço é um “flop” que nós e a imprensa inventámos. O Zapater foi o preço que tivemos que pagar para nos ficarem com o Miguel Veloso. O Maniche é um caso psiquiátrico. O Pedro Mendes é um caso geriátrico. O Djaló sofre de descoordenação motora. Depois temos os casos anedóticos (Grimi e o Cristiano) e, por fim, as inutilidades (Nuno André Coelho, Tales, Caneira e Hildebrand).

Quantos sobram?

Não há é cheque. Por isso é que não concordo totalmente com o Luís Duque. A alternativa é recorrer às Novas Oportunidades. O Domingos sabe fazer isso muito bem. Recuperou dois jogadores dados como perdidos para a modalidade, como o Custódio e o Miguel Garcia. Põem-se como formadores o Manuel Fernandes, o André Cruz, o Acosta e, com um curso acelerado, a coisa faz-se. Já se fez em Braga e não há nenhuma razão para não se fazer no Sporting também.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

E se…? História Virtual da Última Década do Sporting

E se a Revolução Americana não tivesse acontecido? E se a Inglaterra se tivesse mantido fora da Primeira Guerra Mundial? E se Hitler tivesse invadido a Grã-Bretanha ou derrotado a União Soviética? E se Kennedy não tivesse sido assassinado? E se na URSS não tivesse surgido Gorbachev?
Estes são os interessantes desafios que nos são colocados por Niall Ferguson (não, não é esse…) no seu “História Virtual”. Adepto da história contrafactual, Niall Ferguson e uma equipa de conceituados historiadores, propõe-nos os possíveis cenários de evolução, caso certas decisões ou acontecimentos tivessem ocorrido de forma distinta.
No caso do futebol do Sporting na última década, poderíamos realizar exercícios equiparáveis: E se Mourinho tem mesmo ficado como treinador principal do Sporting na época 2000/2001, conseguiríamos reassumir a hegemonia no futebol português? E se Jardel não tivesse “enlouquecido” e continuasse ao seu nível por mais três ou quatro épocas no Sporting? E se Peseiro naquela semana fatal tivesse ganho aqueles três jogos decisivos, onde estariam ele e o Sporting hoje? E se Paraty tivesse apitado aquela falta de Luisão sobre Ricardo no desafio decisivo da Luz? E se aquela azarada carambola ao poste de Nicolae que nos daria o 2-2 contra o CSKA tivesse mesmo entrado? E se, nesse malfadado jogo, Rochemback tivesse conseguido fazer o 2-0 já na segunda parte num livre indirecto dentro da área? E se na época seguinte, Duarte Gomes (sim, esse mesmo…) tivesse expulsado (como devia) Ricardo Quaresma por uma entrada bárbara sobre Tonel (ainda por cima já com amarelo…), quando ainda estavam onze contra onze e o resultado em 0-0 num decisivo Sporting – Porto em Alvalade (se o Sporting tivesse ganho passava para a frente do campeonato a poucas jornadas do fim)? E se na época logo a seguir, o “amigo” João Ferreira, sorridente, não tivesse validado o célebre golo de Ronny obtido com a mão (com apenas mais um ponto o Sporting sagrar-se-ia campeão)? E se tivéssemos mantido a opção por Villas Boas para treinador da presente época em vez de termos escolhido o Pal Sérgio?
Claro, também, há alguns – menos, é certo – momentos favoráveis: E se Roquette tem aceitado mandar embora Acosta, como queria Matterazi no início da gloriosa época da reconquista? E se Inácio, como previsto aquando da substituição de Matterazi, se tivesse limitado a ficar nessa época como adjunto de um outro treinador a contratar? E se Jardel não tem sido contratado já após o início da época 2001-2002? E se Miguel Garcia em vez de cabecear com o ombro tivesse utilizado a cabeça naquela épica derrota vitoriosa de Alkmaar?
É verdade que em relação à parte das bolas ao poste ou dos cabeceamentos com o ombro pouco podemos fazer – esperem lá, pensando melhor, talvez possamos, afinal, fazer qualquer coisa, começando, porventura, por não renovar com aquele nosso buliçoso ponta de lança …., pois, esse mesmo. Quanto ao resto, Duque e Freitas podem seguir o conselho de Tolstoi quando nos dizia que ”o futuro não existe, realmente; ele é criado por nós, no presente.”

domingo, 8 de maio de 2011

A idade é um posto e posto isso …

Se existissem dúvidas sobre a utilidade do aumento da idade da reforma, hoje, no jogo do Sporting com o Setúbal, ficou demonstrada. Estamos a referirmo-nos à utilidade, não à necessidade. Um jogador idoso é um jogador útil. O Neca, o Zé Pedro, o Hugo Leal, o Ricardo Silva ou, mesmo, o Miguelito são jogadores que merecem o nosso maior respeito, e demonstrámo-lo. Nada de correrias, fintas ou remates. Tudo devagar e devagarinho, com trincos e mais trincos, que esta rapaziada entradota nunca é de confiar. Não queremos que desçam de divisão e vão para a reforma. Esperamos por eles para o ano outra vez.

Posto isto, a táctica pareceu ajuizada. Muito cuidado, muitos passes para o lado e para trás e tudo a passo. Mesmo o golo foi digno de um jogo de veteranos. Parecia em “slow motion”, com a ciática dos nossos centrais e trincos a dar de si.

O Paulo Torres, que estava a comentar o jogo na Sportv, é que disse tudo: “uma equipa que não cria uma oportunidade de golo não pode marcar golo”. La Palice não é para aqui chamado. O comentário futebolístico é feito destas verdades. Se não consegues com o Postiga, muito menos com o Saleiro também. Se não vai com o Zapater, não tentes com o Carriço. Se o Polga está mal, não penses que o Evaldo está melhor. E por aí fora.

Despedidas...

Hoje ao final da tarde, vou a Alvalade para assistir ao último jogo da época no nosso Estádio. Uma última oportunidade de ver em acção uma equipa que ficará na minha memória por... maus motivos.

Oportunidade para dizer adeus a provavelmente mais de dez atletas que não voltarei a ver em Alvalade com as cores do meu clube. De entre estes quero referir-me a dois em particular que julgo merecedores de destaque:

[José Couceiro]
Entrou não se sabe bem para quê, mas a verdade é que foi um treinador profissional e que sem ter sido muito bom, foi bom quanto baste.
Tomou as rédeas de um cavalo com quem ninguém quereria correr.
Mostrou porque é que ser do Sporting, é ser diferente. José Couceiro fica aquém de AVB ou JJ em termos desportivos, mas no que diz respeito a civismo e educação está a anos luz desses arruaceiros.

[Anderson Polga]
O quê? Sim eu sei que todos o querem ver longe!
Para mim um jogador que representa 8 anos o meu clube merece sempre a minha consideração. Sempre o vi no final dos jogos a agradecer a presença dos adeptos, enquanto Vuk's e outros bem amados pela massa associativa já iam bem longe.
Nunca criou problemas ou teve posições que contribuissem para mal estar no balneário ou mandou bocas pela imprensa.

Aos restantes [Abel, Grimi, Maniche, Nuno A. Coelho, Hildebrand, ... ] fica também a menção honrosa. Terem sido leões será sempre um marco nas suas carreiras! Pena que o marco que deixam no Grande Sporting não seja aquele que esperámos quando os vimos pela primeira vez!

Há vários meses que ansiava por este momento - o final da época, na esperança que marque o final de um pesadelo que já dura faz 2 anos...

sábado, 7 de maio de 2011

Reforçar a equipa

Este meio campo deu o que tinha a dar. Três começavam a ser poucos. Não havia variantes possíveis. Nem um 4x4x2 clássico ou losango ou com duplo pivot defensivo. Era preciso encontrar novas soluções.

O Sérgio Barroso, que faz o trabalho de “scouting”, trouxe-nos o João Domingos. Falámos com o outro Domingos, o treinador da próxima época, e fez-se o acordo.

Com este reforço vamos começar a equilibrar mais os jogos. Estávamos a começar a ceder no confronto com um ou outro blog. Agora, o “tiki-taka” que nos celebrizou volta ainda com mais força. Não há Mourinho que nos segure.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Nunca mais esquecerão

Já está. Sempre confiámos nos nossos compatriotas. Não há holandeses, franceses ou alemães que façam o trabalho que tem que ser feito como nós. Mais, num golo 100% “Made in Sporting”. Canto de Hugo Viana e golo de Custódio, dois dos jogadores que boa falta nos fizeram na final de Alvalade (o Hugo Viana entrou tarde e a más horas quando o resultado estava em 3 a 1).

Agora temos que confiar nos nossos compatriotas para, em Dublin, fazerem o serviço que os russos e espanhóis não conseguiram fazer.

Esta é, para nós, uma época para esquecer. Para os benfiquistas, é uma época que não mais esquecerão, por mais que tentem. Parecendo que não, faz toda a diferença.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Real Madrid – Barcelona, a vitória à força da moralidade

O futebol é um desporto amoral. Ganha quem marca mais golos e é tudo. Não interessa como se marcam, só interessa se se marcam e se se marcam mais do que os adversários. A moral da história é essa.

Os comentadores procuram explicar-nos que a equipa que jogou melhor foi a que ganhou. Explicam-nos uma evidência. Quem ganhou, ganhou e, por isso e só por isso, foi melhor. Como somos racionais, gostamos que nos construam uma narrativa lógica para as coisas serem como são, mas só isso.

Na maior parte das outras modalidades quem joga melhor em tese ganha quase sempre na prática. No futebol não é assim. Os jogos decidem-se por poucos golos e as equipas piores em tese ganham mais vezes do que noutras modalidades. O fascínio e o sortilégio do futebol estão nesta imprevisibilidade.

Se fosse andebol ou rugby, a diferença de qualidade de jogo entre o Barcelona e o Real Madrid determinaria que o Barcelona ganhasse sempre. Mas não é de andebol ou rugby que se está a falar. É de futebol. E, onze contra onze, o Mourinho ganhou. Só não ganhou de facto por influência do árbitro.

Não gosto do futebol praticado pelas equipas do Mourinho. Considero que a melhor equipa de sempre foi a Selecção do Brasil do Mundial de 1982. Mas estou a falar das minhas preferências estéticas. O futebol é outra coisa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Os árbitros contra a crise

A crise que vivemos em Portugal tem várias designações possíveis. De qualquer modo, resulta de défices permanentes da nossa balança de transacções correntes. O nosso futuro está na capacidade que tivermos de exportar todos os bens e serviços possíveis.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) percebe melhor isso do que ninguém e não tem perdido tempo. Efectuou recentemente um protocolo com a Associação Nacional de Treinadores de Futebol para esse efeito. O treinador português não sendo tão bigodudo como no passado continua a dispor de um enorme potencial nos países emergentes. Temos exportado autênticos “vintages”, como o Queiroz (Irão), o Jaime Pacheco (China), o Manuel Cajuda (Emirados Árabes Unidos) ou o Toni (Arábia Saudita).

Mas a AICEP deve ir mais longe. Há no futebol português mais bons produtos de exportação. Em países não democráticos e sem imprensa livre, mas que dispõem de abundantes recursos naturais ou dimensões populacionais significativas (sendo, portanto, países com grandes perspectivas de crescimento económico), os árbitros portugueses têm todas as condições para serem bem valorizados. São árbitros que apoiam o regime, seja ele qual for. São árbitros que sabem que não só errar é humano como, muitas vezes, é obrigatório. São árbitros que se podem trocar por camelos sem que ninguém dê por isso.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A Terceira Lei de Newton


Quando Ricardo chegou ao Sporting, confesso que fui um dos que pensei que, finalmente, a nossa baliza estava em boas mãos.
Inicialmente, achava o popular “Labreca” um Guarda Redes muito irregular – com uns reflexos extraordinários, mas com fraca concentração e lapsos ridículos em lances aéreos. Depois, nas duas épocas anteriores a vir para o Sporting, o homem convenceu-me. No Boavista, foi um dos principais responsáveis pelas grandes épocas do Clube do Bessa ao nível nacional e internacional (aquele distribuidor de jogos, como é que se chamava... sim, esse mesmo, o tal de Valentim, também não era mau…). Na selecção, além de jogos do apuramento para o Mundial 2002 (sobretudo, naquele confronto decisivo em Chipre), recordo-me bem de dois particulares Portugal – Brasil disputados nessa altura, que pareciam um confronto unicamente entre Ronaldo, Ronaldinho & Companhia contra Ricardo.
Fui, então, assistir à estreia de Ricardo pelo Sporting, num jogo particular disputado no Bessa contra o Leixões. E, logo na estreia, Ricardo mostrou que não enganava, ou pelo menos, que não nos queria enganar. Pontapé de baliza do Leixões muito longo, a bola entra na área do Sporting, Ricardo eleva-se sozinho para agarrar a bola, no entanto, calcula mal a impulsão, o esférico bate no relvado, salta-lhe por cima, gera-se o caos e… golo do Leixões!
Depois, foi o que se conhece, uma carreira irregular, com uns momentos extraordinários (sobretudo na Selecção, onde chegou a ser mais decisivo do que Baía) e outros ridículos (infelizmente, mais no Sporting). Foi implacavelmente perseguido, é certo, quer pela Comunicação Social desportiva. Pela benfiquista, que nunca lhe perdoou ter optado pelo Sporting e não pelo Benfica, aquando da saída do Bessa. Pela portista, que sempre quis vingar o afastamento do mito, perdão, do mítico, Baía. Aproveitaram qualquer momento infeliz, para o fragilizar e derrotar psicologicamente, mesmo em situações em que o seu único erro foi confiar demais nos Paratys que ainda por aí andam…
Enfim, a terceira Lei de Newton diz-nos que a toda a acção corresponde uma reacção, com a mesma intensidade, mesma direcção e sentidos contrários. Por isso, hoje, na baliza do Benfica, temos… Roberto.

domingo, 1 de maio de 2011

A falta de vergonha tem que acabar

Há sempre um Duarte Gomes à espera de nós. Goza-nos quem o nomeia. Goza-nos o árbitro em pleno Estádio de Alvalade. Goza-nos quem, como assisti há pouco, analisa tudo sem falar dos critérios deste mesmo árbitro noutros jogos.

Como os jornalistas não fazem o seu trabalho, temos que ser nós a fazê-lo por eles. Este Duarte Gomes foi o mesmo que não expulsou o Aimar e o Fábio Coentrão com segundo amarelo no jogo do apagão do Benfica contra o Porto. Quanto a segundos amarelos muito mais evidentes do que o do André Santos estamos conversados.

Mas é este mesmo Duarte Gomes que não expulsou o Bellushi depois de andar aos encontrões com ele. Como se vê, é um árbitro com uma sensibilidade muito selectiva.



Quanto ao jogo, revelámos alguns aspectos positivos, que devem merecer atenção na preparação da próxima época, e de outros negativos, habituais durante a época, que ainda devem merecer mais atenção.

O Patrício é o melhor guarda-redes português e o melhor do campeonato (porventura a par do Helton). Quando a bola chega ao Matias percebemos que a partir dali o futebol adquire outra dimensão. Saúdam-se os regressos do João Pereira e do Izmailov. Têm lugar em qualquer boa equipa.

Com o regresso do Carriço ao comando da defesa a tremedeira ainda foi maior do que o costume. O ataque é uma tragédia, como todos sabemos, e não vale a pena bater mais no ceguinho.