sábado, 26 de setembro de 2015

Descrição e análise do jogo contra o Boavista

Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista.

Priu! Intervalo.

Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista. Boavista perde tempo. Artur Soares dias perde tempo. Canelada do jogador do Boavista.

Priu! Fim do jogo.

Análise do jogo: o Sporting não fez um jogo bem conseguido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Epifanias

Os benfiquistas descobriram muito recentemente que o Maxi Pereira é um caceteiro. Partilharam esta autêntica revelação com a opinião pública em geral. Nós, ignaros adeptos de outros clubes, agradecemos a informação, que não só desconhecíamos como estávamos longe de imaginar.

Aguarda-se para muito breve também a divulgação da Lei da Gravidade. Será, sem dúvida, um grande passo para a humanidade.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Primeiros

Estou a ver se me lembro de qualquer coisa positiva neste jogo contra o Nacional. Ah! Já me lembro. Ganhámos. Ora deixa cá ver: pelas minhas contas, estamos em primeiro, com o Porto.

O Rui Vitória afirmou ontem que o Benfica perdeu de forma personalizada. Nós talvez tenhamos ganhado de forma despersonalizada. Prefiro assim. Prefiro assim e com o Gelson Martins, já agora.  Acabou-se o tabu e ainda bem.


(O relvado está impraticável. Os jogadores não são brilhantes, mas não se lhes pode estar sempre a pedir o número de circo de tentar receber a bola e manterem-se de pé ao mesmo tempo)

domingo, 20 de setembro de 2015

A notícia

O Benfica perdeu. Ficou a quatro pontos. Leva duas derrotas em cinco jogos no campeonato. Perdeu os dois dérbis. Logo a notícia é: o que se passa com o Carrillo?

sábado, 19 de setembro de 2015

Jogar a feijões

Para as equipas portuguesas, os jogos das competições europeias não passam de jogos-treino. No caso da Liga Europa, trata-se de jogos-treino mal pagos. Desportivamente, estes jogos pouco ou nada valem. As equipas procuram valorizar os jogos, para não desmobilizarem os adeptos e, pelo caminho, arrecadarem alguns trocados. Agora, mesmo a feijões, ninguém gosta de perder.

Perdemos contra o Lokomotiv de Moscovo. Nada de especial. O que preocupa não é a derrota. O que preocupa é a exibição. Se se quiser ser mais fino na análise, o que preocupa é a tremedeira permanente da defesa. Quando a defesa está permanente em estado de pânico, a culpa não é, não pode ser, só dos jogadores desse sector, nomeadamente dos centrais. Os centrais são as vítimas, os seus erros são mais o sintoma do que a doença.

A equipa defende mal. Joga muito avançada e não reage com rapidez à perda de bola. Os avançados não pressionam a saída da bola da defesa contrária. O meio-campo protege mal, sobretudo a zona central da defesa. Quando assim é, basta uma perda de bola, dois ou três toques e estão os avançados no um-contra-um com os defesas. Uma hesitação dos defesas ou uma boa decisão dos avançados e o golo acontece.

O Jorge Jesus, ao que se diz para aí, tem uma táctica marada de organizar a defesa. Exige jogadores inteligentes, como se diz para aí também. Não se organiza uma equipa, no futebol ou em qualquer organização, em função de conceitos abstractos. É necessários articular as funções a desempenhar em qualquer modelo com as competências dos seus protagonistas.

Se as competências não são adequadas há duas hipóteses: ou se muda o modelo ou se mudam os protagonistas. No Benfica era possível mudar os protagonistas sempre que necessário. Havia dinheiro para tudo. No Sporting não. Resta ajustar o modelo às competências dos jogadores.

Há uma terceira hipótese, mais aparente do que real. Os jogadores podem melhorar as suas competências, aprendendo. Só que isso leva tempo. Tempo no futebol é coisa que não abunda. Resta – quase sempre – ao treinador aprender com os seus próprios erros e mudar. O Marco Silva demorou uma eternidade a mudar. Esperemos que o Jorge Jesus aprenda mais depressa.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Carrillo: renovem-me, porra!

Um amigo meu teve uma passagem efémera pela política e pelo governo. Dessa sua experiência, traumática, tirou conclusões e ensinamentos, num registo irónico que sempre o caracterizou. Que se deve evitar fazer asneira. Que há uma tentação de não se fazer nada para não se fazer asneira. Que, por vezes, não fazer nada é asneira.

A conclusão a que chegou pode ser expressa de outra forma: é melhor uma má decisão do que decisão nenhuma. É o que está acontecer no processo de negociação da renovação do Carrillo. Pior do que não se chegar a acordo é continuar com esta novela por tempo indeterminado.

domingo, 13 de setembro de 2015

Suspeitas: novas e antigas

Contra o Rio Ave, havia duas dúvidas a esclarecer: se no sétimo jogo assistiríamos ao sétimo gamanço e se os suspeitos do costume aguentariam o jogo todo.

Sofremos o quarto golo irregular desta época, segundo as minhas contas. Um tal de Wakaso só levou um amarelo depois de um sem número de faltas e, pelo caminho, de ter tentado arrancar uma perna de um jogador do Sporting com uma entrada a pés juntos. Mas não, não se confirmou o gamanço. Depois das anteriores, esta arbitragem até se pode considerar imparcial.

Os suspeitos do costume deram à costa como se esperava. Desta vez, o Teo Gutiérrez não esteve mal, mas só durou uma parte do jogo. O Bryan Ruiz é definitivamente um caso perdido. Está ao nível de um Pedro Barbosa da Final da Taça UEFA.

O melhor jogador do meio-campo do Rio Ave foi o Adrien. A quantidade de bolas que aquele rapaz perde a despropósito, a tremedeira permanente e os passes disparatados, deixam qualquer equipa à beira de um ataque de nervos e são uma fonte de esperança da equipa adversária. Precisamos do William Carvalho como de pão para a boca.

O Aquilani sabe o que faz. O problema é que joga a dois tempos: devagar e parado, que as forças não dão para mais. O João Mário pensa que ainda está a jogar com o Marco Silva. Com as displicências deste jogo, é provável que encoste nos próximos. A equipa só conseguiu estabilizar o seu jogo com a entrada do Carlos Mané.

Os laterais não estiveram melhor que os do meio-campo. O Esgaio é um caso perdido. Ou muito me engano ou vamos passar à estratégia do Bolloni, com o Paulo Oliveira a lateral direito. É só esperar pela recuperação do Ewerton.

Pouco sobra. Sobram o Patrício, os dois centrais, o Slimani e o Carrillo, quando não sofre um apagão, como em muitos lances do jogo de hoje. Para o Rio Ave desta época, que é inferior ao da época passada, chegou. No futebol a moral da história está nos golos que se marcam e se sofrem. Já agora, continuamos em primeiro. É necessário explicar rapidamente isto ao Ribeiro Cristóvão e aos outros rapazes que estão na SIC Notícias a perorar sobre o Sporting.

sábado, 5 de setembro de 2015

Tédio

Nestes últimos dias de férias, uma sensação de torpor instalou-se no corpo e na alma. Ontem, tentei sacudi-la com uma ida à praia com a minha filha. Norte e praia não rimam. Em Esposende, estava um frio de rachar. Acabámos por ficar a ler numa esplanada. Adormeci, apesar da posição incómoda. Acabei o dia a ver o Sporting contra o Povoense, em futsal feminino, para a Taça da Associação de Futebol de Lisboa.

Hoje aconteceu-me mais ou menos o mesmo. Acabei o dia a ver a seleção nacional contra a da França.

O dia de ontem, mesmo assim, correu melhor. É mil vezes preferível ver um jogo de futsal feminino do que a seleção nacional. Esta coisa de as jogadoras tentarem marcar golos e de os marcarem, parecendo que não, tem o seu interesse.


(Quase não queria acreditar no que via quando entrou o Miguel Veloso. Ou muito me engano ou o Fernando Santos ainda vai desenterrar o Raúl Meireles e aproveitar a famosa polivalência do André Almeida)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Menos jornalismo

O programa Mais Transferências tem vindo a ser parodiado com imensa graça. Essas paródias são serviço público do melhor.

Há pouco jornalismo em Portugal. O jornalismo desportivo, esse, despareceu para parte incerta há muito. As notícias não são notícias. São a reprodução de agendas mais ou menos claras ou mais ou menos obscuras.

No que respeita, às contratações e dispensas de jogadores essas agendas são evidentes. Todos os dias se inventam contratações e dispensas ao sabor de conveniências. As regras básicas do jornalismo, como a credibilidade das fontes ou o contraditório, há muito desapareceram. Os jornais e os restantes meios de comunicação social, bem como os jornalistas, correm atrás das redes sociais, não percebendo que as suas responsabilidades são outras e muito mais exigentes.

As paródias do Mais Transferências tornaram mais visível ainda o que para todos é evidente. O Mais Transferências é uma caricatura de jornalismo. O problema é que este tipo caricatura está sempre presente no nosso quotidiano e deixa pouco espaço para o jornalismo que uma sociedade democrática necessita.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O incrédulo e o optimista

Parece que Jorge Jesus não acredita em perseguição dos árbitros ao Sporting. Talvez tenha razão, talvez estes 6 jogos, 6 gamanços tenham sido fruto do acaso. Talvez os três golos sofridos, três gamanços sejam culpa dos centrais, do Rui Patrício ou do apanha bolas. Talvez o facto dos árbitros em Portugal terem assinalado grande penalidade das duas últimas vezes que caiu um adversário na área do Sporting tenha sido azar (curiosamente quase as duas únicas que lá conseguiram chegar). Talvez o árbitro assistente tenha mesmo visto o Teo fora-de-jogo no Algarve, por impossível que tal feito pareça ao olhar humano. Talvez a FIFA tenha decidido que se pode jogar com a mão contra equipas de verde e a imprensa estivesse ocupada com uma das 15 contratações de Benfica e Porto.

Outra hipótese é Jorge Jesus não querer acreditar que se calhar tinham razão. Se calhar não foi ele e os jogadores do Benfica quem ganhou os campeonatos. Se calhar foi mesmo a estrutura. Compreendo, é difícil de acreditar e ainda mais duro de aceitar. Mas para ter sucesso no Sporting Jesus terá de perceber que aqui a estrutura é outra. Talvez venha a perceber que o desafio que abraçou é muito maior do que antes imaginara.

Vamos esperar que o mister tenha razão - ele conhece o futebol como poucos. Há que manter o optimismo.