sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sem anos de solidão



Ciente das dificuldades de quem, na solidão, tem que elaborar planteis com tão parcos recursos financeiros e temporais, estou solidário.
E estou a falar de todos os clubes. Dos que tem cem ou mais jogadores mas que que não tem um defesa esquerdo, dos que estão sem jogadores, dos que estão estão sem dinheiro  e mesmo daqueles que tendo “só” meia centena de jogadores estão sem saber como lhes pagar os salários, deixo aqui um mapa que talvez lhes possa ser útil…ou não.


domingo, 23 de junho de 2013

Crónica de uma vitória anunciada

Todos sabiam que o campeonato de futsal ia acabar assim. Até os jogadores do Benfica sabiam que assim seria. Só se esqueceram de avisar os jornalistas e comentador da RTP.

Grandes jogadores, grande treinador e, sobretudo, grande equipa. Espero que tudo fique mais ou menos na mesma na próxima época, incluindo os referidos jornalistas e comentador. Os jogos do Sporting, sem eles, não seriam os mesmos.

sábado, 22 de junho de 2013

Não fazer nada pode dar asneira

Quanto a aquisições, vendas e dispensas ainda não fizemos praticamente nada. Esta situação faz-me lembrar uma pequena história. A um amigo meu, quando assumiu um cargo de relevância política, deram-lhe dois tipos de conselhos: não faças nada ou não faças asneiras. Depois de exercido o cargo, concluiu que a melhor maneira de não fazer asneiras era não fazer nada, mas que, por vezes, não fazer nada pode dar asneira.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Espiral recessiva

O Sporting está num enorme processo de desalavancagem, como agora se costuma dizer. Tem que fazer mais com muito menos.

O problema não é fazer mais. Na época passada fez-se tão pouco que muito dificilmente não se fará mais e melhor. O problema é se se fará o suficiente face às expetativas. Por muito que nos conformemos, as expetativas nunca serão poucas. O Sporting não é o Paços de Ferreira. As expetativas são fundamentais para a realização do negócio: em parte são autorrealizáveis e, sem elas, não se mobilizam os adeptos. Quais são as expetativas razoáveis? São suficientes para gerar receitas aceitáveis?

Aqui entra o problema do quanto menos é possível. Pode, deve, ser menos. Mas também deve ser suficiente para se cumprirem expectativas razoáveis. É neste balanço que está o problema. E este balanço é tanto mais problemático quando se pretende reduzir drasticamente o endividamento. É preciso reestruturar. Mas reestruturar para reduzir custos pode gerar no curto prazo mais encargos (com indemnizações).

Reduzir custos no futuro implica uma política salarial e de contratações alinhada com esse objetivo. O recurso à formação justifica-se exatamente por essa razão. Mas o recurso à formação não está isenta de riscos e problemas também. Ou vamos fazendo contratos de longa duração com os mais jovens, numa política tão extensiva quanto possível: o que implica enfiar uns tantos barretes por cada jovem que se conseguir promover à equipa principal. Esta política pode ser cara. Ou, então, como hoje, vamos gerindo à vista e descobrimos, tarde demais, que não renovámos contratos com a antecedência devida. Descobrimos que o barato não é tão barato assim.

Como procurámos demonstrar, esta coisa do deve e do haver tem muito que se lhe diga. Não são só os custos que dependem das receitas. As receitas também dependem dos custos. A variável crítica é o tempo. Fazer tudo isto numa época pode ser catastrófico. Deve ser feito ao longo de várias épocas, com base numa política desportiva coerente e persistente. A questão é se dispomos desse tempo. Quanto tempo é que os adeptos vão dar ao atual Presidente? E os credores? O tempo vai depender dos resultados, como sempre.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mais uma chatice

Quase nunca se compreende a razão de ser dos jogos de preparação. Deste, com a Croácia, no final de uma época, ainda se percebe menos. É uma conclusão que serve para as duas seleções.

Para não se maçarem (ou cansarem, como quiserem) os habituais titulares, fazem-se todas e mais algumas alterações. Metem-se uns tantos jogadores em campo e pede-se-lhes que se organizem o melhor que poderem e souberem. Nunca jogaram juntos. O que os une é a camisola. Fazem o que nós fazíamos quando organizávamos umas peladinhas na rua ou na escola.

Um ou outro, por juventude ou para promoção pessoal, ainda se entusiasma e aplica-se alguma coisa. Os restantes fazem que jogam mas não jogam. Salvam as aparências. Não se lhes pode pedir mais.

Tudo isto serve para satisfazer compromissos comerciais e justificar uma estrutura pesada, que vai de diretores a secretários, passando por assessores de imprensa e treinadores. As coisas têm que parecer que fazem sentido, mesmo que não façam sentido nenhum. Pelo caminho, mostra-se o Cristiano Ronaldo ao povo. É pouco, mas por muito pouco que seja, qualquer um é capaz de passar uma hora e meia entediado só à espera que ele faça uma das suas. Como sempre, fez: um golo e um penalty de cabeça à trave.

sábado, 8 de junho de 2013

No Brasil a passar a férias

Mais um jogo atrapalhado da Seleção. Mais um jogo resolvido pelo Hélder Postiga às três tabelas. Uma chatice imensa. Um aborrecimento sem fim. Uma equipa sem força nem vontade, combinada com uma tática burocrática a que tantas vezes recorre o Paulo Bento.

Não sei se vamos ao Brasil. Se formos, seguramente que será para passar férias, com ou sem bola.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A propósito da suspensão das relações institucionais com o FC Porto

Eu acho que a melhor reacção em relação ao Adelino Caldeira era outra que deixo em ilustração.
Mas temos que mostrar elevação.


domingo, 2 de junho de 2013

Ganhámos: a Taça é nossa outra vez

Não vi o jogo todo da final da Taça de Portugal em Andebol contra o Porto. Só vi os últimos dez minutos e o prolongamento. Ganhámos porque fomos mais fortes mesmo na adversidade.

A três minutos do fim, perdíamos por dois golos e fomos capazes de recuperar. Tivemos a possibilidade de ganhar o jogo na sua parte final. Não conseguimos. Pensei que íamos tremer no prolongamento por causa disso. Não trememos.

O Porto marca no início do prolongamento. O Sporting não parecia ter força e confiança para marcar. O momento do jogo, a meu ver, é quando o João Ferraz, do Porto, permite uma defesa impossível ao Hugo Figueira. A partir daí, estabilizámos emocionalmente e formos mais fortes. Ainda falhámos uns ataques parvos pelo Pedro Solha (falhou um livre de sete metros e um contra-ataque). Mas defendemos sempre bem, fomos pacientes no ataque (com um ou outro jogador mais hesitante no momento de decidir) e tivemos no Rui Silva um jogador fabuloso.

Vi tudo isto num nervoso miudinho permanente. O Sporting é muito mais do que futebol. Sinto-me mais empolgado a ver jogos destes do que na maior parte dos jogos de futebol. Espero que o Bruno de Carvalho consiga manter o ecletismo e a competitividade deste tipo de modalidades (amadoras). Nos últimos tempos, têm sido elas a dar-nos razões para continuarmos a sentir orgulho em ser do Sporting.

sábado, 1 de junho de 2013

Sporting e Benfica: uma outra forma de compreender o desenvolvimento económico

Estive numa conferência a falar sobre desenvolvimento económico. Falei eu e falou uma outra pessoa, que costuma aparecer publicamente por variadíssimas razões, algumas delas associadas ao Benfica.

Defendi a tese que a história do desenvolvimento económico revela-nos uma realidade muito menos linear do que pensamos. O processo é, em muitos países, relativamente tumultuoso e, até, atabalhoado, como nos explica Ha-Joon Chang, no Bad Samaritans. É mais baseado em processos de tentativa e erro e de aperfeiçoamento permanente do que noutra coisa qualquer.

Acabámos por chegar a um consenso razoável. Na prática o processo de desenvolvimento económico tem mais que ver com o Sporting do que com o Benfica. É mais de derrota em derrota até a vitória final, do que de vitória em vitória até à derrota final.