Um amável leitor, ao efectuar uma referência à arbitragem do Bruno Paixão no jogo de ontem, fez-me recordar, com a ajuda do meu amigo Júlio Pereira, uma outra na época de 2003-04 no Bessa. O jogo interessava, para além de nós e do Boavista, ao Benfica e ao Porto. O Porto estava à nossa frente com alguns pontos de distância (5-6 pontos). O Benfica estava atrás de nós a, penso eu, cinco pontos. Se não ganhássemos e, sobretudo, se perdêssemos o Porto ficava mais à vontade (tanto mais que estava fortemente envolvido na Liga de Campeões, que veio a ganhar) e o Benfica ainda podia ficar à nossa frente (como veio a acontecer) e aceder à pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Bruno Paixão compreendeu, como ninguém, este alinhamento dos astros. A arbitragem foi de ir às lágrimas. Estávamos a ganhar 1-0 e, depois de várias coisas, entre elas uma expulsão ridícula do Rui Jorge, acabámos por perder nos últimos 15 minutos por 2-1.
Juntos na bancada, assistiam ao jogo Valentim Loureiro, Pinto da Costa, Carolina Salgado e Cunha Leal (ex-dirigente do Benfica e, à época, Director da Liga). É uma imagem que vale por mil palavras.
Na terça-feira seguinte iniciou-se publicamente o célebre “Apito Dourado” com a constituição de Valentim Loureiro como arguido.
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