segunda-feira, 27 de maio de 2024

Difícil, muito difícil

“Para nós, é tudo muito difícil”, lamentou-se o Rúben Amorim. Esta é a moral da história. Não, não houve decisão que pudesse cair para o lado do Porto que não caísse e também não houve decisão que pudesse cair para o nosso lado que tivesse caído. Esta apreciação também nos envolve: metemos um [Diogo] Pinto, metemos o St. Juste na bancada, metemos o Esgaio [a lateral esquerdo], metemos um jogador do qual ninguém conhece o nome [Koindredi], metemos os dois golos do Porto.

Num jogo com as principais figuras de Estado e arredores a assistir, vimos um treinador depois de expulso reunir os seus jogadores na bancada para dar instruções durante o intervalo do prolongamento. Foi uma singela mas não menos sentida e merecida homenagem ao Pinto da Costa neste momento de despedida em que assistiu ao último jogo do Porto como seu Presidente [da SAD, não confundir].

15 comentários:

  1. É que o rapaz Pinto já pode ir para a cova, contente, porque, finalmente e (por último), lá conseguiu enganar uma catrefada de Mouros, daqueles que brigam com espadas de cortiça retirada de um montado qualquer (perto de si), e nem as catapultas e onagros sulistas conseguiram bater as hordas nortenhas, sedentas de vitória como as primeiras, mas sempre habituadas a atalhos, uns mais às claras do que outros, que lhes têm permitido passar pelos intervalos da chuva investigativa sem que deles exsude sequer um pingo de culpa.
    Sendo assim, ou a guerra se declara, de facto, ou continuaremos nesta podridão de processos que, sinceramente, não sei onde nos vai levar! É que eu julgava que uma bola, uma vez na sua totalidade dentro da baliza adversária, e sem que haja uma falta anterior qualquer que fira as leis do jogo, configura a obtenção de um ponto ou golo para a equipa que ataca! Isto não aconteceu, durante o jogo de ontem, pois não?
    Não me gozem! Já sou velho demais para que o façam! Porra!

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    1. Meu caro,

      O Pinto da Costa é passado e espero que esse passado se transforme só nisso: passado. Não vamos ter saudades e o futebol português dispensa-o.

      A vantagem do futebol como a de outros desportos é que nada é definitivo. No sábado, ganhámos o campeonato nacional de andebol. No domingo, perdemos a Taça de Portugal em futebol. Para o ano vai haver mais. Se ganhássemos o desafio era um, perdendo o desafio é outro. O Rúben Amorim já começou a enunciar o discurso para as férias dos jogadores e para a próxima época.

      SL

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  2. Caríssimo; a História, se me permite, é, quase sempre, contada pelos vencedores e, raramente, por tal, muito pouco questionada nos seus postulados inclusivamente por aqueles que o poderiam fazer quer porque foram agentes no terreno e, portanto, actores na grande encenação de que nem sempre foram conscientes, muito menos, por aqueles que, tendo embora consciência da fraude de que fazem parte, não têm a força moral ou a "resiliência", como agora se diz, que lhes permita arrepiar caminho e tomar posições que possam conduzir, pelo menos, a uma compreensão dos factos.
    Portanto, o que vai acontecer, em relação a este jogo de final, é que o "focuporto" venceu -, gíria -, sem espinhas, e Pinto da costa sai em grande!
    Mas eu, que estou sempre do lado dos mais fracos, ou, pelo menos, considerados como tal, pergunto: A bola estava ou não dentro da baliza? O defesa do Porto desvia, ou não, a bola com o braço?
    Qualquer destas questões não ficará na História, mas na minha História pessoal, continuarão a fazer estrago no alinhar dos factos!
    Abraços!

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    1. Meu caro,

      Compreendo lindamente o seu ponto de vista. Ninguém se esquece dos apitos de várias cores, do Calor da Noite ou do Canal Caveira. O problema é que leva a uma expetativa que se autorrealiza [o árbitro é que decide o jogo logo nem vale a pena esforçar-nos], desresponsabilizando os jogadores.

      Prefiro uma postura mais aristocrática. O Porto não mereceu ganhar. Também não foi o árbitro que nos derrotou. Fomos nós que nos derrotamos porque somos senhores do nosso destino. Não é atitude para qualquer clube ou para adepto de qualquer clube, melhor dizendo.

      Abraço,
      RM

      [A história também se lembrará dos apitos e coisas desse género]

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  3. Caro Rui Monteiro
    O jogo da taça e revendo-o com mais frieza, sem o coração aos saltos, foi um autêntico tributo ao Pinto da Costa. É como a abertura de uma ópera, onde se resume toda a história,...com música.
    E, até, não faltaram os nossos erros e tiros no pé, que as direções do SCP, durante o consulado do PC se fartaram de cometer, até uma arbitragem, - incluindo o apoio do Pinheiro a VAR , não esquecer - com cheiro a muita fruta e calor da noite. Portanto ,considero que o jogo foi uma espécie de tributo ao verdadeiro chefe dos Super Dragões, com e aos Guímaros, Calheiros, Silvanos, etc, das nossas vidas. E quando assim é, só me resta dar os parabéns aos promotores do espetáculo.

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    1. Meu caro,
      Este jogo teve todos os condimentos dos bons e velhos tempo. A única coisa que faltou foi o José Pratas a fugir à frente dos jogadores do Porto. Mas sendo assim, também foi esclarecedor do que nos espera. Nada mudou nem mudará, independentemente da saída do Pinto da Costa. Ganhámos o campeonato apesar disto e contra isto. Ou é assim [e continuamos assim] ou mais vale desistir [já tentámos de outras formas e não houve resultados também]. Não, não podemos entrar desconcentrados a oferecer golos ao Porto. Já basta aqueles que lhe vão ser oferecidos durante o jogo.
      Abraço,
      RM

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  4. Temos a grandessíssima vantagem de pelo menos um lampião ficar a ter a verdadeira noção do que isto é! E o dito lampião já produziu, ao que parece, um leãozinho. Ora se o leãozinho perceber a coisa e se vier a reproduzir, querem ver que isto, devagarinho, ainda dá me4smo uma outra "Grande Substituição"...!??! Mais uns aninhos e é a hegemonia, ou lá como chamam àquilo ...

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    1. Meu caro,
      Como se viu nesta final e como se viu no jogo contra o Braga, que permitiu ao Porto ficar em terceiro lugar no campeonato, o estado do futebol português não mudou quase nada. O VAR veio trazer alguma verdade desportiva e uma maior pressão sobre os árbitros [já não são possíveis erros grosseiros nos foras-de-jogo ou nos penalties]. Mas os do costume constituam, na APAF, no Conselho de Arbitragem, nos comentários na televisão e por aí fora. Para a hegemonia o Sporting não precisa só de ter melhores treinadores e jogadores. Precisa de outras instituições. Precisa de poder para mudar essas instituições. Seja como for, esta final serviu para nos relembrar de onde viemos e o que nos continua a esperar. Vai ser como sempre foi: jogo a jogo.
      Abraço,
      RM

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    2. Brinquei na história da hegemonia. Falando a sério acho que hegemonia não interessa a ninguém senão a quem interessa a política de terra queimada (e sabemos bem quem são estes...). Ser sempre o mesmo a ganhar é pessimo sinal, se bem que bem agradável quando somos nós (vide futsal )
      Abraços de fim de estação!

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  5. "Vai ser como sempre foi: jogo a jogo."

    Corrijo.
    Vai ser como sempre foi: roubo a roubo

    Um grande abraço, boas férias e, más notícias, dia 3 de Agosto lá teremos de levar com um Soares Dias ou Godinho para a emboscada na Supertaça.

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  6. Meu caro,
    Há muito tempo que não trocávamos umas palavras sobre o “nosso” Sporting. O que mudou na arbitragem foi o vídeo-árbitro e, assim, a impossibilidade de erros grosseiros, por exemplo, nos foras-de-jogo e o aumento do escrutínio das decisões. Essa mudança não foi pequena mesmo assim e não deve ser desvalorizada.
    Abraço,
    RM

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  7. Caro Rui,
    Uma palavra final de agradecimento para o seu sportinguismo que, crónica a crónica, nos levou à glória de um título totalmente merecido. Agora espero que descanse bastante, para que não lhe faltem as forças para o "bi", e para que continue a exercitar o seu sentido de humor em crónicas que fazem as nossas delícias.
    Um grande abraço

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    1. Caro Paulo,
      O West Ham marcou-me uma entrevista. Vamos ver como será a próxima época.
      Abraço,
      RM

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    2. Há um avião para apanhar.
      Amorim ficou porque:
      Há um bi-campeonato a Conquistar.

      Depois pode treinar os Manchester, Liverpool e Bayern desta vida.

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