sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Asta(na) la vista, baby

Diz que esta semana o mundo continuou a girar, mas como já ninguém vai para a fogueira por causa disso, acabei por passar ao lado de tudo. Alheio de tudo? Quase tudo. Depois de um chá de menta quentinho sentei-me à lareira para ver o Sporting. Entramos em modo de voo. O modo de voo é aquela cena dos telemóveis espertos, em que conseguimos carregar no botão e ver a luz, as horas, o despertador a até escrever umas notas; mas não recebemos SMS, nem chamadas, nem temos wireless, isto é, basicamente não serve para nada.

Foi assim que o Sporting entrou no jogo, e assim ficou praticamente durante 45 minutos. Não os censuro, eu próprio andei assim a semana toda. De qualquer maneira, ainda houve tempo para o árbitro mostrar que, para além das equipas se terem estudado mutuamente, também ele andou a estudar as recentes arbitragens dos jogos do Sporting e não quis ficar atrás dos árbitros portugueses, anulando um golo limpinho.

Na segunda parte, o Jorge Jesus, rato, desligou o modo de voo, ficando apenas o Bryan Ruiz ligado para enganar o adversário. Rapidamente esquecemos o sintético, a viagem, os comentadeiros da SIC e enfiamos três batatas na baliza adversária, uma delas ainda com o Acuna disfarçado de Messi, não se sabendo como conseguiu passar na fronteira nesse preparo.

Ainda com os monocórdicos comentadores da SIC mal refeitos do ataque cardíaco, já estaria o nosso presidente a pensar numa maneira de conseguir estragar a festa para não destoar das outras equipas portuguesas. Como todos sabemos, foi mais uma epopeia inesquecível do Benfica nas competições europeias, com os malandros do Porto e do Braga a tudo fazerem para saltar borda fora da europa, com o objetivo de apenas se concentrarem no campeonato, coisa que nos especializamos nos anos anteriores, com os resultados que se conhecem.

À falta de bordoadas exteriores, temos sempre que criar as nossas formas de tortura. “Se calhar foi o último jogo do Sporting comigo a presidente” – disse Bruno de Carvalho. A seguir ainda se escutou um “agarrem-me”, mas já estava tudo em modo de voo. Eu incluído. Amanhã há mais.


8 comentários:

  1. Caro Gabriel,

    Ontem, depois do jogo, ouvi não sei a quem que os jogadores do Sporting tiveram direito a um avião especial para dormirem confortavelmente, tendo sido sedados para dormirem e não sofreram tanto de "jet lag". Assim está tudo explicado. Na primeira parte havia Lexotan ou Valium a mais. O Bryan Ruiz foi como o Obélix, em pequeno atiraram-no para um caldeirão de Lexotan ou Valium e nunca precisa de tomar esta poção mágica.

    Um abraço

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    1. Caro Rui,

      Nós é que, para além do pacemaker, vamos precisar de um Lexotan ou um Xanax para conseguirmos aturar este ragabofe dos últimos dias.

      Um Abraço

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  2. Viva...
    é de facto uma chatice o nosso presidente ter decidido jogar esta cartada do ou sim ou sopas, mas acho que os sócios têm que ser inteligentes, neste caso específico não vale muito estarmos a bater o pé... neste caso temos mais a perder do que a ganhar... deixemos o homem levar a bicicleta... o que não quer dizer que fique com carta branca para o próximo devaneio, mas como os jogadores dizem que é jogo após jogo, vamos também nós pensar de devaneio em devaneio.
    Saudações leoninas

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    1. Meu Caro,

      Veja lá se tem autorização para frequentar este (e outros) blogue.
      A paciência tem limites.

      SL

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    2. ???? não percebi... mas se não me quiserem por aqui, é só dizer... se estamos numa de ironia...

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    3. Meu Caro,

      Já não há paciência para as jogadas de BdC.
      Quanto a autorizações e vistos de visita, parece que ainda não chegaram aos blogues. Mas não podemos ter a certeza, pois não?

      SL

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  3. Viva,
    confesso que fiquei baralhado... e compreendo a frustração... ainda para mais quando, no futebol, o racional não existe, é impossível prever até onde o irracional ainda irá...
    e depois há sempre a bola, se ontem aquele remate meio em raiva, meio em fé acerta no poste ou em quem lhe estava à frente..
    uma coisa confesso, eu já tinha decidido de não assistir a programas televisivos de comentadores; quanto aos jornais, faço como sempre, leio as gordas, os blogues tenho um par deles que visito... e estou convencido que nesta minha lista de boas prácticas vou adicionar: evitar ler/ouvir Bruno de Carvalho - fico-me apenas pela obra feita e mantenho a minha sanidade.
    Saudações leoninas

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    1. Meu Caro,

      Também não contribuo normalmente para esse peditório dos (assim denominados) programas desportivos, e não me recordo de comprar um jornal desportivo, embora às vezes os folheie. Mas gosto de pela minha cabeça. O resto é do domínio do absurdo. Mas não é nada de novo, muito menos no nosso futebol.

      SL

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