“A Culpa é do Ronaldo” é um programa da RTP1. Vi este fim-de-semana um pouco. Não pretendo ver muito mais. Seja como for, não é pior do que os intermináveis programas com os comentadores do costume (ia dizer do regime). Dizem-se coisas mais acertadas do que nesses programas sem que as pessoas que nele participam digam o acostumado chorrilho de banalidades com ar sério e levando-se a sério. Nos tempos que correm, uma bênção portanto.
O título é excelente. Sintetiza tudo o que se possa dizer sobre a nossa Seleção. O futebol são golos. Ganha-se com golos. Não se esperam golos de quem não os marca. O Nani marcou um e, de acordo com a sua média, não marcará mais nenhum. O Quaresma só marca golos extraordinários. Contra a Estónia esgotou-os. É estatisticamente inverosímil que os volte a marcar tão cedo. O Éder ou não marca golos ou só marca golos em jogos a brincar e, em média, um por cada vinte jogos. Dos outros não se espera golo nenhum. Ninguém em seu juízo perfeito tem muita fé nos golos que o João Mário, o André Gomes, o João Moutinho, o Renato Sanches, o William Carvalho ou o Rafa vão marcar. Se no campeonato com equipas da treta vêm-se e desejam-se para os marcar, não se vê como o possam fazer em jogos a sério contra equipas a sério.
Tudo se resume ao Ronaldo. Se o Ronaldo marcar, a Seleção pode ganhar jogos e ir longe na competição. Se não marcar, não há nada a fazer. Vimos mais cedo para casa. Se viermos mais cedo para casa, “a culpa é do Ronaldo”. Não é por ser o melhor do mundo ou se considerar o melhor do mundo e não passar cavaco (e a bola, de quando em vez) aos colegas. É porque as coisas são como são.
Caro Rui,
ResponderEliminarNa dúvida o Ronaldo passa ao Cristiano. Na dúvida o Cristiano passa ao Ronaldo. Em princípio será suficiente.
Um abraço!
Caro Gabriel,
EliminarÉ assim mesmo. Desta forma em vez de um temos dois a marcar golos, dificultando bastante as marcações.
Um abraço